O e-mail (marketing) está morrendo

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Enquanto algumas empresas ainda estão descobrindo o e–mail marketing (ou suas variações), muitos usuários simplesmente já estão imunes ao seu “poder”. Não sei se é porque não aprendemos com as lições passadas ou somos gananciosos demais. Fato é que o mau uso de um recurso está não só acabando com uma ótima ferramenta como destruindo um dos principais meios de comunicação que surgiu nos últimos tempos.

Algumas estatísticas publicadas recentemente mostram o estrago. Segundo pesquisa da BrightMail, que desenvolve tecnologia antispam, praticamente metade das mensagens enviadas hoje em dia são spam, resultando em cerca de 60 bilhões de lixo por mês no mundo inteiro.

Já a MessageLabs, outra que desenvolve tecnologia para a área, descobriu que, na Inglaterra, o spam causa prejuízo de 6 libras para cada funcionário que use e–mail corporativo, o que equivale a cerca de 30 reais. Isso levando–se em conta apenas o tempo perdido para apagar as mensagens, sem considerar o valor em prejuízos indiretos e o custo de oportunidade do funcionário estar fazendo outra coisa mais importante (ou rentável). Cada um que faça as suas contas.

O outro lado da moeda (ou da internet) também está sendo fortemente impactado. Não me refiro somente ao e–mail marketing supostamente dentro de limites éticos (aquele com opt–in), mas, também às mensagens de conhecidos (pior ainda, da mulher, do chefe ou do cliente!!!) e até mesmo às respostas do atendimento de alguma empresa.

Muitos e–mails ficam no meio do caminho, perdem–se entre outras tantas numa caixa–postal lotada ou até são bloqueados pelo antispam mais rigoroso de algum provedor. Obviamente, o resultado só pode ser reclamações sobre falta de atenção e, em alguns casos extremos que realmente têm acontecido, protestos em órgãos de defesa do consumidor por suposto descaso de loja virtual que não respondeu ao e–mail (que na verdade nunca chegou).

Aliás, os provedores já estavam demorando a abrirem o bico e finalmente levantarem a bandeira contra o spam. No fundo, eles estão entre os maiores prejudicados, pois gastam uma enormidade para processar um lixo que no final irá gerar reclamação do usuário. Alguns estão até exagerando na dose e partindo para o caminho de que tudo é lixo até que se prove o contrário.

A possibilidade de se cobrar de quem enviar mensagens para a base de um provedor ou serviço de e–mail (por enquanto, apenas rumores) é uma solução que interessa a poucos. Um ponto crucial é oferecer conteúdo relevante, tanto é que muita gente acaba até aceitando os spams que tenham algo que lhes interesse.

Usando um clichê batido do mundo empresarial, devemos agregar valor, evoluindo para um modelo mais atrativo de e–mail service. O contrário também acontece. Muitos e–mails com opt–in estão indo direto pro lixo sem serem lidos simplesmente por não trazerem nada de interessante e representarem um esforço a mais para o usuário que terá que baixá–lo e apertar o botão de apagar. O limite que separa o joio do trigo é realmente muito tênue. No final, a permissão é apenas um estado de espírito. Como já foi relatado aqui no Webinsider no ano passado, o e–mail está morrendo. [Webinsider]

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<strong>In Hsieh</strong> (in@uol.com.br) foi fabricado no Brasil com peças chinesas.

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