Toda regra tem exceções. Até nos games.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Outro dia entrei aqui no Webinsider e li a excelente matéria da Maira Costa intitulada Garotas também jogam. Mas há uma diferença, onde ela expôs a sua opinião, com a qual eu concordo em parte: a de que os homens preferem dirigir ou metralhar alguma coisa, enquanto as mulheres preferem os jogos de estratégia e inteligência. Bem, eu adoro velocidade e adoro metralhar.

Tanto que o filme da minha vida é Um dia de fúria com o Michael Douglas.
Atire a primeira granada quem nunca teve vontade de fazer justiça com as próprias armas quando se sentiu lesado e/ou injustiçado pelo sistema.

Eu acredito que os games de velocidade e tiro (principalmente os intitulados como de “primeira pessoa”) são um atrativo maior para o público pré–adolescente e adolescente. São jogos baseados numa relação habilidade/rapidez, algo como uma “tolerância zero” via teclados e mouse.

Na maioria dos casos que eu vejo, os jogos de estratégia prevalecem na preferência do público masculino na faixa dos 25+, um público que, como todos sabem, não é assim tão rápido no saque de uma arma quanto um garoto de 14 a 16 anos acostumado a jogar Counter em rede contra um neguinho da Suécia.

Aliás, alguém aí já foi numa lan house pra ver como estes dementes jogam? Eles conseguem matar quatro ou cinco inimigos ao mesmo tempo em que desarmam uma bomba e ainda falam gracinhas para o time adversário através do chat.

Eu vi e confesso que não entendi metade do que estava acontecendo.

Na realidade os jogos de estratégia são mais desafiadores do que os jogos que envolvem armas. No Quake, no Medal, no Ghost Recon ou no (favorito) CS, todos os jogadores matam, morrem e ressuscitam repetidamente e não sai disso. O que vale é matar muito mais do que morrer, certo Jason?

Nos games de estratégia a coisa é diferente. Você tem que provar que é um líder nato. Mostrar que sabe dosar o emocional e o racional em um curto espaço de tempo, além de provar que também tem uma boa dose de sorte ao seu lado.

Ou seja, competência por competência, armado até os dentes distribuindo bala pra todos os lados ou armado simplesmente pela sua inteligência e visão, é muito melhor jogar um game de estratégia. Afinal, se você venceu o computador, teoricamente ganhou de algo invencível, programado para vencer. Se você ganhou de um amigo jogando em rede, você mostrou que é mais inteligente do que ele (ou pelo menos levou mais sorte).

Hoje, por exemplo, eu jogo o CM4, um game em que você administra um time de futebol negociando contratos de jogadores e comissão técnica. Um tesão.

Ganhar o jogo no campo é bom, mas aumentar o balanço da equipe entre as despesas e as receitas é melhor ainda. Imagine dirigir o Real Madrid e o Barça.

Por falar nisso, ultimamente tenho pesquisado os tais jogos corporativos, os chamados jogos de administração. Quero apresentar estas idéias para os clientes, mostrando que um game voltado para a empresa não significa ócio. Muito diferente disso, é uma forma interessante de explorar o endomarketing, fazendo com que os funcionários conheçam a empresa por completo, além daquilo que eles vivenciam no seu burocrático dia–a–dia.

Se você propõe um jogo do tipo “Seja o Presidente da empresa”, em que o funcionário administra o patrimônio da corporação junto com o conselho, tomando decisões estratégicas de fabricação, vendas e logística de distribuição, buscando atingir uma meta pré–estabelecida, você disciplina o funcionário a enxergar além do seu alcance normal e ainda pode descobrir algum talento que está escondido lá atrás daquela mesa do RH. Afinal, em um game você pode ousar, ir mais longe, ser mais agressivo. Você pode errar e aprender com o erro.

No mínimo, através de um game, você percebe quem tem uma visão mais estratégica do negócio. Quem fica muito abaixo da média, sabe o porquê. Quem se supera e obtém um grande êxito, também sabe os motivos.

Um jogo de administração ou corporativo, faz com que o funcionário se envolva com a empresa mesmo depois do horário normal de trabalho. Para quem mora numa cidade que tem rodízio de automóveis e para quem chega mais cedo para fugir do trânsito, isso é perfeito. Não é um passatempo. É uma pesquisa.

Mas voltando ao assunto inicial para encerrar a conversa, não acho que os jogos que envolvem inteligência sejam uma preferência exclusivamente feminina, assim como também não acredito que as mulheres só querem saber de jogar Tetris e Paciência. Eu já perdi inúmeras partidas de War e Master para mulheres e isso realmente não consta como uma vergonha no meu CV.

Não quero começar aqui uma guerra dos sexos, mas eu ainda estou para ver (e espero realmente ver um dia) uma garota fera abater um bando de marmanjos metidos a machos num game de tiros ou atrás do volante.

.

<strong>Clóvis La Pastina</strong> (clovis.lapastina@eurorscg.com) é redator da <strong><a href="http://www.eurorscg4d.com.br/" rel="externo">Euro RSGC 4D</a></strong>

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

2 respostas

  1. aqui no sait da googlesobre jogos e super legal e poriso eu estou assesendo google porque tem o maior comteudo so pra voce se divertir com eles

  2. Achei interessante esse artigo… concordo perfeitamente com essa diferença. Não quero causar brigas entre sexos. Afinal cada um tem sua inteligência, por conseguinte sua habilidade, como disse Gardner. Aproveitando o momento ficaria bastante feliz se pudessem me mandar por e-mail nomes de jogos de estratégia e raciocínio, virtuais e não-virtuais. Estou saindo da preguiça e me preparando para vencer, como aconselhou o Dr. Ricardo Jordão Magalhães num artigo a http://www.administradores.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *