O designer e o desafio de criar seu próprio site

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Trabalho com design para web desde seus primórdios no Brasil (lá pelos idos de 1996). Admito com relutância – jamais criei um site próprio, onde pudesse abrigar um portfólio e trabalhos pessoais. Tenho apenas o endereço de uma página, com uma lista de links para sites que eu já fiz.

Agora novamente procurando uma oportunidade no mercado, cabe a reflexão. Por que para uma parte (a maioria…) dos designers é tão difícil criar um portfólio personalizado, ou um site pessoal para mostrar nosso estilo?

Se nos apresentamos com este ou aquele rosto (um site mais moderno e limpo ou, de outra forma, um confuso e experimental) sentimos que isso nos definirá perante o mercado como sendo… aquilo.

Imaginamos um possível cliente falando: “Ah, mas o seu site é muito colorido; queremos alguém com um perfil mais corporativo”. Ou então “Seu site é muito certinho, queremos alguém mais ousado, com design realmente experimental”. (Existe um certo pensamento corrente – e discutível – de que o designer só é realmente bom quando mostra desenhos experimentais. Por isso a profusão de sites multicoloridos, cheios de setas em diagonal,
gráficos vetorizados… Mas esse é um assunto comprido, fica para outra ocasião)

Talvez esta questão da visão do mercado seja real. As pessoas nos enxergam como nos apresentamos. Este é um dos motivos da existência da nossa profissão – criar identidade.

Ao mesmo tempo temos várias facetas. Seres humanos saudáveis estão em constante mudança e evolução. Nenhum design conseguirá abranger tudo isso.

Nosso lado profissional também muda e evolui. Assim, a solução seria trocar o layout do site constantemente. Mas a cada mudança podemos manter algo das versões antigas, para os visitantes reconhecerem o site como da mesma pessoa. São os “elementos de repetição” das teorias clássicas do design.

Quais seriam esses elementos? Justamente aquele “algo” que mostra nossa personalidade e estilo. Chegamos lá de novo.

Criar algo pessoal, que nos traduza como designers, nos obriga a uma boa dose de auto–análise. Uma tarefa e tanto! Por que parece tão difícil? Após alguma reflexão, cheguei a uma palavra: resistência.

Resistência em nos ver como somos, em mostrar a nossa identidade, em nos definir perante uma platéia. Somos criados (alguns, pelo menos) para ter um certo “pudor” em nos mostrar. Como, quando crianças, interrompemos a aula da professora para cantar uma música. “Isso não é coisa de criança comportada. Vai ficar depois do sinal no recreio”.

Em muitas profissões, a exposição não é tão necessária. Para o designer, essa questão é vital (essa situação vem mudando e cada vez mais todo mundo tem que aprender a lidar com o público e apresentar seu trabalho).

Talvez o melhor seja começar aos poucos. Nada de grandes pretensões logo de cara, sites de “tirar o fôlego” na primeira tentativa, revoluções da linguagem etc. Apenas estar lá. E trabalhar no site, pelo menos uma vez por mês.

Dizem que o primeiro passo é o mais difícil, justamente por se tratar do primeiro passo. O resto deve vir na base da inspiração e esforço. E claro, marcar o dia para inaugurar o site e mostrar para todo mundo.

Quando o meu estiver pronto, chamo vocês para irem lá ver… que friozinho na barriga! 🙂 [Webinsider]

<strong>Sandro Friedland</strong> (friedland_br@yahoo.com.br) é formado em design e trabalha com a web faz uns bons anos.

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21 respostas

  1. Certo cara, de fato é realmente um grnad eobstáculo desenvolver seu site, ou pelo menos dar o primeiro passo. Já passei por isso, terminei meu curso técnico e informática voltado para a web, e no meu tcc foi muito fácil construir um site, após um tempo resolvi fazer uma para mim, para postar tutoriais e dicas de computador, só que até agora saiu muito pouco, mudei de layout umas 3 vezes e ainda não gostei de nenhum, acho que isso se deve ao sermos muito rigorosos conosco e sempre querermos o melhor e as vezes o inusitado. Bom também sempre tem as dúvidas que nos atormentam: qual linguagem usar? como vai ser? pra que? Mas nada que um pouco de análise leve não possa resolver.

  2. Muito interessante a matéria, bom tive esse problema no inicio mas descobri que temos que observar os outros, ver os sites de outros Webs para que possamos agregar tudo que vimos e tirar o que nos interessa e o que esta para seu próprio perfil.

  3. Estou procurando uma forma de entrar para este mundo da internet sem gastar muito, pois todos so podem começar pequenino.

  4. cara ache algo que te motive a criar… faça assim crie um pro seu cachorro oO , sem brincar… faça pra alguem que não possa adiministrar e cuide do site… ex

    se criar pro cachorro vocÊ não vai fazer um site sobre cachorros … faça a seu gosto O), pode ser de download, pode ser de games em flash, o que voicê quizer….

    mais o dono é o cachorro hehe…

    enfim, façã por algo… ou se quizer pague pra si mesmo pra criar um site!

    ja vi sites tocando musica em quanto navega… crie algo novo , ou dificil de se ver….

    você sabe fazer

    a força está contigo Oo!

  5. Criei um site.. Normal

    Mas o problema é:

    como eu deixo ele como eu quero, eu tenho que ter um Provedor?

    ahh mi ajudem

  6. Pois é, me formei em designer em 2004, só que agora eu gostaria de criar um site meu, mais não tenho ideia a minima ideia como começar, você poderia me ajudar me dando algumas dicas e ídeias para começar e como começar? é possível?
    um abraço
    Lu

  7. bem cara ja te mandei e-mail e foi pra mim uma surpresa saber que um designer não consegue nunca se decidir sobre o seu próprio site…

    bem lêia seu e-mail e me responda por favor

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