TV digital e celular pedem profissional de games

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Os games estão em pauta! Na semana passada o brasileiro Taikodom foi divulgado na Electronic Entertainment Expo (E3), feira mundial de games realizada em Los Angeles. Taikodom é um MMOG, iniciais de Massive Multiplayer Online Game.

Desde o ano passado, com a criação da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), podem ser acompanhadas diversas iniciativas de promoção de jogos e do desenvolvimento no país. São feiras, eventos, pesquisas, cursos, divulgações na mídia e estreitamento da relação entre empresas e governo.

No Brasil, cresce a procura por cursos, por informações sobre o setor, pela oportunidade de trabalho e de negócios. Dê olho neste contexto, o Technology and Training (T&T), instituto de tecnologia de games, realiza nos dias 27, 28 e 29 de maio, no Rio de Janeiro, a 2ª Conferência de Desenvolvedores de Games (CDG) com o principal objetivo de incentivar a formação de profissionais para o setor e fornecer informações sobre o mercado de entretenimento digital.

De acordo com Cristina Araújo, coordenadora do T&T, a CGD contou com 200 participantes em 2004, mas a expectativa é de 1200 para este ano. “Ano passado, os congressistas não deixavam os palestrantes terminarem, pediam que falassem mais e mais. Este ano esperamos receber mais participantes de outros estados”, diz Araújo. No evento, que reune especialistas, empresários, programadores, artistas, profissionais de áudio e design, estudantes, além de curiosos e aficionados por games, destaca–se o Festival dos Jogos Acadêmicos, espaço para os futuros profissionais apresentarem seus projetos.

Diversas instituições de ensino e empresas no país oferecem cursos de jogos nos mais variados níveis: técnicos, ensino médio, graduação, especialização, mestrado e doutorado. Na Puc–Rio 70 alunos terminaram o curso anual de extensão de Design e Desenvolvimento de Jogos. “Foram cinco teses de mestrado, três de doutorado em games e mais de 160 alunos fizeram, nos últimos dois anos, disciplinas voltadas para jogos. Muitos já atuam na indústria no país”, afirma Esteban Gonzalez, coordenador do curso.

Já o T&T, que oferece diversos cursos técnicos, formou 110 alunos em 2004. O primeiro curso de especialização na área foi criado na Unicenp, em Curitiba. Outros exemplos são a Anhembi Morumbi, de São Paulo, que possui um curso de graduação que abrange artes e programação e a Unisinos que abriu este ano o curso de graduação de Desenvolvimento de Jogos. O Rio de Janeiro também conta com o ICAD–IGames / VisionLab, centro de pesquisas em entretenimento digital, onde são desenvolvidos diversos projetos de games, realidade virtual, engines e efeitos especiais. Muitas pesquisas vinculadas aos cursos de games são de extrema importância para o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas, o que ressalta a oportunidade para os estudantes.

Os profissionais formados nestes cursos podem atuar na produção de jogos (normalmente de entretenimento, empresariais, educativos e promocionais) que rodam em diferentes ambientes (web, celular, PC, PDA e smarthphone). Em outros setores, também podem trabalhar com realidade virtual e simulação, por exemplo. “A chegada da TV Digital vai demandar muito conteúdo interativo. Para produzir este conteúdo, podemos apostar que o profissional de games terá um papel muito importante”, afirma Gonzalez.

Recente pesquisa da Abragames contou 55 empresas desenvolvedoras no país, que em média empregam 15 pessoas. São programadores e artistas (ilustradores e modeladores 3D). Costumam vir de cursos como engenharias e cursos de desenho. São desenvolvedores, artistas com familiaridade com desenhos 2D e 3D; game designers (espécie de “roteiristas” dos jogos), profissionais de som e gerentes de projeto. “Este contexto mostra a importância da criação de cursos de games e das intuições de ensino investirem nesta área. As empresas buscam por profissionais qualificados”, afirma Márcio Dantas, coordenador de produtos da desenvolvedora Délirus Entertaiment.

Para quem procura saber mais sobre este mercado a participação na CDG é uma boa opção. No evento haverá cursos, como desenvolvimento de jogos para celulares, por exemplo. Profissionais e estudiosos da área vão falar sobre games como produtos culturais, modelos de negócios para abrir uma empresa de games no Brasil, mercado de jogos para celulares, simuladores empresariais e desafios de uma empresa de jogos. A inscrições podem ser feitas no site do evento. No local ainda acontece a fase brasileira da Cyberathlete Professional League (CPL) World Tour – campeonato mundial de games –, na qual, os vencedores concorrem R$ 130 mil reais em contratos de patrocínio. [Webinsider]

Alessandra de Falco (alessandrafalco@ufsj.edu.br) é professora de Jornalismo Online e Planejamento Visual Gráfico na Universidade Federal de São João del-Rei-UFSJ. Tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo Científico e Tecnológico e Comunicação Organizacional. Faz parte da Rede de Pesquisa Jornalismo e Tecnologia (JorTec).

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