Bibliotecário é arquiteto da informação, sabia?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

A popularização de equipamentos eletrônicos tem contribuído para o crescimento da internet e da tecnologia utilizada por ela. A internet cada vez mais popular, mais fácil e acessível por meio de banda larga, o que facilita a navegação, já está em escritórios, cafés, bares, em casa, aviões, shoppings, universidades, escolas, além das residências e ocupando um espaço cada vez maior no cotidiano das pessoas.

Mas a tecnologia ainda é vista com olhos desconfiados por grande parte dos profissionais da biblioteconomia. A internet, especialmente, é um desafio que poucos se propõem a enfrentar.

Essa atitude auxilia na exclusão do bibliotecário do mercado de trabalho relacionado à internet e é ruim para a profissão. Isso porque o foco do bibliotecário deixou de ser somente o suporte (o livro) para abranger o acesso à informação (ou seja, a informação em todos os tipos de suporte).

Tendo essa idéia em mente, a informação na internet é um grande nicho que escapa das mãos destes profissionais, principalmente com relação ao tratamento e organização da informação em websites, astro principal na grande rede. Este trabalho, que cabe perfeitamente aos bibliotecários, tem ficado por conta de profissionais da área de jornalismo, publicidade, design de interfaces e análise de sistemas.

Organizar a informação, o fluxo de navegação de um website, trabalhar a hierarquia e categorização da informação na web são algumas das atividades exercidas pelo arquiteto de informação, o novo profissional que surge para fazer o que o bibliotecário faz em centros de informação.

Segundo Rosenfeld (2002, tradução nossa), co–autor do best–seller “Information Architecture for the World Wide Web”, a “Arquitetura de Informação é a arte e a ciência de organizar, estruturar e categorizar a informação para torná–la mais fácil de encontrar e de controlar”. Essa definição encaixa–se perfeitamente no papel e na função do bibliotecário, que segundo Milanesi (apud SOUZA, 2005) é “descongestionar todas as vias de fluxo da informação”.

Para Garrett, “Information architecture is closely related to the concept of information retrieval: the design of systems that enable users to find information easily. But Web site architectures are often called on to do more than just help people find things; in many cases, they have to educate, inform, or persuade users.” (GARRETT, 2004, p. 94).

Estas são exatamente as preocupações de um arquiteto de informação e a maioria dos designers não possui conhecimento ou experiência suficiente para tomar as decisões certas nestas questões.

Ora, em um paralelo, estas questões fazem parte da rotina de trabalho de um bibliotecário: trabalhar com hierarquia, categorização, fluxo da informação, facilidade de uso e acesso à informação. O bibliotecário, além destes conhecimentos precisa estar informado sobre as tecnologias que cercam sua rotina e precisa ter conhecimentos de editoração.

Além da estruturação, organização e categorização da informação, o arquiteto de informação lida também com questões de usabilidade e cognição, taxonomia, tesauros e vocabulário controlado. Ter um site na internet com muito conteúdo significa ter que organizar e categorizar muita informação e isso é o que a Biblioteconomia tem feito há tempos.

A máxima hoje é dizer que “informação é poder”, e com isso quanto mais informação, mais poder. Mas essa explosão informacional, que nos bombardeia dados, fatos e informações o tempo todo se não organizados e categorizados, nos traz o que Wurman (2003) chama de “ansiedade de informação”. Dados e fatos, para o autor, que não agregam conhecimento, não são informação e essa falta de conhecimento gera a ansiedade por não saber. Essa ansiedade só pode ser superada se aprendermos “a reconhecer o que é compreensível e o que não é”.

Em uma busca, o usuário que acessa a internet se depara com tanta informação, pertinente ou não, que muitas vezes não sabe por onde começar a procurar. E é aí que entra o arquiteto de informação, para organizar a informação e o fluxo de navegação, que é o que o bibliotecário faz em um centro de informação: organiza a informação de forma que ela seja facilmente recuperada e mapeia as formas de encontrá–la.

A partir de estudos sobre necessidades e comportamentos dos usuários que se deseja alcançar, o arquiteto planeja a organização da informação no site e seu fluxo de navegação utilizando critérios de usabilidade como facilidade de uso, baixa taxa de erros, eficiência, além da análise de processos de cognição, taxonomia na organização e hierarquização da informação.

Bem, este é o papel do bibliotecário em uma unidade de informação. A partir do perfil do usuário que se pretende atingir, o profissional da informação determinará toda a estratégia de serviços e produtos que irá oferecer, a rotina de trabalho, dentro outros. Ou seja, o bibliotecário é um profissional preparado para atuar nesta área em que atua o arquiteto de informação.

A diferença é o meio de atuação e as tecnologias envolvidas no desenvolvimento de cada um. O profissional se desenvolve de acordo com o meio em que atua. Se o bibliotecário for trabalhar na web, sua formação se voltará para as tecnologias que envolvem a área. [Webinsider]


<strong>Katyusha Souza</strong> (katyusha.souza@agenciaclick.com.br) é arquiteta da informação na <strong><a href="http://www.agenciaclick.com.br" rel="externo">Agência Click</a></strong>

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

37 respostas

  1. Também concordo. Acho que temos um privilégio. Somos titulares de uma unidade de informação, o que nos fornece laboratórios que poucos profissionais da arquitetura da informação tem.

  2. Olá Katyusha Souza!

    Parabéns pelo excelente discernimento entre o bibliotecário e os atuais profissionais que organizam a informação em websites. Por volta de dois anos eu venho pregando essas premissas em minhas disciplinas de representação da informação, especialmente a mudança no campo de trabalho associado a web. Os bibliotecários trabalham com a tríade tratamento, organização e recuperação da informação de longa data. Agora estamos no momento de transição, o qual exige dos acadêmicos atualização e novas percepções. Como eu também sou tecnólogo, vejo essa questão com clareza, mas ainda vista com desconfiança por vários colegas e alunos. Para tanto, precisamos de adequação estrutural, como laboratórios de prototipagem. Enfim, tento mostrar aos meus alunos que o campo de atuação está maior, exige novas competências, e nisso entra os estudos de organização. Sem organização, não há recuperação satisfatória, assim como já dizia Berners Lee.

    Abraços,
    Márcio

  3. A descrição e difusão, de uma área específica de atuação do profissional Bibliotecário, na Web é bastante relevante, para pessoas que anseiam escolher esta área, e alunos recém ingresso no Curso de Biblioteconomia.

  4. Olá!
    Sou estudante de Biblioteconomia e Documentação, estou cursando o 5 semestre e alguem poderia me indicar algumas bibliografias sobre arquitetura da informaçao, pois pretendo fazer minha monografia sobre o assunto

  5. Parabens pelo artigo!

    Como muitos que responderam o artigo, também sou recém formada…no caso, formada pela FESPSP. E faço das palavras do Alexandre as minhas.
    Sempre me interessei pela área de T.I. e Web, e quero fazer minha pós em arquitetura da Informação. Estou com problemas para encontrar oportunidades para ingressar na área, gostaria de saber se existem cursos livres para que o bibliotecário esteja apto para estar dentro do que as empresas procuram na área de Arquitetura.
    Alguém tem alguma indicação ou conselho!Algum bibliotecário que trabalha com Arquitetura da informação!

    Aguardo um help!

    Qualquer coisa: sheleihp@hotmail.com

    Bj p todos e bom carnaval!

  6. É realmente o bibliotecário tem a função parecida com a do arquiteto de informação, mas para o bibliotecário atuar como arquiteto de informação ele tem que conhecer muito bem como arquitetar as informações na interface web usando a usabilidade e cognição, taxonomia e os software a ser utilizados.

  7. Esse é um fato real, porém o livro estar presente na mesa de trabalho da maioria dos bibliotecários brasileiros, no ambiente biblioteca, onde atuamos(na maioria) com ou sem internet. Agora também podemos ser um arquiteto da informação, para isso é preciso se preparar,porém qualquer outro profissional da informação pode também exercer essa função, caso estude. Agora não podemos esquecer nossas raizes, porque o médico que opera no interior e o que opera na cidade, sabem que estão lhe dando com a vida. E nós bibliotecários com a informação.

  8. Katyusha, adorei o artigo e os comentários. Sou bibliotecária e faço Pós em GED. Comecei a ler sobre Arquitetura da Informação e achei muito interessante. Vc saberia indicar algum curso de AI no Rio de Janeiro?

    Obrigada!!

  9. Parabens pelo seu artigo,muito interessante para quem esta começando nesta area como eu.
    Qual seria a sua opinião a respeito do futuro da profissão ?,pois muito se tem discutido a respeito deste fato e eu fico com duvídas se continuo ou não na area,por favor me esclareça sobre as perspctivas futuras.
    Muito obrigado

  10. Parabéns, gostei muito do artigo,o vestibular está ai eu ainda estou na duvida se presto ciencia da informação e documentação ou biblioteconomia,Ou ainda arquivologia.Bom eu que sou apaixonada por livros e bibliotecas, e vivo conversando e observando a rotina das bibliotecarias que conheço queria muito fazer biblioteconomia mas fiquei preocupada com o mercado de trabalho, então resolvi fazer ciencias da informação e documentação, pois pelo que me parece é baseado na biblioteconomia mas tem muita relação com tecnologia e tal.
    Me ajudem por favor, me falem a diferença dos dois, ou se quem forma em ciencia da informação e da documentação pode trabalhar como bibliotecario

  11. Gostaria de saber quais as perspectivas da área, tanto em termos de possibilidades profissionais quanto salariais. Alguém estuda na UNIRIO ? Penso em tentar para lá.
    Grato.

  12. Gostaria primeiramente de parabenizar a Katyusha pelo excelente artigo, a dimensão abordada acerca da atividade do profissional bibliotecário frente as tecnologias e o ambiente web trouxe novas perspectivas de trabalho para desenvolvermos, aliás nós profissionais da informação sempre atuamos como arquitetos da Informação o diagnóstico que faço é que nós mesmos algumas vezes subvalorizamos nossa própria área quanto ficamos com medo de arriscar e inovar. Nós vamos muito além da biblioteca física e do documento impresso. A AI é um grande nicho de mercado onde apenas adaptaremos nossas práticas milenares em um ambiente virtual e dinâmico, nosso compromisso não é com o livro ou com a revista, mas sim como a INFORMAÇÃO e o USUÁRIO/CLIENTE que necessita dela, seja em qualquer suporte.
    Se a informação existir nós a encontraremos, e quando a escontramos, nós a gerenciamos, e quando gerenciamos o usuário fica satisfeito.
    Somos o melhor Sistema de Informação que possa existir e a internet é a nossa ferramenta da informação.
    Arquitetos da Informação ou não, precisamos adotar uma postura 2.0 para essa Era do Conhecimento.

  13. Sérgio, sinto lhe informar que a relação do bibliotecário e do arquivista com o papel como única forma de atuação está equivocada.
    Estes profissionais devem ultrapassar a barreira do suporte e pensar de forma mais ampla. Pensar em informação, em memória, em conhecimento em todos os suportes. Pensar em tecnologias que estejam relacionadas à esses suportes. Dentre outras coisas.
    A especialização e atualização são importantes para isso.

  14. Prezados,

    Boa Tarde! Gostaria de parabenizar a autora pelo artigo e colaborar aqui nas calorosas discussões enfatizando que o trabalho da arquitetura de informação ocorre principalmente por bibliotecários, pelo fato de tal profissional obter como habilidade a função de indexador. O bibliotecário vai proporcionar a melhor organização dos websites, facilitando, otimizando a navegação e, como disseram Rosenfeld e Milanesi citados no artigo, descongestionando os fluxos de informação para que o usuário possa recuperá-la facilmente. Graças a indexação existente na bagagem profissional dos bibliotecários isto é possível.

  15. Sinto informar amigo mas esse papel não cabe ao Bibliotecário e sim aos arquivistas tenho em vista o GED Gerenciamento Eletrônico de Documentos e ECM Enterprise Content Management (Gerenciamento do conteúdo de internet). A função do Bibliotecário é cuidar do Impresso das publicações das coleleções, enquanto q os Arquivistas cuidam da parte unitária do papel do documento comprobatório, histórico, administrativo, etc. Onde cada Acervo tem sua peculiaridade, cada Acervo é único. A biblioteca é estática não tem muito o q criar a organição é única seja qual for o tipo de publicação o Tesauros, CDU, CDD, etc. é o mesmo. É a única informação q eles mexem.

  16. Sou arquivista e atuo na área de Arquitetura de Negócios e Sistemas, o que incui todo o tipo de informação em meio digital. Tenho pesquisado muito sobre o assunto Arquitetura da Informação, Taxinomias, pois minha formação, infelizmente, não deu conta. Já fiz uma especialização onde abordou o assunto, mas muito genericamente, gostaria de descobrir cursos, palestras, enfim TUDO relacionado ao assunto. Quem puder ajudar ficarei muito grata.

  17. Os comentários feito por vocês são bastante pertinentes. Tive o privilégio de terminar a minha graduação na FESP/SP no curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação – o que acontece no mercado hoje em dia é que tanto as Empresas quanto os gestores do RH não têm o conhecimento sobre o que faz e a colocação Administrativa e Operacional deste profissional da informação, analista da informação, engenheiro e arquiteto da informação.

    Sabendo que sua imaginação é limitada quando ouvem a palavra Bibliotecário(a) e contestam e recuam quando temos a capacidade de gerenciar e administrar diversos nichos que outros profissionais não tem.

    É esse o diferencial que nós temos; estamos na era da globalização e a demanda da informação e estamos-nos apto a fundir as informações e o seu suporte atendendo não só usuários físicos mas também os clientes jurídicos que passam a enxergar esse profissional com o seu talento de tratar e organizar as normas internas e a sua política organizacional. Estamos no nosso momento de aparecer e fazer acontecer. Beijos a todos

  18. Estou gostando dos cometários… são muito
    válidos. Gostaria de saber onde encontro especialização em T.I. e Arquitetura da Informação
    aqui no Rio . Obrigada!

  19. Gostei muito do artigo!!, um campo maravilhoso e pronto para ser mais explorado está diante de nós Bibliotecários!!! realmente vc tem q complementar sua fac com cursos extra curri. principalmente na área web !!!
    Bem, fiz um curso sobre planejamento e organização para websites com o professor Robson Santos e fiquei sabendo ele é professor, se não me engano, na especialização oferecida pela ESPM ( PENA Q É PAGA rssss ), aqui no Rio de janeiro, de Arquitetura da Informação; não conheço outra especialização aqui no Rio sobre A.I.
    Boa sorte à todos!!!
    abraços

  20. Parabéns pelo artigo.
    Concordo com o artigo, o problema da nossa profissão é a imagem criada, precisamos divulgar mais intensamente nossas atribuições e habilidades para que possamos ultrapassar mais esta barreira.
    A falta de cursos na área também pesa muito, aqui mesmo em Campo Grande, não tem nada, e o pior é que à distância são poucos e às vezes muito caros.
    Mas sou otiminsta e penso que isto seja apenas o início de nossa virada, pois somos realmente os profissionais mais previlegiados, por termos acesso a, praticamente, todas as áreas do conhecimento humano, Arquitetura da Informação é mais um exemplo disso.
    Abraços

  21. Gostei muito do artigo. Quando fiz o curso de biblioteconomia na UFBA questionei muito com o Instituto o pouco conteúdo que tínhamos na área de tecnologia da informação. Quero me inserir neste mercado, estou buscando cursos que complementem meus conhecimentos.

  22. Gostaria de perguntas à Luciana Ferreira e à ANA MARIA LOPES DA COSTA, em que universidade cursaram arquivologia.

    Abraços,

    Daniel Beltran

  23. Katyusha, muito interessante o seu artigo! Atualmente, estou fazendo a disciplina Arquitetura da Informação e citei o seu artigo em um trabalho.

  24. Sabia!!!

    O legal é que agora mais e mais pessoas estão concientes disso.

    Eis um campo de atuação super dinâmico, vasto e com inúmeras possibilidades para o bibliotecário que goste e tenha familiaridade com TI.

  25. Acredito que em qualquer profissão é necessário que o profissional se aperfeiçoe. A universidade não dará todas as respostas, nem mostrará todos os caminhos. É claro que sentimos muito a falta de uma universidade mais focada no mercado de trabalho que tem fugido às nossas mãos (principalmente voltada para a Internet), o fundamental é que possamos contar com essa troca de informações constante. Que a classe una-se mais para que os conselhos sejam cobrados, mas que principalmente, a informação flua mais livremente e os profissionais da área de biblioteconomia não fechem os olhos para o futuro. Existem diversos cursos que podem ser feitos, infelizmente o mercado ainda concentra-se no Rio e em SP, mas várias palestras e debates vem acontecendo por aqui e já temos literatura brasileira com a qual podemos contar. A forma de especializar-se, atuar na área, conhecer o assunto, depende de cada um. Só não podemos perder o pique.

    Abs.

  26. Concordo que seja importante, mas eu não vejo necessidade de ter que fazer um mestrado só para isto. Basta se dedicar durante três meses no assunto que você se torna um guru no assunto.

  27. Considerei bem interessante o texto, que discorre sobre a profissão do bibliotecário. Acredito que os cursos de biblioteconomia devem atualizar seus programas curriculares, de forma a não permitir que venhamos a desaparecer como os dinossauros. Afinal outros profissionais estão entrando em nossa área e ninguém faz nada. fica um alerta para o pessoal dos CRBs.Ta na hora de dar uma sacudida e inovar, pois ninguém melhor para tratar a informação que o bibliotecário. sem essa de permitir que outros profissionais façam o que é de nossa competência. Cada um na sua é o lema.
    beijos.

  28. Katyusha Souza,

    Em um dos comentários você cita que há vários cursos de pós-graduação na área de AI, mas vejo que em Brasília não existe essa quantidade de cursos, na verdade conheço apenas o curso de Mestrado da UNB.

  29. Atualmente, as diversas IES e agências de fomento dão muito valor para atividades ligadas nas áreas tecnológicas e exatas, havendo uma ampla desvalorização das grande área denominada humanas. Assim sendo, a AI insere-se neste sentido, há um nicho maior, porém, o ensino tradicionalista continua sendo necessário, pois a triste realidade de nossa atualidade, é que ainda existem bibliotecas sem um sistema informatizado e onde o trabalho de biliotecário é exercido por funcionários desqualificados para tal função. Temos que valorizar nossa profissão, mas não nos esquercermos do nosso passado, conquistarmos o respeito pela nossa atividade.
    obrigado

  30. Os currículos dos diferentes cursos de Biblioteconomia espalhados pelo Brasil não têm uma proposta voltada para TI, a maioria dos cursos são tradicionais, como já citaram ai em cima, a saída é acatar a proposta da Katyusha e por fora do ambiente acadêmico, fazer cursos para se potencializar e com isso entrar nesse mercado. Eu estou fazendo um outro curso superior em uma instituição privada de Brasília de formação específica em Análise de Sistemas, é um curso que tem a duração de 2 anos e que da uma visão diferente ao profissional da informação, que vai desde modelagem de dados, programação até gerência de projetos, é um curso bem diversificado que eu aconselho a quem se interessa por esta área fazer!

    Abraços
    Filipe

  31. Sou Bibliotecária recém formada e estou trabalhando na BTeca da UFPA no campi do interior e concordo plenamente com o artigo,mas o que vejo é que o Curso em si não nos prepara da maneira que deveria para esta nova roupagem da biblioteconomia, e quando chegamos em um campi do interior é que nos deparamos com a realidade, ou seja, nem internet temos para trabalhar.

  32. Tiago, realmente há uma falta de recursos e na verdade de investimento na área. Não é só na sua faculdade, tenha certeza. Isso pode ser comprovado nos debates dos encontros de estudantes. Como o Filipe disse, a Universidade de Brasília está mais a frente com relação à parte tecnológica do curso pois oferece diversas disciplinas na graduação refentes à bases de dados, sistemas de informação, editoração, dentre outros.
    Mas acredito que não podemos depender somente da instituição de ensino para definir nossa formação. Cursos, trabalhos, oficinas, palestras, atividades extra-curriculares fazem e muito a diferença.
    Eu sei que existe o mestrado em AI na UnB, acho que é um grande avanço para nós. A AI envolve diversas áreas interessantes como acessibilidade, usabilidade, processos cognitivos, linhas de pesquisa sobre Interação Humano Computador e Cognição também são muito interessantes. Acredito que ainda temos muito caminho pela frente.
    Abs.

  33. Eu sou estudante de biblioteconomia da UNIRIO e o que vejo em minha faculdade é muita vontade e pouco recurso. Algumas disciplinas tratam muito pouco da área, que é reconhecida como um passo adiante do processo histórico da biblioteconomia, mas sem os recursos disponíveis para o funcionamento e a atualização das universidades públicas o papel de atualizar a biblioteconomia fica a cargo do estudante e do profissional que em termos acaba desistindo por falta de estímulo. É uma tristeza!

  34. Na Universidade de Brasília existe Mestrado na linha de Arquitetura da Informação, é um curso muito disputado, já que é em uma Universidade Federal e o curso é ministrado por Doutores na área, quem tiver intersse é só se inscerver no processo seletivo, eu estarei participando.
    Lembro também que essa área está em constante crescimento e com o mercado cheio de profissionais despreparados, portanto é uma boa chance também para fazer a diferença no mercado de trabalho e melhorar o nível dos Sites que encontramos por ai, tanto do governo quanto da iniciativa privada!
    Boa sorte a todos, o artigo ta de parabéns!
    Filipe

  35. Alexandre, concordo plenamente com você. Nossa formação é muito tradicionalista e a formação para trabalhar na área de web exige atividades extra-curriculares. Ainda bem que não faltam cursos, muito menos leitura. Na área de pós-graduação, por exemplo, já existem inúmeras opções.
    Também concordo com vc, Luciana. Acredito que a formação influi e muito no trabalho que desempenhamos, digo isso porque trabalho com pessoas de outras áreas e é nítida a diferença de foco que existe para cada profissional. Como vc mesmo citou, a multidisciplinariedade da área de informação permite que diferentes focos sejam abordados, a questão é saber quais são os objetivos procurados para que o profissional adequado seja encontrado.
    Abs.

  36. Cada vez mais as diferentes áreas de trabalho estão se misturando. Não existe quase uma especialidade única. Todos fazem tudo, fazem o que dá.

    Em muitas empresas vira uma bola de coisas misturadas.
    Com essa multidiscplinação, muitas empresas não estão sabendo qualificar suas áreas e estão perdendo as características de suas áreas de trabalho.

    É preciso ter especialistas específicos de cada área e formar uma EQUIPE para juntos alcançar objetivos e metas.

  37. Eu sou um bibliotecário recém-formado e desde que escolhi a carreira sempre tive interesse em atuar nessa área de desenvolvimento web. Mas, por mais que o curso trate sobre essa atividade, pouco se informa em relação à arquitetura da informação. É um assunto que passa quase desapercebido. A minha complementação teórica na área se deve muito a minha vontade de trabalhar com Internet. As faculdades de biblioteconomia são, em geral, muito tradicionalistas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *