Sobre os funcionários que não chegam cedo

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A cena é clássica: são 9:45h, 10h da manhã, e o criativo está chegando em seu serviço que, teoricamente, começaria às 9h. Pode ser em qualquer agência, seja ela do interior, da capital, do norte, do sul…

A verdade é que grande parte do pessoal que trabalha em agências de publicidade têm dificuldade em acertar seus próprios passos com os do ponteiro do relógio. Talvez seja algo inerente ao criativo, talvez seja o ambiente de trabalho ou talvez seja simplesmente preguiça mesmo, mas o fato é inegável.

O interessante nesta situação é notar como as empresas lidam de formas diferente com a condição. Em meu serviço, por exemplo, temos até cartão–ponto, o qual respeitamos (ou pelo menos tentamos) o máximo possível.

Atrasos não são um pecado mortal, mas também não são aplaudidos. Quando são freqüentes, primeiro vêm os tradicionais “puxões de orelha” e, persistindo a situação, uma reunião é prontamente organizada.

Já uma amiga de São Paulo trabalha em um local onde o esquema é diferente. Ela não tem um horário fixo para entrar ou sair, e sim metas a serem cumpridas. Não importa se você chegue às 7h da manhã de barba feita ou ao meio–dia, com cara de quem ficou na gandaia a noite toda. Entregando seu trabalho (bem feito, é bom salientar), cumpriu com sua obrigação.

Não vou mentir, invejo a condição de minha amiga. Acredito que as tarefas exercidas de forma responsável são a principal razão do sucesso de um projeto. Não acho que, para uma prestadora de serviços, como é o caso das agências de publicidade, seja necessário tal inflexibilidade, rigidez de horário.

É lógico, o bom funcionamento pede alguns padrões. Você não pode trocar a noite pelo dia, assim como o comércio tem um horário de funcionamento que deve ser respeitado (se você tem algum cliente que atenda depois do expediente sem reclamar, preste atenção. Ele pode não ser deste planeta).

Mas vejo na competência, no engajamento e responsabilidade de cada criativo em seus afazeres a principal razão do sucesso, e não o fato de se chegar meia hora antes ou depois. Não defendo a anarquia total, e sim uma maior tolerância com um profissional que, se preciso, fica no expediente até bem mais que o combinado. Quem nunca aprovou uma arte depois das 18h?

Mas os pontos de vista são diversos. Um colega de trabalho afirma que o horário é importante para se aprender a ter responsabilidade. Um outro acha que o engajamento e competência vêm justamente com o controle rígido. Tem ainda aqueles mais tradicionais, que apontam um bom funcionário quase que exclusivamente por sua pontualidade, deixando de observar muitas vezes a capacidade e poder de iniciativa do mesmo.

Independente da visão de cada um, a dificuldade de boa parte dos publicitários em seguir os horários à risca é reconhecida por todos. Basta agora saber se, o controle rígido destes realmente é a melhor opção, pois gera responsabilidade, ou se uma leve flexibilidade pode trazer benefícios à empresa, que contará com funcionários mais satisfeitos e, conseqüentemente, mais produtivos. Cada um tem uma opinião. Qual é a sua?[Webinsider]

<strong>Leandro Cavinatto</strong> (lecavinatto@yahoo.com.br) é redator publicitário.

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