E-commerce vai ao consumidor de menor renda

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Estima–se que existem atualmente, no Brasil, cerca de trinta milhões de pessoas com acesso à internet, das quais, cerca de quatro milhões já realizam compras online regularmente.

O caminho natural do e–commerce, agora, além de continuar transformando os atuais internautas em consumidores, é se expandir para outras classes de renda de forma que o bom ritmo de crescimento nas vendas seja mantido. A internet funcionava como uma enorme peneira, retendo os consumidores de renda mais alta. Ainda não é possível dizer que essa realidade mudou, uma vez que a maior parte dos consumidores online ainda pertence, majoritariamente, às classes “A e “B. No entanto, alguns indicadores já mostram uma expansão da internet em direção a classes de renda mais baixa.

Mais computadores, mais vendas

A última pesquisa de domicílios realizada pelo IBGE, o PNDA 2004, aponta que 16,3 % das residências no Brasil possuem um microcomputador, dos quais, 12,2% com acesso à internet. Para se ter do potencial de expansão no número de computadores domiciliares no Brasil, o IBGE aponta, na mesma pesquisa, que 65% dos domicílios já possuem telefones e 90% já possuem, pelo menos, um aparelho de televisão.

Também uma pesquisa recente realizada em favelas no Rio de Janeiro pela organização Núcleo de Pesquisa Favela, Opinião e Mercado. Indica que cerca de 11% dos moradores têm computadores com acesso à internet. Com investimentos públicos como o Programa de Inclusão Digital, que irá facilitar a aquisição de computadores abaixo de mil reais e com pagamento extremamente facilitado, além da inclusão de equipamentos na maior parte das escolas públicas do país, o número de pessoas conectadas à web deve aumentar expressivamente.

Sabe–se que o grande fator de crescimento nas vendas online é o aumento no número de pessoas conectadas à rede, portanto, mais computadores significam mais conexões e mais vendas pela internet.

Distribuição de vendas por região

Outro indicador interessante, desta vez segundo dados da empresa eBit, mostra que as vendas online realizadas por consumidores residentes nas regiões de menor renda per capita, como o Norte e Nordeste, vêm aumentando sua participação no total das vendas no Brasil, diminuindo aos poucos a grande concentração do faturamento nas regiões mais ricas, como é o caso de São Paulo. Fato concreto é que, com ou sem estímulos governamentais, a quantidade de internautas e de consumidores online continua crescendo em ritmo forte, impulsionando o aumento das vendas. Essa tendência vai persistir por alguns anos, tendo em vista o enorme espaço para penetração da internet no Brasil, conforme os dados apontados.

Não há nenhum mistério no crescimento do e–commerce e na expansão gradativa da internet para diferentes classes sociais. Foi assim que ocorreu nos Estados Unidos e na maioria absoluta dos países, portanto, não é surpresa que ocorra também por aqui.

É importante que os comerciantes online fiquem atentos a essas novas tendências. Consumidores, que até pouco tempo sequer acessavam um computador, estão aos poucos sendo apresentados à facilidade das compras online. Produtos que até pouco tempo atrás não tinham boa aceitação na internet podem começar a deslanchar nas estatísticas de venda. [Webinsider]

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<strong>Dailton Felipini</strong> (fale@abc-commerce.com.br) é professor de e-commerce e editor do site <a href="http://www.e-commerce.org.br/"rel="externo">E-commerce</strong></a>

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