Intranets amadurecem. Boa notícia para o webdesigner.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Grandes mudanças ocorrem nas empresas, que começam a enxergar nas intranets poderosas ferramentas a serem usadas amplamente. Com isso, há uma grande oportunidade para a atuação do webdesigner no mundo corporativo.

Ainda são poucas as organizações que possuem equipe de web, no quadro de funcionários, capazes de gerir e prover soluções que atendam às necessidades da estratégia. Por outro lado, cada vez mais demandam aplicações voltadas para as intranets.

Há um nicho de mercado para programadores, analistas e designers nas próprias empresas ou nas desenvolvedoras de softwares que as atendem. Dentro deste quadro, há uma vantagem especial para os webdesigners, graças ao apelo visual que a web trouxe ao desenvolvimento de sistemas.

Normalmente, os sistemas criados internamente pelas empresas não passam pelas mãos de um profissional de design, que poderia contribuir muito em usabilidade e interface com o usuário, uma vez que os programadores não possuem essa formação. Isso não acontece com os sistemas web, justamente pela referência que vem da internet.

O desafio nesse caso é grande para o webdesigner, que precisa extrapolar a sua fronteira e ajudar na análise e desenvolvimento do sistema. Isso porque, normalmente, nas empresas as equipes web são bem enxutas e não possuem a mesma estrutura de uma agência que conta, por exemplo, com profissionais de especificação, arquitetura da informação, webdesign e programação, com os papéis bem definidos.

O profissional de webdesign, que deseja atuar em uma empresa, deve ampliar os horizontes e ir além dos conceitos de design e da utilização de ferramentas como Photoshop, Corel e Dreamweaver.

Ele deve entender e participar de todo o processo de desenvolvimento de um sistema. Claro que não se tornará um analista de sistema ou programador, entretanto é importante ter uma visão geral e conhecer as possibilidades e limitações do ambiente.

É importante que ele entenda o negócio do usuário para propor soluções adequadas às necessidades com o auxílio de usabilidade e design para, com isso, ajudar o analista a elaborar um sistema muito melhor. Além disso deve interagir com o programador para conhecer as limitações e dificuldades existentes e juntos buscarem uma solução.

Trabalhar com método

Para desenvolver um sistema, o webdesigner deve trabalhar com as mesmas metodologias de desenvolvimento de um site: antes de começar a trabalhar é necessário realizar um bom briefing para levantar as necessidades, desejos e expectativas do usuário e do cliente que o solicitou.

Essa fase é muito importante, pois deve–se trabalhar a expectativa do cliente de forma a não decepcioná–lo ao entregar o produto final. Normalmente este trabalho é feito pelo analista, mas se for possível, o webdesigner deverá participar, pois, assim, ele entenderá melhor o que deve ser feito e não apenas irá fazer um sistema “bonitinho”.

Depois do briefing é hora de pôr a cabeça para funcionar e trabalhar o conceito do sistema que vai envolver o estudo da arquitetura da informação e a usabilidade. A arquitetura da informação deve ser bem pensada para facilitar a utilização do sistema e, dessa forma, ganhar agilidade e produtividade.

A usabilidade é fundamental para o sucesso do sistema, pois caso o programa não seja intuitivo, de fácil utilização e não respeite restrições tecnológicas, o usuário poderá criar resistência e o objetivo não será alcançado.

Para evitar problemas, retrabalhos e impactos no cronograma e no orçamento do projeto, o ideal é trabalhar com o wireframe – um protótipo que pode ser feito até em PowerPoint – e apresentar para o usuário uma solução pensada para atender às suas necessidades.

A participação do usuário nessa fase é muito importante, uma vez que não é interesse da equipe de web impor a ele um sistema. É fundamental a discussão. O entendimento vai evitar que ocorra depois um mal estar tanto para a equipe de web como para a área de tecnologia.

Após a aprovação do wireframe é hora de definir e criar toda a identidade visual como logo, cores, fontes e imagens a serem usadas. As diretrizes e padrões da empresa como, por exemplo, aplicações da logomarca devem ser respeitadas. Caso exista algum trabalho desenvolvido para o sistema, como logo, é só fazer algumas adaptações, se necessário.

Ainda não é hora de fazer nada em HTML, deve–se usar apenas imagens seguindo o que foi aprovado no wireframe.

Com o conceito já desenvolvido e aprovado, é hora de começar a dar forma e harmonia ao sistema.

Nessa fase, como em qualquer site, o usuário normalmente pode pedir algumas modificações. Nesta hora sempre se ouve a seguinte frase: “não era bem assim que estava imaginando”. Seja firme, claro, razoável e, principalmente, documente qualquer modificação solicitada. Não se esqueça de avaliar quais serão os impactos de prazo e orçamento referente a essas solicitações.

Depois de duas semanas que o sistema estiver no ar é interessante fazer uma pesquisa para saber como anda a satisfação dos usuários.

Para trabalhar nesse ambiente é indispensável a utilização de todas as técnicas usadas para qualquer outro tipo de trabalho realizado pelos profissionais. É importante fazer briefing, identificar quais são as necessidades do usuário, qual o público que irá utilizar o sistema e quais as restrições tecnológicas, dentro e fora da empresa, que podem impactar o projeto.

Mas não pára por aí. Com as tendências e novidades que estão surgindo no mercado, o profissional dessa área deve se atualizar, sempre, porque o trabalho de um webdesigner dentro de uma organização vai além do desenvolvimento de sistemas.

Percebe–se que, as áreas de comunicação e recursos humanos, que trabalham o relacionamento entre a empresa e os empregados, demandam soluções cada vez mais interativas e atraentes, como Flash, banners e jogos, misturando assuntos e conceitos a serem trabalhados com diversão, o que, felizmente, gera bons resultados para a empresa.

Portanto, o trabalho de um webdesigner dentro das empresas muitas vezes pode ser bem mais amplo do que se imagina. [Webinsider]

<strong>Bruno Castilho</strong> (brunogcastilho@yahoo.com.br) é webdesigner da Gerdau Açominas, onde participa da criação de campanhas eletrônicas para públicos da empresa. É formado em administração de empresa e marketing.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *