Arquitetura da informação para sites mobile

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O ano que se inicia será promissor para a economia em geral, especialmente para as empresas ligadas às tecnologias digitais, estejam elas na indústria ou nos serviços. Este é o mantra das últimas semanas. Você provavelmente já ouviu, e mais de uma vez, por mais de uma pessoa, afirmações deste tipo.

Na indústria das comunicações espera–se que as agências de publicidade e todas as empresas que fazem parte de sua cadeia produtiva, desde gráficas a produtoras digitais, retomem o volume de investimentos e façam com que seu produto informativo chegue a mais consumidores, através de formatos que se adaptem à canais midiáticos cada vez mais capilarizados.

Certamente os aparelhos de telefonia celular estarão entre os principais atores deste crescimento. Somente no ano de 2005, mais de US$ 45 milhões foram investidos em propaganda por celular nos Estados Unidos. Se levarmos em conta também os mercados europeu e japonês, vemos que a brincadeira está ficando séria.

Assim como a web em seus primeiros dias de utilização comercial, a internet por celular sofre com as conexões de baixa velocidade, linguagens tecnológicas limitadas (mesmo o Java, utilizado em games, não é aproveitado em sua plenitude) e, algo que a web não sofreu, o tamanho diminuto dos displays.

A popularização dos sites para celulares, e consequentemente a viabilidade do desenvolvimento de formatos publicitários para o meio, passa pela padronização das linguagens de interface para acesso e interação.

Hoje sabemos da importância da arquitetura da informação para construção de websites, tanto para quem divulga quanto para os que utilizam. Não há porque não achar que esta mesma importância será sentida no conteúdo para aparelhos móveis. Em alguns mercados mais avançados já é possível identificar tentativas de padronização e regras de usabilidade para o meio, porém muito pouco resultado efetivo pode ser medido.

Com as tecnologias atuais, das quais a mais utilizadas são Wap, Java e Brew, é possível construir sistemas de interação e captação de dados baseadas em acesso remoto, como a internet.

Contudo, os desenvolvedores devem reaprender a trabalhar com limitações, algumas das quais deixaram para trás há mais de uma década, em se tratando de web. Este “back to the basics” é indispensável agora, e quanto mais rapidamente nos aprimorarmos e ultrapassarmos estas barreiras, tanto melhor.

Uma ferramenta importante para esta evolução será o recém lançado Flash Lite, que começa a ter seu plugin disponibilizado pela desenvolvedora, por enquanto pago, e promete padronizar a linguagem de desenvolvimento para o meio, já que a ferramenta é campeã de popularidade junto aos desenvolvedores atuais.

Conexões lentas e caras

Primeiramente devemos nos ater à questão da velocidade de conexão. Atualmente as operadoras GSM disponibilizam o acesso por conexões de protocolo GPRS (General Packet Radio Service) que apesar de ser melhor que suas predecessoras ainda oferece uma taxa de conexão baixa, em torno de 40 kbps, em média. Além disso, os preços praticados ainda são exorbitantes e impossibilitam sua maior difusão.

O cenário pode mudar a curto prazo. A maior operadora CDMA do país já dispõe da tecnologia EV–DO (Evolution Data Only) para acesso banda larga em celulares 3G, que devem desembarcar no país ainda este ano. As conexões que utilizam este protocolo podem chegar a 2.4 MBs. (em tempo: a licitação para operar no mercado 3G será realizada pelo Ministério das Comunicações em meados deste ano)

Mas não devemos ficar parados esperando o 3G para salvar o nosso dia. Ao projetar sites, games ou qualquer outro aplicativo para utilização nos aparelhos disponíveis atualmente, o arquiteto deve ter em mente que menos é mais (só pra variar um pouco).

Sitemaps

Pois bem, como começar o trabalho de Arquitetura para o meio? De saída, como se começa qualquer trabalho de AI: conhecendo a fundo o conteúdo a ser trabalhado e os objetivos do cliente.

A organização estrutural dos sites para celulares não difere muito da documentada pelos sitemaps tradicionais, para acesso em desktops. A principal mudança, neste caso, é garantir que os usuários tenham acesso aos conteúdos ou realizem suas tarefas com o menor número de cliques e input de dados possível. Há então uma tendência à horizontalidade do sistema em detrimento à adoção de muitos subníveis.

Outro ponto importante é o da captação de dados e resposta às solicitações. Na web, a maneira mais fácil de entrar em contato com um usuário cadastrado é enviar–lhe um e–mail. Já no mercado mobile a melhor opção é o SMS. Um bom site deve integrar as tecnologias e utilizar o SMS para feedbacks de cadastramento, interações promocionais ou compras. Mas há um porém, já que cada operadora negocia de forma diferenciada este serviço, além de termos também que passar pelas integradoras, que são empresas especializadas em “dar liga” aos diferentes aplicativos, tornando viável ações SMS em sites WAP, Java, Brew ou Flash.

Wireframes

Já quando se trata de desenvolver os wireframes a tarefa passa do nível “difícil” para o “hercúleo”. Cada família de aparelho, de cada marca diferente, apresenta variação no tamanho de seus displays e portanto, na maneira como serão exibidas as páginas. Por isso as interfaces devem ser simples e objetivas, tanto no seu design quanto na nomenclatura dos links. Os textos devem ser curtos, objetivos e adaptados ao meio (pois os tamanhos das fontes variam muito, de aparelho para aparelho, provocando scrolls freqüentes). Além disso, as imagens devem ser utilizadas como elementos funcionais, realizando uma função maior do que a mera ilustração.

O ideal é que o arquiteto projete cada sistema com base na comparação usuário x objetivo. Quanto mais conhecermos o perfil dos públicos–alvo e o tipo de tecnologia que eles demandam dos aparelhos móveis, o que consomem além do tráfego de voz, poderemos estimar os tipos de aparelhos que possuem e como devemos apresentar–lhes a informação.

E se deparamos com perfis muito heterogêneos, aí não tem jeito. Devemos desenvolver mais de uma versão dos wireframes (na verdade uma para cada um dos tamanhos de display), com a mínima perda possível nos aspectos de identidade visual e interacional.

Exemplo de documentação

E para não dizerem que a cobra não morreu, apresento aqui um modelo de documentação que poderia ser aplicado para a versão mobile do Webinsider, valendo–me dos documentos básicos no trabalho do arquiteto, o sitemap e os wireframes.

Alerto que busco apenas exemplificar como pode ser desenvolvida uma documentação. Verão que, além das seções básicas que propus, poderíamos ter também um sistema de busca a artigos no BD, um optin para recebimento de SMS, etc, etc… Como dizem por aí, o limite está no conhecimento e na criatividade de cada um. Bons projetos! [Webinsider]

Leonardo Oliveira é mestre em Jornalismo Digital pela ECA/USP.

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13 respostas

  1. Olá, Leonardo. Como vai?
    Gostei muito do seu post. Mesmo tendo sido criado em 2006, ele se aplica muito bem aos dias de hoje. Até porque só agora estamos tendo uma grande demanda de mobile sites.
    Gostaria de saber se você tem alguns bons exemplos de mobile sites de hoje em dia.

    Obrigado.

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  3. muito boa a materia, estou fazedno um trabalho sobre o crescimento dos smartphones e opotunidades para o web designer

    poderia me mandar mais algum materia?
    obrigado

  4. Gostaria de receber mais informações sobre o desenvolvimento de sites para celulares, pois estou me preparando para um projetona minha empresa, e fiquei interessado neste projeto.
    Agradeço pela oportunidade de compartilhamento de idéias.

  5. Achei muito interessante esse artigo.

    Estou interessado no mercado móvel brasileiro. Poderia me informar onde posso encontrar mais artigos como o seu, mais informações sobre o mercado.

    Muito Obrigado

  6. Estou me preparando para um projeto de conclusão de curso, e fiquei interessado neste projeto gostaria de receber mais detalhes e pesquisar mais sobre o assunto. Agradeço pela oportunidade de compartilhamento de idéias.

  7. Gostaria de receber mais informações sobre o desenvolvimento de sites para celulares.

    e também como está o mercado futuro para essa atividade.

    Aguardo contato, obrigado!

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