JogosBR incentiva indústria brasileira de games

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O principal objetivo do JogosBR, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e executado pela Associação Cultural de Educação e Cinema (Educine), é estimular desenvolvimento de jogos eletrônicos no mercado nacional e, conseqüentemente, a implantação e crescimento de desenvolvedoras e distribuidoras brasileiras; além de despertar o interesse de grandes empresas internacionais pelos produtos brasileiros.

“O JogosBR se propõe como uma chamada de atenção dirigida ao governo e a investidores privados para a importância cultural e econômica da indústria dos games”, diz Orlando Senna, secretário do Audiovisual do MinC.

O prazo para inscrição nos concursos de Desenvolvimento de Demos Jogáveis e de Jogos Completos, inserido na edição 2005/06 do JogosBR, foi prorrogado até o dia 3 de abril. Para participar é preciso se cadastrar no site JogosBR e preencher formulários específicos.

Esta edição dos JogosBR está dividida em três concursos: a) Concurso de Idéias Originais para Jogos Eletrônicos (sem prêmios em dinheiro, voltado para estudantes e interessados em ingressar na indústria de produção de jogos eletrônicos brasileira); b) Concurso de Desenvolvimento de Demos Jogáveis (com 8 prêmios de R$ 30.000 cada, voltados para pessoas físicas e empresas brasileiras que já atuam ou são iniciantes na área de produção de jogos); c) Concurso de Desenvolvimento de Jogos Completos de Baixo Orçamento (com 2 prêmios de R$ 80.000 cada, voltados para empresas brasileiras que já atuam na área de produção de jogos eletrônicos).

A Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) colaborou fornecendo consultoria para a elaboração do regulamento e dos critérios de julgamento do Concurso.

“Aperfeiçoamos bastante em relação ao anterior, inclusive abrindo espaço para uma nova categoria: o apoio ao desenvolvimento de jogos completos de baixo orçamento. De uma maneira geral o concurso foi aprimorado para atender tanto aos estudantes que queiram ingressar no mercado, quanto às empresas já atuantes”, ressalta Maurício Piacentini, representante da Abragames.

Para o Concurso de Idéias Originais, alguns trabalhos já estão disponíveis online. Nesta página é possível ler e deixar comentários sobre as idéias. “Este ano elas estão bem fundamentadas, pois a nova formatação obriga o autor a detalhar mais o ponto central de sua idéia e explicar como a mesma se desenvolve na prática”, diz Piacentini. O objetivo deste Concurso é incentivar a criação de idéias através de descrição de roteiro, concepção visual, temas, cenários, situações e personagens.

Para participar do Concurso de Demos Jogáveis a idéia pode ser a mesma indicada no Concurso de Idéias Originais ou algo inédito, outro diferencial em relação ao ano anterior. Alguns dos Demos premiados ano passado já estão a caminho de se transformarem em jogos completos.

Para compor o júri que definirá os ganhadores dos concursos deste ano, a Abragames junto com o MinC indicarão profissionais da área. O julgamento do Concurso de Idéias Originais será feito através de votação online, enquanto o dos outros concursos será realizado através de reunião da comissão julgadora, em local ainda a ser definido, na primeira quinzena de abril. “Quem começar a preparar os projetos a partir de já, provavelmente tem uma chance maior de levar os prêmios”, diz Piacentini.

Para Senna, a importância dos jogos eletrônicos para a cultura está na mutação que estes ocasionam nas Artes Audiovisuais e na Educação. “Os games são a síntese revolucionária das novas tecnologias audiovisuais (as existentes e as que estão por vir) com a imaginação, que é o bem maior do ser humano. É um passo além do cinema e da televisão. Estamos falando de uma arte lúdica, eletrônica, interativa; uma avançada expressão humana no que se refere ao lazer, à educação, ao desenvolvimento do raciocínio e da percepção sensorial”, afirma.

O game é indicado como o item mais promissor no conjunto de atividades que economistas americanos batizaram de movie power, complexo industrial–tecnológico–comercial da comunicação audiovisual, um dos poderes decisivos do século XXI.

O Brasil vem despertando para a importância dos jogos eletrônicos e investindo nesta atividade promissora: nos últimos três anos, o crescimento do setor foi de 20% ao ano. “Como atividade incipiente e sem beneplácitos do Estado, a base desse crescimento era pequena, mas o resultado se traduz em um mercado que deve faturar, em 2006, entre 150 milhões e 200 milhões de dólares. Ou seja, um setor em movimento ascendente, que pode faturar pelo menos dez vezes mais se lhe forem destinados investimentos inteligentes do Estado e do capital privado”, diz Senna. [Webinsider]


Alessandra de Falco (alessandrafalco@ufsj.edu.br) é professora de Jornalismo Online e Planejamento Visual Gráfico na Universidade Federal de São João del-Rei-UFSJ. Tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo Científico e Tecnológico e Comunicação Organizacional. Faz parte da Rede de Pesquisa Jornalismo e Tecnologia (JorTec).

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