T-commerce: compras na TV com o controle remoto

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O controle remoto será o próximo grande alvo para o varejo. Muitos canais de compras já estão testando a tecnologia que permite que os telespectadores comprem sem sair do sofá. É o t-commerce (de television commerce), que já poderá estar disponível em algumas televisões a cabo e satélite ainda neste ano.

O t-commerce é mais um passo do e-commerce. Com o advento da TV digital poderemos comprar também usando o controle remoto, assim como compramos com o mouse? São dois meios de compra que se complementam e não se ?canibalizam?. O nosso comportamento está mudando; quem já compra em casa através da internet e catálogos, também usará o t-commerce, espera-se.

Mesmo com a internet, as pessoas em casa não deixam de fazer pedidos pelo telefone. Por outro lado, o t-commerce tem chances de substituir pedidos via telefone.

Segurança

Muitos consumidores irão preferir a segurança percebida no uso da TV do que usar o telefone para comprar. Há quem não confie na internet, diante de tantas notícias de invasões e fraudes. A TV dá uma impressão de maior segurança (o que pode ser uma falsa impressão). Até chegarmos ao ponto do t-commerce fazer parte de nosso cotidiano, as leis, a tecnologia e outros quesitos já estarão mais avançados, a ponto de garantir maior segurança sobre a transação (espera-se novamente). As lojas também estão se profissionalizando cada vez mais e procuram oferecer novos meios de pagamento e logística.

Não é fantasia; o t-commerce já está chegando. Já temos algumas aplicações funcionando hoje, como o Internet Banking do Bradesco na DirecTV, por exemplo. Ainda não é uma aplicação transmitida e trafegada por um padrão de TV digital, mas tem a essência do t-commerce.

Assim como o e-commerce já emplacou definitivamente, o t-commerce também terá a sua vez quando for realmente homologado o padrão de TV digital a ser adotado no Brasil. É importante salientar que a demora não é somente um fator ruim; analisando pelo lado positivo, significa que o governo pesquisa e tenta escolher a solução mais promissora para o país. Estamos perto da escolha apoiada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, o padrão japonês. Além de o Japão nos conceder um financiamento maior do que seus concorrentes, eles nos passarão a tecnologia dos conversores e teremos isenção de royalties. O padrão americano não possui suporte a transmissão de imagens para carros e celulares e a negociação é menos favorável.

Definido o padrão, o importante é que a TV digital seja simples, para que os telespectadores não encontrem dificuldades em comprar. Se for fácil apertar botões para comprar, será uma solução mais rápida do que o telefone. Além de manter uma vantagem presente na internet, que dispensa o contato verbal com o outro lado.

Transformando produtos em conteúdo

Mas o grande desafio do varejo e dos programas de entretenimento é inserir o produto a ser vendido na televisão como conteúdo e não mais como comercial publicitário. A grande revolução para a publicidade na TV digital é que o usuário poderá escolher se deseja ver ou não propagandas em sua programação. Isto muda o panorama.

A participação das operadoras de cabo e satélite é extremamente necessária para entregar a tecnologia interativa para o t-commerce. As mensalidades para permitir esta facilidade ainda não foram negociadas. Algumas expressam interesse em t-commerce, mas estão deixando as redes tomarem a liderança enquanto concentram sua prioridade em recursos interativos.

Certamente para conseguir chegar a essa nova realidade, precisamos primeiro introduzir outros tipos de recursos interativos de interesse da maioria da população, como ver e-mails e criar programação personalizada, entre outros atrativos.

Alguns experts americanos duvidam da propagação do t-commerce. O mercado potencial está limitado ao número de casas que possuem TV por satélite ou cabo digital e no Brasil ainda está engatinhando a TV por satélite.

Outro ponto importante é que a tecnologia ainda não possui um padrão comum. Inicialmente variará entre satélite, rede ou cabo. Todo mundo pode ir a um site de comércio, como o Submarino, independente do computador que usa, do sistema operacional ou do navegador escolhido. Mas a tecnologia t-commerce depende do suporte das operadoras de cabo ou satélite, que não será a mesma na DirecTV e na Vivax, por exemplo. Os lojistas de t-commerce ainda terão que garantir a privacidade e a segurança das transações.

Outro problema será a quantidade de controles remotos em casa, considerando que quase ninguém possui um controle universal. Já chegaremos ao ponto de termos quatro ou cinco controles. Qual será utilizado para a TV digital? Na maioria das vezes nem sabemos para que servem tantos botões. [Webinsider]

Rafael Kiso (rafael.kiso@focusnetworks.com.br) é CMO da Focusnetworks

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2 respostas

  1. È interessantes percebos o quando a tecnologia esta avnçando cada dia e tornando os seres humanos cada vez mais sedentários e preguiçosos. A tecnologia é algo extremamente bom mas, refletindo será mesmo que com a t-commerce isso vai ser realmente bom? vejo as pessoas do futuro comprando e fazendo suas coisas somente em casa, cada dia mais as pessoas querem muito mais o comodismo do que uma saida pela orla de sua cidade, e até mesmo quando vamos ao banco podemos perdemos de obsar muitas coisas que o mundo nos proporciona.
    Pelo que eu pude observar e refletir a t-commerce, ou tv digital, nos faz dar mais um passo ao sedentarismo e ao comformismo que a sociedade insiste em acompanhar.

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