No varejo eletrônico também há relacionamento

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Da mesma forma que no comércio real, no varejo eletrônico aumentar o faturamento é uma preocupação permanente. E, como sabemos, existem apenas duas maneiras de incrementá-lo: aumentar o tráfego (número de visitantes) ou a TCV – Taxa de Conversão de Vendas, que é o número de compradores dividido pelo número pessoas que entraram na loja ou site em um determinado período de tempo.

Para se ter uma idéia desse índice no mundo virtual, a taxa de média de conversão citada no site www.shop.org.br, que reúne vários dos principais varejistas eletrônicos dos EUA, é de 1,8%, ou seja, menos de dois em cada cem visitantes compram.

Ora, a oferta na internet é variadíssima, o meio eletrônico propicia a divagação/navegação e o aumento da concorrência a baixo custo. Desta forma, não é tarefa para amadores canalizar parte do imenso fluxo de consumidores que tenham potencial de compra e ainda estejam no perfil da webloja.

É preciso, primeiro, conhecer muito bem esse meio, que é etéreo e dinâmico; conhecer quase que intimamente seu público e, também, vencer a resistência de muitos, motivar visitas, ser atrativo para garantir a permanência dos visitantes e por aí vai. Na loja convencional, quase sempre o tráfego é uma função da localização e do marketing.
Promoção de vendas, campanhas, tudo é feito para aumentar o tráfego, que pode ser medido por meios automáticos (sensores, câmeras, contadores) ou manuais. Essa medida permite conhecer, ainda que grosseiramente, o impacto das campanhas de marketing e a eficácia dos anúncios no tráfego da loja.

A taxa depende quase sempre do gerente e da sua equipe, da forma como abordam e tratam os visitantes, disposição dos produtos e layout da loja.

No mundo online, as coisas são um pouco mais sofisticadas. Aumentar o número de visitantes também é função das campanhas de marketing, mas aumentar a TCV é função do webmaster. Já que o contato humano não é possível, persuadir o visitante fica a cargo desse profissional – o que não tem acontecido hoje, pois os próprios webmasters ou webmarketeers não sabem que a sua principal atividade é a persuasão.

Porém, no mundo virtual, graças a sofisticados softwares de métricas, as informações estão disponíveis.

É possível saber não somente porque e como o cliente chegou até o carrinho de compra e ao checkout, mas também porque desistiu, com razoável índice de certeza.

A sofisticação tecnológica do mundo virtual trouxe também novos formatos de divulgação, como o e-mail marketing, em que é possível saber o índice de abertura dos mesmos bem como de sua propaganda em sites de busca.

Embora tenhamos perdido o contato humano, graças à tecnologia (CRM – Gerenciamento de Relacionamento com o Consumidor e VRM – Gerenciamento de Relacionamento com o Visitante) estamos voltando ao início do século XX, quando o dono do armazém conhecia todos os seus clientes e conseguia oferecer o produto que acabou de chegar ou aquele que entendia que o cliente precisaria ou compraria. Neste sentido a tecnologia nos permitirá voltar ao armazém da esquina, só que na nossa sala. [Webinsider]

Francisco Camargo (fcamargo@clm.com.br) é engenheiro, especialista em marketing de serviços e presidente da CLM Software.

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3 respostas

  1. Embora nao tenha intencionado comentar sobre esse conteudo, acabei lendo e achando interessante, justamente por vir ao encontro de minha busca por este tema muito polemico.

  2. Serei muito breve: muito bom seu artigo, arrebentou. E o último parágrafo conclui muito bem o que está começando a acontecer, e o que está à disposição das empresas dispostas à investir no webmarketing (se é que este termo existe mesmo rs).
    []s

    Atenciosamente,
    Alexandre Degani de Cantone

  3. All,

    Bom artigo! Resume muito bem alguns dos desafios do e-commerce! Quero comentar sobre outro desafio que é o fato de o visitante nunca sair da sua loja esperando você baixar os preços, ou seja, ele quer comprar, vai comprar, mas somente quando você tornar seu produto mais acessível.

    Sendo assim a estatística apresentada no artigo não deveria assustar tanto, já que os clientes ficam apenas namorando sua loja diversas vezes antes da compra efetivamente.

    Vai do pessoal de Marketing administrar corretamente as promoções para não gerar apenas demanda temporária sensível a preço e sim fazer melhor uso das ferramentas de CRM e VRM para conhecer outros aspectos atrativos aos seus clientes em potencial.

    Abraços,

    Jessé Rodrigues

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