Phishing é um desafio constante para as empresas

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Uma única palavra define o avanço das pragas e fraudes virtuais, online, eletrônicas e afins: sofisticação.

Está cada dia mais difícil combater e ficar completamente seguro nas transações no meio digital. ?Olhos? vigiam e estão por toda parte, em busca de senhas, dados pessoais, números, informações confidenciais e endereços de e-mails que possam incorporar listas e mailings a serem vendidos para spammers ou utilizados para fraudar.

Infelizmente, apesar dos esforços da Polícia Federal no combate aos cybercrimes, as denúncias e as ocorrências se avolumam. O que fazer? É possível, de fato, estar protegido?

Ora, com a expansão do uso do e-mail, da navegação na internet (o Brasil é um expoente nisto); do Instant Messaging e do VoIP, chegam ameaças invisíveis para dentro das redes corporativas, ameaças que desejam roubar dados, informações confidenciais, senhas e a tranqüilidade dos administrados da rede ou dos responsáveis pela segurança.

De cada 100 e-mails, um é phishing

Para se ter uma idéia do que estamos falando, 80% dos vírus chegam ao micro por e-mail. Segundo Dean Drako, um dos precursores nos estudos de combate ao spyware e presidente da Barracuda Networks, ocorre uma tentativa de phishing (roubo de dados via sites falsos ou spywares) em cada 100 mensagens que chegam à caixa postal de um usuário. E, a coisa está piorando. Como os usuários estão mais espertos e não abrem mensagens de origem desconhecida, os criminosos virtuais inventaram mais uma maneira de enganar. Criaram uma nova geração de spams, capaz de imitar mensagens de amigos e empresas.

Essa nova geração de spam e phishing deverá enganar tanto filtros de software quanto as pessoas mais cuidadosas, já que os computadores infectados serão capazes de identificar padrões de escrita para depois gerar respostas convincentes a e-mails reais. Estas pragas poderão imitar, inclusive, o estilo de escrita de amigos. Elas estão a caminho, segundo os pesquisadores canadenses John Aycock, da University de Calgary, e o estudante, Nathan Friess, cujo trabalho salienta como os produtores de lixo eletrônico, spyware e phishing têm condições de criar ataques ainda mais perigosos.

Um bom exemplo é o Worm Nyxem, em sua versão E, que surgiu no início deste ano e figurou no topo das listas das pragas mais disseminadas, em todo o mundo, por meses. Este verme usa mecanismos capciosos para enganar os usuários. Espalha-se via e-mail, enviando cópias de si mesmo com um recurso do próprio protocolo de envio de mensagens eletrônicas, o SMTP ? Simple Mail Transfer Protocol. O pior é que quem recebe o e-mail tem a impressão de que o arquivo vem de uma fonte segura. Entretanto, ao fazer o download cria uma cópia do Winzip_tmp.exe no micro e, ao ser executado abre um arquivo de disfarce, o sample.zip. Engana mesmo. O Nyxem E tem capacidade de recolher informações de arquivos com determinadas extensões, além de se propagar por meio de drives.

Este e outros programas maliciosos instalam-se nas máquinas sem que o usuário perceba e enviam informações críticas ou permitem que o próprio hacker invada o micro ou a rede e procure as informações. Imaginem o que os espiões industriais poderiam fazer contra uma empresa.

O desafio de segurança é criar mecanismos ainda mais inteligentes que consigam impedir a ação destes programas maliciosos, que agem de forma disfarçada. Além disso, terão que combater novas formas de agir dos criminosos, que não precisam mais enviar maciças quantidades de spam do seu próprio micro, mas podem simplesmente instalar programas nas máquinas infectadas, colocando uma legião de computadores ?zumbis?, que vão enviar o lixo eletrônico quando ordenadas.

Respostas falsas a e-mails reais

Especialistas afirmam que estes programas escaneiam as mensagens na caixa de entrada do PC infectado e identificam não apenas informações, mas padrões e estilo de escrita. Então, dão respostas falsas a e-mails reais, de forma muito convincente. Na verdade, esta suspeita foi confirmada por dois canadenses, Aycock e Friess, que criaram um software que extraiu dados de e-mails, com tecnologia de data mining, disponível atualmente, encontrando padrões significativos como uso de abreviações, letras maiúsculas e assinaturas. Depois, um outro programa usou esses padrões para transformar um spam comum em uma resposta mais convincente e individualizada.

Os ataques estão cada vez mais sofisticados e discretos. Esses ataques disfarçados têm duas razões principais. Primeiro, porque muitos hackers foram condenados em vários países e, também, porque os usuários estão mais cautelosos. Além disso, a utilização de firewalls, anti-spam, antivírus, filtros de conteúdos, sistemas de privacidade e, mais recentemente, de avançados firewalls desenvolvidos especificamente para os ambientes de comunicação em tempo real ou Instant Messaging, entre outros, tem colaborado para que a propagação não atinja níveis estratosféricos.

Porém, em um futuro muito próximo (futuro no mundo virtual pode significar poucas semanas ou até dias) os ataques vão estar personalizados, como já foi comprovado pelos canadenses. Aí, meu caro, ?salve-se quem puder? não haverá espaço para descuidos em relação a sistemas de proteção. A implantação de políticas de segurança abrangentes e o uso de sistemas sofisticados e integrados para proteger a rede ou mesmo computadores, que já é inevitável, se tornará uma questão de sobrevivência para a empresa, assim como os seus backups. [Webinsider]

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Francisco Camargo (fcamargo@clm.com.br) é engenheiro, especialista em marketing de serviços e presidente da CLM Software.

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2 respostas

  1. Rael, o jeito é continuar treinando o Gmail, reportando SPAM sempre que um for parar na sua Inbox — não basta deletá-lo porque aí você não contribui para o ecossistema. Essa é uma das grandes vantagens de serviços como o Gmail: a inteligência do filtro de mensagens indesejadas é alimentada por todos os usuários em conjunto, e não só por você, caso usasse um cliente de email local. A briga continuará assim pra sempre, os filtros se aprimorando e os spammers descobrindo novas brechas. Não posso me queixar do Gmail: desde que comecei a usá-lo, a quantidade de emails verdadeiros que foram parar em SPAM é ínfima (tende a 0%) e a quantidade que passa pelo filtro também não é nada que me aborreça.

  2. Quando eu criei minha conta no Gmail, no início o filtro pegava tudo que era SPAM… Fiquei até surpreso…

    Mas hoje em dia até o Gmail os spammers conseguiram driblar.

    Não tem o q fazer :-/

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