Todo mundo pode ser jornalista? O que você acha?

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Um blog, até pouco tempo, podia ser definido como uma espécie de ?diário? eletrônico. Mas esta ferramenta vem ganhando mais e mais recursos e, em alguns casos, pode mesmo ser chamado de veículo de comunicação.

O número de blogs tem dobrado a cada seis meses, segundo informações da Technorati, que monitora o conteúdo de mais de 52 milhões deles. Hoje existem cerca de 70 milhões de blogs e que quase 75 mil novos são criados todos os dias. Isso dá a média alucinante de um novo blog por segundo!! E quem lê tudo isso? Cerca de 1/3 dos usuários da internet, segundo a mesma Technorati.

No que tange à comunicação e à informação, desconfio que esta seja uma das mais importantes ferramentas criadas para a produção de conteúdo na web. Não apenas porque permite que qualquer pessoa possa criar e manter um veículo de comunicação, gratuitamente, e sem ter que entender nada de programação. O fundamental, na minha opinião, é que a participação dos leitores já está provocando mudanças na postura dos profissionais que, até bem pouco tempo detinham o monopólio da informação.

Em breve o jornalista não será mais o dono da informação, da fonte, do furo. E quem ganha é a notícia, que passa a ser produzida de forma mais coletiva, adquirindo novos pontos de vista e chegando a lugares e a situações que os meios de comunicação não conseguem chegar. Grandes desastres como o furacão Katrina e a Tsunami no Oceano Índico geraram enormes picos de postagem nos blogs. Informação preciosa, fornecida por gente comum.

Hoje basta estar na hora certa e no lugar certo, com um celular na mão, para se tornar fotógrafo ou cinegrafista. Em vez de ligar para a redação para avisar de um fato, o leitor ?apura? a matéria e a envia pronta. E a credibilidade? E tudo o que aprendemos na faculdade e nos anos de experiência profissional? Quem responde é o jornalista Ricardo Noblat, que assina o primeiro blog de notícias do Brasil: ?Credibilidade se conquista produzindo informação de qualidade. Isso o leitor comum pode fazer. Mas é claro que o jornalista, que estudou para isso, sai na frente?.

A interatividade ensinou muito a Ricardo Noblat e creio que seu aprendizado pode ser muito útil tanto para profissionais e como para estudantes. Com duas semanas no ar, ele recebeu uma informação de um amigo, profissional competente, com quem já tinha trabalhado, pessoa de confiança. Publicou. Era um trote do Cocada Boa, grupo que cria ?notícias? com aparência de verdade como forma de humor. E quem acha que isso não tem graça nenhuma, relaxe, na internet tem espaço para todos. Os caras têm ótimas sacadas.

Noblat pensou em tirar a nota do ar, mas resolveu pedir desculpas ao público e foi massacrado. ?Ninguém gosta de receber críticas, muitos colegas deixaram de colaborar no meu blog, por causa disso. Em um jornal, um erro tem muitos ?pais?, o que faz com que ninguém, em última instância, se responsabilize por ele. No blog, tudo é de sua responsabilidade e, qualquer deslize gera uma avalanche de críticas em menos de 10 minutos.?

Passado o choque inicial, Noblat entendeu que muitas das críticas procediam e passou a ser ainda mais rigoroso na apuração dos fatos, não importando sua origem. Hoje, além das informações que recebe de fontes e colegas de profissão, ele conta com uma extensa rede de colaboradores, além de dois repórteres contratados. ?Todo mundo está sujeito a errar. É nossa obrigação checar tudo?, completa.

O Globo investiu neste nicho e criou o Eu Repórter, no Globo On Line, que recebe material dos leitores. A equipe procura manter o texto original enviado, só fazendo alguma alteração se for fundamental para a compreensão da leitura. Como as matérias são publicadas em uma página exclusiva, fica muito claro que a informação foi produzida por um amador, embora a equipe responsável cheque tudo para garantir a credibilidade, maior valor de um veículo de comunicação.

Essa importante ferramenta de comunicação, de informação e de conhecimento permite dar voz a quem não podia falar. Permite reunir quem não tinha espaço. Permite articular interesses de quem andava sozinho. Basta ter o que dizer, a quem dizer e trabalhar com seriedade. Se este é o seu caso, crie o seu blog. Se não, as colaborações são sempre bem-vindas! [Webinsider]

<strong>Ana Redig</strong> (anaredig@globo.com) é jornalista. Foi a primeira webmaster do sexo feminino no Brasil e mantém um <strong><a href="http://web2brasil.blogspot.com/" rel="externo">blog</a></strong>.

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Mais lidas

21 respostas

  1. Tenho muito interesse nessa profissão,tenho curiosidade pela descoberta do novo. Tenho uma grande paixão pela vida e amor pela humanidade. Sou um idealista.Uma grande vontade de brigar pelo meio ambiente,pela ciência,cidadania e os direitos humanos. Defender a LIBERDADE DE IMPRENSA como se fosse o ar que eu respiro,por que com os políticos de hoje não podemos ficar calados ou mesmo parados temos que lutar pelos direitos sociais e econômicos do nosso pais . Não ter qualquer outra atividade remunerada que represente conflito de interesses.

  2. Será que é bom ser jornalista?

    Todo mundo me pergunta o que eu quero ser quando me formar!
    e eu apenas falo adoro jornal!adoro entrevistas mais…
    na maioria das vezes, devemos ter uma responsabilidade imensa do que queremos ser,e eu descobri que…
    jornalismo não é só entrevistar! jornalismo é…
    poder garimpar lições e reflexões sobre a mídia brasileira!
    jornalismo é o valor que temos de oferecer a cada um dos seres na mais pura confiança,e eu andei pensando será que é bom ser jornalista?
    VOU TENTAR!

  3. tenho apenas 14 anos quero ser um dia jornalista:
    cada pessoa tem direitos de escolhe sua profissão exemplo:esta estundando direito por causa do pai mas as pessoa que faz direito não que fazer direito a pessoa sabe em que ele melho pronto jornalista a pessoa gostando de verdade pode ser um grande jornalista e respondendo:qualque um pode ser jornalista jornalista é como um cidadão comum que fala os problemas do seu país seu bairro;cidade eles são os próprios jornalista.

    pessoal me adicionar no msn e no orkut pra agente conversa sobre está matéria:
    MSN:jovem_tjs@hotmail.com
    orkut-marcos1_x1@hotmail.com

  4. Bom eu concordo com a Nathália,
    um bom jornalista te que acreditar saber respeitar
    ser competente e encarar as pessoas que te odeiam,
    sem contrair ninguém,ser justo e principalmente gostar do que faz,ter curiosidade de enfrentar tudo e por todos sem ter medo do que faz.
    Ser jornalista não é só viajar para mostar a todos o quanto o mundo é bonito e sim mostrar o que o mundo está passando e as pessoas que sofrem por causa das outras pessoas.
    Plantar o bom e colher o melhor,
    isso é SER JORNALISTA!

  5. O que fazem a gente ser jornalista.

    È saber aprender e ensinar,
    é acreditar no que o futuro nos reserva,
    é viver sempre numa boa,
    é encarar as pessoas que te odeiam,
    é plantar o bom e colher o melhor,
    é SER JORNALISTA!

    Nathália

  6. Ser Jornalista

    è comentar sobre o acontecido
    as vezes ser até meio esquecido!

    é saber plantar o bom e
    saber colher o de melhor.

    é não ver você girando em sua volta
    e sim você girando em volta dele!

    è ter o dom de ensinar e
    de aprender

    é viver viajando
    é ser um otimo Jornalista!

    Muito Obrigado vocês me ensinaram muito!
    Nathália

  7. link: http://ub.jor.br/home/index.php?option=com_content&task=view&id=50&Itemid=31

    SER JORNALISTA

    Ser Jornalista ..

    Jornalista não fala ? informa …
    Jornalista não vai à festas ? faz coberturas …
    Jornalista não acha ? tem opinião …
    Jornalista não pára ? pausa
    Jornalista não chora ? se emociona …
    Jornalista não some ? trabalha em off …
    Jornalista não lê ? busca informação …
    Jornalista não briga ? debate …
    Jornalista não usa carro ? mas sim veículo …
    Jornalista não passeia ? viaja a trabalho …
    Jornalista não conversa ? entrevista …
    Jornalista não é chato – é crítico …
    Jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra …
    Jornalista não se confunde ? perde a pauta …
    Jornalista não se acha ? ele já é reconhecido …
    Jornalista não influencia ? forma opinião …
    Jornalista não omite fatos ? edita-os …
    Jornalista não pensa em trabalho ? vive o trabalho …
    Jornalista não é esquecido ? é eternizado pela crítica …
    Jornalista não morre ? coloca um ponto final.
    (Autor Desconhecido)

    Enviado por E-mail por: Adecar Pasqua

    Homenagem do Jornal União dos Bairros ? UB, ao jornalista Tim Lopes que foi executado por investigar e denunciar os maus cariocas que tanto faz mal ao povo Fluminense e a todo o Brasil!

    Divulgação: http://www.ub.jor.br
    011-3436-2033

    Apoio: Arnaldo Murdhock
    arnaldoguarulhos@gmail.com

  8. Ana, acho sua colocação muito apurada,de forma clara e objetiva de um assunto muito vago de muito longe da realidade de varios brasileiro que por falta de condições e/ou proprio investimentos das prefeituras ou estado em escolas publicas com informatica e internet faz com que os menos favorecidos do mundo virtual nao tem a oportunidade de desenvolver novos talentos da literatura e da informação. Estamos em realidades muito diferentes e acredito que mesmo com tantas dificuldades os blogs são a mais nova forma de divulgação relâmpago do acontecimentos no mundo, assim mesmo com tambem uma nova arma para denuncias contra aqueles q se julgam ESPERTOS.
    Bjs e parabéns pelo seu trabalho.

  9. EU TENHO IDEIAS E IDEIAS VC NAO APRENDE NA ESCOLA.EU DESAFIO A QUALQUER UM.ME DER UM PRODUTO E EU FAÇO UM SLOGAM.UM ROTEIRO DE FILME PUBLICITARIO.COMO OS QUE JA TENHO FEITOS COM PRODUTOS FICTICIOS.PELE NAO APRENDEU A JOGAR BOLA EM UMA FACULDADE.EU APRENDI FAZER TEXTOS DE FILMES SO.E DIFICIL ENTRAR E U SEI.MAIS SO QUERO VER DEPOIS DE MOSTRAR AS MINHAS IDEIAS REGISTRADAS.ELES VAO CORRRER QUE ABUTRES.

  10. OLA EU QUERIA SABER SE PRA SER PUBLICITARIO PRECISO SER FORMADO EM PUBLICIDADE .SENDO FORMADO EM COMUNICACAO SOCIAL JA BASTA OU NAO?

  11. Ana, parabéns pelo artigo, mas preciso de informações.
    Tenho 65 anos e me formo o ano que vem. O meu TCC é sobre a Mulher na Comunicação – Jornalismo. In felizmente, não existe biblioteca para pesquisa e está difícil concluir.
    Quero sua opinião, se possível, sobre:

    1) O que é ser jornalista?
    2) Dificuldades par a a mulher jornalista?
    3) Por que não se escreve sobre a mulher no j jornalismo, embora t enh amos ótimas profissionais e já sao maioria na profissão?
    4) Discriminação contra a mulher?
    5) O q ue mais achar necessário!

  12. Edvaldo, a profissao de publicidade nao é regulamentada por lei, por isso a resposta é não: não é preciso estudar publicidade para ser publicitário. No entanto, é extremamente difícil entrar e viver em um mercado tão competitivo – até porque tão competente (a publicidade brasileira é reconhecida internacionalmente) – sem instruçao formal.

    Há muitos conceitos, técnicas, fundamentais para o bom exercício da profissão. Isso se aprende com quem faz. E os que fazem dão aulas sobre o que fazem.

    O mesmo vale para os jornalistas. Só que, neste caso, existe lei que proíbe o exercício da profissao por pessoa que nao fez o curso superior de jornalismo. O que não impede a liberdade de expressão. Cada um tem o direito de achar e de escrever o que quiser, só que jornalismo é outra coisa.
    Um abração

  13. para ser publicitario precisa ser formado em publicidade? eu sei que alguns conhecimentos nao faz mal a ninquem.mas.se eu for daqueles que vira e mexe tem ideias e as registra para me resquardar de qualquer roubo.pois.eu sei que uma ideia vale muito dinheiro.eu estou estudando um livro chamado vende-se 30 segundos.manual de roteiros para filmes publicitarios.

  14. Pois é… a pergunta foi feita especificamente para o exercício do jornalismo. A maior parte dos comentários que li enfocou aspectos de comunicação e publicidade. Entretanto, penso que este espaço de comentário é demasiado pequeno para a amplitude da análise que a pergunta propicia. Portanto, vou tentar ser direto na resposta que representa a minha opinião: Sim, pode… Não apenas jornalista, publicitário, mas qualquer outra coisa… porque penso que quem compra um serviço, ou lê um texto, é que deve poder avaliar o impacto em sua vida do que está comprando, ou lendo, o que for. A qualidade dessa avaliação é ditada pela experiência de vida, nível de educação, grau de cultura, momento que se está vivendo, etc, etc, etc…
    É claro que toda atividade demanda uma preparação de quem a executa, sob o risco de se produzir bobagens, embora mesmo essa avaliação – uma bobagem – seja subjetiva. Essa preparação pode advir de muitas fontes, não apenas de um meio formal. A exigência de aparatos como um diploma, como requisito para se exercer qualquer atividade, somente talvez seja admissível para quem contrata uma prestação de serviços para serem oferecidos ao público por patrocínio institucional, em nível de governo, por exemplo. São as mazelas da burocracia, onde a existência do diploma pressupõe a qualificação. Porque quem sabe do desmazelo na produção desses instrumentos (diplomas), sabe que a sua portabilidade quer dizer, em muitos casos, absolutamente nada. O fato é que nada substitui o talento, a experiência, o conhecimento real. Há inúmeros exemplos em diversas áreas para comprovar essa afirmação.
    As instituições não oficiis que oferecem espaço para produtores de qualquer conteúdo são um elo entre o produtor e o destinatário. Elas podem e devem preocupar-se com a qualidade do que veiculam. Nesse caso, elas podem fazer um juízo da qualidade de seus colaboradores, exceto quando explicitamente deixam claro a responsailidade do autor… Mas esse juízo não necessita ser necessariamente baseado em uma diplomação nisso ou naquilo. São temas complexos esses, responsabilidade, liberdade, censura, qualidade. Disse no início que esse espaço era pequeno.
    Acho que deveríamos preocupar-nos mais, pois, com o usuário, menos com o produtor. Se aquele for exigente, seletivo, criterioso, interessado, educado (não estou falando de formalidades sociais aqui), etc, etc, etc…qualquer produção tende a se tornar melhor, em média…Esta é uma opinião apenas, a minha… o resumo dela que tentei adequar ao espaço disponível.

  15. Parabéns pelo excelente artigo!

    Acredito que os blogs fazem parte da Evolução da Espécie jornalística. Os bons sobressaem e permanecem, enquanto os fracos vão perdendo espaço e acabam literalmente sumindo.

    De nada adianta estar num veículo de massa (seja TV ou internet) e não ter conteúdo.
    Mais importante do que aparecer (e isso é MUITO importante), é ter qualidade na informação transmitida.

    Abraços.

  16. Bom Ana, o que está acontecendo é a WEB 2.0 se popularizando, onde o usuário deixa de ser apenas um apurador e passsa ser o coadjuvante do filme da web.

    É ótimo ver isso acontecer. A quantidade de informação é gigantesca, e acredito que assim a relevancia da mesma aumenta gradativamente.

    Abs.

  17. Falou tudo
    Um publicitário não precisa ser formado para ser bom. Mas alguns conhecimentos técnicos e teóricos são sempre bom.
    O mais importante para um redator, formado ou não, profissional ou amador, de fato é a credibilidade. Isso se conquista com muita dedicação e boa-vontade para verificar o que é, de fato a verdade.
    E isso é uma responsabilidade grande.
    Isso é válido para blogs e/ou sites de notícias on-line… pois é muito difícil você entrar em um telejornal de porte por exemplo sem ao menos um diploma na mão…
    Eu sou publicitário e criei um blog sobre inovações tecnológicas… Minha primeira experiência como blogger… E estou adorando, e a cada dia consigo mais visitas e assinantes…

    Espero eu, ter credibilidade para com os meus leitores. Pois preocupação de minha parte não falta, muito menos esforço.

    A internet ta ai, para dar uma oportunidade à todos. Agora se vai ser sucesso ou não, quem decide é o publico.

    valeu

  18. Os meios de comunicação hoje são cada vez mais rapidos e diversificados.A noticia perde um pouco da credibilidade com isso, já que cada vez menos o profisional em interesse em investigar.Algumas vezes graças a internet.O que importa nesse caso não é o grau de escolaridade e sim o compromisso com a verdade.

  19. É Ana, basta saber aproveitar. As ferramentas estão ai, para buscar informação e produzi-las. Hoje em dia, creio eu, o indivíduo que fica sem informação descente é por que quer e nada mais.

    Ótimo artigo.

    Abraços!

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