Quem chegou tarde pode ficar fora da internet?

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Essa questão pode ser respondida com base em duas premissas distintas: a do empresário que já tem um negócio físico e pensa em utilizar o novo canal de comercialização e negócios; e a do empreendedor, que cogita implantar um novo negócio majoritariamente na internet, quer seja uma loja virtual voltada para o consumidor final (B2C) quer seja para o comércio com outras empresas (B2B).

Para quem atua no comércio tradicional, utilizar a internet deixou de ser uma escolha e passou a ser uma necessidade estratégica. Quase todas as empresas hoje em dia têm algum tipo de presença na internet, desde um simples site institucional, passando por catálogo eletrônico de produtos, pelo relacionamento mais ágil com clientes, fornecedores, funcionários ou distribuidores, via web, até a implantação de uma loja virtual onde as vendas são totalmente efetivadas de forma eletrônica.

Esse avanço ocorreu de modo tão rápido que, muitas vezes, o empresário nem se deu conta de que vários processos de negócios, que antes demandavam uma grande estrutura de hardware e software, passaram a ser realizados em ambiente web de maneira mais eficiente e, o que é melhor, a um custo surpreendentemente mais baixo.

A internet tornou-se uma espécie de estrada digital que chega gratuitamente às portas de todas as empresas. Pode-se até não utilizar essa infra-estrutura, mas é bom ter consciência de que a concorrência vai usá-la e vai ganhar produtividade e agilidade com isso.

Para novos empreendedores

Depois da quebra de muitas empresas ponto-com ocorrida em meados de 2000, principalmente nos Estados Unidos, criou-se o mito de que as empresas na internet não poderiam ser lucrativas.

Ocorre que o principal fator de insucesso, naquela ocasião, foi a existência de um mercado ainda incipiente na internet, com muitas empresas para poucos consumidores. Além disso, pesou bastante a forte influência especulativa das bolsas, que levou investidores a colocarem muito dinheiro em projetos não factíveis simplesmente para venderem a participação, em seguida, com lucro. A realidade hoje é totalmente diferente.

Já temos um mercado substancial, com cerca de 1,1 bilhão de internautas em todo o mundo e algo ao redor de 25 milhões no Brasil. O faturamento das empresas de varejo online vem crescendo a taxas de 40% ao ano desde 2001, e as boas empresas do setor estão indo muito bem. Que o diga o Submarino.com, que fechou o ano passado com um lucro de R$ 18,7 milhões e faturamento de R$ 547 milhões, o que representa um crescimento de 192% em relação ao ano anterior. O fato é que existe espaço para novos empreendimentos tanto no varejo quanto no B2B.

No entanto, é preciso planejar muito bem o negócio. Não vale a pena, para os novos empreendedores, tentar concorrer com os grandes varejistas da internet, que disponibilizam em suas lojas centenas de milhares de itens e que investiram milhões de reais para montar o empreendimento.

A estratégia recomendada para o pequeno empreendedor é pesquisar o mercado e encontrar segmentos ainda pouco explorados. Aí sim, trabalhando com uma variedade menor de produtos que demandam menor investimento, poderá lutar para ser reconhecido e, se possível, ser o líder em seu nicho de mercado.

Um fator positivo atualmente é que já é muito mais fácil se encontrarem bons fornecedores de serviços relacionados ao comércio eletrônico, como hospedagem, desenvolvimento, soluções de lojas prontas, entre outras.

Vale salientar que o momento ainda está muito favorável para o comércio eletrônico, que continua crescendo e agrega milhares de novos clientes em potencial todo ano. E nem poderia ser diferente, afinal, em uma economia cujo PIB ?patina? a taxas de 1,5% ao ano, não é sempre que se encontra um setor cuja previsão de crescimento para 2006 é de 56% em relação ao ano anterior. [Webinsider]
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<strong>Dailton Felipini</strong> (fale@abc-commerce.com.br) é professor de e-commerce e editor do site <a href="http://www.e-commerce.org.br/"rel="externo">E-commerce</strong></a>

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6 respostas

  1. Acho que, as pessoas deveriam ter bom senso. Propaganda tem hora e lugar… alguns comentários poderiam ser deletados, nada agregam (vide moacir)

    Quanto ao artigo, sigo a mesma linha de pensamento ao de Rafael Arcanjo, aliás, ótima pergunta a dele. A internet tem tamanho ? pode ser medida ? Como tudo nessa vida, reiventem-se empresários, empreendedores…

  2. Concordo com o seu artigo e acrescento o seguinte:
    Fora do eixo Rio-São Paulo há um grande leque de oportunidades para o e-Commerce. Os empreendedores locais ainda tem espaço para crescer em meio às grandes empresas pelo simples fato de ter um custo reduzido pela entrega dos produtos.

    Outro dia fiz uma pesquisa sobre preços de placa-mãe em minha cidade. Estava um pouco caro, mas mesmo assim era mais barato do que ter que pagar o frete.

  3. Como eu faço pra minha lãn encher e ao mesmo tempo bater nas concorrencias desleais,com preços de 1:00 a hora e preços de 2.50 a hora sendo que a minha é 2:00 reais a hora, não tá dando certo por isto venho através deste e-mail pedir sua ajuada.Meus PCs são todos novos.Tenho firma reconhecida e as outras não tem, e meus impostos são caros demais….Fico por aqui esperando sua resposta>Obrigado por eta lendo este E-mail.Até a próxima resposta…

  4. A internet só está começando a ficar boa agora, nunca é tarde, sempre existira um site a ser feito para resolver um problema, um software para fazer tal coisa e etc…

  5. Espaço ainda existe. Basta que sejam definidos os caminhos e objetivos a serem traçados pela empresa ANTES de que ela entre neste mercado. Estudar as possibilidades e fazer o uso correto dos buscadores, utilizando a otimização de técnicas de SEO.

    É um caminho árduo, mas espaço existe.

    Aliás, alguem sabe o tamanho da internet ? :p

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