Empreender é bater escanteio e correr para cabecear

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Quem aqui se lembra do clássico da nossa infância “Os Trapalhões e o Rei do Futebol“? A lembrança já não está mais tão viva na memória, mas em uma cena sensacional o Didi batia o escanteio e ele mesmo fazia o gol. Bons tempos aqueles, onde as preocupações eram passar de ano ou derrotar o Larry Koopa no Mário 3, rumo ao próximo mundo.

Hoje, na cadeira de pequeno empresário, sinto saudades daquele tempo (principalmente da parte de passar ao próximo mundo). Mas a gente logo descobre que tem que trabalhar, crescer, evoluir, construir uma história, assim como fazem todas as pessoas, cada uma do seu jeito.

E que história você vai construir? Qual caminho vai seguir até chegar lá? A estabilidade do serviço público? Seguir carreira numa grande corporação? Ou você vai buscar o empreendedorismo e abrir a sua própria empresa?

Se você optou pela última opção, prepare-se. Você vai bater muito escanteio e correr para a área cabecear. Com a diferença que as trapalhadas, neste caso, não são engraçadas.

Imaginemos uma situação possível.

Você, pequeno empresário de internet (leia-se pequena agência ou produtora com até cinco funcionários), recebe uma indicação de um cliente do seu cliente. Vocês marcam uma reunião para segunda de manhã. Isso significa que você fez um bom trabalho e foi indicado. Começou bem a semana, garotão! Ponto pra você (será que dá pra trocar por uma vida depois?).

Você vai à reunião, ouve o problema do possível cliente e sai de lá com a incumbência de enviar uma proposta comercial para a tal solução.

A proposta comercial baseia-se mais ou menos na estimativa de horas que o projeto terá (seja coerente nisso, é parte fundamental) multiplicada pelo custo por hora. Nesse custo por hora você precisa prever coisas como salário da equipe envolvida, impostos de todo tipo, custo de software e hardware, o custo operacional da empresa em si, uma merrequinha de lucro, etc.

No final do dia, você recebe a triste notícia de que a sua proposta foi considerada alta demais e o projeto será desenvolvido por uma outra empresa, que cobrou a metade do seu preço.

Em outras palavras: você, trouxão, que paga impostos corretamente, registra a galera em carteira e se esforça para fazer tudo certinho, perdeu um futuro-possivel-cliente pra uma empresa que explora funcionários, paga mal, sonega e etc. Ou seja: Roy Koopa, com seus óculos escuros, te derrotou na hora de passar de fase. Game Over and insert coins.

Mas não desanime, ter a sua própria empresa tem vantagens insuperáveis, como o simples fato de poder tomar as decisões como você quer e realizar as coisas da maneira que acredita. Vale a pena entrar no jogo sim.

A bola tá lá, na bandeirinha, é só bater o escanteio. Alguém se habilita? [Webinsider]

.

<strong>Daniel Rodrigues</strong> (daniel@energyinteractive.com.br) dirige a <strong><a href="http://www.energyinteractive.com.br" rel="externo">EnergyInteractive</a></strong>

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15 respostas

  1. Concordo em vários pontos levantados no artigo. Mais do que abrir uma empresa, empreendedorismo é ter atitude. Você precisa ser o protagonista da sua vida. É possível empreender numa multinacional, abrindo seu negócio e até sendo funcionário público, apesar dos exemplos que temos fazerem o contrário.

    Trabalho com empreendedorismo o tempo todo e o que vejo é muita gente falando e pouca gente fazendo. Quando falam, ou se queixam das dificuldades ou dizem que estão esperando o momento certo ou que tiveram a idéia mirabolante. Mas o mundo não pára e as pessoas ficam no discurso sem a tal da atitude.

    Apesar das dificuldades, vários esforços estão sendo feitos para facilitar o empreendedorismo no Brasil, seja políticas públicas, capacitação, exemplos, etc. O Brasil está num cenário econômico melhor e há boas perspectivas.

    Pare de falar. Comece a Fazer, Tire suas Idéias do Papel, Gente que faz, etc… tudo começa com atitude e isso todos temos de sobra, basta despertar.

    Site do movimento Global de Emrpeendedorismo para esse ano: http://www.tiresuasideiasdopapel.org.br

    Abraços,

    Lud

  2. Percebi que acima há várias pessoas do ramo de programação e publicidade, pessoas essas que vendem seus serviços e se enquadram dentro das cituações expostas no texto.

    Como eu me enquadro ou me enquadraria no caso do que pediu o orçamento, eu digo Nem sempre aquele que orça uma campanha publicitária, tem condições financeiras de banca-la

  3. acho que não podemos abrir uma micro, nano empresa, sei la… sem ter antes uma forma de segurar esse tipo de baque, se voce acha que vai ser só uma vez que isso vai acontecer… é a toda hora.

  4. Bem é isso mesmo que acontece. Mas existe algumas saidas. Vou deixar um exeplo que não tem nada a ver com grandes negócios. Estava conversando com uma amiga sobre o serviço empreendedor dela que é fazer biquines e blusas de croche. Perguntei a ela quanto ela cobrava para fazer uma peça e quanto tempo demorava. ela me respondeu que o biquini era 35 reis e levava o dia inteiro para fazer as duas peças ai eu disse que não valia a pena. Porque va lá que a pessoa que encomendou o seriço venha a desistir. Ai ela me respondeu primeiro que faço o que gosto depois eu cobro o novelo antes amarrando quem encomendou. deste novelo faço mais dois biquinis para crianças e cobro pelos infatis 10 reais cada. Dou um praso para pegarem o biquini. Não pegou não perco nada vendo para outra. Não durmo no ponto o mundo gira. A moral é a seguinte cobre para fazer o orçamento azar só assim você descobre o interesse do outro lado. Até porque tempo é dinheiro. Chamamos isso de consultoria financiada.

  5. Criei – olha a pretensão, – e estou desenvolvendo uma tese na qual afirmo que o mal não existe. Da mesma forma que Ele juntou barro e criou o homem, também juntei Santo Agostinho, Pitágoras, Ptolomeu, Nitsche e Tomás de Aquino.

    Seguinte: Seu artigo fala do bem e do mal.
    Esse bem e esse mal estão expostos e definidos segundo seu ponto de vista e o dos comentaristas que apóiam seu pensamento.
    Ok. Isso é liberdade.
    O bem está representado pelas atitudes de empreendedorismo e persistência, praticadas pelo articulista.
    O mal, pelas atitudes de astúcia e deslealdade que, na hipótese, teriam sido praticadas pelo concorrente.
    Ocorre que assim como no mundo da física Einstein disse que o tempo não existe, eu, do alto dos meus estudos pretensiosos, digo que o mal não existe e que, a rigor, nada há de errado nas atitudes elencadas no artigo.
    E explico: O certo e o errado são fruto de convenções. Ninguém é obrigado a seguir convenções. As convenções obrigatórias são aquelas que podem nos trazer algum prejuízo: aparecer como criminoso no jornal, ser algemado, ir prá cadeia, etc. Provavelmente o trabalho do hipotético concorrente desleal passou pela fase de avaliação de circunstâncias, onde foi concluído que no Brasil se pode tudo que não vai dar nada. Com base nessa conclusão, foi montada a empresa.
    E são reais as chances de que venha a prosperar.
    Quanto ao articulista e aos heróis que o elogiam,
    existe sério risco de que venham a sucumbir felizes por terem feito o que puderam. Mas frustrados por verificarem que gente boa morre cedo e raça ruim vive prá caramba.
    Acontece que o que nos ensinam, no que se refere a comportamento, parte do princípio de que há uma certa justiça na sociedade, o que não é real. Há momentos de honradez e momentos de pura rapinagem.
    Nesse espaço não é possível desenvolver o assunto o suficiente. Mas, lembro que Al Capone, depois de metralhar meia dúzia de concorrentes que insistiam em operar em sua área, pegou a mulher e as crianças e foi à missa.

  6. Olá Dani,

    parabéns pelo artigo, tava demorando pra te ver por aqui… É muito bom dividir nossas idéias com o pessoal da área.
    Elogíos, críticas e desabafos nos enriquecem a cada dia e nos inspiram para um próximo artigo. Além de que cada comentário nos traz a certeza de que estamos no caminho certo… batendo escanteio e correndo pra cabecear, mas quem não faz isso o tempo todo com tudo na vida?! Tá aí a alegria de fazer acontecer seu próprio negócio…
    Parabéns mais uma vez,

    Monica W. Rodrigues.

  7. No final do dia, você recebe a triste notícia de que a sua proposta foi considerada alta demais e o projeto será desenvolvido por uma outra empresa, que cobrou a metade do seu preço.

    Realmente isto é a dura realidade que convivemos hj em dia, mas não podemos desanimar, o que vale é a qualidade dos projetos e não a quantidade.

    Abraço!

  8. Daniel,

    Muito bom o desabafo na forma de artigo! Estamos no mesmo barco e, espero, vamos superar todos os desafios nessa aventura doida que é empreender no Brasil.

    Abraços,
    Daniel

  9. Eu estou prestes a registrar minha nanoempresa, ai eu vejo um artigo desses e me bate um desanimo, mas a vida é assim mesmo, se você fazer as mesmas coisas sempre ganhará as mesmas coisas, por isso só sobrevive a empresa que é inovadora, se o pessoal for criativo com certeza não terá espaço para a concorrencia.

  10. Pois é Daniel, normmalmente são dois extremos:

    – empregado ou empregador.
    – cliente ou fornecedor.
    – trabalhar de forma correta ou o contrário
    – tantos outros

    Mas ir pelo caminho correto do FAIR PLAY, tirando resultados para serem analisados, aumentando nosso aprendizado a cada momento, nos fará ficar cada vez mais próximos de não ter que passar por este tipo de situação.
    Por incrível que pareça, normalmente o caminho mais difícil é o correto.
    Vamos por aí.

  11. Aê Daniel,

    Bom artigo, legal esta apresentação do nosso mercado. Infelizmente acontece desse jeito, mas podemos optar por continuar lutando e poder obter o Sucesso!

    Um abraço!
    T+++

    Glifson Magalhães

  12. Grande site grandes colunistas, e especialmente, grande texto Daniel Rodrigues!
    Finalmente achei um complemento ao Imasters!
    Abraço!

  13. Isso aí…vejo muita gente passar por isso…e eu mesmo pretendo passar por este tipo de dificuldade…meu sonho é abrir uma agência de publicidade!

    E quanto aos games eu não curti muito essa época, mas joguei muito Sonic! Hehehehe…e com relação ao escanteio, eu vou tentar fazer gols olímpicos!

    Abraço!

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