Buscas encontram resultados que falam mal de você?

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Você já checou o seu nome no Google? E nos outros buscadores? Como está a sua moral nas redes de relacionamento? Casa de ferreiro, espeto de pau. Ou melhor, casa de marketeiro conectado e nada de cuidado com a imagem pessoal e virtual?

Pode ter certeza: na busca de um emprego, num contato de negócios ou mesmo pessoal, muitas vezes você será investigado na internet antes de ter a oportunidade de causar uma boa primeira impressão à moda antiga. Foi pensando nestas pessoas que precisam de uma ajuda extra para tomar conta de suas identidades na rede que empreendedores americanos apostaram seus dólares na oferta de serviços de ?gerenciamento de imagem digital?.

Mas a quem exatamente eles interessam? A você e a um volume significativo de outros seres humanos, usuários da rede ou não. Tanto ao grupo formado por ?gente-buscando-mais-exposição? quanto para ?aqueles-querendo-esconder-alguns-ou-muitos-pecadinhos-que-foram-parar-na-rede-num-momento-de-ingenuidade?.

Afinal, um nome pode acabar na web sem que necessariamente seu dono tenha o posto lá, e numa situação não muito agradável. E também a geração que viveu o colegial (o famoso high school) e a faculdade nos tempos de My Space (a rede de relacionamento mais famosa nos EUA, equivalente ao Orkut no Brasil) e You Tube chega agora à vida adulta e época das primeiras empreitadas profissionais. E alcança este novo status com muito lixo publicado, tudo ao alcance de um clique.

Do outro lado estão aqueles que não contam com nenhuma referência significativa na rede, e adorariam ao menos serem mencionados. Ou têm participações tão díspares e espalhadas que não contam com uma propaganda muito substancial.

Pesquisa feita recentemente pelo site de oferta e busca de empregos CareerBuilder determinou a partir das respostas de 1.000 gerentes de RH que 1 em cada 4 usa sistemas de busca para coletar dados e selecionar candidatos.

Já a ExecuNet, outra empresa de recrutamento, revelou que 35% dos headhunters que usam sistemas de busca na tarefa de selecionar o profissional ideal têm como hábito eliminar potenciais clientes com base no que foi encontrado. Índice que promete subir, já que em 2005 a sujeira na internet só importava para 26% dos entrevistados.

Aumente suas chances de ser visto “bem”

Se no seu caso a coisa anda um pouco morna e seu nome aparece lá pela página 26 da pesquisa, se você sofre com um nome popular, com homônimos pipocando no Brasil e no mundo, ou pior, com um xará famoso te tomando espaço, vá já para o site da Naymz e se cadastre.

Eu fui e engrossei o grupo de mais de três mil participantes. E, pelo pacote gratuito, estou no topo das pesquisas do Google e em destaque. Coisa que não é prometida, mas pode acontecer. Para se ter certeza e aparecer em links patrocinados em vários mecanismos de busca se paga menos de US$ 5,00 ao mês. Segundo divulgado pela empresa após alguns meses de operação, iniciada em março de 2006, o recurso pago já era adotado por algumas centenas de pessoas.

O negócio foi concebido por três profissionais que se conheceram trabalhando com tecnologia web e marketing online na agência de viagens online Orbitz . Naymz, o resultado desta junção, é baseado na construção de uma página pessoal do cliente com links sempre atrelados ao nome dele, de maneira a chamar a atenção dos buscadores. Quando você se cadastra, constrói seu perfil ao seu gosto e ganha o espaço antes destinado a produtos e serviços da parte nobre no resultado de buscas. Lá o seu nome em negrito é acompanhado dos dizeres ?quer saber mais sobre mim? Leia o meu perfil aqui? com link direto para o seu cantinho na Naymz. Não entendeu nada? Dê um ?google? nos nomes dos sócios Nolan Bayliss, Tom Drugan e Tony Czupryna. Veja as frases em inglês e clique no link patrocinado.

Montando mais um cantinho na web

Outra empresa que aposta na estratégia de montar uma página portfólio na web é a ClaimID. Mas a abordagem é um pouco diferente, com a proposta de apostar menos no posicionamento em ferramentas de busca (embora o faça) e mais no poder do usuário em juntar e ?explicar? o material sobre si em um só lugar. O serviço é resultado da sacada de dois estudantes em doutoramento, Fred Stutzman e Chapel Hill, que perceberam como ultimamente anda difícil gerenciar tudo o é publicado na internet a respeito de alguém, mesmo sendo este alguém nenhuma celebridade.

A estratégia para colocar ordem no caos é a mesma, unificar a tralha virtual num único perfil. Mas o espaço que o sistema abre para organização do material em grupos e contextualização dos links é muito interessante. Testei também e aprovei. Tem recursos que permitem, por exemplo, explicações sobre um parecer profissional hoje equivocado, mas muito adequado anos atrás, quando foi postado num dos confins da rede. Você pode ainda ressaltar comentários a seu respeito feitos por outra pessoa ou ainda explicar que um determinado trabalho muito bem feito, mas não devidamente creditado, foi resultado do seu suor e inspiração.

Ou até, por que não?, abraçar a idéia do openID, para o qual o ClaimID é também provedora e abrir várias portas virtuais com a mesma chave. Extra: a sua página ClaimID funciona ainda como uma cópia de referência de links que lhe são preciosos e podem desaparecer na internet a qualquer momento.

Hora da faxina

Seu problema está mais para sujeira na internet? A coisa está realmente feia para o seu lado e suas imagens (literalmente) e nome estão relacionados com algo não só embaraçoso, mas danoso? Chame um advogado! Ou melhor, um advogado com experiência na internet e que se intitula o relações públicas do homem comum. Trata-se de Michael Fertik , a mente por trás do Reputation Defender, empresa lançada em outubro de 2006 e cujo mote é ?procurar e destruir?.

Idealizada para resolver problemas de famílias cujas crianças estavam sofrendo com o que se chama de ?online bullying? (ou a atazanação pré-adolescente levada para o mundo da internet), o empresário rapidamente visualizou o filão do serviço com foco em adultos.

Por preços variados a partir de US$ 10,00 por mês, a empresa trata de vasculhar os recônditos da web para sua apreciação. Não gostou do que viu? Pague cerca de US$ 30,00 por ?cabeça? e deixe que a empresa elimine o seu motivo de vergonha, quer dizer, o link desagradável. Fertik diz em entrevistas que até agora uma conversa com donos de sites onde estão as referências desagradáveis resolveu o problema. Mas está disponível, por uma taxa extra, a levar acordos impossíveis para resoluções legais.

Parece muito barulho por nada? Segundo os especialistas desta área, se há algo na rede que você teria problemas em mostrar para a sua mãe, repense sua atitude na web. E colocar a mãe no meio parece bem adequado, uma vez que não são só os possíveis empregadores que você devia temer.

Pesquisa conjunta entre a Microsoft e a Harris Interactive mostrou que quando um adulto usa uma ferramenta de busca para fazer pesquisa por nomes próprios, 39% o faz para checar sua própria popularidade na rede.

Mas não é a única razão, já que 29% do total ainda vasculha os próprios familiares, 36% também usa a internet para checar o passado e presente de amigos e conhecidos e 17% tem como alvo algum objeto de envolvimento romântico. De acordo com o Search Engine Watch são feitas de 25 a 50 milhões de buscas por nome próprios diariamente. É muita gente bisbilhotando! Vai continuar fingindo que não sabe? [Webinsider]

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<strong>Gabriela Simionato Klein</strong> (gaby@mindsell.com) é jornalista, radicada nos Estados Unidos e também escreve no blog <strong><a href="http://www.debaixodaminhapele.blogspot.com" rel="externo">Debaixo da minha pele</a></strong>

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9 respostas

  1. Excelente artigo. É importante refletir sobre a influência dos mecanismos de buscas e empregabilidade.

    Att,
    Marcelo

  2. Gabriela,

    o Google Alerts (http://www.google.com/alerts) eh uma ferramenta que te avisa por email quando o Google indexa uma determinada palavra chave na rede. Eu uso ele nao apenas para monitorar o meu nome mas tambem alguns temas que tenho interesse.
    Vale a pena conferir e adicionar na sua caixa de ferramentas.

    Outra coisa que vale como dica aqui, principalmente se voce mantem um blog pessoal e por algum motivo nao pretende que o google guarde uma copia da sua pagina em cache (o que ja deixou muita gente constrangida) voce pode usar a tag .

    Mais informacoes aqui: http://googleblog.blogspot.com/2007/02/robots-exclusion-protocol.html

    Continue com os bons artigos.
    Handerson

  3. Gabriela, ótimo artigo.
    Pessoalmente, no longo prazo aposto mais no trabalho feito por empresas de relações públicas e assessoria de imprensa com excelentes resultados nos EUA e ainda ignorado no Brasil.
    O lado do marketing pessoal, que vc aborda, (registrar o próprio nome) é apenas marketing pessoal.
    🙂

  4. Olá Orlando,

    Fico feliz que você tenha apreciado as dicas trazidas pela matéria e já as tenha utilizado inclusive. Pelas minhas pesquisas, embora existam muitas empresas oferecendo o serviço de otimização de desempenho em sites de busca no Brasil, eles sempre são voltados para empresas. O nicho de mercado atendendo a pessoas físicas tem sido explorado há pouco tempo por aqui nos EUA. Trata-se de uma tendência que pode ser aproveitada por empresas com know-how no país ou mesmo pelas americanas quando estas atentarem para um potencial fora dos EUA. Uma dica: no caso do seu homônimo, você pode usar o link que remete a ele em seu perfil no ClaimID até para explicar que você e eles são pessoas diferentes.

    Um abraço

    Gabriela Simionato Klein

  5. SORRIA! VC ESTÁ SENDO GOOGADO!!

    Realmente a cris tem razão, tudo que escrevemos na net pode ser usado contra nós (ou a nosso favor, claro). Fiz uma pesquisa com meu nome e apareceu um homonimo num PDF sobre tortura, mas no Equador, ainda bem que nunca estive lá. 🙂

    Acho que vou seguir o exemplo da Cris e me cadastrar no Naymz e no ClaimID tambem. Nunca é demais quando nosso nome está em jogo. Mas não existem empresas brasileiras que fazem isto ?

  6. Ôps! Não sei se falei besteira quando disse que os comentários são rastreados pelos feeds. Mas, de qualquer forma, são rastreados. Eu juro que vi vários comentários meus aparecerem na busca do Google. Socooorrro!! Vou pensar bem daqui em diante antes de comentar algo… hehehe… 🙂

    (será que eu deveria estar fazendo esse comentário aqui?)

    SORRIA! VC ESTÁ SENDO GOOGADO!!

  7. Hahahahaha!! Sensacional!! Noutro dia mesmo coloquei meu nome no Google e fiquei apavorada!! Porque hoje até os comentários que vc faz em blogs ou sites alheios são rastreados pelos feeds.

    Pra minha sorte (ufa!) não encontrei nada que queimasse meu filme. Mas se eu já respeitava a rede, a partir de agora, vou respeitar ainda mais.

    E me cadastrar no Naymz e no ClaimID. Nunca é demais quando seu nome está em jogo.

    Outra sorte que eu tive foi descobrir duas homônimas do meu nome completo e várias com meu nome e segundo nome. Graças aos céus, nenhuma delas é meliante procurada pela Interpol.

    De qualquer forma, essa idéia do ClaimID é boa até par se explicar nesse sentido. Podemos fazer um link para o homônimo e alertar aos quatros ventos: Esse NÃO sou eu!

    Adorei o artigo. Muito providencial e relevante. Além de gostosamente escrito.

    Ponto pro Webinsider, que pra mim, já é leitura obrigatória. Com essa nova colaboradora ficou ainda melhor.

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