A diferença entre sistemas de áudio 5.1, 6.1 e 7.1

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket
Escolhe-se um local de referência para todas as medições. Esse local tem o nome tradicional em inglês de "sweet spot". O objetivo da calibração é fazer com que o som seja ouvido com clareza quando o ouvinte está, justamente, no sweet spot.

Depois de decidir pela instalação do seu Home Theater, aprenda a fazer as devidas medições e configurações entre caixas acústicas, subwoofers e a melhor localização para receber o áudio sem ruídos.

 

O áudio multicanal padrão do DVD é o Dolby Digital, que pode codificar desde um único canal (mono) até 6.1 canais. Está implícito que, para reproduzir uma trilha sonora completa (5.1 ou 6.1), seja Dolby ou DTS, é necessário um sistema de amplificação e caixas acústicas compatível.

É preciso ter cuidado, porque no comércio existem circuitos simuladores de som multicanal, mas nenhum deles pode ser totalmente efetivo com apenas duas caixas acústicas. Mesmo a reprodução do Dolby Surround, nesses casos, é limitada.

Ao mesmo tempo, é preciso deixar claro que áudio 7.1 em DVDs convencionais não existe.

E qual é a diferença entre 5.1 e 6.1?

Dolby e DTS usam codecs para extensão do som surround estéreo, chamados respectivamente de Dolby Digital Surround EX e DTS Extended Surround. Eles adicionam um canal traseiro central, mono, chamado de Surround Back: são os sistemas 6.1. A diferença para o 5.1 é apenas esta nova caixa na parte de trás.

Este canal pode, entretanto, ser usado para um subwoofer traseiro (o subwoofer tradicional fica na frente) ou ainda ser dividido em Surround Back Esquerdo e Direito. Se for este o caso, é possível usar 7 amplificadores no lugar de 6, mas o sistema não é necessariamente 7.1.

O objetivo de se instalar duas caixas acústicas Surround Back no lugar de uma é para aumentar a dispersão do som na parte traseira da sala. Também pode-se evitar o chamado “efeito de headphone”, que é a sensação de reprodução do som dentro da cabeça do ouvinte, ao invés de ao redor dela, como manda as especificações do som surround.

O diagrama abaixo mostra como os alto-falantes devem ficar dispostos:

pauloelias01.jpg

Na figura acima, o termo Sweet Spot marca o lugar de referência do ouvinte. Maiores detalhes sobre a instalação podem ser achados nesta página do meu site pessoal

Ajustando o sweet spot

Uma vez instaladas e posicionadas todas as caixas acústicas corretamente, é necessário fazer o setup das mesmas. O resumo do procedimento é o seguinte:

Escolhe-se um local de referência para todas as medições. Esse local tem o nome tradicional em inglês de “sweet spot“.

O objetivo da calibração é fazer com que o som seja ouvido com clareza quando o ouvinte está, justamente, no sweet spot.

Como são cinco ou sete caixas usadas, mais um ou dois subwoofers, dois ajustes básicos são importantes: o volume de cada caixa e o retardo (“delay“) aplicado a cada uma delas.

Este último ajuste não é crítico, mas é importante, porque como cada caixa tem uma distância diferente em relação ao sweet spot, a velocidade do som deve ser ajustada de maneira a que todos os sons cheguem naquele ponto ao mesmo tempo.

Para o ajuste do volume, os receivers ou pré-amplificadores para audio e vídeo (A/V) geram um ruído rosa (“pink noise“), com o qual se pode determinar o volume relativo de cada caixa. No momento em que todas as caixas reproduzirem o ruído com o mesmo volume, o ajuste está feito.

Neste ponto, é sempre bom lembrar que se o usuário tiver acesso a um medidor de pressão sonora, este ajuste vai ser sempre mais bem feito do que apenas confiar na percepção auditiva.

Para ajuste do retardo, é suficiente pegar uma trena e medir a distância de cada caixa ao sweet spot. Em muitos A/V receivers, a medida está em pés e não em metros.

A vantagem da medição por pés é que 1 pé equivale exatamente a 1 milisegundo de retardo. Assim, se uma caixa estiver, por exemplo, a 6 pés de distância, o valor do ajuste é de 6 ms.

Em muitos equipamentos, esse ajuste é fixado em 5, 10 ou 15 ms, e desta forma deve-se escolher o valor mais próximo dos valores medidos com a trena.

Terminando estes dois ajustes, já se tem meio caminho andado. Ajustes mais sofisticados, como por exemplo, o do chamado “bass management”, fica para um próximo artigo sobre o tema. [Webinsider]

. . .
https://webinsider.com.br/2007/06/22/aprenda-a-posicionar-e-ajustar-suas-caixas-de-som/
https://webinsider.com.br/2023/03/30/contrate-o-webinsider-para-melhorar-o-blog-da-empresa/

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

32 respostas

    1. Oi, Marcos,

      Desculpe, mas não entendi a sua pergunta. Seria possível, por gentileza, ser mais explícito no que você quer saber?

  1. Alex,

    Eu não usuário Yamaha, e posso estar te informando errado, porém eu entendo que GEQ é abreviação de Graphic EQualizer, que é um equalizador geralmente dividido em ajustes de oitavas de freqüências. E PEQ é um pré equalizador, ou Pre EQualizer, quer dizer ajustes previamente feitos e acionados pelo usuário ao seu gosto.

    Você, de qualquer forma, deve consultar o manual para maiores esclarecimentos. Espero ter ajudado.

  2. Oi, Tilda,

    Eu sinto muito, mas eu não faço testes com equipamentos e nem costumo indicar marcas e modelos para os leitores.

    O que eu posso sugerir é o seguinte:

    Faça primeiro uma estimativa de quanto você pretende gastar e que equipamentos deseja adquirir. A melhor montagem é a que é mais completa. O padrão atual dos filmes é 7.1 canais, mas se for montado um sistema 5.1, em muitos casos não se nota a diferença, tudo depende do grau de exigência do usuário.

    Em vídeo, a escolha é mais fácil, porque as LCDs com backlight de LED estão aí com um grande número de opções e preços, e com qualidade muito boa. Se você gosta mesmo de cinema, vai querer investir em uma tela grande, a maior possível. Na escolha da TV verifique o número de entradas HDMI, quanto mais melhor (2 no mínimo).

    O gasto com A/V receivers será alto se você for comprar modelos importados. Fora estes, me parece que a Sony oferece modelos razoáveis, a preços abordáveis. Talvez o maior gasto seja com as caixas, e aí você deverá pesquisar no mercado as lojas que tem bom preço.

  3. Olá Paulo,

    Quero montar um HT, numa sala de 6 x 3 sendo que a parede que irá o HT será uma de 3, o que você me indica em custo/beneficio?

    um abraço

  4. Olá, Marcos,

    O cinema quase nunca adota o padrão de extensão de 5 para 6 canais, e a extensão para 7 só existe em Blu-Ray.

    Assim, se você tem preocupação com espaço e distribuição de caixas no ambiente, com 5.1 você estará bem servido.

    Note que tanto 6.1 quanto 7.1 são retro compatíveis com 5.1, e por isso ambos os programas tocam perfeitamente neste último.

  5. Boa tarde Paulo

    Tenho um pequeno apartamento e possuo cerca de 9 metros quadrados na sala. Gostaria de saber qual seria o sistema adequado.

    Desde já agradeço

  6. Oi, Oswaldo,

    As duas caixas surround esquerdo e direito, se forem de radiação direta, ficam uma de frente para outra, instaladas a cerca de 2/3 da altura da parede, e próximas aos ouvidos de quem está sentado na sala.

    As duas surround back traseiras ficam, de preferência o mais atrás possível do assento. Se isto não for possível, elas devem ser apontadas para o centro da sala, ou seja, em ângulo de cerca de uns 15º para baixo, em relação à parede. E são instaladas na mesma altura das outras.

  7. Paulo,
    Tenho um HT ONKYO 7.1 e vou instalar numa sala pequena. A minha dúvida refere-se ao posicionamento das 2 caixas laterais e das duas traseiras. Pergunto se as laterais devem ficar uma de frente para a outra a aproximadamente 1,30 m do chão? E as traseiras, a que altura devem ficar e qual a distância apropriada entre elas?
    Agradeço desde já sua atenção,
    Oswaldo Noman

  8. Oi, Tatiana,

    Não precisa se desculpar por nada. A seu pedido, estou mandando a resposta por e-mail. Lembro, porém, que não recebo equipamentos para testes ou avaliações, ok?

  9. Prezado Paulo,

    Como a Liliane, tenho de certa forma acompanhado suas informacoes tecnicas elaboradas de forma clara para leigos. Sem conhecimento tecnico algum, gostaria de saber se voce, se possivel, pudesse esclarecer algumas duvidas. Moro em um residencia funcional, onde o audio nas residencias tem por obrigacao ser limitado (Regra da Empresa), a sala e pequena, 20 metros quadrados mal distribuidos. Nao existe a possibilidade de se instalar caixas acusticas na parte de tras do sofa e nem tenho esta itencao. Gostaria algo simples, porem que melhore o audio para uso convencional em uma TV de 47″, para filmes e para jogos do playstation 3. Vi no fastshop alguns Home ambisound e um outro da ONKYO – HTS3200 QUE ME CHAMOU ATENCAO POR TER 3 ENTRADAS HDMI E 01 SAIDA. Poderia por favor me da alguma dica. Qual modelo me atendereia perfeitamente por que pra ser sincera, nao faco a minima ideia de qual comprar, se compro o modelo citado da ONKYO ou Philips – HTS612055, Philips – HSB2351X78 ou HTS6100X78 ou ainda HTS8140_55. Me ajude, please.
    Desculpe pela falta de acentuacao, comprei este laptop na Inglaterra e nao ainda nao consegui gravar onde fica as teclas corretas de acentuacao.
    Atenciosamente
    Tatiana R. Moura
    e-mail: nossemprenos@gmail.com

  10. PAULO , OBRIGADO PELO RETORNO. AS JBLs USAREI COMO FRONTAIS POR SEREM CAIXAS GRANDES , BONITAS E BOAS , TENHO A CENTRAL E MAIS DUAS QUE FICARÃO COMO CAIXAS DE PRESENÇA COMO MOSTRA MANUAL DO RECEIVER NO ALTO DAS FRONTAIS, JÁ QUE TENHOS ESTA CAIXAS COMPRADAS . AS QUE ME FALTAM SÃO AS SURROUNDS , COLOCAREI ENTÃO AS 4 IGUAIS EMBUTINDO NAS PAREDE COMO SUGERE EM ALTURA E PRÓXIMAS AO OUVIDO.

  11. Oi, Cesar,

    Eu já ouvi caixas da BSA, mas não conheço esses modelos que você citou. Acho que seria prudente que você as ouvisse primeiro, ou consultar o apoio técnico da BSA a respeito do seu projeto. Se possível, use a mesma caixa para todos os canais surround.

    Lembre-se que, se for usar caixas com radiação direta para o surround, a posição das mesmas terá forte influência sobre o resultado. Via-de-regra, elas devem apontar uma para a outra, em lados opostos da sala, a mais ou menos 2/3 da altura máxima da parede, a próximas dos ouvidos de quem estiver sentado no sweet spot.

    Não entendi direito a função das suas JBL, e em que ponto da sua montagem elas entrariam, portanto fica difícil dar uma opinião a este respeito, ok?

  12. comprei um receiver yamaha rxv-3900 , pretendo colocar um sistema 7.1 e já tenho algumas caixas jbl frontais hls 820 , central infinit , sub jbl es 250p . gostaria de saber se posso usar caixas bsa – ck6 como surround e bsa sck6 como back suroound para completar meu sistema . tenho ainda 2 caixas jbl hls 610 que gostaria que funcionassem como presence. gostaria de usar estas caixas bsa embutidas pois ficarão mais estéticas nas paredes pois não tenho gesso nos tetos.

  13. Oi, Liliane!

    A sua pergunta original foi postada na coluna TV digital no ar: recepção ou decepção!, publicada há alguns dias e eu deixei lá a sua resposta.

    Em todo o caso, eu vou elaborar uma resposta pessoal, com outros comentários, no seu endereço de e-mail, e mandá-la assim que possível, ok?

    Por enquanto, o meu conselho é: faça as suas compras com calma, e tenha certeza que você ainda vai encontrar o equipamento que lhe trará satisfação.

  14. Caro Paulo,
    Tenho lido regularmente seus artigos e já virei sua fã.Estou começando a gostar destas nuances tecnológicas.
    Resolvi montar um HT em uma sala de cerca de 60 m2. Deram-me algumas opções de equipamentos, porém, como nada entendo desse assunto (ainda), solicito sua opinião e sugestões com bom custo-benefício.
    O receiver seria o Denon AVR 788, profissional para HT 6.1, com 800W RMS e zona 2 ou um Onkyo TXSR 606, com 4 entradas e 1 saída HDMI, também zona 2.
    As caixas aústicas prof. para canal central tipo bookshelf, com 150W RMS marca BSA modelo CK 55 e subwoofer ativo profissional de 8 com 150W RMS BSA MODELO W 10i ou conjunto de 5 caixas mais subwoofer Boston MSC 100.
    Agradeceria muito se pudesse me responder para evitar que eu cometa uma grande besteira.
    Meu email é o lvince@ig.com.br
    Mais uma vez obrigada
    Liliane.

  15. Oi, Luiz Henrique,

    Estarei mandando uma resposta para o seu e-mail, assim que possível. Espero que lhe ajude.

  16. Comprei recentemente um receiver da Sony, modelo STR-DE897; é um modelo relativamente simples mas, como não entendo nada de aparelhos de som, não consegui configurá-lo. Há muitas opções no setup que me confundem. Tem hora que aparece a caixa central, tem hora que some. As vezes o som pare metálico, quando ligo o cabo ótico não aparecem algumas caixas, etc. Infelizmente o manual fornecido é sumário e não entra em detalhes sobre como configurar.
    Será que você poderia me dar um configuração básica para que eu possa assistir aos filmes e ouvir música com um melhor de qualidade?
    Antecipadamente agradeceria se pudesse enviar-me o passo-a-passo pelo email lhenriquemorais@uol.com.br
    Um abraço,
    Luiz Henrique.

  17. Luiz Carlos,

    Que tipo de cabeamento você usa, coaxial ou ótico?

    Não é normal que o som fique excessivamente baixo. Para começar a verificar se existe alguma coisa errada com o equipamento, eu lhe sugiro começar pelo setup do receiver:

    Inicialmente, zerar todas as caixas (ajustar em zero dB). Se você tiver um medidor de pressão sonora, use-o. Se não tiver, vai ter que confiar nos ouvidos. Toque o sinal de ajuste do receiver (e não aquele de discos de teste). Este é um ruído rosa, que cobre a maior parte do espectro sonoro.

    Coloque o volume geral (o do receiver) numa posição de audição confortável, e vá ajustando todos os canais, com pequenos incrementos, como por exemplo + 1 dB, + 2 dB, etc., até que todas as caixas soem (ou meçam) iguais. Pelo menos uma dessas caixas deverá ficar com 0 dB do início do ajuste (porque ela terá maior eficiência do que as demais). Se isto não acontecer, é bem provável que o seu ajuste esteja sendo feito errado.

    Depois deste ajuste, toque alguma fonte confiável, com com multicanal ou mesmo um CD, porém faça o mesmo ser reproduzido com Dolby ProLogic II/II em music mode. Verifique o nível geral de reprodução, e anote o volume. Depois disso, acione a fonte do filme que você não tem volume correto, e se estiver muito baixo é provável que o problema seja nesta fonte. Então, verifique o cabeamento, trocando-o se necessário. Para som digital 5.1 ou 6.1 de DVD, eu recomendo cabo coaxial em vez do ótico. Troque as conexões, se necessário, para dirimir se existe algum problema no switch do receiver, embora isto seja pouco provável.

    Lembre-se também que fontes de áudio diferentes terão quase sempre níveis de entrada diferentes, portanto leve isso em consideração, antes de tirar qualquer conclusão.

    De qualquer forma, o ruído rosa usado no teste já elimina a possibilidade de que os amplificadores de saída do receiver estejam com problemas.

  18. Olá Paulo , tenho um receicer sony str 867 com sistema de caixas acusticas 7.1 da mesma marca ,ao assistir um filme noto que o volume fica muito baixo tendo eu que aumentar o receiver quase até o maximo ,vc acha que pode ser no ajuste do volume de cada caixa ?
    (Alias se isso for possivel)

    um abraço .

  19. Prezado Nico,

    Fica difícil responder a essa sua pergunta, sem saber a que modelo você se refere, mas pela descrição que você dá creio tratar-se de um A/V receiver 5.1 e não 6.1.

    Teoricamente, a única maneira de se conseguir 6.1 com amplificação 5.1 seria através do que se convencionava chamar de phantom: o canal central da frente pode ser reproduzido pelos canais esquerdo e direito, que contém, pela sua natureza matricial, Lt e Rt, respectivamente (nota: Lt e Rt derivam o canal central, através de um decoder Dolby ProLogic e é por isso que as trilhas deste tipo só tem dois canais discretos). O phantom era (e é) simulado pelo decoder toda vez que você indica no setup que não tem caixa central.

    Aplicando o mesmo raciocínio para o seu equipamento, é possível que ele crie um phantom no lugar do surround back, para o qual você terá acesso de ajuste, toda vez que uma flag 6.1 for detectada pelo decoder.

    Sinceramente, e eu espero que você não se importe de que eu coloque isso, mas acho que, se for assim, é forçar a barra demais, e eu explico porquê: o perfil de dispersão de áudio nos canais surround é diferente da dos canais da frente. Agora, se a Sony tem algum algoritmo para compensar isso, eu não saberia dizer. Seria interessante que você entrasse em contato com o suporte da empresa, para saber se é este o caso. Conte com a possibilidade do suporte não saber direito do quê que se trata, e se for assim, eu sugiro que você peça apoio da engenharia da empresa.

  20. Caro Elias,

    Tenho um receiver (Sony) que em algumas oportunidades aparece no setup a opção para regular as caixas surround back. Certamente a variação de presença se relaciona com o DVD que esteja sendo executado.

    Entretanto, não existe os locais para conectar os fios dessas caixas surround back no receiver. Lá apenas aparecem locais para 5 caixas (central, frontal direita, frontal esquerda, surround direita e surround esquerda), além de dois pugs para dois subwoofers, que são o 0.1.

    Certamente haverá de ter uma combinação para se adaptar mais duas caixas – ou uma. Qual seria?

  21. Prezados leitores,

    Eu vou aproveitar a revisada que eu dei no meu texto, e acrescentar uma informação que julgo ser útil a todo mundo. Mas, antes, eu vou me permitir contar uma pequena estória: eu montei um sistema 6.1 para Dolby e DTS logo depois que as mixagens apareceram nos DVDs. Depois da instalação feita, eu vi que no decoder do meu receiver, a opção 6.1 poderia ser auto ou fix. Então, eu intuitivamente, escolhi auto, mas isto porque a idéia de acrescentar trilhas sonoras 6.1 tinha que ser acompanhada necessariamente por uma flag de programação no encoder, sinalizando que o sinal era 6.1 e não 5.1.

    Acontece que na hora de reproduzir discos com Dolby 6.1, o decoder não reconhecia a flag e por isso não decodificava a trilha corretamente. Aí eu escrevi para a Dolby, para saber o que estava acontecendo, e eles me informaram que tinha havido um erro de implementação da flag 6.1 no encoder distribuído aos estúdios, e isso afetou os primeiros discos. Informaram ainda que o erro havido sido corrigido, e que os próximos iriam ser identificados corretamente por todos os decoders. De fato, quando a Universal lançou Jurassic Park III, o meu decoder acionou 6.1 sem problemas.

    O fabricante do meu receiver tinha sido alertado sobre este erro, e implementou a opção fix, que força a decodificação da trilha Dolby (e DTS também, diga-se de passagem) para 6.1, e foi desta maneira que eu consegui ouvir as trilhas codificadas com a flag errada corretamente.

    Por causa disso, eu me dei conta de que um monte de trilhas 5.1 contém informação mono nos canais surround esquerdo e direito, ou seja, sinais perfeitamente em fase entre estes dois canais, e como a formação do Surround Back é matricial, o som mono é automaticamente reproduzido nas caixas Surround Back, quando o decoder é setado para fix, e irrespectivo da trilha não ser 6.1. Resultado: vida nova para um monte de trilhas 5.1, com a obtenção de um campo surround bem mais uniforme.

    Só para esclarecer quem não está familiarizado com programação, a instrução de uma flag sinaliza um status de condição, por exemplo, do tipo sim ou não, etc.

    Por causa disso tudo que eu contei aí, eu sugiro a todos que forem montar um sistema 6.1, e que ainda tiverem a opção fix ou assemelhada no decoder, que a escolham, para experimentar os resultados obtidos.

    Um abraço do
    Paulo Roberto.

  22. Prezado Áuro,

    Você tem toda a razão, porque a minha frase está construída errada: eu me referia ao canal de amplificação, que é configurável no setup, e não ao canal do bitstream Dolby/DTS. Eu te confesso que cheguei a ver este erro, depois que o texto saiu no site, mas resolvi não pedir para reeditá-lo. Paciência, o erro foi meu, e eu lhe peço desculpas.

    Sobre o .1, até onde eu saiba, não há nada que impeça que este sinal já chegue ao subwoofer ou a qualquer caixa previamente amplificado. Porém, a maioria dos subwoofers em uso, como você sabe, não é passiva, e até é bom que não o seja, porque a reprodução de baixa freqüência dos programas de cinema estressam os amplificadores principais, com o risco de clipping e distorção. Assim, os fabricantes de receivers deixam espaço para que o usuário filtre o sinal, com o corte de freqüência desejado (150 Hz, 100 Hz, 80 Hz, etc), e envie o sinal apenas para um subwoofer.

    Não há nenhuma regra absoluta para se montar o som de um home theater, ou de um sistema stereo convencional. Idealmente, a gente não deveria instalar subwoofer nenhum, porque o casamento dos mesmos com as caixas principais é cheio de problemas. Eu tenho um amigo que conseguiu fazer isso, mas o sistema dele é por demais complexo para ser prático para a maioria dos mortais. Na prática, o que a gente faz é esquecer os comprometimentos de ajuste, e instalar um subwoofer, com o setup do decoder fixado em small em todas as caixas do sistema.

    Durante muitos anos, pessoas que eu conheci, ligadas a este hobby, e com nível de conhecimento razoável, ainda tinham dúvida sobre o que sai para o subwoofer e o que não sai. Na verdade, o dito .1 é um programa separado, na corrente bitstream e reconhecido pelo decoder, porém todo o conteúdo de graves dos outros canais vem junto com ele para ser reproduzido.

    Se o usuário, por exemplo, instalar um subwoofer e indicar no setup do decoder que ele está ligado, mas ao mesmo tempo indicar também que as caixas principais são large, o .1 vai necessariamente para o subwoofer, e no resto do tempo ele não toca nada do conteúdo de graves. Se, ao contrário, se indicar small, então todo o conteúdo de graves, abaixo da freqüência de corte, e mais o .1 vão para o subwoofer.

    Todos estes detalhes, creio eu, tornam a instalação de um sistema particularmente complicada, e isto sem falar numa classe de usuários que acha que um subwoofer só não é suficiente. É para essas pessoas que o provimento de um subwoofer na traseira, ao invés das caixas de surround back é implementado no decoder. Ainda assim é possível a reprodução 6.1, porque todos os sistemas 6.1, até mesmo do DTS 6.1 discreto, tem informações de audio matriciais (iguais aos três canais frontais do antigo Dolby Stereo), ou seja, depois de passar pelo decoder 6.1, é possível reconstruir o surround back pela combinação de fasamento, dos canais surround esquerdo e direito. Se isto é implementado ou não, eu sinceramente sou um que nunca tive a curiosidade de verificar.

    Desculpe novamente pela falha, mas espero que o resto do assunto tenha ficado mais claro. Se não, não hesite em escever.

  23. Caro Paulo,

    sou fã em HT, e nunca ouvi falar (li) que o Canal Central Traseiro pode ser usado também como um Subwoofer Traseiro !
    Você tem certeza disso ?
    Pois o .1 dos sistemas, é um canal que não é amplificado pelo Receiver, pois este canal do subwoofer é amplificado pelo próprio amplificador do Subwoofer Ativo e o canal central trazeiro é amplificado como se fosse o canal central dianteiro, ou estou enganado ?

    Grato,
    Auro.

  24. Prezado Paulo,
    gostei do seu artigo. As informações que o senhor forneceu irão me ajudar a calibrar melhor o meu sistema doméstico.
    Cordialmente.

  25. Olá Paulo,

    Excelente artigo. Acredito que você ainda vai aprofundar o tema em outros posts, pois o posicionamento dos falantes é apenas um dos vários passos que devem ser seguidos. Ainda tem a influência da acústica e geometria da sala que criam reflexões ou absorções que interferem diretamente no desempenho dos alto-falantes e no som reproduzido.
    Um abraço. Paulinho Uda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *