Por uma gestão profissional e governança de TI

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Quando iniciei meus estudos em informática, lá se vão alguns anos, cada novidade tecnológica que era lançada no mercado era uma festa. Crescia exponencialmente a capacidade de processamento do hardware e as facilidades disponibilizadas por softwares cada vez mais criativos.

Muitos deverão ter tido a experiência de deixar cair no chão uma caixa de cartões perfurados, de quebrar a cabeça na penosa tarefa de construir um programa em Assembler ou de esperar horas para ver seu programa impresso e descobrir que ?faltaram aqueles dois pontos? na linha de codificação.

O ritmo desses acontecimentos foi e continua sendo frenético. O quadro que observamos em todas as áreas da TI é uma imensa gama de opções ao nosso dispor. Ganhamos anos-luz de produtividade, extremamente bem-vinda, tanto para os profissionais quanto para os usuários.

Hoje, a parafernália tecnológica se adequa praticamente a todos os bolsos. É uma questão de custo e benefício. Ou seja, constatada a utilidade e necessidade, podemos comprar na prateleira o hardware e software que precisarmos ou até construir nossas próprias aplicações.

Com a valorização da governança e da gestão de serviços em TI, fica evidenciada a relação entre a utilidade da TI com o fornecimento de serviços para o usuário, algo que represente uma agregação de valor.

Se pensarmos numa organização como sendo este usuário, isso acontece quando a TI consegue se alinhar às metas empresarias de tal maneira que o seu produto represente um diferencial para posicioná-la no mercado e destacá-la de seus competidores.

A governança de TI é facilitada e fortalecida com a gestão adequada da infraestrutura que permite a racionalização de custos e maximiza e torna palpáveis os benefícios.

Criatividade e competência nunca faltaram aos profissionais da área, basta pensar na velocidade dos acontecimentos que citamos no começo deste artigo.

Não poderíamos esperar situação diferente da que temos atualmente, com hardware otimizado e inúmeras ferramentas no mercado voltadas para auxiliar empresas a se inserir neste contexto vencendo, assim, os novos desafios que lhes são impostos.

O que não se encontra na prateleira, no entanto, é a especificidade de cada empresa, com sua cultura, problemas, processos e valores.

O produto não é mais problema. Mas, os processos e as pessoas, outros dois importantes pontos de apoio da gestão de serviços de TI, ainda são os maiores obstáculos a serem superados.

Não é a por caso que toda proposta séria de implementar a gestão de serviços de TI numa organização, seja com uma nova ferramenta ou com a reestruturação das existentes, vem acompanhada de uma análise de seus processos produtivos.

Tais processos procuram identificar o nível de maturidade que empresa se encontra e sua capacidade, condições e possibilidades para absorver mudanças e se adaptar a novas rotinas.

Em uma empresa, a gestão de serviços de TI não é um trabalho isolado; exige a participação de todos.

Do profissional de TI envolvido na disseminação do conhecimento e implantação do novo modus operandi, exige-se maior sensibilidade e comprometimento para que seja possível capitanear uma mudança de paradigma que apresente um futuro promissor, mas que igualmente valorize todo um esforço que foi feito no passado e sem o qual não poderíamos ter avançado.

Ferramentas e tecnologias são importantes e imprescindíveis. Mas, por si só, já não bastam nos dias de hoje. [Webinsider]

Patricia de Aquino Mendes (paquino.mendes@gmail.com) trabalha na coordenação do Programa de Gestão de Serviços de TI na Dataprev, Rio de Janeiro. Certificada em ITIL Service Management, coordena o Grupo de Estudos ITIL-RJ.

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6 respostas

  1. Excelente o artigo. Comentando os questionamentos do amigo Marcos, temos hoje a seguinte visão:
    1. A implantação da governança está sendo alavancada nas organizações, sejam públicas ou privadas, pelos processos regulatórios. Por exemplo, a portaria 3380 do Bacen com relação à Basiléia II para todas as organizações – com prazo até 30/06/07 e 31/12/07.Trata-se da gestão de riscos operacionais. Lá vai o Cobit, Coso e NZ 4360.
    2. Os processos de auditoria do TCU e AGU já estão se norteando pelo COBIT.
    3. As empresas com ações na bolsa, com SOX, COBIT e COSO. (A BOVESPA divulga dados que empresas com governança implantada já possuem diferencial expressivo nas cotações, vide indice no site da bovespa e IBGC)
    E por aí vai…

  2. O texto tem o objetivo de gerar uma reflexão acerca de uma gestão de TI cada vez mais comprometida com o negócio da organização, seja ela corporativa, pública ou outra qualquer. Quando a Patricia diz especificidade de cada empresa, com sua cultura, problemas, processos e valores eu entendo que, cada vez mais, o perfil atual de um gestor de TI deva ser de alguém que conheça a fundo o negócio da empresa, não necessariamente apenas TI. Por mais que se fale que a TI é estratégica, em muitas corporações ela ainda é considerada apenas um centro de custo. A importância da profissionalização passa exatamente por este viés. E a Governança, no momento em que revê os processos identificando os níveis de maturidade, mapeia os recursos humanos e busca dar nomes e responsabilidades de fato aos atores envolvidos, pode ser muito útil para um gestor realmente comprometido em alavancar o negócio da empresa.

    Patrícia, parabéns.

  3. Parabéns Patrícia por seu artigo. Muito bom!
    Ele diz tudo o que penso, e estou tentando passar aos meus superiores.É muito importante termos em mente o tripé de suporte (Processos,Pessoas e Tecnologia)atuando em harmonia na Gestão de Serviços. E saber lidar, sendo muitas vezes necessário romper com paradigmas, rever processos, mudar cultura, para que se alcance o sucesso na implantação desta solução. Porque, caso contrário, apenas estará trocando o software.
    Aproveito para sugerir um artigo que fale sobre o perfil, as atribuições de um Gestor de Serviços de TIC.
    Um grande abraço.
    Lilia R Lima

  4. Patrícia, lebro-me muito bem do tempo dos cartões e das dificuldades de se fazer programas em Cobol e em Fortran, e dos grande SIDs, realmente não ha benifícios sem sacrifícios, principalmete na área de mão de obra humana, acredito que tudo isso é realmente necessário, contudo as empreasa estão muito mais enteressadas nos lucros do que nas especializações humanas e nas divulgações de conhecimentos em relação as causas e efeitos destas evoluções, veja o caso da nanotecnologia, muito se faz contudo nada se informa, a FUNDACENTRO anda pelo Brasil à fora tentando mostrar um puoco de conhecimento a este respeito mais o que se vê é que nastas e em qualquer outra à rspeito da evolução em cadeia e quase sem freio, é que poucas pessoas se preocupam em participar, mesmo com entrada franca. Na minha área a informação é o fator principal para a sobrevivência, por isso meus parabens pela matéria. achei-a inovadora e necessária para quem quer ter um pouco de conhecimento sobre a evolução em que vivemos não importando a área.

  5. Patrícia, primeiramente parabéns pelo excelente texto… é um dos únicos que li até hoje no Webinsider que fala sobre governança em TI.
    Gostaria de ressaltar que a necessidade de se implementar essas melhoria em TI nas empresas não tem como úncia fonte a busca por redução de custos e melhoria de processos e serviços.
    Esse trabalho pode ser motivado também por exigências legais, como encontramos nas definições existentes em todo o trabalho que envolve a implementação de Sarbanes Oxley em empresas multinacionais. A área de TI é peça-chave nesse processo de certificação, no entanto poucas áreas tem esse entendimento, e acham que nada têm a ver com isso… quem sai na frente nisso tudo é aquele profissional que se antecipa, lê, se informa, se organiza e se documenta… cria uma cultura que traz valor ao seu trabalho e que se for disseminada para outros traz valor para a empresa como um todo.

  6. O texto é muito superficial. Qual a importância da profissionalização da gestão de TI? A governaça é um caminho a ser perseguido pela empresas que almejam a profissionalização dos seus processos de TI?
    O que se entende por profissionalização da gestão de TI e como a Governança poderá auxiliar?
    Como fazer que os bonzinhos adotem a governança?
    O que leva uma empresa a encarar a maturidade dos seus processos?

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