Quando seu usuário não é seu cliente

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A Internet revolucionou o relacionamento cliente e fornecedor na web. Atualmente, nossos clientes quando têm uma necessidade ou idéia, muitas vezes já a pré-formatam com suas experiências de navegação, softwares e tecnologias que conhece ou utiliza.

Quando o foco da criação e do desenvolvimento é um site institucional, situações do tipo ?gostaria que a tela de seleção fosse parecida com a do meu iPod? ou “tem uma música legal que eu baixei que tem tudo a ver com o momento da empresa?, pode resultar em horas incontáveis de trabalho para atingir a expectativa do cliente e, muito provavelmente, desenvolver uma solução com baixa usabilidade para o público que irá utilizá-lo.

Desde pequenos, somos educados a trabalhar por comparação e associação. Este gosto lembra algo que já comi, tal som lembra uma situação que vivi, entre outros que fazem parte de nossa natureza. Mas, no caso de trabalho é prudente que a comparação esteja mais relacionada a processo, metodologia e benchmark, em vez de somente sua experiência como usuário final em sites que gosta.

Isto faz com que as decisões sejam mais focadas e saiam do plano pessoal para o profissional. Onde se passe a questionar se o mercado (seus clientes, concorrentes e fornecedores) aceitaram o resultado do seu trabalho como um produto a ser levado a sério ou apenas mais um neste mar de tantas páginas.

Desejo x necessidade

Para facilitar a identificação do que é o desejo do solicitante e a real necessidade do negócio, aconselho cinco perguntas básicas.

    1. Qual é seu principal objetivo? (muita gente esquece disso…)

    2. Você navegou em outras empresas do setor? (mostra que a pessoa está interessada no mercado em questão)

    3. Quais são os seus benchmarks? (qual é a base do cliente para o que ele está lhe pedindo)

    4. Quais são as marcas que te inspiram maior credibilidade? (veja se existe a possibilidade de relacionar os valores destas com suas justificativas)

    5. Quem é seu cliente? (mostra que ele conhece o público-alvo ou não)

As respostas são fontes valiosas para guiar o briefing e capacitar o interlocutor a perceber o que faz sentido ou não, conforme for desenvolvendo sua linha de raciocino.

O conteúdo desta conversa te auxilia a entender a linha tênue existente entre o que o cliente quer e o que ele realmente precisa, ou o que ele acredita que precisa.

Viva a experiência do usuário

Viver uma experiência na web é fácil. Cada um de nós passa por diversas diariamente, você lendo este texto passa por uma agora, mas decidir qual experiência queremos dar aos nossos usuários requer uma dose de desapego.

Sim, desapego. É necessário muitas vezes oferecer ao nosso usuário diversos caminhos ao invés de um, uma experiência limpa de sons e imagens, uma experiência mais simples e pura, com menos flash e mais conteúdo. Em outras situações, o usuário quer é barulho, movimento, muito flash e imagens.

Qual ?experiência? tenho que oferecer? Tudo depende do real objetivo do website e do público-alvo. Este último é o grande definidor de como a experiência será.

Na hora de conversar com seu cliente, não se deixe intimidar pelos desejos e pelas vivências dele na web.

Ele te contratou para que você o auxilie a desenhar o melhor produto e lhe dar o melhor resultado. A experiência do usuário final é a mais importante para isso. [Webinsider]

Karyn Nassif é empreendedora, consultora e especialista em experiência do usuário.

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5 respostas

  1. Olá Karyn,

    Gostei do seu artigo, faz com que, os que já estão no mercado reflitam sobre como elaboram sites para seus clientes/parceiros, diantes de todas essas opões de desenvolvimento… Sites em formato Web 2.0, Blog Corporativo, Hotsites, Sites 100% Flash… Legal pelo fato de que antes de desenvolver apenas o layout e o design, temos que fazer uma análise de quem são nossos clientes a qual a marca que será trabalhada??? Gerando questões como:
    A marca e o perfil da empresa me permite desenvolver um design arrojado?;
    O conteúdo que sera apresentado é extenso ou curto? Assim poderei ver o malhor layout

    Questões deste tipo, que muita gente atropela o pensamento e começa a fazer o site apenas com o que aprendeu em Softwares de Edição Gráfica.

    Valeu, um abração a todos!
    T+++

  2. Adorei seu artigo. Porém tenho uma dúvida,estou me especializando muito e entrando no mercado de Web,gostaria que me desse uma discas de como posso cobrar pela criação de um website.
    Origada!

  3. Simone,
    Concordo com você em todos os pontos sobre a Usabilidade.
    Mas infelizmente, os detalhes acima não são coisas de 5 ou 6 anos atrás.
    Estas situações acontecem corriqueiramente e cabe a nós ajudar a nossos clientes a superar esta etapa.
    []s

  4. Por outro lado, não vamos nos esquecer que o cliente também é usuário.

    Sua visão está corretíssima… cinco, seis anos atrás. Hoje, o que mais me preocupa durante a análise de interfaces são os softwares gerenciamento de conteúdo, e-commerce e de portais que por vezes precisam de manuais e treinamento intensivo. E para a Web hoje, atualização de conteúdo relevante é o que conta para o sucesso de um site informacional,institucional e, em menor grau comércio eletrônico. Da mesma forma se estivermos lidando com sites altamente interativos onde o usuário é administrador e publicador de conteúdo.

    A usabilidade na interface do usuário final não é mais diferencial algum. Temos que olhar mais adiante. Temos que atender plenamente os dois públicos.

    []s

  5. Olá Karyn,

    Gostei do seu artigo, foibem simples e abordou questões também simples, mas que é muito comum serem esquecidas.

    Todos sabemos que muitos clientes não sabem o que querem, e que quando sabem, muitas vezes não sabem como passar este desejo de forma clara, e aí, entram os gostos pessoais de quem cria a solução, se baseando apenas em seus desejos. Você deixou realmente bem claro e é uma grande constatação.

    É realmente muito comum, algumas empresas esquecerem de quem é o seu foco e acabar falando muito mais dela do que aquilo que seu cliente quer.

    Parabéns, foi bem simples, mas falou o que precisava.

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