Empresário: cuide do conteúdo, não do design

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Você decidiu que é hora de fazer o site da sua empresa. Antes de sair pedindo orçamentos para agências ou “sobrinhos”, é preciso entender onde vai investir seu suado dinheirinho.

A internet é uma mídia diferente de qualquer outra e o principal motivo é o conteúdo, ou melhor, a forma como o conteúdo é apresentado. O que move a internet, desde sua criação até hoje, é a necessidade que as pessoas têm de divulgar e receber informações. Eis a palavra-chave: informação.

As pessoas acessam a internet em busca de informações. Preste atenção no verbo: acessar. Elas tomam a iniciativa e vão em busca do conteúdo que desejam. Ao contrário de outras mídias, onde o consumidor é um mero espectador, aqui ele está no comando e decide o que quer ver.

Quem visita um site se assemelha com quem visita uma loja: alguma coisa chamou a atenção e fez com que essa pessoa entrasse no local. É criada uma expectativa. Se essa expectativa for identificada e suprida, será feito um negócio (agora ou no futuro), senão é apenas mais uma visita.

O primeiro passo no planejamento de um site é a definição do objetivo. Por que o site existirá? Que tipo de pessoa o visitaria? Por qual motivo? Sem objetivos claros você não pode ter metas e sem metas, você não sabe se o investimento vale a pena ou não.

Todos acham que sabem quais são os objetivos e, por ser algo tão óbvio, não deve nem ser discutido, pois seria uma perda de tempo. Mentira.

Seguem algumas sugestões de objetivos:

    – Apresentar sua empresa e seu trabalho (a escolha clássica)
    – Aumentar as vendas de um produto/serviço específico
    – Lançar um novo produto/serviço
    – Melhorar o suporte técnico ou atendimento aos clientes
    – Melhorar a imagem da empresa
    – Abrir novos mercados em locais inexplorados
    – Divulgar ações sociais
    – Realizar venda on-line

Visitação e estrutura

É hora da segunda etapa: definir o público-alvo. Que tipo de pessoa usará o seu site? Qual a linguagem que agrada essas pessoas? Que tipo de informação as pessoas buscarão no seu site?

Conhecer o público-alvo é tão importante na web quanto em qualquer outra mídia. Apresentar o conteúdo que as pessoas procuram, da forma que elas desejam, é a diferença entre o sucesso e o fracasso de um projeto.

Tenha em mente que o site não será feito para você, mas para o cliente. Tome por base os seus clientes atuais. Não se preocupe com o visual, deixe isso para os designers. Concentre-se no conteúdo, pois isso ninguém pode fazer por você. Além do mais, o design deve se adaptar ao conteúdo, e não o contrário.

Uso uma técnica chamada “Persona Design”. Basicamente ,é o seguinte: trace um perfil (Persona) dos seus clientes. O que eles gostam, o que eles não gostam, se são calmos ou apressados, se usam linguagem direta ou técnica etc.

Quando você terminar de criar os perfis, use-os para se colocar no lugar de um cliente. Você definiu alguns objetivos para o site, então é de se esperar que o visitante entre no site para atingir esses objetivos.

Agora, “incorpore” um perfil de cliente e um ou mais objetivos. Imagine que você entrou no site da sua empresa. O que você quer ver? Lembre-se, deixe o visual para os designers. Pense em “o quê” e não “como”. Qual a primeira informação que você deseja? Anote essa informação, ela pode se tornar uma seção, uma página, um link etc.

Depois que você encontrou a primeira informação, o que você quer saber em seguida? Que tipo de ferramenta ou recurso seria útil para você neste momento? O que você não quer ver de jeito nenhum?

Repita esse exercício algumas vezes, cada vez “interpretando” um perfil de cliente em busca de um objetivo. O resultado desse trabalho será o esboço da estrutura do site e da navegação. Claro que a técnica é mais complexa, mas se você usar o conceito acima, já terá grandes resultados.

Pode parecer que não fizemos muito, mas não se engane. Você acabou de montar a base do projeto. Existem quatro vozes que definem o futuro da sua empresa: o empresário (você), a empresa, o cliente e o mercado. [Webinsider]

<strong>Sidney Benetti</strong> (sidney@bnetnaweb.com) trabalha com desenvolvimento de soluções para internet e é o diretor da <strong><a href="http://www.bnetnaweb.com" rel="externo">b/Net Soluções Online</strong></a>.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

12 respostas

  1. É comun aqui na agencia, aliás é sempre assim, primeiro se faz o layout do site, ai apresenta ao cliente e só depois se preocupa com o conteudo, vocês não imaginam o trabalho que é adaptar o conteudo pro layout, mas fazer o que sou funcionario, e pessoas que só usam a internet pra orkut, msn e e-mail e se deizem publicitários e vendedores entendem mais do que eu que vivo o dia todo na internet, lendo e fazendo ela.

    Mas o pior de tudo ainda é essa moda de E-mail Marketing que surgiu nos ultimos meses, deram um nome bonito pro spam….

  2. Olá, sou acadêmica de Design da Universidade Federal do Amazonas e gostaria de fazer uma pequena correção nessa coluna. Já li vários de seus artigos e gostei bastante, contudo o título Cuide do conteúdo, não do design é errado, na minha concepção. As pessoas costumam muito comumente confundir um bom design com uma boa estética. O design em si é um misto de funcionalidade, boa organização de informações e aplicação de conceitos de comunicação visual nas interfaces ou impressos. A estética refere-se apenas à beleza do material gráfico ou de web. Portanto, não se pode ter um bom design sem um bom conteúdo, cuidadosamente estruturado e estudado. Portanto, um título mais adequado à coluna seria: CUIDE DO CONTEÚDO, NÃO DA ESTÉTICA.

  3. Pessoal,

    Gostaria de colocar que acredito que o autor quis ressaltar nesse artigo que os empresários, ou seja, aqueles que contratam agências para desenvolver seus projetos, devem se preocupar em preparar bons objetivos para o projeto e entregar bons materiais (entende-se conteúdo) para que a agência contratada possa trabalhar.

    Tenho certeza que ele não quis excluir a importância de estudos de acessibilidade, usabilidade e etc. Acho que o pessoal achou que por ele não citar esses outros aspectos ele quis diminuir a importância de tudo isso.

    Eu já vivi diversas vezes a realidade que ele colocou no comentário n°3, onde os diretores ficam decidindo a cor da azul e na hora do conteúdo pegam qualquer coisa. Ou seja, o foco do artigo é ressaltar uma inversão de prioridade que os empresários dão no desenvolvimento de sites.

    Pegando carona no comentário n°7, acho que na verdade o grande problema que ocorre são as pessoas que comentam artigos metendo o pau, que por conhecerem todos os termos e assuntos do momento dá área, acham que o certo é criticar quem não comenta sobre todos eles.

  4. Olá Sidney e toda a galera que andou postando…

    Bom… Muito bom esse artigo, mostra uma grande realidade Preocupação excessiva do cliente com o Design, dando não tanta importância á informação conteúdo do site.
    Vimos nessa discussão a importância, não só do designer como também do redator, percebemos também o quanto é importante que os clientes sejam orientados, pois eles apenas nos ouvem completamente quando a situação está feia, então cabe a nós ganhar a confiança deles, só assim, nos escutaram, entenderão a importância de um profissional de Programação, Design e Webwriters.

    Na maioria das vezes nossos clientes são como ?Velhos Teimosos? que batem o pé e enfatizam eu quero isso e pronto.

    Um abraço a todos.
    T+++

  5. Porra cara, antes de falar sobre design vc deveria saber o q significa.
    Já ouviu falar em arquitetura de informação, usabilide, acessibilidade… estão todos contidos em um projeto de design. Alem de claro: semântica, diagramação, semiótica entre outros.

    É um grande mau o fato de muitos colunistas deste site, com extremo conhecimento e cultura, conhecerem tão pouco sobre o design

    design não é desenho e adereços, design é projeto. Por esse motivo os estudantes de design tem no mínimo 3 fazes de motodologia projetual.

    Um site que não possui design, com certeza será um péssimo site.

    Não quero dizer com isso que apenas os graduados em design fazem design. É de se perceber que muitos sites usam varios fundamentos do design sem terem sido projetados por pessoas formadas.

  6. Concordo com esta importância a ser dada para o conteúdo. O que tenho percebido aqui no mercado local de Florianópolis (SC), principalmente com empresas que estão no meu foco de atuação – tecnologia da informação e comunicação – é que a demandas que tem aparecido são muito mais de reformulação estrutural e editorial, que acompanhe, claro, uma preocupação estética. Mas o foco está muito mais em como apresentar o conteúdo. Todos sabemos que empresas e profissionais que desenvolvem sites tem o monte. Porém agências e profissionais especializados não só em saber escrever para web, mas principalmente saber o quê escrever e entender o negócio do cliente e o que ele propõe, são muito poucos.

  7. Concordo com o Sidney… eu já vi lindos layouts se deteriorarem após a apresentação para o cliente, mas o conteúdo que seria relevante para o site ter visitação não interessava, então o site ficou feio e o conteúdo fraco.

    O ideal seria o cliente expor o que você gostaria de ter em um site, ou seja, definir toda a sua estrutura, para que todos os outros departamentos: criação, conteúdo e tecnologia pudessem fazer o que sabem fazer. O cliente em alguns casos atrapalha o bom andamento do projeto. Mas…ele são clientes, não é mesmo?

    Abs,

  8. Entendi o que você quis dizer e concordo plenamente que o cliente deve fazer o seu próprio planejamento para mostrar a agência o que seria mais relevante ter no site dele.

    Devemos ter um bom conteúdo em um bom layout.

  9. Em primeiro lugar, obrigado pelos comentários. Realmente não se pode ignorar o papel dos redatores (webwriters), não foi essa minha intenção.

    O conteúdo que menciono, é justamente o conteúdo que será editado pela agência ou pelo webwriter.

    Escreví deixe o visual para os designers pois já ví (mais que uma vez), empresários fazerem várias reuniões com a diretoria para decidir o tom do azul no fundo da página, mas na hora do texto da seção vem algo do tipo põe o que tá no folheto que tá bom.

    Os designers podem fazer coisas fantásticas com pouco conteúdo, mas os escritores sem informação não podem fazer quase nada.

  10. Não se preocupe com o visual, deixe isso para os designers. Concentre-se no conteúdo, pois isso ninguém pode fazer por você. Além do mais, o design deve se adaptar ao conteúdo, e não o contrário.

    Sei não… do mesmo modo que existem os designers para cuidar do visual, existem redatores especializados (também chamados de webwriters) em adaptar conteúdo para a linguagem web.

    Esse profissional deve sentar junto com o cliente para pegar as informações brutas e adaptá-las à web. Ele pode analisar qual a melhor forma de transmitir cada informação: se em texto, em vídeo, em áudio, em imagens etc.

    Neste mesmo Webinsider é possível encontrar informações sobre o tema nos artigos do Bruno Rodrigues.

  11. Bom artigo!

    Concordo que o conteúdo de um site é um diferencial, mas acho que devemos dar atenção a todos os fatores que compoem um site (design, usabilidade, acessibilidade, etc).

    De que adianta um ótimo conteúdo se todo o restante não funciona como deveria?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *