Para onde vai a comunicação corporativa moderna

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

O uso de ferramentas colaborativas que visam aumentar o intercâmbio de conhecimento dentro das empresas é, sem dúvida, um caminho extremamente promissor. Afinal, a possibilidade de tornar horizontal o trajeto das informações dentro de um ambiente corporativo significa, em alguma medida, que há um senso democrático em evidência.

Muitas organizações perceberam há tempos que a prática do intercâmbio cognitivo potencializa não apenas a produtividade interna como também proporciona a motivação de equipes e a melhoria no relacionamento operacional com fornecedores, franqueados e outros parceiros de negócio.

Principalmente em empresas globais, a comunicação corporativa deixou de ser o ?departamento que produz os jornais internos? ou ?aquele grupinho que fica pedindo notícias para todo mundo?. Os tempos, agora, são outros: trata-se, agora, da equipe que otimiza o compartilhamento dos objetivos estratégicos por entre todas as células do organograma.

Nesse contexto, não somente os diretores sabem para onde a empresa vai. Pelo contrário: quanto mais os outros souberem, melhor. E, como não existe concretização estratégica sem ações efetivas, é preciso criar um meio que justifique essa atmosfera de partilha. Sem dúvida, isso passa necessariamente por instrumentos colaborativos.

Em resumo, uma moderna concepção de comunicação corporativa ? neste caso, no âmbito interno ? relaciona-se com ferramentas 2.0 a partir de um ciclo virtuoso bastante claro:

1. A empresa define sua estratégia (de crescimento, provavelmente) de posicionamento no mercado em que atua.

2. Entra a comunicação corporativa e dissemina internamente ? por meio de um conceito-mestre ? os fundamentos estratégicos por todos os departamentos, além de estimular os líderes para que sejam multiplicadores de tal posicionamento.

3. A campanha interna deve ser extremamente criativa, ou seja, o conceito-mestre deve causar alto impacto nas equipes. Cumprido tal requisito, é preciso usar e abusar das ferramentas de comunicação ? principalmente as colaborativas.

4. Neste sentido, as ações do dia-a-dia devem estar muito claras para os funcionários. Para tanto, a comunicação corporativa responderá às perguntas: por que esta tarefa é importante para o profissional? O que ela tem a ver com a estratégia? O que o funcionário ganha com isso? Como ele contribui para o processo e qual o retorno a ser esperado?

5. E, já que a palavra é envolvimento coletivo, surgem como protagonistas os blogs corporativos, wikis, intranets, dentre outras ferramentas que atiçam o senso de participação e podem ser utilizadas independentemente do lugar. Com menos barreiras e mais aberturas, melhor o ambiente para que nasçam idéias inovadoras.

6. Cientes da estratégia corporativa e estimulados por meio de ferramentas a participarem do processo de construção dos resultados, os profissionais tornam-se agentes cruciais para o desenvolvimento de qualquer organização. Cria-se um atalho muito mais sólido para a concretização das metas.

7. Reconhecer sempre é fundamental. Ferramentas, por melhores que sejam, não bastam. O aspecto humano nunca pode ser perdido de vista, tanto para celebrar objetivos alcançados como no sentido de sugerir e implementar mudanças de curso.

8. O processo de crescimento, então, é revisto, analisado e melhorado para que tudo comece novamente: agora, com metas mais ambiciosas.

Outro ponto que é importante destacar: a partir do momento em que uma empresa decide utilizar novos canais de comunicação, é preciso, antes, criar uma cultura interna que abarque, estimule e valorize as participações individuais dentro do intercâmbio corporativo de informações e idéias. Sem um terreno preparado anteriormente, poucas são as chances de aproveitamento pleno do ambiente de colaboração. É um passo que muitos pulam.

Fica aberta, aqui, uma questão para os especialistas: como gerir o conhecimento criado pelo coletivo? [Webinsider]

.

Rodolfo Araújo (rodolfoaraujo@thymus.com.br) trabalha na área de conteúdo da Thymus Branding. Mestrando em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, integra o grupo de estudos Net Art, da mesma universidade.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Uma resposta

  1. Rodolfo, ótimo artigo. Creio que o grande desafio está mesmo na sensibilização das equipes nas empresas da importância da comunicação interna e corporativa. O que vejo atualmente são empresas atoladas de trabalhos, tarefas e metas a cumprir, encarando a comunicação corporativa (seja uma intranet, um blog interno, um wiki) mais uma tarefa a ser cumprida diante de tantas outras (considerada por eles, certamente, mais importante). É esta a realidade que tenho visto em alguns clientes e que me desafio a mudar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *