Behavioral Target tem 13% do budget online nos EUA

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Vivemos um momento muito interessante da internet brasileira. Anunciantes  e agências têm descoberto novas maneiras de apresentar produtos e serviços aos clientes, de maneira cada vez mais objetiva e eficaz.

Para tanto, o mercado percorreu uma grande caminhada digital, passando por ondas como rich media, gestão de mídia online, search marketing, Second Life e as novas marolas, como Web 2.0 e IPTV.

Atualmente, na crista da onda online temos o Behavioral Target, ou em bom português, Target Comportamental. O conceito de Behavioral Target, na minha opinião, é a publicação de anúncios display (banners) ou textos em veículos de comunicação (portais), através de ferramentas de ad servers, que permitem selecionar e publicar anúncios relevantes aos usuários, através da análise de dados comportamentais já coletados.

Através de várias leituras e conceitos, minha visão é que Behavioral Targeting é a habilidade de entregar mensagens contextualizadas aos usuários durante sua navegação na web.

Para que essa afirmação seja verdadeira, é fundamental a utilização de ferramentas avançadas de entrega publicitária, que podem ser geridas pelos próprios anunciantes em suas campanhas publicitárias ou pelos próprios veículos (portais, redes, sites), oferecendo possibilidades de entrega de propaganda contextualizada, baseada nos interesses e necessidades dos usuários, devidamente registradas por ferramentas de Ad Servers.

Vejamos, a seguir, algumas formas de se fazer Behavioral Target.

Re-targeting

É baseada na ação do usuário. Imagine uma campanha cujo objetivo é gerar o maior volume de cadastro de prospects para a venda de seguros:

  • Na primeira etapa da campanha, é veiculada a mesma peça para todo mundo.
  • Pessoas que já foram até o site do anunciante, mas ainda não se cadastraram, irão receber uma segunda peça com um call to action mais poderoso, com o objetivo de convencer o usuário a voltar ao site se cadastrar.
  • Pessoas que já cumpriram o objetivo da campanha, ou seja se cadastraram, irão receber outros tipos de peças, como agradecimento ou até mesmos convidando o usuário a adquirir um novo produto, por exemplo: ?Agora que você já segurou seu carro, não seria a hora de assegurar o futuro de sua família? Clique agora e conheça nosso seguro de vida…”

(É bem verdade que o anunciante e sua agência poderão definir, em conjunto, a criação de peças diferenciadas, a fim de não serem enfadonhos, porém com o mesmo tipo de comunicação, porém não há economia de recursos neste caso, pois todos irão receber todas as peças sempre).

A característica desta modalidade é entregar uma comunicação de acordo com as ações feitas pelos usuários.

Behavioral Target Segmentado

Esta modalidade depende exclusivamente dos portais, para que anunciantes possam entregar suas campanhas baseadas em segmentos de comportamento reais pré-definidos.

Na teoria, os portais podem oferecer publicidade específica para grupos com o mesmo comportamento de navegação, e não por área do site. Podem  ser consideradas variáveis como canais avegados, tipos de conteúdo, matérias vistas e interesses em geral, por exemplo.

Exemplos de categorias de Behavioral Targeting:

Navegação

Entregar uma peça específica para pessoas que navegam pelos canais de Esportes e Cinema. Desta forma, esta peça pode ser exibida durante a navegação do canal de carros, pois a ferramenta entende que este usuário está dentro de um comportamento e entrega tal publicidade.

Canais múltiplos: navegação e contexto

Adicione ao exemplo acima pessoas que tenham também lido notícias sobre o Palmeiras. Portanto é possível entregar em qualquer área do site, uma peça exclusiva para pessoas que já tenham navegado por Esportes, Cinemas e que também tenha lido notícias sobre o Palmeiras.

Um exemplo deste tipo de peça: ?AXYZ seguros tem uma promoção especial para Palmeirense que gostam de carros e cinema. Ao se cadastrar em nosso site e comprar um produto, você ganha dois ingressos do Cinemark e o DVD do Ademir da Guia?

Embora este assunto seja sedutor, um refinamento excessivo de dados demográficos, tais como idade da audiência, renda familiar, divisão geográfica, etc. podem estreitar e complicar demasiadamente sua comunicação. A menos que isso faça parte de seu objetivo, tenha cuidado e use por etapas, até atingir a maturidade da disciplina e pontos a favor e contra, para não prejudicar sua comunicação.

O futuro

O Behavioral Targeting veio para ficar. Não se trata de mais uma onda passageira. De acordo com pesquisas, apenas nos EUA o investimento previsto para 2011 será da ordem de U$ 3,8 bilhões. Atualmente 13% do investimento em mídia digital já utiliza Behavioral Targeting.

Aqui no Brasil, embora seja um assunto relativamente novo e desconhecido da imensa maioria, já se houve falar aqui e ali, mas ainda há uma nuvem cinza a propósito do que realmente venha a ser esta disciplina.

O cuidado que o mercado todo precisa ter (agências, anunciantes, fornecedores de tecnologia) é não se deixar enganar por falsas promessas de que o Behavioral Targeting é simples e multiplica seus resultados por mil. Temos a responsabilidade na construção e conscientização desta disciplina, assim como temos feito ao longo dos últimos anos com várias disciplinas digitais, pois neste segmento onde tudo ainda é novo e complexo, é fundamental encontrar empresas parceiras dispostas a criar e aprofundar conhecimento e não apenas em vender mais um produto, apesar que neste caso poderia utilizar a velha máxima onde ?uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa?. [Webinsider]

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<strong>Elcio Santos</strong> (elcio@aunica.com) é Sales Manager da <strong><a href="http://www.aunica.com/" rel="externo">Unica</a></strong> Interactive Marketing Solutions.

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8 respostas

  1. Olá Elcio,

    Muito boa a matéria, porém tenho alguns questionamentos referente a eficiência do BT. Colocando as campanhas de BT ao lado de veiculações padrões (ROS nos sites), até agora não testemunhei nenhum resultado extremo para este tipo de segmentação, pelas campanhas que eu acompanhei. Pensando como usuário, vamos imaginar que eu venho acessando sites de esportes há algum tempo, e comprei um tênis. Após isso as ferramentas de BT identificarão meu comportamento e vão começar a bombar de publicidade de venda de calçados em cima de mim. Como eu já comprei o tênis, não tenho mais interesse em comprar outro, com isso vai chover de impressões desperdiçadas nos sites que eu acesso, podendo até me irritar com isso. Sempre me lembro do que o Steve Jobs falava: “nem sempre o usuário sabe o que quer comprar até nós mostrarmos a ele”. Vejo com isso um defeito neste tipo de segmentação, quando mau planejado. Porém as ações de Re-Targeting parecem ser eficientes. Abraços

  2. Com certeza o marketing comportamental veio pra ficar. E é exatamente o que você explicou no seu artigo, não cair em promessas que as vendas vão aumentar Xmil%, porque tudo vai depender de como as informações serão tratadas. Estamos experimentando uma ferramenta que se chama eBcommerce da empresa eBehavior de Curitiba. É fantástica! As informações que o sistema gera é um prato cheio para que lojistas, agências ou qualquer ramo que utilize a internet como veículo de publicidade, colha informações preciosas e utilize para focar nos clientes certos aquilo que eles realmente querem. Estamos muito satisfeitos e alguns lojistas que foram escolhidos para utilizarem, estão dando um feedback extremamente positivo. Acredito no sucesso do Behavioral Target e já estamos tendo a prova disso.

  3. Olá, Elcio.

    Muito interessante você promover a discussão sobre Behavioral Target. Está na hora de evoluirmos, todos nós que pensamos, planejamos e fazemos os canais da web.

    Vejo que é um caminho sem volta de oferecermos cada vez mais conteúdos personalizados aos usuários. Claro, sempre que for possível.

    Parabéns!

  4. Boa noite Enio,

    O objetivo não foi em nenhum momento, causar algum tipo de constrangimento aos leitores. Infelizmente o mercado brasileiro de comunicação digital, ainda não aingiu o mesmo patamar do mercado americano tanto no que tange as discussões conceituais quanto relacionado a investimentos e pesquisas. Portanto, se os profissionais brasileiros de ponta, forem buscar informacoes profundas sobre Target (que aliás tambem é uma palavra em inglês)Comportamental em bom e velho portugês, além de não encontrarem materiais realmente relevantes, vão continuar observando o mercado norte americano, por exemplo, a kilometros de distância.
    Sinto muito se causei uma má impressão, mas o objetivo primário da UNICA é trazer conceitos novos, a todos aqueles que se interessam pelo que há de mais moderno, relacionado a comunicação e marketing digital, para oferecerem em primeira mão a seus clientes.

  5. Boa noite Glifson,

    Obrigado pelo seu comentário e fico feliz que você tenha gostado.
    Caso queira entrar em contato, por favor, me mande um email (esantos21@aunica.com) que entrarei em contato.
    Um abraço

  6. O Behavioral Target, ou em bom português, Target Comportamental é digno de um Sales Manager . . .
    Quando é que vamos aprender a falar e escrever a nossa língua.
    Reparem no título do artigo:
    Behavioral Target tem 13% do budget online nos EUA, ou seria nos USA?

  7. Oi Elcio,

    Muito bom este artigo que você escreveu. Behavioral Target é um assunto muito extenso e que no Brasil, são contadas a dedo as empresas que podem ter acesso a esse tipo de tecnoligia.
    A cada dia venho partindo mais para atividades relacionadas ao Marketing, e vejo esta ferramente como parte de um futuro do Marketing On-line, quem começar hoje em dia, no futuro, terá grandes empresas cada vez mais atraidas por essa tecnologia(conhecimento).

    Infelizmente em minha região não dispomos de empresas que trabalham com essa tecnologia, gostaria muito de atuar nesta área.

    T++++ Elcio.

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