Seu cliente pediu um black SEO com marca famosa?

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Muitas empresas brasileiras são vítimas das diferentes formas de pirataria de suas marcas na internet.

Uma delas é o cybersquatting, que consiste no registro de váriações do domínio verdadeiro, ocasionadas por erros de digitação. Por exemplo: www.googel.com.br, quando você queria digitar www.google.com.br.

Os conflitos entre marcas e domínios têm se tornado mais comuns e mais complexos, na medida que as empresas sentem necessidade de manter uma atuação online mais forte.

Não bastasse o cybersquatting e a tradicional briga por domínios, onde um terceiro registra o nome da sua empresa ou produto como um domínio dele, agora muitas empresas estão usando as marcas de terceiros nos códigos de seus sites.

Para isso utilizam técnicas de SEO (de Search Engine Optimization ou otimização de buscadores), para que, quando alguém pesquisar a marca do concorrente, o site que apareça no Google seja o do espertinho!

Por exemplo: se eu fosse uma indústria de tênis popular, saberia que ninguém iria pesquisar no Google pela minha marca. Compradores de tênis normalmente pesquisam por marcas como Nike, Adidas, Rebook etc. Mas seu eu utilizar técnicas SEO condenáveis, chamadas de Black SEO por serem uma otimização do mal, ou sem ética, o meu site pode até ser melhor colocado do que o site original.

Foi o que aconteceu em um exemplo próximo de nós: o usuário entra no Google e digita o nome de seu site de artigos favorito. Aparece no topo dos resultados o nome do site. O usuário o reconhece e clica no nome que desejava encontrar. Mas é levado ao site de uma publicação concorrente… (Ao ser avisado do que estava acontecendo, o site prejudicado entrou em contato com pessoa ligada ao concorrente anti-ético e o truque foi retirado imediatamente, junto com um pedido de desculpas.)

Esse tipo de otimização pode ser considerado uso indevido de marca (crime previsto em lei)?

Só o tempo dirá, enquanto não se tem notícia de um caso questionando esse tipo de “uso indevido de marca”.

Mas fica o alerta para empresas e prestadores de serviços SEO: usar desse expediente traz riscos e co-responsabilidade para quem faz a otimização.

Assim, quando um cliente (de marca fraca, desconhecida) pedir para fazer a otimização do seu site para que fique melhor no ranking da busca natural do Google, não use esse artifício. Afinal, se sua empresa foi contratada para esta finalidade (otimização), a responsabilidade maior será jogada para você.

Em um primeiro momento a empresa que o contratou poderá ser ré em um processo, mas será orientada a transferir para você essa responsabilidade, talvez até de forma integral.

É como contratar uma agência de publicidade para criar um logotipo. Se a agência cria para o cliente uma quase-cópia do logotipo de um concorrente, quem tem a responsabilidade? Fique atento! [Webinsider]

.

Rudinei Modezejewski (rrm32@e-marcas.com.br) é sócio fundador do E-Marcas e owner da Startup Avctoris.

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16 respostas

  1. Samuel,

    Ótimo seu exemplo, mas vou insistir:

    NÃO USEM MARCAS DE CONCORRENTES PARA SEO

    Independente de haver uma legislação específica, processos aparecerão, assim como não havia uma legislação própria para definir quem teria direito sobre domínios, as decisões judiciais aconteceram, formaram jurisprudência e hoje em alguns países há leis regulamentando isso…

    … Onde não há essas leis, as empresas recorrem ao Tribunal de Mediação e Arbitragem da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

    Certamente os titulares das marcas irão ganhar pena que os processos demoram para ser julgados, mas isso ocorrerá.

    Site da Wipo (OMPI): http://www.wipo.org

    Abraço!

    Rudinei

  2. Posso contribuir com a discurçao com a minha experiencia.
    Trabalho em uma empresa de Turismo na Europa, setor que detem a maior fatia de ?uros no e-commerce, tempo faz lançamos a campagna adWords è o responsavel Marketing me mandou me um email com as keywords da campanha, lendo encontrei 3 nomes de concorrentes, respondi ao email mencionando q nao poderia utilizar tais key por questoes eticas, me respondeu textualmente nao se preocupe, faça assim mesmo :-|, 1 mes depois somos contactados por um desses concorrentes pedindo explicaçoes sobre o ultilizo do seu nome na nossa campagna, dizendo que non poderia ser ultilizado por questoes de copyright, por azar ou sorte o diretor geral da empresa, que desconhecia o uso do nome dos concorrentes, toma conheçimento da ligaçao e manda retiram imediatamente o nome de todos os concorrentes da campanha, nao contente o diretor de marketing pede um tempo para verificar com google , que risponde tais key podem ser livremente usadas, pois nao teve nenhum pedido de bloqueio da Marca, e que nao poderia de nenhuma forma processar nossa impresa, ate pq nao teria uma sede legal, pois google tem sede na Irlanda e nos na Italia. Coisas da Internet :-S
    Moral da Historia, legalmente nao se pode fazer nada por questao de falta de legislaçao internacional e de diferentes leis nacionais, as impresa podem pedir, requisitar, a google q as Marcas nao sejam usadas em outras campanhas, mas para por ai, resta sempre a questao da etica, ou falta dela. Como disse nosso diretor geral, ? se nao respeitamos nossos concorrentes como podemos pretender respeito do mercato?

  3. Bom, não querendo desviar do assunto… mas só para abordarmos a questao do preto (negro) e branco.
    Nem precisamos ir pro lado nerd da Star Wars, pois assim como eu, muita gente ouviu falar, mas não conhece a história, mas basta olhar no dia a dia, ler jornais, que perceberá onde tudo é uma questão de semântica e ato de dar nome aos bois, apenas para fácilitar a compreensão de todos.
    termos como: Mercado NEGRO de orgõas, câmbio negro, remédio taja preta(remete ao perigo/vicio/forte), magia negra, luz = vida, escuridão = morte, entre outros vários exemplos. Se irmos de encontro as leis racistas, tudo, mas tudo mesmo que quisermos poderemos alegar e conotar como algo é racista, é uma questao de interpretação.
    É até mesmo uma questão cultural, onde as cores e termos podem ter significados diferentes.

  4. Por uma questão ética (pessoal) evito usar o termo preto ou negro para coisas ruins.
    A ética, eu creio, é a principal cartilha de qualquer profissional. Dinheiro e/ou fama devem ser conseqüências sempre do trabalho bem feito e não de artimanhas ilegais ou não – e neste ponto, o Cesar Zeppini foi muito oportuno ao lembrar-nos do código de ética dos desenvolvedores.
    Não posso deixar de concordar também com o Paulo Rodrigo Teixeira – no que concerne à necessidade de as empresas estarem atentas ao SEO de seus sites – o que pode evitar que o concorrente mau intencionado apareça melhor na fita.
    Contudo, vejo que o texto do Rudinei é voltado para os responsáveis pelo desenvolvimento dos sites e estes devem, sim, seguir um código de ética na boa prática do SEO.

  5. Excelente artigo. Parabéns!

    Quanto ao manifesto das pessoas sobre Black ou White SEO, não se trata de colocar coisas pretas como ruim e brancas como boas, mas sim que o termo Black é usado para designar algo ilegal, feito de forma errada.
    Quem já estudou alemão, sabe que na Alemanha tudo que é ilegal é considerado Schwartz (Preto).

  6. Uma empresa que aparece depois de um concorrente com um nome da própria empresa? A empresa em segundo é que deve desculpas. =)

    Olha, a empresa dois é que tem rever seu site. Em links patrocinados eu até entendo isto acontecer, mas em SEO?

    Também não considero que aparecer com o nome do concorrente como Black Hat SEO. É mais para uma questão moral (ética).

    André,

    Para entender o que é black hat, veja isto:
    http://www.marketingdebusca.com.br/black-hat-seo/

    O white hat é o cara do bem. =)

    Um grande abraço,

  7. Muito boa matéria Rudinei.

    André, não vai me dizer que vc vai querer abordar racismo aqui neste fórum simplesmente por causa de uma questão de semântica dos nomes das ferramentas né? Espero que não seja isso que você está querendo abordar, porque senão já já vc vai estar indo pros EUA falar com o George Lucas (criador de Star Wars) p reclamar por ele ter falado que o Lado Negro da Força é o mal…. ¬¬

    Mas voltando ao assunto, o SEO ainda é uma coisa muito nova. Ainda faz parte daquele amontoado de coisas (W3C, Webstandards, Semântica) que devem ser seguidas, mas que a gente ainda tem que catequizar os clientes sobre o assunto. Muitos desenvolvedores mesmo não sabem o que é SEO. Quando o assunto se popularizar, aí sim vão começar a surgir leis ou regras quanto a isso. Mas na minha opinião, enquanto não surge nada, os próprios desenvolvedores é que vão criar suas regras de ética, como sempre, e isso eu acho muito bom!

  8. Olá Rudinei,

    Muito bacana a matéria e bem abordado. Isto que você falou é muito comum. Muitas empresas de SEO que conheço fazem esta técnica e acham um ponto positivo para o website.

    Estou contigo e acredito que com uma regularização rígida destes apectos na internet, as empresas que focam o White Hat SEO vão sair ganhando.

    Abraços!

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