Quando o desenvolvedor começa a adotar padrões de trabalho

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Muito nos preocupamos em deixar nosso site dentro dos padrões estabelecidos pela W3C, mas não estamos atentos a um fato rotineiro na vida dos desenvolvedores da web, que é a organização e a adoção de padrões de trabalho. Ou seja, tarefas estabelecidas que devem serem seguidas a qualquer custo e que vão fazer o seu tempo render muito mais.

Estes padrões possuem vários itens que se completam. Alguns deles são indispensáveis, como a formatação de scripts, nomenclatura e até mesmo o material que deve estar em sua mesa desde o momento que o primeiro contato com o cliente for feito até a finalização do projeto.

O primeiro passo será nosso material de trabalho. É sempre indispensável possuirmos um caderno e caneta, para que possamos organizar tudo que será feito durante o dia, divisão de tempo para cada projeto, anotações sobre o projeto, como nomes de variáveis, valores e tamanho de imagens.

A partir daí a organização será focada ao projeto.

Ao entrar em contato com você, o cliente diz que precisa de um site para uma empresa de advocacia com uma área restrita para colocar notícias. Diz também que os links do site são Home, Quem somos, Galeria de fotos, Profissionais etc. Enfim, o cliente fornece a você dados que, aparentemente, sugerem algo bem simples.

Então o cliente pergunta quanto vai ficar o projeto. Você dá um valor e, quando vê, se meteu em uma grande armadilha, pois não é nada daquilo que ele disse e seu preço já está dado. Que furada!

Agora, por favor, pergunte: “- O que eu fiz para entrar nessa fria?” Eu respondo. Organização.

Nunca dê algum valor ou estabeleça nada com o cliente antes de avaliar alguns itens básicos referentes ao site dele, pois o que o cliente diz inicialmente não é exatamente o que o ele quer. Uma má avaliação do escopo pode prejudicar você e outros serviços que estão na fila para serem desenvolvidos. Veja algumas dicas de como agir nesta situação:

1. As primeiras perguntas

Logo no primeiro contato com o cliente você já deve ter em mãos um conjunto de perguntas que deve fazer ao cliente para reunir o máximo possível de informações sobre o projeto – como segmento do site, nome, se existe hospedagem, se existem sistemas específicos dentro do website, o conteúdo interno de cada página, quem será o contato encarregado de passar as informações e muitos requisitos que são necessários.

2. Informe a tecnologia que vai usar

Você deve explicar ao cliente a tecnologia que vai utilizar e os benefícios que ela apresenta. Informe as vantagens de sua escolha e explique como trabalha, sempre em busca do bendito momento de passar o orçamento.

Certa vez um cliente ouviu de outro programador que a linguagem ASP seria a melhor a ser utilizada por ser mais segura. Isto causou um problema, pois o cliente cismou que o projeto teria que ser todo em ASP e não em PHP, que é a linguagem que utilizo atualmente. Hoje o site funciona em PHP perfeitamente e o cliente está super feliz. Mas antes foi preciso explicar em detalhes o porquê da escolha e o que realmente pretendíamos fazer no projeto.

3. Equipe

Não é bom trabalhar sozinho. Uma equipe é sempre bem-vinda, pois tira o peso do projeto de suas costas. Uma equipe legal seria um webdesigner e um webmaster, pois o webdesigner fará somente o layout enquanto você certamente estará fazendo o planejamento do sistema.

4. Planejamento

Falando em planejamento do sistema, esta dica é fundamental. Nunca abrevie palavras e não trate seu script como algo que não vai aparecer para o cliente e portanto não tem valor. Sim, seu script tem um valor tão grande quanto o layout que foi desenvolvido.

O script sempre deve ser identado corretamente e se possível dividido em blocos de comentários. Se você usa tableless, onde cada div tem seu ID, na hora de montar seu script CSS, você só vai lembrar?se deles e saber para que servem se nomeá?los corretamente.

No CSS separe as classes das tags e diga ao CSS a qual parte da página elas pertencem. Nunca é demais acrescentar comentários. Eles foram feitos para ajudar o webmaster a fazer seu trabalho organizadamente.

5. Defina prazos e etapas

Dado um prazo para o cliente, estabeleça o que deve ser feito até lá. Por exemplo, deve ser estabelecido um prazo para desenvolvimento de layout, outro para a montagem do sistema e outro para testes. Desta forma os trabalhos não serão atrasados e o cliente ficará satisfeito.

O período de testes é indispensável, pois é quando você irá detectar erros antes que seu cliente os detecte. Não caia na armadilha de que este período de testes está incluso no período de desenvolvimento, pois não está. Ele é indispensável e pode durar até uma semana se for o caso de sites maiores.

6. Mantenha o cliente informado

O cliente gosta de ficar por dentro do que está sendo realizado. Sempre envie e?mails e se coloque à disposição para perguntas – e tenha as respostas certas para estes momentos.

7. O cliente assina o contrato

A sétima e mais importante dica de organização e também cuidado. Jamais chegue a um acordo com o cliente sem que ele tenha assinado o que foi estabelecido.

O cliente pode ser o homem mais bonzinho do planeta e do universo, mas na hora em que ele disser a famosa frase ?Eu falei para você, não lembra??, você não poderá dizer o contrário pelo fato de constrangê?lo (seria o equivalente a chamá-lo de mentiroso), a ponto de perdê?lo e demais consequências, como indicações futuras que ele iria fazer.

Tome cuidado. Até mesmo o layout deve ser aprovado e assinado antes de virar um site em si.

Em uma próxima oportunidade vamos falar um pouco de padrões da web, do que eles podem significar, as possibilidades que você alcançará seguindo apenas algumas variações e muito mais. [Webinsider]

.

<strong>Renato Guimarães</strong> (dmd7@dmd7.com.br) é diretor de tecnologia e desenvolvimento da <strong><a href="http://www.dmd7.com.br" rel="externo">DMD7</a></strong>.

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Mais lidas

6 respostas

  1. Bacana o tema, principalmente no ponto que toca em escolher as tecnologias. O assunto poderia ser aprofundado em próximas oportunidades.

  2. Ótimo artigo!, explicativo e que vai direto ao ponto que tanto insistimos em negligenciar. Acreditar que clientes são bonzinhos não passa de boa fé por parte de quem está negociando os projetos. Se por um lado parece ser inibidor fazer com que um cliente assine um contrato, mais inibidor é cobra-lo quando o cheque volta sem fundos.

    Atualmente sinto uma grande dificuldade em fazer com que o cliente entenda as necessidades de todas as etapas evolutivas de um sistema web.

    Tenho também experimentado que clientes preferem formalidades, e que quanto mais formal, mais aspecto de organizado e profissional é passado.

    Em um mundo em que produzimos e vendemos vento como produto físico temos mais é que nos resguardar e planejar muito as propostas e orçamentos emitidos por nossas agências.

  3. Parabéns, ótimo artigo. Acredito que a maioria de nós, desenvolvedores, já cometemos alguns ou todos os erros apresentados. Artigo interessante principalmente para dar um auxilio tanto para o iniciante como para o profissional.

  4. Muito bom o artigo. Dicas simples que vão fazer o site se tornar uma ferramenta concreta não só na cabeça do desenvolvedor, mas também na cabeça do cliente.

    Parabéns.

  5. Parabens

    Esse artigo é bem prático, a maioria desses erros todos já cometeram alguma vez nas suas vidas. Tomara que muitos dos que estão começando leiam ele para que previnam de dores graves de cabeça

    Abraço

  6. Opa Renato, muito bem colocado a situação!

    eu utilizo a http://taskfreak.com/, um recurso para manter meu cliente atualizado sobre o projeto e os processos em tempo real. Além de servir como uma todo pessoal.

    O software permite que você torne ou não público para um usuário cadastrado, enfim. Na verdade estou testando com um cliente agora, vamos ver se é interessante!

    Um abraço e parabéns pelo post cara!!!

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