Displays com TV customizada: ainda muito a melhorar

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É uma verdadeira febre. Basta olhar para o lado e você encontra o velho e bom aparelho de TV. Não mais apenas na sua casa, ou na do vizinho. Agora existem TVs na farmácia, no supermercado, na plataforma do trem. As telinhas também estão nos ônibus, táxis, na espera do avião, nos refeitórios das grandes empresas e até no café da esquina.

E não são televisores transmitindo o telejornalismo da Globo, nem o programa feminino da tarde ou o futebol das quartas-feiras. São conteúdos exclusivos, feitos especialmente para aquela mídia. Nem sempre pertinentes, é verdade. Mas a proposta é essa.

A questão é que o segmento está crescendo vertiginosamente, em detrimento ao cuidado com a qualidade dessa programação. A prioridade hoje é “ter uma TV no meu estabelecimento” e raramente é “ter um veículo de comunicação eficaz, que agregue valor e que (porque não?) gere receita, direta ou indiretamente”.

O que se vê são belíssimos aparelhos em LCD ou plasma transmitindo conteúdo em Flash, muitas vezes sem qualidade estética e sem a preocupação básica de atrair a atenção do público. Afinal, porque o indivíduo exposto àquela mídia perderia seu tempo absorvendo a mensagem se ela não for de seu interesse? Ou esteticamente fascinante? Ou melhor: com as duas coisas juntas?

Já é sabido que a imagem em movimento é uma poderosa aliada para a transmissão de conhecimento, de conteúdo. E que este mesmo conteúdo, se apresentado somente em forma de texto, exigiria dos receptores um nível muito mais alto de abstração.

Alguém já disse que nada substitui a imagem, pelo menos no que se refere à captação rápida de uma mensagem. Mas em um mundo cada vez mais enlouquecido, onde informações são emitidas de formas diferentes por canais dos mais variados, é preciso investir um bom tempo e algum dinheiro na produção de conteúdo realmente pertinente e adequado. De qualidade. Conteúdo que seja resultado de uma pesquisa profunda com a audiência.

Quem é o espectador? O que ele está fazendo naquele lugar? Quanto tempo ele tem para ver a sua mídia e absorver a informação? Quais informações são importantes para ele naquele momento? Que prestação de serviço posso oferecer em troca da sua atenção?

Isso sem falar em aspectos puramente técnicos, como checar a incidência de luminosidade na tela da TV, os pontos de maior fluxo de pessoas ou os locais apropriados para que o público possa parar e ver a mensagem. E até a possibilidade de se ter material com áudio.

TV é, por definição, áudio-visual. Por isso, o som é importantíssimo e agrega muito poder à mídia. Mas é preciso estudar atentamente o meio em que a TV está inserida. Em locais fechados, o áudio da TV customizada pode ser motivo de irritação. Um verdadeiro “tiro no pé”.

E as TVs corporativas? Se as empresas entendessem o poder dessa mídia, se elas compreendessem o quão eficiente ela pode ser, a demanda por projetos seria muito maior. TVs em empresas podem ter vários propósitos e, por isso, devem ser otimizadas de forma a falar com públicos diferentes em horários específicos.

Um exemplo: em uma cadeia de lojas, por que não aproveitar para, antes ou depois do horário comercial, usar a rede de TV para passar mensagens do RH, treinamentos, para estreitar a relação entre funcionários e alto escalão? Essa mesma TV, no período de funcionamento das lojas, serviria para destacar promoções, fazer ações-relâmpagos com o público, além de, claro, passar um conteúdo pertinente ao momento de compra, potencializando a presença do consumidor no ponto-de-venda.

São muitas as aplicações da TV customizada. E muitos os erros cometidos em nome de “estar na onda”, em uma tentativa inglória de ter, a qualquer custo, sua mídia particular. Todos sabem o enorme poder de comunicação que a TV exerce nas pessoas. Mas poucos têm usado inteligência para tirar o melhor proveito disso.

Entenda-se por tirar proveito, neste caso, conhecer profundamente seu público, suas necessidades e anseios e, a partir disso, entregar um conteúdo pertinente, que traga valor à sua marca e à vida das pessoas. [Webinsider]

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<strong>Sandra Jonas</strong> (sandra@estacao8.com.br) é sócia e diretora-executiva da produtora <strong><a href="http://www.estacao8.com.br" rel="externo">Estação 8</strong></a>

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2 respostas

  1. Realmente uma febre, uma grande oportunidade para empreender se bem aproveitada. Porém sua continuidade só pode seguir com sua qualidade!

  2. Quanto ao artigo referente a tv customizada, concordo plenamente com a citação acima, até porque as empresas em geral, não estão sabendo tirar proveito da situação, oxalá pudessemos ter a nossa disposição uma tv qualitativa, seja no metro, onibus, barzinho etc., o que vemos são um amontoados de imagens tipo flash, sem conteudo e cansativo,é preciso ter informação com distração e porque não dizer comercialização, com atrativo prendendo, assim a nossa atenção, temos otimos publicitários mas vejo, que eles ainda não pegaram o sentido da coisa.

    grato pela oportunidade.

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