Buscadores mudaram comportamento do usuário

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Jakob Nielsen, diretor da Nielsen Norman Group, famoso consultor especializado em usabilidade, divulgou mais um relatório anual de sua empresa sobre os hábitos dos usuários.

Segundo ele, houve uma mudança no comportamento dos usuários, que teriam hoje muito menos paciência na hora de navegar do que no passado recente.

Esta mudança pode ser confirmada com base em vários dados levantados pelo relatório.

Hoje, em 2008, o usuário consegue atingir mais suas metas do que em 1999 (75% de sucesso contra 60% anos atrás) e prefere ir “diretamente ao ponto”, ao invés de ficar navegando “à deriva” pelos sites.

Esta seria uma influência direta dos buscadores ? em 2004, diz a consultoria, 40% das pessoas visitavam primeiro a home de um site e a partir de lá chegavam à informação que procuravam.

Hoje apenas 25% dos usuários mantém esse padrão, enquanto a maioria dos usuários prefere acessar um determinado site rapidamente, completar uma tarefa e sair.

Segundo Nielsen em entrevista à BBC (Usuários da internet estão mais egoístas, diz especialista), as pessoas preferem sites que vão direto ao ponto. Por estarem mais habituadas ao ambiente interativo estão também mais resistentes às promoções e outras escolhas editoriais que tentam distraí-los.

Neste sentido, defende ele, os usuários não toleram sinais sonoros e outras aplicações adicionadas com o objetivo de tornar interfaces mais amigáveis ? mas que no fundo atrapalham, pois deixam as páginas mais pesadas, o que aumenta a impaciência dos usuários com relação ao site.

Muita gente discorda de Jakob Nielsen, designers especialmente. O especialista em usabilidade pode até ser simplista, funcional em excesso (seu site useit.com não muda há anos) e defender interfaces espartanas demais para nós brasileiros.

Pode ser realmente o ?profeta do óbvio? – mas enxergar o óbvio nem sempre é uma qualidade muito comum. [Webinsider]

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<strong>Clecia Simões</strong> (csimoes@predicta.com.br) é gerente de marketing na <strong><a href="http://www.predicta.com.br" rel="externo">Predicta</a></strong>

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13 respostas

  1. Não há como ser funcional em excesso quando o objetivo final é a funcionalidade. Temos que entender que o a impressão subjetiva de uma interface causada por cores, sons e movimentos é secundária quando se tem uma tarefa pré definida e primária quando não se tem. Por isso nielsen está certo. Nunca vi ele metendo o bedelho em sites de entretenimento dizendo que deveriam ser funcionais. Mas se um site se propõe a realizar detertminada atividade, ele deve fazer isso da melhor (mais fácil, rápida e intuitiva) forma possível.

  2. A quastão principal é a experiência do usuário. Não tenham dúvidas disso. Uma grande maioria dos designers fazem sites p/ si, em detrimento do público do seu cliente. Estamos amadurecendo nesse sentido, mas ainda tem chão p/ chegar lá.

  3. Esse problema da página inicial com chamadas para todos os links encontrados no website é meramente cultural.

    Numa sociedade de empresários que consomem apenas portais de notícias (UOL, Terra, G1, etc) os projetos de internet para suas empresas não poderiam ser diferentes.

    Cada setor ou departamento vai puxar a sardinha para o seu lado, querendo mais destaque que o outro. Gerando conflitos internos e vaidades.

    Para esse tipo de problema existe a AI e Usabilidade, que tratarão o conteúdo do projeto hierarquicamente.

  4. Penso que podemos ter visual, conteúdo e ainda ser usável… basta usar o bom senso… é claro que temos pensar em projetos e projetos, cada caso tem que ser atendido de acordo com o público alvo. Imagine o site da Disney como o site UseIt.com?? A criançada não iria voltar lá…

  5. Com algum tempo de mercado, acho que o ideal é desenvolver o site pensando no objetivo que a empresa deseja atingir e no perfil do público que acessa. Por isto uma loja virtual é bem mais promocional do que um site institucional. Ambos tem objetivos diferentes – um é a venda e promoção de produtos e outro é a venda de uma imagem, do conceito de uma empresa.

    Acho que estamos numa época em que o desejo do usuário vem em primeiro lugar. Cada vez mais o poder de decisão vai estar na mão do consumidor e nós designers teremos que suar a camisa para criar algo relevante para ele. Acho que aí está o grande desafio, onde teremos que pensar em visual e funcional trabalhando juntos.

  6. Visual espartano, ultrarealismo… Realmente nem tudo é como gostariamos… Mas a questão é a seguinte, quem gosta de inventar moda no sites pode muito bem partir para o ramo das artes plásticas… lá a liberdade é total e não tem nenhum Jacob Nielsen para ficar lembrando da realidade dura e cruel da objetividade alheia…

  7. Leva mau,não?
    O useit.com pode ser facíl de alcançar o que se precisa,mas é feio pra caralho.
    O da Nielsen pode ser menos rápido,mas me gera mais confiança.

    Moral da história? Nem sempre o mais usável,é a melhor experiência.

  8. O óbvio nem sempre é fácil de enxergar, gostei dessa frase para fechar o texto e creio que representa bem os apontamentos de Nielsen. Os considero muito importantes, mas são apenas opiniões de uma pessoa (baseada em vários estudos).

    Não me limito a beber apenas desta fonte, e outras leituras são muito interessantes como Felipe Memória, Steve Krug dentre outros.

    Que o usuário está mais exigente e vai direto no assunto que lhe interessa não é surpresa, pois nada mais é do que a familiaridade com essa nova mídia, pois antes ela devia ser descoberta e agora está sendo acessada, uma diferença sutil mas muito relevante, e com certeza os buscadores tiveram papel importante, mas também coloco como importante o atual papel dos Feeds, afinal quer coisa mais cirúrgica do que chegar no seu netvibes o artigo específico sobre o assunto que você quer?

    Que pena que Nielsen assinou o Designer em você Kerber, pelo menos ganhamos um ótimo analista de negócios 🙂

    Usabilidade é cada vez mais importante, isso é fato, mas creio que nossos argumentos na hora de explicar sua importância é que também precisam evoluir.

  9. O useit.com é mesmo espartano, diria franciscano. Mas alguém já deu uma olhada no nielsen.com?
    Talvez ele tenha dupla personalidade. ;o)

  10. Olá Clecia Simões, tudo bom? Espero que sim!

    Clecia, primeiramente gostaria de parabenizá-la pelo excelente artigo, Jakob Nielsen o Guru da usabilidade é extremamente pragmático ao dizer que o usuário gosta de coisas simples, como dizia Einstein Tudo é simples, infelizmente dezenas de empresas ainda não compreendem este conceito e com isso não conseguem agregar valor para os usuários.

    um abraço.

  11. Less is more, mas acho que devemos evitar os extremos. A página de Jakob Nielsen segue rigorosamente este pensamento e não empolga na visualização. Porém o conteúdo é muito bom, fácil de encontrar e adequado para o seu público-alvo. Só preciso de um click para acessar o que me interessa, e na velocidade do mercado, isso é muito importante. O design também tem seu valor, mas não deve atrapalhar o acesso ao conteúdo. Deve ter uma função, não ser um mero fake. Se quero ouvir música, acesso o Lastfm e músicas de sites só atrapalham, por exemplo.

  12. O ultra realismo de Jakob Nielsen assassinou o potencial designer que eu trazia em mim desde 1996. Ele acabou com a minha ilusão e fiquei chato como ele.
    Hoje em dia eu trabalho com análise de negócios, assim não ameaço (com a minha chatice) a camada de apresentação das soluções que desenvolvemos.

    Ele está certo? Está (inclusive estatisticamente), mas é triste.

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