Google é o frenemy, o concorrente amigo inimigo

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Ao acompanhar a transmissão de algumas palestras da Reuters Technology (Media and Telecoms Summit), pude observar o temor de empresas em relação ao domínio econômico e de presença do Google no mundo de negócios.

Um receio presente mesmo em empresas tipicamente do mercado tradicional (não online), como a Nokia Siemens Networks e o grupo WPP de publicidade ? que cunhou para o Google o termo ?frenemy? (friend+enemy).

É pertinente o receio? Depois de no início imaginar se tratar de um exagero, comecei a pensar na minha vida hoje e os contatos com o Google ? quase o tempo todo.

Quando vou para qualquer lugar novo, utilizo o Google Maps; a qualquer momento, acesso meu e-mail pelo smartphone, através do Gmail; se preciso acessar algum site novo nem tento a URL, busco logo no Google Search; se em uma mesa de almoço fala-se sobre uma cena de filme, em poucos segundos o telefone 3G a exibe pelo YouTube.

Isso traz mudanças em mercados improváveis como o de logística de entregas (com rotas do Google Maps), o de clipping de notícias (com o iGoogle) ou o de editoras e livrarias (com o Book Search).

Sem contar as iniciativas que ainda não se sabe até onde irão, como o Google Health, e a plataforma de telefones celulares Android. Será que laboratórios, médicos e fabricantes de celulares não devem se preocupar?

Relatórios da Predicta dão conta que 91% das busca orgânicas (não patrocinadas) que levam a grandes portais têm origem no Google. Observo ainda, em conversas com grandes anunciantes da web, que estes costumam direcionar entre 75% e 85% de sua verba de links pagos para o Google.

O que significa esta onipresença do Google para a publicidade? Esta é a pergunta de um milhão de dólares… Ao mesmo tempo que um eventual monopólio preocupa, é inegável o favor que a empresa presta a este mercado, criando novos pontos de contato com públicos qualificados em situações antes não imaginadas ? dirigindo o carro, durante o almoço, no bar, lendo e-mails, etc.

Momentos adequados, nos quais uma marca pode fazer-se presente para os possíveis consumidores, de acordo com a relevância para eles.

Como profissional de inteligência em mídia online, ofereço louros ao Google por ter criado estes novos canais; sim criado, pois não foi uma simples substituição de empresas existentes, foi através da inovação e competência. Fico feliz por termos estes novos espaços no inventário publicitário, ainda que receoso de um dia ficar na mão de um só veículo forte. E você? Também tem medo do ?Google-mau?? [Webinsider]

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<strong>Fred Pacheco</strong> (fpacheco@predicta.com.br) é gerente de Gerente de Business Intelligence da <strong><a href="http://www.predicta.com.br" rel="externo">Predicta</a></strong> e um dos autores do blog corporativo <strong><a href="http://blogs.predicta.com.br/namedida/index.php/author/herman-fuchs/" rel="externo">NaMedida</a></strong>

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7 respostas

  1. O Google está presente em todos os lugares do mundo moderno, fornece e-mail, hospedagem, processamento, agenda entre tantas coisas que eles estão querendo fornecer e mais, eles tem grana, disponibilidade técnica e muita imaginação… quem tinha medo da Microsoft, deveria é ter medo do Google que está por vir… você assistiu o filme Terminator… imagine que o Google pode ser o Skynet…

    O Google já é do uma empresa killer… cada novo serviço que eles lançam, abalam vários mercados… basta ver o caos que o GMail causou, bem como o que está causando com o Google Apps…

    O que eles farão com no futuro com todo esse poder? Não sei, mas….

  2. É concordo com o Fred. Realmente é assustador depender de um só veículo, e a ele direcionar todas as atividades. O Google trouxe muita inovação em diversas áreas, isso é notável, mas seria interessante se aparecesse um competidor à altura do Google.

  3. Pois é, pessoal… Como todos colocaram, gosto de tudo que o Google trouxe. Mas, gostaria muitíssimo de ver novos players jogando no campo do Google.
    Concorrentes seriam positivos para todos. O Google teria de inovar ainda mais, os anunciantes teriam escolha, os veículos ganhariam força. Ficar na mão de um só é assustador!
    A questão é: de onde virá o próximo player? quem terá força ou criatividade para enfratá-los?
    Recentemente Schwartz, presidente mundial da Sun Microsystems disse que países como Brasil e Índia são mais que centros de baixo custo e podem gerar um novo Google. Espero que sim!
    Abraços, Fred.

  4. Viva o Santo Google, pelo menos enquanto não tivermos nada melhor. Uso o Google para pesquisa, email, mapas, espaço na Web e inumeras outras coisas e para ganhar dinheiro tambem. Daqui a pouco o Google lança o Papel Higiênico Google 🙂
    Antes do Google, navegar na web era mais ou menos como visitar uma cidade desconhecida, sem um mapa ou um destino, hoje quando quero um site, uma ideia, digito ela no Google e acho o que quero. Uma sacada simples e genial.

    Aonde isto irá nos levar ?
    É benéfico, usarmos apenas um serviço quase sem concorrência ?
    E a concorrencia, como fica ?

  5. O grande lance é que o Google ataca em todas as frentes e com qualidade absurdamente alta; quando desenvolvem algo novo, oferecem de graça aos usuários para que o público desenvolva em cima e faá o viral. Quando tem algum serviço bom pintando, eles o adquirem e melhoram.
    Será que algum dia aparecerá uma concorrente?

  6. O Google se expande maneira ameaçadora em diversas áreas de atuação ao mesmo tempo que cria oportunidades para outras empresas domina o mercado. É difícil medir se isto é bom ou ruim, talvez o tempo nos diga…

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