Formar uma equipe é fácil, difícil é formar um time

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Não é novidade que a rotatividade dos profissionais de internet é alta. E qual seria o real motivo deste vai-e-vem do mercado? O aspecto financeiro motiva a saída de um profissional. O ambiente da alta rotatividade dentro da empresa também, o que não é novidade. A grande questão é como reduzir o êxodo em massa da sua empresa ou até praticamente zerar este fenômeno.

Com o mercado aquecido, as propostas de contratação aparecem para os bons profissionais e poucos fatores podem fazer um profissional desistir da sua saída. Isso mesmo, desistir, pois sabemos que o mercado funciona na maioria das vezes desta forma: antes de comunicar a saída, o profissional comunica a proposta recebida para, possivelmente, receber uma contra-proposta ainda mais motivadora.

Não vejo isto como algo ruim. Mostra muitas vezes que você tem do seu lado um bom profissional que outras empresas gostariam de somar em suas equipes. É um mundo muito parecido com o do futebol e a semelhança aumenta diante da ida de muitos bons profissionais brasileiros para outros países.

É claro que a comparação tem as suas particularidades, mesmo porque as cifras também são bem diferentes. Mas, assim como no futebol, é clara a necessidade de se formar bons times e não apenas equipes.

É muito importante buscar profissionais criativos, outros com um perfil de análise para colocar o projeto no chão e alertar os criativos na hora certa, um capitão para liderar e motivar internamente a equipe e chamar a responsabilidade e, claro, um bom técnico, com habilidade e desenvoltura para propor inovações e se comunicar com os clientes nos momentos bons e ruins de um projeto.

Parece brincadeira, porém no fundo os times bem sucedidos têm essa fórmula nada mágica, mas realista.

Um bom time precisa estar bem entrosado. Os profissionais devem estar em sintonia, ter um espírito empreendedor, conseguir enxergar além do óbvio, ou, em muitos casos, enxergar pelo menos o óbvio, coisa que não acontece em muitas equipes.

Os times devem ser formados por profissionais com raça, brilho nos olhos, concentrados, que não olham o dia todo para o relógio contando as horas para o dia acabar. Um bom time cria um vínculo de amizade e as difíceis horas extra tornam-se descontraídas e produtivas. Os profissionais que formam bons times sabem a hora de cobrir o outro e carregar responsabilidades que nem sempre são deles. O velho ditado de “uma mão lava a outra” é comum em bons times.

Além disso, duas palavras são muito importantes para se formar bons times: liberdade e liberdade. O profissional tem que sentir que a empresa é parte da equipe, que sabe cobrí-lo quando necessário, até como forma de reconhecimento das vezes em que ele segura “rojões” para a empresa.

Com bons profissionais, que trabalham em sintonia dentro de um time e falam a mesma língua da empresa, a liberdade tende a somar para a produtividade, criatividade e uma duradoura relação entre o profissional e a empresa.

Outro ponto importante é o reconhecimento financeiro, com bônus e reajustes salariais antes das inesperadas e indesejadas propostas, para antecipar aquele momento em que o profissional pede uma conversa reservada, onde nem sempre sabe como justificar o que deseja. Não descuidar deste aspecto pode deixar a empresa na frente na corrida pelo bom profissional.

Estes fatores podem contribuir muito para, ao menos, minimizar a rotatividade dos seus times de trabalho. A combinação destes fatores insere o profissional em um ambiente prazeiroso para desenvolver um bom trabalho, que passa a pensar e a pesar se é mesmo uma boa escolha quebrar sua rotina em um bom ambiente para arriscar algo novo.

Não é uma tarefa fácil para o líder formar um bom time, quando muitos dos bons profissionais já estão em bons times. É como garimpar: demora muito encontrar os profissionais que irão compor o seu time de sucesso. É uma tarefa que não tem fim, mas muito compensadora quando se consegue montar um excelente time. [Webinsider]

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Rafael Cichini é CEO da Just Digital, especializada em soluções enterprise para gestão de conteúdo e search, e presidente da Associação Drupal Brasil.

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8 respostas

  1. parabens pelo artigo, raramente leio em sites
    que estou só de passagem. Apenas dou uma pequena olhada e logo estou saindo, porem, sua materia me chamou atenção e li ela toda.
    Gostaria muito que muitas empresas tivessem esse “time” no coração.
    *gostaria até de estar trabalhando numa empresa assim.
    É complicado trabalhar num lugar onde somente uma pessoa quer o melhor da empresa e as outras só esperam o 5º dia util pra receber.

    mais uma vez parabens aê

  2. Parabéns pela matéria…objetiva e com conteúdo verdadeiro.
    Dividir bem as responsabilidades é muito importante, sempre valorizando cada componente do time.
    Todo profissional deseja ser recompensado pelo seu desempenho e as regras devem ser claras e compensatórias para todos que compõe o time.
    Não deve haver desiquilíbrios e metas inalcançáveis, sob consequência do time passar a ser perdedor…e se tornar uma mera equipe.

  3. gostei dessa matéria, encontrar bons profissionais não é uma tarefa fácil em qualquer atividade, pena que a classe empregadora não tenha a mesma visão, muitas vezes não dando o merecido valor aos seus colaboradores.

  4. Olá Rafael Cichini, parabéns pela matéria. Realmente a gestão de pessoas no mercado de internet tem que ser um pouco mais agressiva ao ponto de flexibilizar e estar atenta ao mercado, a gestão por competências e o achatamento da pirâmide já é realidade em algumas empresas, porém é preciso estar atento aos colaboradores que fazem a diferença dentro da organização e monitorá-los de forma contínua de modo a tratá-los de forma diferenciada.

  5. Esse problema não é exclusivo do mercado de internet. Na verdade, em 90% dos empreendimentos a parte mais difícil é ter as pessoas certas nos lugares certos dentro do barco e as pessoas erradas fora dela. O bom é que, fazendo isso, já é meio caminho andado para o sucesso.

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