Bordergames SP: fazendo game com a fronteira social

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O Bordergames nasceu com um grupo de artistas, educadores e idealizadores na Espanha. Como o próprio nome diz, são os Jogos de Fronteira. Mas que fronteira? Fronteiras sociais, educacionais, de oportunidades e de todas as diferenças possíveis e imagináveis que possam levar uma pessoa ao mundo da criação de jogos digitais.

Recentemente o pessoal da Bordergames esteve em São Paulo e eu participei dos workshops para multiplicadores. Foram selecionadas dez pessoas, com diversos perfis, para divulgar e disseminar o conhecimento adquirido durante três dias de convivência.

É uma iniciativa fantástica. Sem fins lucrativos, eles tentam ensinar a arte de criar jogos de videogame para comunidades carentes. Utilizando a engine da Torque 3D, cada edição do Bordergame cria um jogo relacionado à comunidade em questão.

Aqui em São Paulo foi o CEU de Alvarenga o escolhido para acolher os nossos amigos do Bordergames. Durante 15 dias eles trabalharam com as crianças para criar o conceito do jogo, fazer pesquisa de campo e referências, tirar fotos, fazer entrevistas, bolar o jogo, o cenário, atores, roteiro e o desenvolvimento.

Essa experiência só reforçou em mim a certeza de que a educação é o caminho para a solução de todos os males. As crianças que vivem em uma região pobre, que é o Alvarenga, cercadas por um certo preconceito, mostraram com trabalho e criatividade o que são capazes. Quem poderia imaginar que dali sairia um jogo reconhecido (agora pela Bordergames) internacionalmente?

Game não é só o fabricado por grandes estúdios, com somas milionárias e gráficos maravilhosos. Game é educação, cultura. Game tem um fundamento que pode ajudar desde aquela pessoa doente no hospital, até aquela doente na alma do dia-a-dia, da podridão que existe em todos os níveis da sociedade.

Vejo nos games um potencial mercado, não só com jogos para gamers, mas jogos para todos. Desde a educação infantil, até a psicologia. Muito pode ser trabalhado, com as ferramentas adequadas, a instrução apropriada e a vontade, a garra e a convicção de algumas pessoas empreendedoras, que querem levar para a sua região novos horizontes. Quem sabe não presenciamos o nascimento de uma nova fonte de renda e educação na região do Alvarenga?

bordergames.jpg

Espero em breve, com o Gamecamp, realizar um evento semelhante ao Bordergames, porém com uma abordagem mais regional e com resultados tão bons quantos. Quem quiser me ajudar nessa, é só entrar em contato. [Webinsider]

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<strong>Guilherme Tsubota</strong> (fala@guilher.me) é consultor mobile do iG, autor do blog <strong><a href="http://www.guilher.me" rel="externo">Guilherme Tsubota</a></strong> e diretor da <strong><a href="http://www.8dgames.com.br/" rel="externo">8D Games</a></strong>.

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8 respostas

  1. Senhores, obrigado pelos comentários.

    Participar desse projeto foi muito recompensador. Ver explicitamente a pessoa aprender e se empolgar é algo indescritível.

    Em breve abrirei a iniciativa GameCamp, e espero contar com o apoio de vocês. Temos muito potencial nesse país, principalmente criativo.

    Afinal, o brasileiro é o rei do jeitinho 😉

  2. Caro Guilherme,

    Obrigado por dividir essa experiencia com a gente.

    Tenho interesse em saber mais sobre seu projeto regional e maiores detalhes do que foi feito nesse que você descreveu.

    Um abraço

  3. Guilherme, acredito 100% em tudo que foi escrito. Jogos fazem parte da natureza humana. Usá-lo em comunidades carentes com o apoio técnico necessário são os ingredintes para pontecializar a educação de forma lúdica.

  4. Realmente a educação é, e sempre será, a maior fonte rentável ao país.. Sem ela, coitado de nós, coitado de todos…

    Projetos como esses sempre são bem vindos. Ajudam a essas crianças a, pelo menos, sonhar com um futuro, ou, a partir de então, definir um trajeto de vida, um rumo.

    Grande abraço,
    Monthiel

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