Google quer ser o destino das verbas online

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Na Grécia antiga, depois de Atenas, Delfos era uma espécie de destino turístico-cultural que tinha um algo-mais que, em interesse público, deixava para trás o resto do mundo grego: o Oráculo.

Pois era lá no historicamente mui famoso Oráculo de Delfos que as Pitonisas ? mulheres dotadas de incríveis dons adivinhatórios ? recebiam reis, políticos e governantes, para, em momentos de transe hipnótico, revelar o que o destino lhes guardava de bom e de ruim. Curiosamente, sabe-se hoje que os tais transes hipnóticos não eram provocados pela vontade de Zeus nem do resto da divina rapaziada do Olimpo, mas por gases alucinógenos subterrâneos que escapavam por fendas geológicas e atingiam em cheio os narizes das tais Pitonisas, fazendo com que suas palavras adquirissem um tom, digamos, ultraespecial. Ou seja, em linguagem moderna e literal podemos dizer que Delfos dava barato.

Seja lá como for, Delfos era sinônimo de fonte de informação, senão segura e verdadeira, ao menos acreditável.

Exatamente como hoje o é o Google, com suas múltiplas tenazes.

E há várias, como você poderá facilmente constatar com uma simples consulta ao site: Google Search, News, Books, Docs, Alerts, Chrome etc. Enfim, é Google para todos os gostos e necessidades.

Mas uma coisa me chama particularmente a atenção no Google: sua estratégia. Devagar e sempre, comendo pelas bordas, engolindo pouco a pouco a internet.

O Google Docs, por exemplo, é um dos meus sonhos de consumo. Pra quê diabos eu, que uso basicamente os programas típicos de um Office (no meu caso, BrOffice), preciso de um HD? Ora, já estou deixando tudo lá, guardado no Google Docs. Aliás, se eu fosse da Microsoft, poria as barbas de molho, pelo simples motivo de que se já temos no Google Docs um pacote Office online, o que impede o pessoal do Google de colocar ? atenção para a futurologia! ? um sistema operacional completo online? E, ainda por cima, grátis!

Um concorrente online do Windows, do Apple ou do Linux, que você poderá usar tranqüilamente, numa boa, sem gastar um tostão nem se preocupar se sua cópia é pirata ou não. Aliás sem mesmo se preocupar se a configuração da sua máquina é moderninha ou ultrapassada, pois o que realmente vai interessar é se seu acesso à internet tem velocidade suficiente para usufruir tudo o que os caras vão colocar à sua disposição.

Sim, porque, mais dia, menos dia, eles vão colocar na internet um sistema operacional online, grátis e de boa qualidade. Que vai matar friamente os que estão aí, da mesma forma que a telefonia VOIP está matando a convencional.

Tudo isso é só uma questão de tempo e de engenharia ? leia-se ampliação da base física de comunicação de dados que venha a ser instalada por empresas e governos mundo afora (satélite, fibras ópticas… sei lá).

Nesta altura dos acontecimentos o leitor e a leitora poderão estar-se perguntando ?e eu com isso??.

Bem, caso você seja publicitário ou ligado ao mundo da publicidade, tem TUDO a ver com isso.

Porque tanto o Google quanto o Yahoo e demais serviços assemelhados simplesmente já acabaram com a publicidade tal qual a conhecemos. Falta o tiro de misericórdia.

Se o Google colocar no ar um sistema operacional gratuito, como eu imagino que um dia fará, não haverá mais qualquer espécie de restrição à migração das verbas para a internet. Será um novo mundo para os planejamentos de criação e, sobretudo, de mídia.

Just think about it. Aguardo comentários. [Webinsider]

Nota: o calcanhar de Aquiles do Google, na minha modesta opinião, é o desprezo pelo ser humano. Isso mesmo: desprezo. Jogaram todas as fichas na tecnologia, nos computadores e desprezaram solenemente coisas simples como o contato pessoa-a-pessoa. Tente falar com alguém do Google, tente ao menos encontrar um número de telefone, ainda que seja para anunciar com eles. Você não vai conseguir.

Eu simplesmente não entendo uma empresa que não conversa pessoalmente com seus clientes, ou, o que é muito pior, que esnoba o próprio dinheiro do cliente. Eu mesmo já tentei anunciar no Google e fui impedido, porque queria pagar com boleto bancário e o Google simplesmente não aceita, ao contrário do Yahoo (que gera boletos e coloca pessoas simpaticíssimas para falar com o cliente). Bem, os antigos também já diziam que o dinheiro não aceita desaforo… então, se cuida, Google!

.

Zeca Martins é é sócio-diretor da Editora Livronovo.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

16 respostas

  1. Caro Fernando,
    o Chrome é um navegador de internet, equivalente ao Internet Explorer, o Safari, o Firefox, o Opera e o Netscape. Por mais que o Chrome possa eventualmente rodar alguns aplicativos, ainda assim ele não exime seu computador de trabalhar com um sistema operacional próprio (pelo menos até agora).
    Sistema operacional é outra coisa. Veja, por exemplo, o Windows. Há outros, como o Linux e o sistema proprietário da Apple.
    Zeca Martins

  2. Zeca, você está mal-informado. A Google já criou um sistema operacional online. Ele se chama Chrome.

    Isso mesmo. O navegador tem o propósito de ser exatamente isso: Uma base estável e segura para rodar aplicativos web.

  3. Prezado Professor Zeca,

    Pelo que li do seu texto, o qual concordo com o colega Edelmar, choveu no molhado, tirando a bela aula *grega*, disso eu gostei mais do que o contexto, enfim, pelo que li dele e depois sua nota e logo abaixo os comentários, ninguem falou que você tá atacando o Google e sim que emitiu um *infeliz* cometário o qual demonstrou claramente que não conheçe o serviço de publicidade do Google.

    Isso somado ao fato do Sr. ser publicitário (e a tanto tempo), acho no mínimo ponderável perceber que os cometários tentaram de alguma uma maneira te mostrar que o Sr errou a emitir opinião sobre algo que não conhece bem (ou nada conhece, por isso a nota superou o texto).

    O sr poderia fazer este comentário? Óbvio, mais como formador de opinião e conhecedor do ramo, neste caso, não tem como não esperar opiniões contrárias ou do tipo que recebeu aqui, principalmente cometários como da sua nota que mais pareceu tendenciosa (desculpa mais pareceu) do que uma mera *modesta opinião*.

    E quando se joga a culpa disso na complexidade da tecnologia como a sua frase *Talvez eles sejam amigáveis com a rapaziada que domina a linguagem do Google* fica mais parecendo desculpa de alguem que teme ao novo e/ou não quer sair da *zona de conforto* do que argumento. Basta ler, estudar, aplicar, testar, SE INTERESSAR que qq um consegue acompanhar.

    Que começar?
    http://www.google.com/intl/pt-BR/adwords/learningcenter/

    Com R$ 50,00 você começa e pode até testar divulgando seu blog!

    Eu até entendo (não aceito) pelo seu tempo no ramo (35 anos? nem tenho essa idade) mais isso não pode ser o único argumento e que justificaria a nota e sua insistência em mantê-la.

    Por fim, sua argumentação, sobre e nos cometários, pareceu ser mais resistência de quem passou 35 anos estudando e praticando um modelo (ir nas agências, reuniões e mais reuniões, tomar cafezinhos *in loco*) que esta sendo remodelado e caindo no desuso (hoje precisamo ser práticos) do que uma defesa propriamente dita.

    Meu conselho (se ainda pensa em ficar ou ainda esta no mercado) trate de olhar isso que pensa sobre o Google (que não tá nem aí pra gente, não é nada humano, etc) com outros olhos, do contrário, pode seguir o rumo natural das coisas (eu e todos aqui passaremos por isso) que é a boa e a velha aposentadoria, pq ficar no mercado sem procurar estes upgrades, vai ser (se é que já não está sendo) cada vez mais *impossível*.

    So mais uma coisa …

    Como é que você acha que daria para atender *POR TELEFONE* ou receber *in loco* mais de 1 milhão de clientes com eficiência e a merecida atenção? E isso tudo cobrando em média 0,08 centavos por clique? Eu prefiro ter baixo custo somando com controle do que todo este mimimi.

    E por último…

    Mande um e-mail para eles dizendo que tem uma conta publicitária que quer investir 1 milhão em publicidade que garanto que até o presidente do Google Brasil vai querer te conhecer ou dão um jeito de te receber pessoalmente (com direito a cafezinho e tudo mais)…

    Entendeu a questão? Anunciar lá é muito barato pois com 1.000 R$ por exemplo tem como conseguir até 100.000 cliques (modelo de ganho em escala, vc deve saber como é isso) e isso tudo sem ter uma *equipe* de pessoas por trás, apenas uma pessoa cuida disso tudo e atinge (tanto ou mais) quanto as campanhas tradicionais.

    É de ficar de cabelo em pé mesmo!

    …Pelo menos pra quem tá nem aí pra isso!

    Espero que absorva as críticas da Nota
    (a qual foi a coisa que mais estimularia comentários, pq o contexto do texto é bem óbvio ululante, infelizmente)

    Até mais

  4. Ao leitor Edelmar, aí acima.

    Caro Edelmar,
    talvez você não tenha lido o que escrevi com a devida atenção.
    Você deplorou drasticamente minhas opiniões, em razão de um suposto ataque meu ao Google. Porém, caso você fizesse uma leitura mais atenta, certamente poderia notar que:

    1.Ao imaginar um sistema operacional online ? o que modificaria profundamente não só os hábitos dos internautas, mas a própria indústria de computadores ? e atribuir ao Google a possível autoria do feito, mas não à Microsoft, Sun, Adobe (que declarou que talvez venha a lançar seu próprio sistema operacional), à base de colaboradores do Linux (software livre), ou a quem quer que seja ?, existe meu reconhecimento implícito de que só o Google tem retrospecto tecnológico e ousadia mercadológica para o fazer. Há nisso, portanto, dois elogios, um à capacitação técnica e outro à visão de mercado do Google. Dois elogios.
    2.Ao criticar seu sistema comercial, há uma crítica. Uma crítica.
    3.Portanto, fiz dois elogios e uma crítica.
    4.Mas você só conseguiu ler a crítica. Tudo bem.

    Compreendo perfeitamente que pessoas se apeguem afetuosamente às marcas que lhes entreguem bons produtos ou lhes prestem bons serviços (no mercado publicitário há profundos estudos a respeito). Certamente, a menos que você seja funcionário, acionista ou credor do Google, esta deverá ser sua situação.
    É bom confiarmos nas marcas e nas pessoas que estão por trás delas. Eu mesmo confio em várias marcas e pessoas.
    Mas você demonstrou profunda dificuldade em compartilhar opiniões divergentes, ao me chamar de analfabeto em letras e em tecnologia. Não havia necessidade de trazer para o campo pessoal. Mas, bem, mesmo que eu não goste, devo admitir que também é um direito seu duvidar da qualidade e da inteligência das minhas palavras.
    Acho isso natural. Tenho 35 anos de profissão, uma experiência que, a julgar por seus comentários, deve representar umas seis ou sete vezes a sua idade.
    Também acho realmente ótimo ver uma pessoa de tão tenra idade esforçando-se por participar da sociedade com idéias e opiniões. Parabéns!
    Por isso, tenho certeza de que, um dia, no futuro distante, quando você aprender a ler, haverá de concluir que eu disse coisas muito diferentes daquelas que você entendeu.
    Receba um forte e afetuoso abraço, e meus votos de muito sucesso no trabalho e na vida.

  5. Acho que esse artigo chove no molhado quando fala de um possivel e provavel sistema operacional patrocinado pelo google… e se perde completamente no adendo feito depois.

    Total nonsense dizer que eles desprezam seu dinheiro se vc nunca fez negocio com eles… Se vc entra no site do google e faz uma busca que retorna links patrocinados, significa que alguem consegue comprar os tais links, logo ou esses anunciantes tem algum dom divino ou vc tem algum problema procurando informacao que precisa.

    Nao te culpo por nao conseguir achar informacao, eu geralmente nao consigo achar nada numa pagina sem `ctrl f`, e nao consigo achar nada na internet sem… errr, o google. Mas afirmar que a culpa eh deles quando tem outros que conseguem eh, no minimo, pretensao da sua parte.

    Sendo publicitario, 95% do seu tempo deveria ser fazendo contatos, pelo menos os publicitarios que eu conheco sao assim, e vc nao deveria precisar de mais do que 2 ligacoes ou mandar 2 mensagens pelo msn pra conseguir algum telefone ou email util.

    E finalmente essa historia que li em outros comentarios sobre terem medo do google… ora faca-me um favor, desliga o computador e vai ler um livro se vc tem medo do google. Eu tenho muito mais medo da policia, da microsoft e em especial da rede globo do que do google.

    Eles nao precisam ser santos, o negocio deles eh grana, como todo mundo, mas sao eles que estao inundando a internet com a proxima geracao de servicos (gratis), coisa que a microsoft que tem 500bi no bolso pra torrar nunca teve interesse de fazer. Cai na real e toma cuidado com o que vc deseja… vai que se realiza 😛

    E sim, eu sei que estou ficando analfabeto.

  6. Minha visão quanto ao Google é um tanto tenebrosa, tendo em vista o próprio lema deles que diz não seja mau, vejo que eles irão dominar o mercado de uma maneira simples, imperceptível às maiorias, de uma maneira sem chances de ir contra, o que resta é alguma maneira de afiliar-se ou trabalhar em conjunto, utilizando os recursos disponibilizados como os open aplications e as APIs de integração, pois o futuro do software que conhecemos já mudou à algum tempo para SaaS (software as a service) e vai mais além acredito que poderemos chamar de SaaGs, Software as a Google Service, onde iremos utilizar a plataforma de desenvolvimento Google e a infra-estrutura do mesmo, nos restando fazer segmentações para públicos específicos, onde o Google não atinge, apesar de este público cada vez diminuir.

    A informação está prestes à um colapso, não somente pela quantidade, mas pela disponibilidade, que faz com que as maneiras de vivermos mudem, não necessitamos mais memória para lembrar de telefones, ou endereços, ou como chegar num local, temos tudo isso na palma da mão. O mundo que conhecemos irá mudar, e o Google é com certeza um grande visionário que vem acompanhando a, digamos assim, evolução da espécie, e fazendo com que ela evolua cada vez mais.

    Sexta-feira passada eu tive uma reunião onde discutíamos isso, e percebemos que o Google irá dominar o mercado, de maneiras simples ele está matando serviços até então essenciais e caros dando-os gratuitamente, em troca de uma corrente que irá lhe amarrar cada vez mais à empresa.

    Tecnologias que morrem ou padecem junto com a chegada do mundo Google:

    1) Guias Impressos (Tele Listas, etc..)
    2) TV Digital
    3) Jornal
    4) Sites
    5) Intranets/Extranets
    6) Outlook
    7) Pacote Office

    Tecnologias que tomarão o lugar das citadas acima:

    1) Google Search + Google Maps
    2) YouTube + Google News + AdSense LongTail
    3) Google News
    4) Sites.Google
    5) Sites.Google + Gmail + GDrive + Google Docs
    6) Gmail
    7) Google Docs

    A Visão vai muito além, estou pirando por causa disso pois vejo que tudo o que construímos como desenvolvedores de software, e serviços online estão prestes à virar pó, por um império gigantesco que controla o tráfego e o direciona da maneira que achar melhor.

    Acredito que a civilização deveria se planejar de alguma maneira para controlar os limites dos negócios Google, pois isso poderá com certeza afetar na maneira de vivermos, agora precisamos saber se positivamente ou negativamente.

    Ótimo Artigo, numa hora boa!

  7. Que bom que o pequeno artigo está rendendo uma boa polêmica. É isso que a Internet tem de maravilhoso: aproxima pessoas, cria e alimenta o debate, distribui francamente as idéias.
    Acho curiosa a defesa do Google que alguns dos leitores fizeram. Mas eu também sou fã do Google em tudo o que eles estão fazendo, e disse isso no artigo (o interessante foi os comentaristas se apegarem mais à nota de rodapé que à tese central. Vou insistir, no entanto: se fossem tão bons de comércio quanto o são em tecnologia, já teriam levado meu dinheirinho e o de muita gente que conheço, que já tentou e não conseguiu anunciar com eles).
    Mas estou interessado em falar de outra coisa.
    O Google é fantástico, um show de competência, tanto que estou me arriscando em afirmar que eles vão colocar um sistema operacional gratuito online, que ainda haverá de mudar para muito melhor a cara da Internet e, por conseqüência, o jeito de fazer publicidade. O AdWords já não é algo assim?
    Até há bem poucos anos, o único jeito de se identificar e falar com aquele grupo de potenciais compradores de um produto era anunciando aos quatro ventos, e pagando uma conta tão cara. Era dar tiro de canhão na esperança de derrubar alguns passarinhos.
    O Google foi um dos principais agentes dessa mudança, ao inverter a ordem ?natural? da publicidade (não modificaram a natureza humana, que requer atenção e, no mínimo, poder encontrar as mais variadas opções de pagamento de uma compra, por exemplo )
    Quanto à idéia de um sistema operacional gratuito online, não tenho bola de cristal nem preciso ter; é dedução lógica: onde mais eles inovariam de verdade?
    E como farão isso? Ora, a operacionalização é o de menos. Tenho por hábito dizer que depois que colocamos um homem na Lua, tudo em tecnologia ficou fácil aqui na Terra.
    O fato é que se o Google não fizer, outro fará. Mas por todo retrospecto, o Google é minha aposta.
    E vamos, mais uma vez, assistir a um espetáculo de mudança de comportamento

  8. Prezado Zeca Martins,

    Concordo com você na essência da coisa pois eu também prezo em meus projetos, dentro do possível no mundo tecnológico, por este lado mais humano que você tocou no artigo e no seu pós-comentário, porém, penso que, além de respeitar (no sentido de conhecer) não se deve abrir mão do uso da tecnologia, de recursos, ou mesmo das inovações deles só porque uma parte, que ao meu ver é cada vez a minoria, não acompanha ou pior, não quer acompanhar.

    Todos nós temos o livre arbítrio para usar ou não isso, mais neste caso, existe uma diferença, que é justamente o diferencial que ele (o Google) esta promovendo (bem ou mal, estão), e que já esta num nível de maturidade em que não podemos dar-nos o luxo de simplesmente ignorá-lo, até pelo motivo aqui exposto que é o do: tenho o dinheiro e eles apenas o meio.

    Pode não aceitar isso por princípios ou porque aprendeu assim (eu também já relutei contra isso), porém o FATO é que eles inverteram a coisa toda e não estão mais no nível do usa quem quer e sim usa quem quer SOBREVIVER no mercado. Fechar os olhos para isso é quase tão errado quanto o encaixe da sua frase (arrogância com o dinheiro de um único freguês é o início da falência.)… ou seja, a inversão deles pode ter o mesmo efeito: FALÊNCIA.

    Se isso é bom ou ruim, não sei, pois penso que aí entra outros méritos a serem discutido.

    Mais a grosso modo funciona assim, ou aceita isso, ou então gaste mais nos meios dito, tradicionais (revistas, tvs, rádio, etc …) com cada vez mais chances de obter menos (target por exemplo), sem obter relatórios rápidos e precisos que podem ajudar em decisões mais tempestivas (mudanças de preços, estoques necessários e direcionados, etc …), o qual hoje considero (o meio tradicional) como o velho e bom tiro no escuro, salvo AINDA exceção, no caso de produtos populares e/ou de consumo de massas.

    O mercado move-se justamente neste sentido, em busca da maioria, e você como publicitário deve saber disso, e o Google tem isso para oferecer e do modo dele.

    Antes que pensem que sou um Google Fan Xiita Mode queria dizer que sim, gosto do Google, mais não como xiita mode e sim como entusiasta tecnológico e apenas quis defender ele (nesta discussão) porque minha experiência com ele está sendo outra (contrária a sua), e que não veio assim tão fácil, tive que ler um bocado, entender e assimilar um monte de informações, enfim aprender (e não sou tão novinho, tenho 32 anos, 15 de informática e tenho contato com micros desde 1983 com 6 anos) e abrir mão de conceitos e costumes para dar-me com a coisa, assim como deve ser com todos que queira entrar no barco.

    Sei que dinheiro é dinheiro (entendo e prezo por isso igualzinho a você), e o Google, pelo que vejo não destrata isso (pelo contrário, basta observar suas cifra$) e apesar de seus esforços (eu percebo que eles fazem isso), penso que eles não deviam ter o papel que você sugere que ele tenha, pois ele está vindo justamente na maré que ele mesmo criou, e não faria sentido algum criar, investir e estimular um direcionamento (novos meios e formatos) e atacar, a priore, noutra direção (a tradicional), não concorda?

    Tenho pra mim que logo eles ajustarão esta lacuna a qual você sente falta, pois a maré contrária cultivada por eles irá chagar nesta outra ponta (percebe o meu ponto de vista?)

    O Google promove inovação, fez e ainda faz acontecer, se não fosse boa sua inovação jamais estaríamos aqui discutindo isso, pois pense, pra que ficaríamos mostrando pontos de vista diferentes sobre uma coisa que não presta ou funciona?

    Se há uma discussão ou polêmica é porque algum valor existe (pelo menos entre as partes) no meio.

    A maré (ou Tsunami) está cada vez mais forte, resta-nos escolher: Remar contra ou a favor e se chegar com força de tsunami não temos escolha ou é isso ou é pedir pra sair no estilo do Comandante Nascimento, do BOPE.

    Abraços Alencarinos
    Raphael Vieira

  9. Existem soluções desktop do Google como o Picasa, Chrome e o Software do Adwords. Nada impede que o a empresa lance um aplicativo para instalar em substituto aos existentes, mas o desktop online já é uma tendência: Um diretório virtual ligando todos os serviços oferecidos por eles.

    Bom texto, parabéns!

  10. Um sistema operacional online… interessante a idéia. Mas como vamos ligar a máquina para entrar na internet sem um sistema operacional físico?

    Abraços,

  11. Nota 2. Em resposta a dois dos comentários feitos ao artigo, tenho a dizer que:

    1. Insisto que o Google não se importa com o atendimento pessoal. Talvez eles sejam amigáveis com a rapaziada que domina a linguagem do Google, não com pessoas como eu que não têm o menor interesse em dominar essas linguagens todas, que têm outras prioridades de vida.

    O máximo que consigo com o Google é receber um e-mail com uma pergunta idiota: esta informação foi útil a você? Assim como eu, existem milhares e milhares de pessoas que querem gastar, mas, por serem mais retardonautas (meu caso) que internautas, simplesmente desistem.

    Azar deles, porque não vão ver a cor do meu dinheiro tão cedo. E, por mais tecnológico e moderninho que o Google possa ser, comércio é comércio, as regras não mudam desde o tempo dos assírios: o dinheiro do freguês é sagrado; arrogância com o dinheiro de um único freguês é o início da falência. Os caras do Google são ótimos tecnólogos, mas péssimos comerciantes.

    2. Sobre a relação sistema operacional online e migração de verbas, é muito simples: se isso acontecer, não haverá mais a menor necessidade de termos nossos computadores da forma que os conhecemos. Precisaremos apenas de teclados, telas e conexões muito rápidas. Um sistema operacional assim, evidentemente, vai se expandir para celulares, televisões digitais etc.

    Chegará avassaladoramente a tal convergência dos meios, em que ninguém se importará se aquilo é internet, celular, televisão ou o quê. E os anúncios? Serão para internet? Para celular? Para televisão? Para que, afinal? Os planejamentos, portanto, deverão fugir da formatação ?quadrada?, isto é, planejamento por meio, por target etc.

    Como serão? Não sei, mas serão necessariamente muito diferentes dos de hoje. Talvez, mais intuitivos e menos matemáticos.

  12. Sou uma das poucas pessoas do Mundo que não gostam do Google, seus serviços são bons e eficientes,a equipe é competente, mas sua estratégia de mercado consegue ser mais agressiva e ditatorial do que a da Microsoft e outras empresas do lado negro da força.

    Um sistema operacional do Google?!

    Até assusta imaginar uma empresa com controle sobre nosso acesso a internet, nossos dados, nossos clicks, e-mail e etc…

  13. Gostei do artigo, parabéns.

    Mais como usuário do serviço de anúncios do Google (AdWords, acho que é dele que você comentou) e sempre muito bem atendido, não poderia deixar de comentar isso.

    Google não aceita boletos?

    Bom…

    Eu gero os meus boletos para pagar (de forma pré-paga) minhas campanhas AdWords de forma fácil e rápida… e em Reais (já ouvir falar que antes era somente em dólar).

    Isso até poderia não existir em alguma época, mais hoje (na verdade uso há mais de 1 ano) garanto que existe, pois uso (emito boletos, do ITAÚ) e pra mim sempre foi assim, fácil, prático e rápido.

    Sobre atendimento, existem telefones para contato sim, concordo que são poucos divulgados ou mesmo muito escondido (difícil de achar), tem que ir a caça, mais creio que existam sim e que pessoas conversam neles, nunca usei porque não chegou ser preciso (evitei o pulso interurbano também).

    Veja aqui alguns:
    http://www.achecerto.com.br/google-brasil_estado_sao-paulo.html

    Existe também chats de atendimentos (este já usei) com atendentes bem educados, bastantes técnicos (pode rasgar nos termos técnicos que eles entendem e respondem a altura, raro isso) e muito bem treinados.

    O canal de e-mail também, é rápido e nada mecânico, bem personalizado e atencioso e assinados sempre por pessoas, geralmente pessoal técnico (raro isso), não sei se é devido a natureza das minhas perguntas, geralmente bem técnicas e que não ficam claras ou não foram encontradas na ajuda.

    Comento tudo isso porque já usei os canais (menos os telefones), não muito porque quase tudo que tenho dúvidas e que uso fica bem claro com leituras atenciosas nas páginas de ajuda.

    Creio que eles prezem bem pelo uso dos novos meios de contatos (chats, emails, etc) e pela qualidade da ajuda justamente para diminuir uso dos canais convencionais e que custam mais caros (para eles e para nós), mais concordo com você, deveriam dar mais atenção para os clientes que ainda são acostumados com os canais ditos habituais (telefone seria o mais importante), porém, acredito que tudo gire em torno de estratégias internas deles e do montante da demanda, forçando a estes que costumam usar o canal tradicional começar uma nova experiência neste novos canais, ajudando a nivelar estes usos.

    Raphael Vieira

  14. Ótimo artigo, Zeca. Mas qual exatamente seria a relação entre o sistema operacional e a migração das verbas publicitárias para o online? Não consegui compreender e o tema muito me interessa. 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *