Tim Berners-Lee aponta: semântica e data portability

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Se você está lendo este texto, você já deve um agradecimento a Tim Berners-Lee, pois sem ele não existiria a internet como conhecemos.

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Tim Berners-Lee na Campus Party

Ele implementou a primeira comunicação bem sucedida via htttp em 1990 e hoje, 18 anos depois, é o diretor do W3C, a entidade responsável pelo desenvolvimento contínuo dos padrões web.

Em sua palestra na Campus Party 2009 (ou #cparty no Twitter) Tim contou um pouco da história e mostrou os primeiros diagramas de como planejou a arquitetura da web. Demonstrou conhecimento profundo sobre o cenário atual da web, falou de web 2.0, data portability e vários protocolos ou projetos que visam desenvolver cada vez mais a WWW.

A web semântica viabiliza uma grande combinação de dados e torna possível mashups muito mais abrangentes que os atuais (feitos via APIs), mas para tal precisamos que os dados sejam abertos, e interligados (linked open data).

Tim mostrou o padrão aberto RDF, ou Resource Description Framework, um formato que liga dados, agregando valor semântico e tornando possível a extração e combinação de dados por qualquer usuário da web.

Tabulator e Open Street Maps são exemplos

Entre os exemplos, apareceu o Tabulator, um navegador para manipulação de dados 100% aberto e o Open Street Map, um mapa cuja edição é colaborativa (de maneira similar à Wikipedia) e baseada em dados semânticos.

Também foram abordadas redes sociais e sistemas de relacionamento semânticos. Tim destacou as duplicações do grafo social dos indivíduos nas diversas redes sociais e a necessidade da descentralização destas informações para evolução da web e controle dos usuários sobre seus contatos. Como exemplo foi utilizado o protocolo Friend Of A Friend ou FOAF, que é a representação de uma rede social descentralizada.

Está chegando uma era de dados hiperlinkados e isso só pode ser feito através de metadados, ou informação sobre a informação. Cada vez mais as pessoas passam a extrair dados das redes sociais, governos disponibilizam dados, e pessoas lutam por seus dados. Os dados tendem a se combinar e ao final emerge apenas aquilo que estiver organizado e padronizado.

O que vemos hoje é apenas uma pequena parte do que ainda está por vir. As grandes empresas sempre vão querer assumir o controle, criar seus padrões e assumir o controle sobre nossos dados e sobre a neutralidade da internet. É simples para nós que trabalhamos com web aprender alguns padrões para tornar a internet mais semântica e nossos sites e serviços mais ricos. Hoje qualquer um pode desenvolver sites e aplicativos semânticos e ajudar a divulgar a ideia.

Para finalizar, ao responder uma pergunta, Tim deixou ainda uma reflexão:

“Se o seu browser não usa padrões abertos, você é culpado. Está nas suas mãos.” [Webinsider]
.

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Diego Gomes é fanático por blogs, marketing de conteúdo, lean startups, growth hacking e outras dezenas de buzzwords. Fale com ele pelo Twitter @dttg ou pelo site rockcontent.com.

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6 respostas

  1. Voces estao redondamente enganados !

    A WEB (Não a do Futuro) mas a de hoje, caminha para uma inferface vocal, com os novos processadores multi-nucleos e com os clusters que estao chegando, e com neuronios vivos, com algo do tipo do GOOGLE e de seus spiders, teclado e algo que vai ficar obsoleto…

    Pois eu vou FALAR para o computador, e na linguagem natural, tipo assim: Computador faça uma lista das teses sobre as estrategias computacionais.

    e, então, o computador vai ouvir os sons que sairam da minha boca e vai converter em instrucoes, e assim, com os acervos das universidades espalhadas em todo o globo terrestre que sendo consultados, pois as teses, hoje em papel impresso, serao convertidas em um grandiosa biblioteca de arquivos *.pdf ou *.doc ate porque nao interessa ao autor da tese que a sua tese fique numa prateleira de algum armario em alguma biblioteca de alguma universidade ali quietinha, paradinha, tomando poh e pegando umidade (Que desperdicio !) O trabalho intelectual de alguem ficar ali em um local de dificil acesso, e sem que o publico saiba o que o seu auto publicou… Nao ! no futuro, algo escrito em papel, em caracteres ocidentais, pelo menos, o computador vai ser capaz de ler aquilo (OCR) e ser capaz de compreender que se trata de um documento impresso e ate contextualizar, que ele ira converter em digital, ele vai ler no papel ( OCR ) e guardar em algum disco rigido, se bem que disco rigido tambem eh um dispositivo obsoleto hoje, tem um tempo de acesso muito ruim, imagino que um grande predio com uma memoria gigantesca, toda a producao escrita, nos livros, nas revistas e nos jornais serao vertidas para esse formato, ou outro formato apropriado, na verdade a tecnologia, nos ja temos, mas ninguem ainda pensou, vou ajuntar isso tudo e fazer como o Alan Turing imaginou, vou criar uma memoria, e um cluster de clusters que vao entao tentar interpretar aquilo que esta na memoria e assim quando alguem falar ao seu micro na internet de casa, computador traga tudo o que voce achar sobre submarinos… ele, o computador, como um caozinho obediente varrera todas os bancos de dados (estilo google) e elencara todos os trabalhos onde constam algo relativo a submarinos…

    O computador, hoje, uma maquina onde eu sento e tenho que tec, tec, tec, digitar, eu nao quero mais digitar, eu quero abrir a boca e dizer para ele busque tudo o que voce achar sobre avioes… e ele ouve o que eu digo e interpreta, o meu dono, quer que eu pesquise o assunto Aeronaves e ele se vira na internet, trazendo os principais topicos e os topicos subordinados tambem sobre aeronaves…

    Voces deveriam assistir 100 vezes aquele filme: O exterminador do futuro, para entender que os computadores, jah podem raciocinar e entender o que eu estou dizendo e assim eu nao precisar mais de ter que ficar teclando nesses teclados obsoletos !

    Teclado ! Disco Rigido ! Cartão Perfurado ! Voces gostam de dispositivos obsoletos !!!

  2. Passados 30 dias da visita do Tim B. Lee, percebo que tão pouca gente se ligou em sua palestra de extremo significado para todos.
    Mesmo quem se ligou o fez precariamente.

    O destaque deve ser a WEB Semântica com todoas as suas implicações: gestão efetiva de conhecimento (e não as fantasias que andam por aí); interatividade em sentido amplo, quando os sistemas se entendam com sistemas e pessoas domienm estas relações; gestão da própria vida com apoio da WEB 3.0 (Semântica).

    Enfim, falta um referencial genérico padronizado, de modo flexível e aberto, capaz de facultar a mais ampla combinatória dos dados.

    O sistema de referência bibliotecária (Dewey) não atende às necessidades da WEB e torna-se urgente criar algo mais eficaz.

    Particularmente, em consultorias, adoto um referencial bastante eficiente que inicia pela definição do espaço e seus ocupantes, segue a definição das funções específicas e suas relações, aborda o tempo (passado, presente e futuro), examina aspectos de gestão com vários desdobramentos e finalmente aborda a questão cultural e comportamental.

    Tudo isto obedecendo a uma codificação simples e muito funcional. É ver para crer.

    Eduardo Lopes

  3. Herbert Moroni,

    só o IE NÃO FAZ isso… todos os outros fazem… se bem que há esperanças com o IE8… vamos aguardar… 🙂

    [ ]s

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