Logomarca? Porque sim e porque não

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Em onze anos de atuação em design de marcas, vi todo tipo de argumento pró e contra o termo “logomarca”. Este artigo não pretende colocar um ponto final no assunto, nem levantar mais uma bandeira, mas sim para jogar um pouco de luz na discussão.

Para tanto, selecionei alguns dos argumentos mais comuns utilizados em ambos os lados para avançar a discussão.

1. Logomarca não existe, é coisa de publicitário

Durante as aulas de programação do curso da FAUUSP, no 3o ano, pela primeira vez ouvi um professor afirmando que “logomarca” era “coisa de publicitário” e um termo equivocado que, até então, eu como muitos alunos, utilizávamos.

Vi esta situação ocorrer em diferentes momentos, de mesas de bares, a fóruns na internet, muitas vezes com uma grande dose de preconceito. O próprio glossário da ADG reconhece o termo como existente, porém afirmando que é de uso publicitário.

No entanto, importar richas antigas de reserva de mercado para esta discussão não ajuda em nada. O uso de um termo simplesmente para delimitar fronteiras não é o ponto principal da discussão entre as diferentes visões de projetos entre designers e publicitários. Mas certamente transformou-se em uma bandeira. O que é uma pena, pois cada vez mais é na aproximação e não do distanciamento destes profissionais que trabalhos inovadores estão surgindo em parcerias benéficas para ambas as partes

2. Logomarca não existe, é coisa de brasileiro

Outro argumento que surge vez ou outra, é de que “logomarca” é uma manifestação tipicamente brasileira, similar ao que acontece quando os pais juntam partes de seus nomes para dar nome ao filho.

No entanto, em pesquisas realizadas para o curso online de manuais de identidade visual da Design Total, consegui acesso a imagens de manuais americanos e europeus das décadas de 70 e 80. Em alguns deles aparecem os termos “logomark” e “logomarca”.

Não posso afirmar que este é um termo importado e nem que surgiu em paralelo aqui e no exterior. Mas o que chama a atenção nestes manuais americanos das décadas de 70 e 80 não é a presença desta palavra apenas, mas de uma variedade enorme de termos usados dar formas mais diversas.

Mark, brand, brandmark, logo, symbol, logotype, logomark, trademark, tradelogo e mais uma série de outras palavras aparecem sem significado único, com os mesmos termos sendo usados hora para designar símbolo, hora logotipo, hora assinatura.

O que isso nos mostra é que a imprecisão da terminologia usada no design de marcas não é questão restrita ao Brasil.

Por outro lado, há de se notar que os manuais do final da década de 90 em diante não apresentam mais essa parafernália de termos, e que não ocorrem mais equívocos ou dissonâncias quanto ao uso de symbol para sinal gráfico e logotype ou typeface para designar sinais tipográficos.

De alguma forma essa mudança nos mostra que houve neste intervalo de tempo algum consenso ou convenção no uso de termos e significados.

3. Logomarca existe porque eu li num livro

Dizer que “logomarca” existe e que seu uso é correto simplesmente porque alguém publicou um livro afirmando isso também não me parece um bom argumento.

Nossa profissão é muito jovem ainda e, com raras exceções, os pioneiros do design e muitos da segunda geração possuem formações diversas: artes plásticas, publicidade, arquitetura ou mesmo engenharia e direito.

É natural neste contexto que termos úteis ao dia-a-dia sejam cunhados e passados adiante no convívio profissional e na publicação de textos e artigos. Porém o problema aqui não é estético, entre o popular e o erudito de uma profissão em formação. O que preocupa verdadeiramente é o significado. Diferentes autores que defendem o uso de “logomarca”, independente de sua formação, atribuem ao termo significados diferentes. E isso pode trazer problemas.

Já vi autores e profissionais afirmando que logomarca significa o mesmo que símbolo. Teríamos então o logotipo (sinal tipográfico) e logomarca (sinal gráfico). Outros afirmam que logomarca é a junção de um símbolo (sinal gráfico) com o logotipo (sinal tipográfico).

Ou seja, a logomarca seria o mesmo que assinatura (termo já utilizado e sem significado dúbio). E outros ainda afirmam que logomarca é sinônimo de logotipo.

Na falta de uma terminologia oficial do design, cada autor escreve o que quer e o que acha, basicamente uma reprodução do que aprenderam, ou uma tentativa de validação da forma que sempre usaram estes termos… E não há nada de errado nisso! É neste processo que os termos vão sendo cunhados, adotados e consagrados. Mas isso também abre espaço para que qualquer um escreva qualquer coisa e, uma vez publicado em um livro, para um leitor incauto, a afirmação que em um primeiro momento é apenas uma visão pessoal, toma ares de verdade.

O problema porém é que, com diferentes significados, como eu posso ter certeza de que ao falar “logomarca” o meu interlocutor compreenderá exatamente o que eu disse?

Imagine o problema causado dentro de um escritório de design quando o chefe manda o funcionário aplicar urgentemente a logomarca do patrocinador no cartaz e mandar para gráfica o arquivo para impressão. E se a “logomarca” do funcionário não for a mesma “logomarca” do chefe, de quem é a culpa? Antes de dizer se logomarca existe ou não, e se o seu termos é correto ou não, qual o seu significado?

4. Logomarca existe e está no dicionário

Outro ponto argumentado pelos defensores do termo quanto à sua validade é a presença de “logomarca” em diferentes dicionários. Neste ponto, temos que parar um pouco a discussão e trazer em conjunto um segundo argumento dos defensores do termo: o de que na língua portuguesa, quando um palavra nova é introduzida no cotidiano, ela passa a existir… E isso é verdade!

Não são os dicionários que dizem o que existe ou não, eles apenas funcionam como uma forma de validação do que já entrou no dia-a-dia do brasileiro. Portanto, felizmente ou infelizmente, “logomarca” existe, o que encerra este ponto da discussão, não porque o dicionário disse, mas porque está no cotidiano do brasileiro.

No entanto, o que não está encerrado é a discussão do seu significado.

Comparando os dicionários Michaelis, Aurélio, Houaiss e o da Academia Brasileira de Letras, encontramos os exatos mesmos problemas que vemos nos autores que defendem o uso do termo e seu uso no dia-a-dia: diferentes significados.

Cada dicionário dá um significado diferente, ou como símbolo, ou logotipo, ou como uma forma genérica para designar a forma visual de uma marca.

Ou seja, voltamos sempre à questão do que “logomarca” significa. E, para piorar, uma rápida leitura de “logotipo” no dicionário também mostrará as mesmas diferentes leituras; afinal no cotidiano do brasileiro logotipo também virou um termo genérico tanto para a forma gráfica quanto tipográfica de uma marca.

Poderíamos, enquanto profissionais, afirmar que no caso de “logotipo” alguns dos dicionários estão errados. Afinal de contas para quem trabalha com marcas, logotipo inequivocamente é um sinal tipográfico, não importa o que o dicionário diga, ou mesmo o que os leigos usem.

Novamente voltamos ao mesmo ponto. O que significa ou o que convencionaremos por “logomarca”, independente do que esteja no dicionário ou no dia-a-dia popular?

5. Termos leigos ou profissionais?

Quer queira, quer não, nossa profissão é ainda muito jovem. Na engenharia, medicina e direito, já houve o período de tempo necessário para a consolidação de termos e significados. Em alguns momentos, estas definições se deram provavelmente pela freqüência no seu uso de uma determinada forma dentro das academias, e em outros casos por convenção. Estas definições são estabelecidas e adotadas dentro de cada profissão. Não importa o seu uso popular ou o que digam os dicionários. E não há conflito.

Como leigos, podemos dizer OCULISTA enquanto o correto seria OFTALMO. Podemos perguntar a VOLTAGEM de uma tomada enquanto o correto seria TENSÃO. Em diferentes áreas existirá sempre uma diferença entre o uso popular e o profissional.

Para concluir

Talvez toda essa discussão não devesse focar em palavras que existem ou não, mas sim nos termos que queremos ou não queremos adotar. E que significados exatos estas palavras terão quando as adotarmos, independente do uso popular ou do que os dicionários ou diferentes autores possam dizer.

A definição de uma terminologia oficial no design, independente do seu uso popular, é mais uma fase no caminho do amadurecimento e reconhecimento de nossa profissão. E se esta terminologia incluir “logomarca”, que assim seja! Qual o problema?

Mas se e somente se houver um significado único claro para todos. Até lá, preferirei ficar com o que temos de definido e inequívoco: símbolo, logotipo, assinatura. [Webinsider]

.

Guilherme Sebastiany (guilherme@sebastiany.com.br) é sócio fundador da Sebastiany, empresa especializada em branding e design estratégico de marcas.

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33 respostas

  1. UMA MARCA SÓ EXISTE REALMENTE DEPOIS QUE ELA ESTA CONSOLIDADA NO MERCADO.
    O WEVERSON MAMÉDIO NO PORTFOLIO DELE SO TEM TRABALHO ACADÊMICO E ELE SE ACHA O “DOUTOR SABE TUDO”.. FALA SERIO…

  2. Esse último comentário do “timbre” foi ótimo AUhsuAHSuas’

    Bom galera, venho lhes dar minha humilde opinião. A opinião de um estudante.

    [b]Eu mesmo pensava, quando mais jovem, que logomarca é o conjunto de tipografia e simbologia.[/b]

    O que deveria ser ensinado é que a ASSINATURA de uma empresa é composta por LOGOTIPO (tipografia) e LOGOMARCA (simbologia).

    Mas pelo que eu vi nos comentários acima, LOGOMARCA seria um pleonasmo. Bom… agora teríamos que mudar tudo.

    Vou voltar ao meu pensamento antigo… Bem mais fácil e direto ao ponto.

  3. Ah, ah, ah…
    Enquanto muitos discutem (como se isso fosse importante), o cliente chega e pede para criar um “timbre” para sua empresa… Pede para colocar o novo “timbre” nos cartões de visita e no papel carta… Ah, ah, ah

  4. “No entanto, importar *rixas antigas de reserva de mercado para esta discussão não ajuda em nada. O uso de um termo simplesmente” …

  5. Quando citamos a palavra “marca”, por exemplo, Nike, não é apenas o logo que lembramos, talvez de imediato sim, mas também podemos lembrar de várias outras coisas, como por exemplo como ela é utilizada, que mensagem propõe passar (para quem é atleta ou não) entre outras coisas.

    Outro exemplo é a marca MTV, onde não há um padrão visual, digamos, correto para seu reconhecimento como logo.

    Portanto quando me refiro ao logo ou logotipo de alguma empresa, produto, estou falando do símbolo e tipologia, como temos em marcas como Bradesco, Tv Globo, entre tantas outras.

    Entendo marca como tudo que a empresa representa e busca passar para o cliente: sua imagem, seus ideais, etc.

    Por isso entendo que logomarca é algo, digamos, estranho. Melhor falar apenas Marca, afinal nela também está seu logo, que faz parte de toda uma identidade visual para divulgar a.. marca!

  6. Também sou da área e convivo com o termo logomarca há anos.
    De todos os comentários lidos, achei os do Sr. Rodrigo Paiva os mais coerentes, realistas e que mais fazem sentido. O importante é entender e se fazer entender no relacionamento com o cliente.
    Logomarca existe (assim como deletar, inicializar, googlar e twitar) e vai continuar existindo.
    Próximo.

  7. Tente convencer ao seu cliente que a logomarca da empresa dele é tão somente uma marca ou logotipo e perca o cliente. Lembre-se ele não fez comunicação e nós não ganhamos para ser professor de seu ninguém.

  8. Sr. Weverson Mamédio,

    Respeito as opiniões divergentes, mas gostaria de fazer comentários sobre sua resposta do dia 12/08:

    1. O problema de algumas opiniões é que são baseadas em suposições. E as suposições nem sempre estão corretas.

    2. Sua suposição de que não sou formado na área é errônea. Sou formado em Desenho Industrial pela UnB desde 1998. Trabalho na área desde então e tenho minha própria empresa de marketing (que entre outras coisas, envolve design) já há mais de 10 anos.

    3. Sua afirmação que o termo logo da palavra logomarca vem do grego logos é apenas uma suposição. Sabemos que o termo logotipo surgiu do grego logos + týpos. Mas é muito comum usarmos a abreviação LOGO quando nos referimos a logotipo. Portanto o termo LOGO no Brasil passou a significar LOGOTIPO (LOGO = LOGOTIPO). O surgimento da palavra LOGOMARCA é muito mais recente, e provavelmente surgiu pela necessidade de unir os conceitos LOGOTIPO + MARCA. Como já vimos, podemos nos referir a LOGOTIPO falando apenas LOGO e unindo essa abreviação ao termo MARCA temos um novo conceito: LOGOMARCA. Simples, não?

    4. Portanto, LOGOMARCA NÃO é a junção do termo grego LOGOS + o termo germânico MARKA. Isso não faria sentido, seria redundante. LOGOMARCA É a junção da abreviação LOGO (logotipo) + o termo germânico MARKA. Isso faz muito mais sentido.

    5. Quando você afirma que pensaria duas vezes ao me deparar com um profissional de design gráfico, ou mesmo de gestão de marcas, que não conheça a linguagem correta de sua área. Você está partindo de um pressuposto ERRADO e PRETENSIOSO de que é você que determina quais termos estão certos ou errados, mesmo que grande parte da sociedade (de leigos a profissionais RENOMADOS) discorde veementemente disso.

    6. De qualquer forma, o que mais discuto é que não adianta querer ser mais realista que o rei. NINGUÉM pode determinar qual palavra existe ou não existe na língua portuguesa. O termo deletar não existia, mas com o uso dele pela sociedade passou a existir. Repito: o português é uma língua viva e como tal está em constante modificação. E quem determina o que existe e não existe é a sociedade, e não os pseudo-especialistas. Bons profissionais de design devem ser especialistas em design. Querer ditar as regras gramaticais, semânticas e ortográficas da língua portuguesa é para especialistas em letras.

    7. Você, eu, o sr. Guilherme Sebastiani (autor desse artigo) ou o sr. Gilberto Alves Jr. (do artigo no site designGRÁFICO) não temos a prerrogativa de determinar quais termos existem ou não na profissão de design gráfico. Quem determina isso é a sociedade. E ela adotou o termo como correto. Até porque, como demonstrei, a origem do termo faz todo o sentido.

  9. LOGO é um símbolo gráfico.

    LOGOMARCA é um símbolo gráfico da marca de uma empresa, produto, etc. É a imagem que representa a marca. É o LOGO (símbolo gráfico) + MARCA (que é a marca da empresa, produto, serviço, etc).

    LOGOTIPO é o sinal gráfico produzido com letras (tipos). É LOGO (símbolo gráfico) + TIPO (tipo, letras). Ele também representa a marca da empresa, porém, apenas com letras/tipos.

  10. Bom, ao contrário do que o colega acima disse não deixaria de contratar alguém por utilizar o termo.

    Mas, com certeza me faria pensar duas vezes ao me deparar com um profissional de design gráfico, ou mesmo de gestão de marcas, que não conheça a linguagem correta de sua área.

    Talvez o empresário não saiba, pois provavelmente não é formado em design gráfico, que logotipo refere-se apenas a parte tipográfica de uma identidade visual, que é composta por um logotipo E um símbolo.

    Além disso, neste caso logo não é utilizado como abreviação de logotipo. Logo vem de logos, do grego, que significa conhecimento ou palavra. Portanto, não existe lógica para palavra+marca (logomarca).

    Qualquer pessoa comum sabe o que é uma logomarca, porém acredito que um profissional da área deve saber que a palavra não tem significado real, é apenas uma invenção brasileira.

    Por isso, defendo que os PROFISSIONAIS da área devem, sempre que possível, utilizar os termos adequados, como marca ou identidade visual, evitando termos genéricos e agregando credibilidade independente da área de atuação do receptor de sua mensagem.

  11. Para mim a discussão é desnecessária:

    1. É ÓBVIO que o termo LOGOMARCA existe. Milhares de pessoas (de leigos a profissionais renomados) utilizam o termo.

    2. A origem da palavra também é simples e lógica: LOGOMARCA = LOGOTIPO + MARCA.

    3. A partir de sua origem, podemos concluir facilmente que não há confusão quanto ao seu significado. LOGOMARCA significa o conjunto de símbolo gráfico + tipologia usada para identificar um empresa, produto ou serviço. Temos um sinônimo para LOGOMARCA: assinatura. Fique à vontade para usar qualquer um dos dois termos.

    4. Aos que bradam raivosamente aos 4 cantos que LOGOMARCA NÃO EXISTE, preciso avisar que é uma atitude inócua e pretenciosa. Não conheço ninguém que tenha a prerrogativa de determinar o rol de palavras que fazem parte da língua portuguesa. O português é uma língua viva, e como tal, se modifica ao longo do tempo de acordo com o uso da mesma pela sociedade.

    5. Por último, não posso deixar de registrar minha profunda decepção ao saber que existem profissionais, como o Sr. Weverson Mamédio que afirma que não contraria um profissional se ele usasse o termo LOGOMARCA em uma entrevista. É um processo de seleção no mínimo AMADOR.

  12. O termo já está nos dicionários e, sinceramente, não vejo problemas na sua difusão. Acho uma discussão inútil, beira ao filosófico..

  13. Na minha opinião estão prcurando chifres em cabeça de cavalo. Tantas outras coisas muito mais importantes para discutir, como a regularização de nossas profissões, nossos sindicatos mais fortes e tantas outras coisas.
    Logomarca, logotipo, logo, indentidade visual, marca…..na verdade tudo igual.

  14. Eu sou a favor do uso da palavra LOGOMARCA quando se trata de nome da empresa + símbolo representado graficamente, ou LOGOTIPO para representar apenas o nome da empresa (exemplo IMB, Microsoft etc). O que não me parece correto é usar apenas logotipo, já que a definição de tipo não representa símbolo, e sim letra impressa, caracter, de tipografia.

    Assim também como usar logo e marca ou logo e símbolo separadamente na hora de argumentar com um cliente que, por exemplo, você cobra X para criar o logo e Y para criar o símbolo ou marca, ao meu ver, só serve para complicar e confundir a cabeça do cliente.

    Então logo (do grego = palavra = nome da empresa) e marca (símbolo) me parece bastante claro para mim e, principalmente, para meus clientes, já que a maioria costuma usar a palavra logomarca.

    Na minha opinião, do ponto de vista histórico, inventaram a palavra logomarca porque os símbolos começaram a aparecer com a popularização dos sistemas modernos de impressão, já que os logotipos antigos eram representados apenas por letras. Ou simplesmente porque um cara teve uma idéia genial de usar um símbolo ao lado de um logotipo e todo mundo foi no embalo. Mas posso estar errado, é só uma opinião sem muita base de pesquisa.

    Mas o importante mesmo não é o que os designers e publicitários acham ou deixam de achar, mas o que nossos clientes entendem como o nome da sua empresa pode ser representado graficamente. E felizmente ou infelizmente, os clientes modernos já estão achando faz tempo que suas logomarcas são, definitivamente, logomarcas.

    Enfim, pra concluir o meu raciocínio, se formos nos apegar a definições de outros idiomas só porque determinado país foi pioneiro, acredito que devemos traduzir literalmente determinada palavra, e não apenas parte dela como é o caso de logomarca ou logotipo. Então a definição correta deveria ser algo como tipo-símbolo gráfico comercial, ou algo parecido.

    Se é pra ser chato… rs

  15. Seu ponto sobre os diferentes significados que o termo pode suscitar de acordo com a pessoa que o usa foi muito bem colocado. Excelente artigo, parabéns! E também achei as observações do sr. Paulo pouco construtivas (além de já ter visto o trecho sobre a definição de logomarca na wikipedia, ipsis literis).

  16. Caro Paulo.

    1) Realmente o correto é OFTALMOLOGISTA. OFTALMO é uma redução, um apelido que mesmo os médicos utilizam. Como leigo, meu erro neste ponto apenas reforça o argumento apresentado. Afinal, medicina não é minha especialidade.

    2) Releia o meu artigo com mais atenção, verá que não defendo o termo logomarca, ao contrário. Apenas coloco em descrédito as defesas e ataques vazios ao termo.

    3) Eu não falo espanhol e deconheço tal erro. Mas será que isso realmente prejudica ou contribui para a discussão do artigo?

  17. LOGOMARCA é o ca…..

    Logomarca é um neologismo usado de forma empírica e genérica, para designar logotipo, símbolo ou marca, sem que haja consenso nem precisão absoluta ao que ele se refere, se apenas ao símbolo, ao logotipo ou ao sinal misto (combinação de ambos).

    O seu uso está popularizado no Brasil e o termo consta do dicionário Aurélio. No entanto, o termo é considerado inadequado por alguns designers por, segundo eles, não possuir a necessária precisão.

    Em seu livro O Efeito Multiplicador do Design, a designer Ana Luísa Escorel discute o termo logomarca. Ela lembra que a palavra logos, vem do grego significando conhecimento e também palavra. Portanto, logomarca significaria ?palavra-marca? o que, na opinião da designer, não faz sentido.

    ?Curioso que áreas tão afeitas à moda e à terminologia usada internacionalmente para tudo o que diz respeito aos assuntos do setor, como a publicidade, o marketing e mesmo o design gráfico, desprezem as designações corretas, presentes nos artigos publicados pelas revistas especializadas do primeiro mundo. Nelas as palavras logotype, logo ou symbol pontuam cada página, para lembrar apenas os países de língua inglesa.

    (Ana Luísa Escorel – Em O Efeito Multiplicador do Design – Editora Senac, pág. 56)

    Mais duas coisas sobre o artigo. o correto é OFTALMOLOGISTA e,

    Poderíamos, enquanto profissionais, afirmar que no caso de ?logotipo?
    POT FAVOR, enquando profissionais NÃO EXISTE NA LINGUA PORTUGUESA FALADA NO BRASIL E UMA TRADUÇÃO EQUIVOCADA DO ESPANHOL QUE SE EQUIVALE AO A NIVEL DE.

    NÃO CRIEMOS MAIS UMA BOBAGEM FALADA.

    Paulo Rubini
    mkt360.blogspot.com

  18. Eu tô cansado de ler sobre isso.

    Penso que é assunto pra se jogar fora em mesa de bar, assunto pra ganhar tempo quando não se tem idéia pra escrever um artigo, assunto para criar mais dúvidas nas pessoas que estão adentrando pra área, enfim…

    Na dúvida, use o mais óbvio, o mais clássico: logotipo, mesmo quando se é publicitário.

    Logotipo é a palavra que designa logomarca = logo (logotipo) + marca (branding) para trabalhar com a promoção de um negócio. Tudo é precisa ter símbolo, para marcar na mente do target. Não imposta se vão escrever LogoMarca ou LogoTipo, pois todos já entendem o significado, ou os bla-bla-blas que rola na internet em forums, wikis, etc.

  19. Bom, o problema não é dizer logomarca e como o Guilherme disse, você dizer e ninguém saber a que você está se referindo.

    Dicionário realmente não é uma boa pra te dizer o que significa algo, porque pra uma mesma palavra tem umas dez descrições, ai você vai em outro dicionário, tem mais umas três diferentes daquelas que o primeiro tinha. E assim por diante.

    Se não me engano que foi a Lucy Niemeyer que disse que logomarca não quer dizer nada. Achei um tanto arrogante e sem embasamento a justificativa dela em cima da etimologia da palavra exatamente porque as palavras não tem um único significado, e unindo duas palavras a interpretação do significado já fica mais complicada.

    E Ari, eu chamo o que você descreveu propagandista como representante comercial. A maioria desses caras, pelo menos os que eu conheço são autônomos, então não sei como é designado em carteira. E a função de uma propaganda, pensada por um publicitário, e de um propagandista não é a mesma? Ir até possíveis clientes, apresentar o produto ou serviço, as qualidades deles, omitir os defeitos, o que acaba influenciando a escolha do cliente. E acho que quer dizer a mesma coisa, mas não posso afirmar com certeza.

  20. Eu sou uma que não utilizo o termo logomarca. Inclusive ao conversar com o cliente procuro sempre me referir à marca. E sou publicitária.

    Essa é uma discussão já muito antiga, mas como comentado anteriormente, é preferível que se fale marca e não ser corrigido, ao invés de logomarca e todos os designers ao seu redor ralharem dizendo que LOGOMARCA NÃO EXISTE!

    Até quando vai a discussão? Não sei… Enquanto isso, a identidade visual, a marca gráfica e os símbolos continuam por aí.

    Quanto a ser propagandista: não muito obrigada. Publicitária? Sim, com certeza.

  21. O Robson Chaves, do quarto comentário, parece ter cometido um equívo que vai além da semântica. Ele usa o termo propagandista, quando, pelo teor do texto, acho que se refere aos publicitários – e, caso eu tenha entendido errado seu raciocínio, peço que me desculpem. Na verdade, a palavra propagandista se refere aos profissionais que trabalham para laboratórios farmacêuticos, divulgando pessoalmente, junto aos médicos, os produtos destes laboratórios. Eles distribuem amostras grátis e materias promocionais, entre outras atividades. Já publicitários, como eu, somos pagos (as vezes muito mal) para produção de textos e imagens persuasivas, utilizando as mais diversas mídias para divulgar produtos e serviços junto ao nosso público-alvo. Realmente, não estou sozinho, como afirma Robson Chaves, só gostaria de estar tão confortável e seguro, quanto afirma o autor do referido comentário.

  22. A identidade visual de uma marca é composta por logotipo e símbolo.

    Existem muitas marcas que utilizam apenas o logotipo, como é o caso da SONY, que ao grafar a sua marca, utiliza apenas a forma particular como o nome da marca é representado graficamente – o logotipo, sem a necessidade de utilização de qualquer outro elemento gráfico adicional (símbolo) para compor sua marca.

    Algumas, raras, empresas conseguem fazer sua comunicação utilizando apenas o símbolo, apesar de ter em sua identidade visual o conjunto logotipo + símbolo. Os melhores exemplos são Apple e Nike.

  23. Resumindo,

    Se você quer ser respeitado no mercado e não gerar discussões inúteis, não use o temo logomarca.

    Ninguém vai virar pra você e falar Ei, não se fala marca, mas sim logomarca. Mas o contrário, pode acontecer muitas vezes.

    Eu mesmo pensaria duas vezes antes de contratar algum designer para trabalhar em minha equipe se durante uma entrevista o mesmo usasse o termo logomarca.

    Portanto, evite aborrecimentos. Utilize os termos corretos: marca, identidade visual, logotipo e símbolo.

  24. Isso explica sobre a deficiência visual do nosso povo, 80% visual, 80% escravizado;

    A EDUCAÇÃO lhe ensina a pensar. Os propagandistas lhe dizem em que pensar. Os verdadeiros educadores apresentam todos os lados de uma questão e incentivam a discussão franca. Os propagandistas martelam com afinco seu conceito e desencorajam a discussão franca. Muitas vezes, seus verdadeiros motivos ficam ocultos. Manuseiam os fatos, relatam os favoritos e escondem os outros. Distorcem e torcem os fatos, especializam-se em mentiras e meias-verdades. O alvo deles são suas emoções, e não suas faculdades de raciocínio lógico. Muitos se tornam presas fáceis, porque não se exige esforço para sentir, ao passo que refletir é trabalho árduo. E o propagandista se certifica de que sua mensagem pareça sábia, correta e de boa moral, e lhe dê um senso de importância e de pertencer a um grupo, caso a siga. É um dos espertos, não está sozinho, está confortável e seguro – assim dizem.

    abraço

  25. Logomarca na minha opiniao, é um apelido para a marca da empresa, assim como voce dizer a cebolinha da temperatura do meu carro queimou, mas na verdade a peça nao chama cebolinha e sim termostato. O mecânico vai te entender, mas ele sabe que não se trata de uma cebola frita no seu motor.

  26. Sempre tive dúvidas em relação à palavra logotipo, que me sugere simplesmente uma identidade corporativa formada somente por tipos. Logomarca soa mais abrangente, como se pudesse englobar tipo + sinal gráfico.

    Vamos pensar mais: Em grego, logos significa palavra. Logotipo seria, portanto, palavra + tipo. Isto comprova minhas impressões, que logotipo se restringe a uma marca gerada por tipos.

    Por estes motivos, decidi usar logomarca e logotipo em momentos distintos – o que não encerra a discussão sobre o assunto, caso eu encontre melhor argumento.

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