Nem tudo o que está na rede é Cloud Computing

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Dizer que Cloud Computing é algo que veio para ficar não é mais novidade alguma. Porém, considerar tudo que está na rede como um exemplo do uso desta tecnologia é uma desinformação muito grande.

Tenho lido muitos artigos que colocam esta questão de uma maneira muito simplista. Em alguns casos, chega-se a informar que o simples fato de se colocar uma aplicação em um data center já é aplicar a tecnologia de Cloud Computing. Lamento dizer que não é.

Para entender um pouco mais sobre isso, devemos remontar ao conceito que está por trás desta tecnologia. Cloud Computing é uma evolução de Grid Computing que, por sua vez, foi uma evolução dos Clusters. Todos estão sob o guarda-chuva da computação distribuída.

Conceitualmente, é necessário distribuir o processamento e o armazenamento de dados porque os recursos computacionais têm limitações físicas. Como há uma demanda por muito processamento e armazenamento, e nada indica que isso irá arrefecer ou acabar em um futuro próximo, partiu-se para a distribuição entre recursos disponíveis em uma rede.

No caso dos Clusters, estes recursos tinham que guardar grande semelhança, seja em software ou em hardware. Com as Grids, esta padronização não era necessária e sequer desejável. Em Cloud temos a possibilidade de aplicar as Grids – como recursos não padronizados – em redes espalhadas pelo planeta.

O fato é que não basta colocar seu software em um data center. Mesmo que a infraestrutura do data center seja descentralizada e distribuída, sua aplicação precisa ser desenvolvida para extrair o máximo deste ambiente.

Para você ter certeza que está utilizando a tecnologia, procure responder a algumas perguntas simples:

  • 1. Você pode acessar sua aplicação de qualquer lugar a qualquer hora?
  • 2. Você sabe exatamente em qual servidor está sua aplicação e seus dados?
  • 3. Caso um de seus servidores esteja indisponível, sua aplicação permanece disponível?
  • 4. Caso um dispositivo de armazenamento esteja indisponível, há um mecanismo de acesso alternativo aos seus dados?

Exceto quanto à segunda questão, cuja resposta tem que ser necessariamente não, se você tem dúvidas quanto às demais respostas é porque fatalmente ainda não faz uso completo da tecnologia.

Portanto, é importante evitar que Cloud Computing se torne apenas um nome de marketing para serviços de TI. Há muita tecnologia e conceitos envolvidos nesta questão. [Webinsider]

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<strong>Celso Poderoso</strong> é mestre em Tecnologia, especialista em Sistemas de Informação e economista. É diretor de relações internacionais e coordenador dos cursos de graduação tecnológica da FIAP.

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3 respostas

  1. Parabéns Celso! Muito bom o artigo!

    Cloud Computing e TI verde são os nomes do momento. Ao meu ver o primeiro levanta a bandeira de redução de custos e descentralização e o outro de incentivos a produção e ecologia. Acho os dois super válidos mas com certeza, além da tecnologia em background, existe outros fatores como permissões, privacidades e segurança de dados que são primordiais para o sucesso. De que adianta ser high-tech e antenado se a sua empresa não atingiu as metas (ou superou-as) conforme o planejado?

    Contratos de Cloud Computing devem ser analisados e nomeados os envolvidos para que no final a sua empresa não tenha seus dados hospedados num fundo de quintal sem rotinas de backup e segurança da informação, afinal, até mesmo o Google deu xabú e liberou acesso de várias planilhas sem querer dentro do GoogleDocs.

    Abraços,
    Rafael Xavier

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