O touro vermelho enfrenta a competição midiática

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Quando lá pela década de 90 me deparei com um New Beatle, que na época era um carro realmente novo, todo ?decorado? com as cores e marca da bebida energética Red Bull e com uma lata enorme na traseira, trafegando pelas ruas, logo pensei, é um besouro carregando uma lata. Ótimo! Força, energia. Essa marca veio para ficar e vai conquistar mercado e consumidores muito rápido e com ótima aceitação.

Deu no que deu, hoje ela está na Formula 1 em competições de aviões de papel! Ligada ao público jovem, é uma marca que conquista espíritos jovens.

Não que outras marcas não tenham feito coisas neste sentido, mas como bater de frente na mídia com a Coca-Cola, a blockbuster do setor? E como conquistar mercado com um produto que de início não tem um sabor tão agradável quanto o refrigerante?

É um energético, outra categoria de bebidas e ponto. A partir daí a Red Bull vem utilizando a mídia de um modo não convencional e a mídia aproveita estes eventos. Esportistas radicais tais como o russo que pousou dentro de um vulcão congelado ou uma competição de Base-Jump com salto de esqui do topo de um arranha-céu para o cotidiano das pessoas.

É um caso de branding bem sucedido de um produto global, que se posiciona agressivamente, como são os esportes radicais que patrocina e os eventos que cria, como o Red Bull Air Race, o mais impressionante e ousado, na minha opinião.

E não só a Red Bull, claro. Um caso recente e na internet foi o da Nike, com a Nike Free Running, onde em um vídeo supostos atletas corriam nus, somente vestindo pares de tênis da Nike. É um vídeo com pessoas peladas! Pode parecer absurdo e de ibope garantido, mas o nu neste caso da Nike foi tão natural (mas não banal) quanto escovar os dentes.

Uma campanha que desperta o interesse na internet (onde só acessa e assiste ao vídeo quem quiser) e mostra o produto em ação de um jeito natural.

Nike e Red Bull sacaram que o interesse que despertam com seus produtos (e o que supostamente são capazes de fazer) as leva a serem notadas de qualquer modo. Como um pouso de paraquedas no meio da rua, que parar em um noticiário jornalístico como uma notícia de curiosidade ou fato esportivo.

Claro que isso não muda nada a utilização da comunicação midiática, mas veja o Red Bull Air Race.

A conclusão a que chego e desejo compartilhar é que algumas marcas perceberam que seus produtos podem não precisar mais da mídia da forma convencional. Elas se posicionam bem, mostram a que vieram e para que servem, criam o interesse naquilo que estão fazendo e que seus produtos podem fazer. Consequentemente tudo isso causará a necessidade de conhecê-los e de como funcionam.

Afinal o que seríamos sem a mídia (veja o caso da gripe H1N1), sem os pares de tênis confortáveis e sem as embalagens, como a lata de alumínio da bebida – e dela própria, para dar aquele ?up?. A necessidade de comunicar sempre existirá, claro; o que muda é como enxergar a competição midiática e como aproveitar de uma forma eficaz e saudável a comunicação. [Webinsider]

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<strong>Rodrigo Grecchi</strong> (rgrecchi@gmail.com) é designer gráfico. Não é jornalista e gosta do bom jornalismo.

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Uma resposta

  1. Só pra constar, a Nike vem diminuído a cada ano investimento em publicidade tradicional. Não sei precisar o número, esqueci, mas é considerável. Li no livro Relevance do Tim Manners.

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