A reforma ortográfica não faz mal às marcas

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A nova ortografia da língua portuguesa não obriga nomes próprios ou marcas comerciais a seguirem suas regras, mas já temos casos de Marcas fortes que se ajustaram conscientemente firmando uma posição.

A marca Zêlo virou Zelo sem acento. Fundada em 1962, é a maior rede especializada em cama, mesa e banho do Brasil,  sinônimo de produtos confortáveis com tecidos de qualidade e grafismos divertidos.

A Azaléia agora é Azaleia sem acento agudo. A marca da maior empresa de calçados da América Latina optou por adaptar-se às novas regras ortográficas, mesmo com exportações para mais de 80 países, e ainda aproveitou para renovar todo o seu material gráfico.

Gostaria de ter estado nas reuniões em que o pessoal destas empresas pensou sobre esta decisão. Por um lado, seria legítimo que as marcas mantivessem sua grafia original, afinal denotaria sua tradição no mercado; mas por outro, esta rápida adequação expressaria sua agilidade frente mudanças no ambiente.

Ambos os atributos, tradição e modernidade são expressões das marcas Zelo e Azaleia, que poderiam ser adotados sem afetar os conceitos. Ou seja, mesmo podendo se “fingir de mortas” as empresas tomaram a decisão de mudar.

A opção pela retirada do acento de nomes registrados mostra como marcas possuem vida e se relacionam com a sociedade ao seu redor.

No final das contas, a única imagem da marca que vale é aquela formada na cabeça do seu público, que pode flutuar e reagir conforme as ações e atitudes da marca com respeito ao seu mercado ou à vida que a cerca. [Webinsider]

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<strong>Luiz Pryzant</strong> é consultor para criação e gestão de marcas e mantém o blog <strong><a href="http://www.sopadeletrinhas.com.br/" rel="externo">Sopa de letrinhas</a></strong>.

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12 respostas

  1. Não havia necessidade de reforma ortográfica. Isso é uma perda de tempo. Dinheiro gasto desenecessariamente. Quem não tinha o que fazer inventou isso.Pra nós isso não deveria ter acontecido, se outros países precisam, eles que fizessem a sua reforma. Quanta besteira…

  2. Não me conformei com as explicações até o momento. Antigamente, se eu perguntasse a um professor o porquê da palavra vôo ser acentuada, ele responderia algo como é paroxítona, o primeiro o da palavra é mais forte do que o segundo.

    Hoje, com a reforma ortográfica, perdeu o acento. Qual a justificativa agora? Apenas mudou?
    Quer dizer que quando decidirem que os quatro porquês vão sumir, não tem motivo técnico? No dia que não gostarem do til, não vira nao, João vira Joao etc?

    Apesar da dúvida, acredito que a reforma ortográfica é uma perda de tempo, pois nunca, jamais os países falantes do português se entenderão melhor. Português de Portugal é clássico. O português brasileiro é contemporâneo. É muito difícil pra um brasileiro compreender um telejornal português. Através da escrita também não é fácil, pois é outra cultura. Senão, o que é um autocarro, um giro, um gajo, um paneleiro…? Raramente um brasileiro vai entender perfeitamente essas palavras no contexto português.

    A Azaléia agora é Azaleia

    Então a pronúncia(pra mim) mudou pra azalêia.

  3. Somos 180 milhões de brasileiros, imagine se todos tenham de aprender a escrever novamente? Uma loucura! Deve-se pensar a quem interessa a nova mudança ortográfica para falarmos igualmente a Portugal? Muitos perguntam-se qual o motivo para escrever como Portugal? Devemos ser contra, são culturas diferentes, idiomas diferentes, costumes diferentes. Quem aprendeu o português falado hoje está de acordo? Não se sabe.

    A educação em nosso país precisa muito mais atenção, e não novos complicadores

    É perda de tempo. O processo irá durar uma geração, pelo menos, para que todos falem da nova forma. A educação em nosso país precisa muito mais atenção, e não de novos complicadores. Existem muitos analfabetos, excluídos socialmente, e pensam em nova maneira de escrever e falar.

    Tudo isto é um engodo, uma mentira deslavada para desviar dos verdadeiros problemas da educação no país onde se fala pobrema. Todos devem conscientizar-se para o verdadeiro problema, que é na educação. A reforma ortográfica não é a solução. Infelizmente há muita incompetência e tentam tapar o sol com a peneira, pois os aculturados não têm noção, não sabem ler e nem escrever. Idiotice, demagogia, isso sim. Há problemas urgentes a resolvermos aqui em vez de buscarmos falsos objetivos, que não melhoram a educação e nem a instrução das pessoas.

    Os fatos são estes: em 2010 seremos forçados a escrever de nova maneira, queiramos ou não. Serão gastos milhões e haverá perda de tempo para a adequação dos livros, das escolas, novas metodologias para ensinar as alterações na língua. Em vez de perder tempo com isso, devemos perder tempo melhorando o sistema educacional do país, acabar com as mazelas e o analfabetismo e fazer como a Coréia do Sul e outros países. Eles se tornaram grandes através da educação e não perdendo tempo com mentiras como reformas ortográficas falsas para desviar a atenção do povo. A eleição vem, devemos pensar no melhor, o Congresso tem de pensar em melhorar a educação e não tentar enfiar goela abaixo coisas não importantes para o Brasil.

  4. Vale lembrar que no mundo das marcas, os nomes das empresas estão em grande parte livres das normas gramaticais, e que alguns dos acentos presentes mesmo em marcas internacionais estão alí apenas por motivos estéticos.

    EX: LANCÔME, Häagen-Dazs

  5. Cara Bia,
    A Zelo já retirou o acento circunflexo da fachada de suas 32 lojas e do site zelonet.com.br.
    Inclusive foi passando na frente da loja Zelo nos Jardins que percebi a falta do acento e pensei neste artigo.
    Não sei qual a regra mas pesquisando a Nova Ortografia descobri que ela tirou o acento da palavra pêlo mas deixou como facultatio o uso do acento circunflexo na palavra fôrma, neste momento estou confiando nos novos dicionários e tentando reaprender a escrever nossa lingua. Abs, Luiz Pryzant

  6. Eu sei, nao tem nada a ver com o assunto mas.. pelo amor de Deus.. pessoas..
    nao contratem a LOCAWEB
    É ruim demais!!!

    Só queria dizer isso..

  7. Caro Luiz Pryzant,

    Interessante abordagem sobre o tema, mas… Azaleia realmente perde o acento pela nova reforma ortográfica. Já Zêlo, tenho minhas dúvidas. Em qual bibliografia você baseou seus argumentos?

    Obrigada
    Bia Mansur

  8. Na minha opinião, enfraquece a marca como sendo uma entidade individual. Se segue a norma ortográfica, ela passa da categoria nome próprio para simples palavra da língua portuguesa. Não vejo no que isso é moderno. Marcas muito fortes permanecem até hoje com a grafia original, exemplo Maizena, em vez de Maisena, e todo mundo sabe do que se está falando. E também não há mal algum em ter de explicar para os filhos que no passado era assim, pelo contrário, mostra como a língua pode ser dinânica.

  9. Está bem claro que muitas empresas, a exemplo da Zelo e da Azaleia, retirarão os acentos abolidos pela nova ortografia, visto que já não eram utilizados na internet, pois como sabem, quem tem negócios internacionais, já dispensou a acentuação (em geral, inclusive o ç), pois as buscas se dão, em geral, na língua britânica. Ou seja: apenas passaram a ser reconhecidas aqui com a mesma grafia que já era lá fora.

  10. Acho que foi uma decisão acertada destas duas marcas haja visto que do ponto de vista mercadológico elas se mostraram ágeis frente ao novo cenário, por outro se eles não fizessem isso daqui a 30 anos quando a reforma ortográfica nem mais ser lembrada (assim como nós falamos muito pouco da ultima reforma, qnd foi afinal???) seria complicado explicar para uma criança pq a marca da sua sandália tem acendo MAS a palavra IDEIA não!

    acho que foi por isso que mudaram!

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