Não é o fim da assessoria de imprensa, pelo contrário

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O futuro incerto frente ao presente pseudo-caótico da comunicação tem deixado jornalistas e assessores de imprensa de cabelos em pé. Qual o futuro dos “press releasers” e das agências de assessoria, agora que informação é gerada em tempo real também pelo próprio mercado?

Bloggers, diretores de empresas e o próprio público têm ou não capacidade para seguir com a mesma qualidade de serviços? Isso tem importância para o leitor?

É fato que o volume de informações geradas informalmente hoje supera muito o volume formalmente desenvolvido pelos profissionais da comunicação. O que se discute não é a qualidade com a qual essa nova informação é apresentada, mas o fato de que ela acontece em tempo real e parece suprir a necessidade de consumo do público.

Como diz uma das máximas do mercado, o ótimo é inimigo do bom. E o bom supre a demanda.

Os blogs, as mídias sociais e até o próprio e-mail podem transmitir a informação de forma muito rápida e imparcial – e isto é o que o público procura, diferente da mensagem perfeitamente formatada, que cria a aura de produção e sugere uma imagem de falsidade e direcionamento de interesses.

O público demonstra que a mensagem realmente consumida é a que circula nos meios informais. Jornais, revistas e a própria TV continuam importantes e servem para que o público confirme aquilo que já foi lido durante o dia, na web.

Em rodas de jornalistas, o comentário é o de que os diplomas podem ser jogados no lixo e que estudaram tanto para nada. Mas calma, não é bem assim!

Não é o fim da assessoria de imprensa e do jornalismo formal. O fim da reserva de mercado já ocorreu em várias profissões e faz parte da evolução das espécies. Quem evolui junto ao mercado sobrevive; quem bate o pé na areia movediça se enterra cada vez mais. Nas rodas é fácil identificar quem tende a se reciclar e quem resiste e vai ficar para trás.

Metas para os objetivos da comunicação

Por conta das novas necessidades de organização da informação e do direcionamento de conteúdo pertinente e aderente a cada perfil de consumidor, técnicas e ferramentas de database marketing, business intelligence, webanalytics e de marketing direto têm auxiliado as agências de comunicação a se reinventarem através da chamada “Comunicação Multidirecional”.

Crie indicadores

As técnicas de BI e de estatística ajudam a criar e a gerir novos indicadores importantes e que realmente interessam ao mercado, não mais resultados irrelevantes.

As técnicas de database marketing ajudam a definir o público alvo para cada tipo de informação, com base em seu perfil e interesses, sempre com foco nos objetivos da comunicação.

  • O que foi entregue e o que foi de fato consumido?
  • Que tipo de cliente responde melhor a cada método de comunicação?
  • Que tipo de cliente responde melhor a cada meio de comunicação?
  • Como melhorar os resultados e o índice de interesse do público?

Métricas

As técnicas de webanalytics auxiliam a medir os resultados de cada mídia online. Associadas às técnicas de Web Intelligence, formam uma base tecnológica perfeita para as agências entrarem com segurança no meio digital. Além disso, já existem ferramentas que ajudam a medir os resultados de imagem através de mídias sociais.

  • O que estão dizendo sobre minha empresa?
  • É positivo ou negativo?
  • Esse conteúdo informal tem afetado o valor de minha empresa? E as vendas?
  • Como reverter comentários negativos e amplificar os positivos?

Conteúdo para diferentes canais

O marketing estratégico e o marketing direto auxiliam as assessorias de imprensa a formatar a comunicação de modo a ser interpretada e consumida por cada tipo de público, de forma coerente e através de canais pertinentes.

  • Que tipo de informação deve circular em blogs, Twitter e em redes sociais?
  • Que tipo de informação deve ser divulgada através de e-mail marketing aos clientes?
  • Que tipo de informação deve apenas gerar conteúdo para ser indexado em sites de buscas e ficar disponível para quem pesquisar?
  • O que deve ir para jornais, revistas e para a TV? Como e com que tipo de linguagem?

Com tudo isso, a “comunicação multidirecional” é uma das soluções mais rápidas e de resultados mais expressivos para que as assessorias de imprensa recuperem o fôlego, não apenas da geração de conteúdo, mas principalmente pela distribuição e medição de resultados.

Comunicação sem métricas já não faz mais sentido, assim como a exposição de conteúdo de forma aleatória.

Quem conseguir associar todas essas técnicas de comunicação, está com um bom futuro garantido. É isso que o público deseja, mesmo sem ter consciência. [Webinsider]

.

<strong>Stivy Malty Soares</strong> (stivy@malty.com.br) ministra palestras sobre marketing, tecnologia e design, é diretor executivo da <strong><a href="http://www.deepmind.com.br" rel="externo">DeepMind</a></strong> Marketing Estratégico e atua como consultor de estratégias de vendas e comunicação.

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4 respostas

  1. Eu achei importante o seu texto na medida que em que mostra ao jornalista (que teimam em ser uma classe isolada no mercado pelo simples diploma ou registro no sindicato), porque essa idéia disseminada é muito retrógada. Na Europa há muitos anos não importa se o assessor de comunicação é jornalista, historiador, etc. O que importa é a informação que ele passa. É difícil com o advento das redes sociais separar o que é mais importante e repassar. Mas se pensarmos bem o que é importante para o ser humano entenderemos o que pode ser interessante para a vida das pessoas e para o nosso trabalho.
    abraço

  2. Eu concordo com o texto do Stivy. Mas acho que o desafio atual do assessor de imprensa é justamente praticar o “desapego” com as informações que os clientes antes mantinham exclusivas para a divulgação na imprensa. Hoje em dia, muita coisa será comunicada diretamente na web através da empresa, seus funcionários e consumidores. Em vez de produzir releases em ritmo de padaria e atirar para todos os lados, é necessário saber trabalhar a informação na imprensa com mais cuidado. E estar atento. Muitas vezes é o que se fala nas redes sociais que vai pautar os jornalistas. E no final das contas, nada substitui uma boa assessoria de imprensa durante uma crise.

  3. Bom dia Bruno,
    Muito obrigado por teus comentários!

    Forçadamente direcionei minha posição sobre as atividades dos assessores de imprensa a um pequeno fragmento, não por confusão, mas provocativamente. E o que exponho não é apenas a minha visão, mas o que circula nas rodas de assessores de imprensa, com quem convivo quase diariamente.

    Quanto às métricas, você tem 100% de razão, e mais uma vez usei o tom de provocação!
    As ferramentas estão todas aí para que se faça uma verdadeira revolução na comunicação, mas os que as utilizam são uma minoria quase invisível. Dá pra contar nos dedos!

    Sou envolvido com o meio desde 1995, e o que vejo hoje é justamente um volume grande de resistentes que teimam em não querer se dobrar à realidade do mercado.
    Você, como jornalista, deve acompanhar os fatos muito de perto, e se é um dos poucos que já trabalha as métricas da forma adequada, gostaria muito de conversar pessoalmente contigo.

    Mais uma vez, obrigado pela contribuição.
    Para quem escreve, os comentários negativos são muito mais instigantes do que os positivos.

    Abs,
    Stivy

  4. Desculpe Stivy, mas seu texto está inconsistente e você faz algumas confusões conceituais sobre a atividade do assessor de imprensa.

    Já a parte das métricas… Bom, desculpe mais uma vez. Mas não traz absoultamente nada de novo.

    Um abraço,
    Felipe

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