O que estamos aprendendo com as rede sociais?

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Em meu último artigo aqui no WebInsider, escrevi que para incluir sua empresa nas redes sociais é necessário que você, antes disso, faça uso dela com seu próprio perfil. Um modo de experimentar, entender e enxergar oportunidades. E, ao decidir interagir na rede, o mais importante é ter uma estratégia bem clara do que você pretende fazer ao incluir sua empresa neste meio.

Tudo isso continua valendo. Todos os dias acontecem inúmeros eventos explicando sobre o assunto. Matérias na imprensa e nos blogs são diárias, todas discutindo os velhos e novos conceitos, o que é bacana e está na crista da onda tem que ser compartilhado. E é neste espírito que gostaria de compartilhar com você, leitor, que curte esse assunto tanto quanto eu, um pensamento que me vem à mente toda vez que discuto sobre o tema: o que de fato estamos aprendendo com as redes sociais?

Carlos Nepomuceno disse uma vez que o governo brasileiro deveria dar ao Orkut Buyukkokten uma estátua pela inclusão digital que realizou entre as pessoas mais carentes. A estátua não foi feita, mas o governo conseguiu incentivar a compra de computadores e democratizar um pouco mais a rede.

Mais importante do que engajar, relacionar, ter conteúdo relevante, criar, compartilhar, entre tantos outros conceitos, é saber qual a lição estamos tirando de tudo isso.

Gostei de uma frase que o René de Paula soltou em uma dessas palestras. Parafraseando-o: ?As contas que vocês possuem nas redes não são suas…?. Ele está certo! Indo um pouco mais além, vamos usar um exagero para exemplificar: suponha que alguma dessas redes proíba a presença de empresas, seja com comunidades ou perfis. O que você, gestor, irá fazer? E que você, analista, vai analisar? E a agência, vai propor o quê? Vamos simplesmente deixar de fazer? De conversar? De criar boas experiências para nossos clientes? De criar interação e proximidade com nossa marca?

A difícil mudança de cultura não está somente em aceitar que o consumidor mudou e que a comunicação está em constante mudança, mas de aceitar, em primeiro lugar, que você mesmo tem que mudar.

Por que não, por exemplo, mudar o modo como seu SAC atua? Ser mais humano no atendimento e mais ágil como sugere a rede. Por que não rever os processos que estão emperrando e burocratizando demasiadamente seu cotidiano?

Fazendo com que gastemos tempo e dinheiro desnecessariamente. Seja mais franco e direto. Michel Lent já dizia: ?Menos é mais?. Que tal rever sua comunicação? Será que seu cliente precisa receber aquele comunicado via e-mail toda semana, que não está de acordo com o que ele precisa?

Isso tudo é não é nada simples, mas a mudança que ouvimos todos os dias não pode só ficar da porta para fora, temos que, aos poucos, trazê-la para dentro de nossa casa procurando a melhoria constante. Afinal, na era da colaboração e interação, um aprende com o outro. [Webinsider]

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<strong>Antonio Mafra</strong> (antonio.mafra@portoseguro.com.br) atua com e-commerce e social media na <strong><a href="http://www.portoseguro.com.br" rel="externo">Porto Seguro</a></strong>.

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12 respostas

  1. Obrigado por todos os comentários.

    Concordo que tem que haver planejamento para atuar nas redes sociais, isso é incontestável, mas além disso tudo o que estamos fazendo, o que podemos tirar como lição?

    Como não trabalho em agência e não tenho que vender mais um produto, tenho que analisar e verificar qual a eficácia deste canal, seja ele para vendas, relacionamento, atendimento entre outras oportunidades.

    Na verdade temos que aprender e tentar trazer para dentro de casa, melhorar nossos processos internos e oferecer produtos e serviços mais adequados.

    É aquela velha história, servir bem para servir sempre…

  2. Mafra.
    Seu artigo é muito bom, mas é uma pena que ainda há muita empresa presa em conceitos que impedem enxergar as Redes Sociais. Você é um cara diferencado no mercado por ser cliente e ter uma visão que nós de agência temos e não conseguimos introduzir na mente de muitos gestores.
    Abs e sucesso
    Felipe Morais
    plannerfelipemorais.blogspot.com

  3. Parabéns pelo artigo, Antônio. E realmente, você esta certo – ainda existe uma grande barreira das empresas em aceitar essa nova abordagem. Eu vejo também, por outro lado, que isso é fruto da velociade com que isso ganhou status. O mais engraçado de tudo é que o CRM em redes sociais parece que despertou algo que sempre existiu – essa é minha sensação. Essa atuação(ativação, contato, enfim…) em redes sociais nada mais é do que uma comunicação mais pessoal, mais preocupada, direta e verdadeira. Será que antes dessa febre de redes sociais não havia empresa que fazia isso? Claro que sim, mas eram poucas. Hoje a grande maioria das empresas está adotando estratégias por modismo ou por medo mesmo e são pouquissississimas que observam como oportunidade. Enfim, gosto muito dos seus artigos – vá em frente, rapaz. Abs!

  4. Antonio, certamente ter objetivos e um plano estruturado para se aventurar nas redes sociais é necessário. Mas, a organização tem que também estudar o seu público-alvo e decidir que redes, que ambientes são os mais propícios para a interação. E mais do que isso, abrir-se ao verdadeiro diálogo!

    Abraços, Carol Terra (http://www.meadiciona.com/carolterra)

  5. Gostei da abordagem deste post.

    Mantenho uma pequena rede social com menos de 800 membros onde o ponto de convergência é a música.

    A maioria dos membros são da Bahia, mas os maiores acessos são dos estados do Sul/Sudeste/DF.

    Já fiz algumas contas avaliando os relatórios do Analytics, considerando o conteúdo que temos na rede social.

    Vejo que se estivesse sediado no Sudeste, por exemplo, esta rede já estava com muitos mais membros, e quem sabe, poderia ser um produto capaz de promover interação entre lojas de instrumentos, marcas e os músicos, como um canal direto.

    Creio que temos conteúdo interessante na rede, divulgando música instrumental, workshops, eventos de todos os tipos onde a música se faz presente.

    Em 2010 vou pensar em tornar esta rede mais abrangente, criando um plano de trabalho para torná-la um produto ou quem sabe uma ONG, para ajudar instrumentistas principalmente a gravarem seus trabalhos, realizarem workshops e ampliar a oferta de conteúdo musical diversificado no Brasil.

    Sem patrocínio,ou incentivo de Editais Públicos, não vejo como atingir esta meta. Alguém tem uma dica? Sou bom ouvinte!

    Contato: viniciuslago@balcaodomusico.com.br

  6. Ótimo artigo, ótima visão do assunto. Quero ressaltar que as redes sociais são importantes no mercado de trabalho bem como nas relações familiares. Meu caso, com um filho distante fisicamente, há relacionamento diário através de compartilhamento de sentimentos, de notícias e outras coisas mais através das redes sociais nas quais nos inserimos. A interação via internet é fantástica.

  7. Em Brasília, como uma cidade de classe média é perceptível a influência das redes sociais em nossas vidas. A internet veio a consolidar algo que já existia nos bares, restaurantes e clubes da Capital e de outros lugares.
    A princípio, para mim não há nada de novo a não ser a ferramenta que permite virtualizar algo, que, se não houver contrapartida na vida real perde, para mim, o sentido – registros de contatos, agendas, etc. O filme, A Lista, dá um exemplo interessante do poder das redes sociais e sua interação com as ferramentas modernas de comunicação.
    Na prática, as redes sociais não tem resolvido problemas de solidão ou isolamento social e muito menos afetivos, delegar a elas problemas profissionais parece no mínimo arriscado, para algo no mínimo limitado. Afinal as informações ali depositadas continuam imperfeitas e muitas vezes ao ingressar num deste sites passamos a figurar a nós mesmos, num mundo irreal de realidade virtual!

  8. A questão não é só o que as empresas fariam se as redes sociais não as aceitassem, o que o consumidor faria, voltaria para o ?fale conosco?? Eu creio que não, a maior rede social que qualquer empresa pode ter é entre ela e o cliente, seja via Twitter, SAC e etc…

    Em tempo, conheçam esse pequeno projeto: http://www.comentador.com.br

  9. A redes sociais, todas elas… blogs, orkut, twitter e uma pá de contatos não querem dizer nada se as empresas não sabem para que estão entrando nelas. É para divulgar? Para conquistar novos clientes? Sim. mas e o planejamento. O uso das redes sociais deve ser encarado como um novo produto, serviço, e tal. Ter sua marca voando internet a dentro requer uma preocupação muito grande. No mínimo devem haver planejamento, e também, como produto, devem esperar um retorno. caso não haja,,, comentam orkutcídio!

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