Os primeiros dois meses de uso do iPhone

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Meu primeiro iPhone foi em realidade um iPod Touch de primeira geração com 8GB de memória. Como o iPhone não era vendido no Brasil naquela época e o Touch era quase um iPhone, me pareceu uma alternativa óbvia para testar o equipamento e o novo sistema operacional da Apple.

Bem mais simples, ele não vinha com metade dos aplicativos e recursos disponíveis atualmente. Não era possível, por exemplo, controlar o volume com um botão lateral, não era possível ouvir sons de alarmes, músicas, etc. sem os fones de ouvido e não era possível gravar recados sonoros. Os modelos atuais permitem fazer tudo isso e mais um pouco. E além disso são muito mais velozes e um pouco mais finos.

Naquele primeiro momento o resultado prático foi uma grande decepção. Apesar de ser excelente para músicas, vídeos, podcasts e navegação na web, o Touch não conseguia fazer metade das outras atividades de gerenciamento do dia-a-dia que qualquer Palm Tungsten E já fazia há anos.

Faltavam aplicativos básicos e o elementar “copiar e colar”, já presente nos primeiros modelos do Newton da década de 90, não existia no Touch. E diga-se de passagem, só veio a existir muito tempo depois.

Conclusão? Vendi o Touch e voltei a usar meu iPod vídeo de 30 GB em conjunto com o Palm Centro que, foi um dos melhores equipamentos com Palm OS que usei. Me acompanhou por exatamente um ano e consegui tirar dele todo sangue necessário para me manter atual em relação a outros smartphones mais modernos.

Do Palm Centro para o iPhone

Por incrível que pareça o Centro me atendia em muitos aspectos que o iPhone não conseguia e isso foi um fator decisivo para não comprar um iPhone. Uso meus telefones no trabalho e na vida pessoal de uma forma muito intensa. Toda minha vida e informações que consulto a todo momento precisam estar lá e de forma eficiente. Portanto, as limitações do iPhone atrapalhariam minhas atividades.

Esperei pacientemente e com o lançamento do iPhone 3GS, os preços do 3G caíram e em paralelo recursos que eu precisava passaram a existir no sistema operacional. Comprei um 3G de 8GB e comecei a pesquisar aplicativos para substituir todo que eu fazia no Palm Centro.

Depois de dois meses posso dizer que estou bastante contente apesar de alguns detalhes aqui e ali me irritarem muito. Por exemplo, a forma como a Apple lida com contas de e-mail no iPhone não é inteligente. Mudar de uma conta para outra é uma tarefa extremamente complexa, principalmente quando comparada a simplicidade de pressionar duas teclas no Palm OS.

Também não me agrada nada a ideia de cada aplicativo ser fechado em si, impedindo a troca de conteúdo. Por exemplo, não posso usar um documento Word criado no Documents to go em outro aplicativo. E issa é uma atividade corriqueira em qualquer outro smartphone, inclusive no BlackBerry que tem um sistema quase tão fechado quanto o do iPhone.

Por outro lado, navegar no Safari, usar o GPS no Google Maps e em serviços de geo-tagging nas fotos, no Evernote e em outros aplicativos é algo fantástico. São esses pequenos detalhes que mostram todo o potencial que a plataforma da Apple tem.

Android chega com força

Porém é preciso correr contra o tempo! A Apple mudou totalmente o paradigma e a percepção das pessoas e empresas no tocante a telefonia celular. Tanto é verdade que nesses poucos anos todas as fabricantes de celular tentaram imitar a Apple. Nenhuma delas foi eficiente o suficiente até o momento, mas o Android chega com muita força para competir com o iPhone.

O sistema operacional do Google já nasce em um ecossistema fantástico e está convenientemente integrado ao Gmail, Google Calender, Google Docs, Google Talk e tudo tipo de serviço que tenha em seu nome a palavra “Google”.

Aposto numa competição muito acirrada entre a Apple e o Google, não só em telefonia móvel, mas em diversos outros segmentos do mercado do mercado de tecnologia, mas nesse momento sou iPhone até o fim.

Quando me perguntam o que mais gosto nele, sempre digo que é a integração com o ecossistema da Apple no qual vivo mergulhado há anos. Nada pode ser mais simples para quem tem um Mac e um iPhone. Tudo é totalmente transparente em termos de integração. Simplesmente funciona como quase tudo na Apple.

E meu aplicativo favorito no iPhone é sempre a pergunta seguinte. Existem inúmeros aplicativos que adoro e alguns sem os quais não saberia o que fazer, mas há algo que é básico e deveria ter existido desde o início.

“Copiar e colar” é sem dúvida nenhuma a função mais utilizada no meu iPhone. Um telefone não pode ser considerado um smartphone sem este recurso básico e elementar, portanto, meu aplicativo predileto no iPhone é o “copiar e colar”. [Webinsider]
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Vladimir Campos é escritor. Veja mais sobre ele.

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2 respostas

  1. O mais encgraçado de tudo é que, antes da Apple implementar o “copiar e colar” no IphoneOS, o iphone era criticado por não ter o recurso e nenhum smartphone tinha tambem.

  2. O único problema do iPhone foi a apple fazer de TUDO para evitar que os usuários tenham acesso ao sistema de arquivos (facilitando a copia de arquivos e compartilhamento dos mesmos entre aplicativos). O que de nada adianta, pois pipocam aplicativos para quem fez jailbreak, que auxiliam nisso. Acaba que essa atitude da Apple apenas incomoda os usuários e reduz o alcance do iPhone para algumas pessoas. No TX, por exemplo, eu simplesmente mandava sincronizar todos os meus documentos de WORD para dentro do documents to go, automaticamente, mantendo todo material de referência que eu precisasse disponível 24hrs. Fazer isso no iPhone é praticamente impossível. Espero ver melhorias para as próximas versões (tenho um 3Gs).

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