Google atualiza critérios para resultados de buscas

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Estamos no meio da maior mudança dos mecanismos de busca desde 2003, quando o Google revolucionou o mercado ao incluir as citações como fator de rankeamento das páginas listadas nos resultados das pesquisas.

Nos últimos 60 dias, cerca de 70 novos atributos foram implementados no buscador mais popular do mundo (praticamente um monopólio no Brasil, com mais de 90% de participação de mercado), exigindo muito trabalho de todos nós que atuamos com otimização de sites e marketing de busca.

As novidades envolvem muito mais do que os tradicionais fatores de relevância baseados no conteúdo de um site, sua infraestrutura e os links que apontam para ele.

Novas variáveis estão entrando em cena, entre elas a usabilidade, a mobilidade, a presença na mídia social, e, cada vez mais, fatores off-site que vão muito além da tradicional construção de links.

Vejamos com a coisa funcionará a partir de agora e o que podemos fazer a respeito para que nossas páginas estejam bem posicionados nas buscas.

Mídia social

As redes sociais passam a ter mais importância nas buscas porque é através delas que milhões de pessoas estão comentando os sites que frequentam e indicando páginas na web (no Brasil, 28 milhões).

Ora, se o Google monta seus rankings baseando-se fortemente em citações, ele não poderá mais ignorar a conversação nas mídias sociais. Devido ao seu volume explosivo, a quantidade de links compartilhados diariamente nas redes é uma amostra bastante representativa da popularidade e relevância de páginas web.

Monitorar e participar das conversas na mídia social passa a ser um fator crítico de sucesso para seu marketing on-line, já que, segundo uma pesquisa recente, as marcas mais “sociais” tendem a ter o dobro das menções em relação às marcas que não estão presentes nas redes.

Usabilidade

O Google e outros mecanismos de pesquisa estão indo mais fundo ao calcular a relevância de um site para fins de ranking. Além de mensurar visualizações e cliques nas páginas de busca, o tráfego agora pode ser analisado com base em muitas outras variáveis: conversões (vendas, assinaturas, compartilhamento, etc.), taxas de rejeição, tempo de permanência no site, variedade do tráfego, revisitação, e reputação do site entre seus pares e seguidores on-line.

A usabilidade passa a ser prioridade no marketing de busca. O conteúdo e o design do seu site precisam ser estruturados de modo a capturar e reter a atenção dos visitantes, convertendo-os em usuários fiéis. Será preciso analisar com mais profundidade como os usuários navegam no site a fim de descobrir oportunidades de melhoria nessa área.

Engajamento

Estamos entrando na era das pesquisas personalizadas, na qual os resultados de uma busca podem variar de um internauta para outro conforme o engajamento dele com determinados web sites. Isso significa que quanto mais uma pessoa interagir com o seu site, mais ele aparecerá nas buscas feitas por ela. E este é mais um bom motivo para, a partir de agora, investir pesado em conteúdo e usabilidade.

O engajamento, no entanto, não para por aí. Ele envolve também padrões de navegação ao longo das páginas web, como veremos a seguir.

Fluxo de navegação

O Google está investindo na análise do fluxo de navegação dos internautas, categorizando cada página de acordo com os destinos visitados por eles antes e depois dela. A iniciativa pretende identificar os interesses particulares de cada usuário para fins de personalização dos resultados das buscas.

Qual a implicação disso para a otimização do seu site? Simples, você precisará estar bem conectado aos melhores sites em seu campo de atuação. Aqui o trabalho de construção de links e de relacionamentos continuará importantíssimo. Sem bons links de entrada em destinos populares e relevantes, o seu site perderá ainda mais visibilidade nas buscas.

E lembre-se, como escrevi no início desse artigo, a construção de links agora passa cada vez mais pela mídia social. Você precisará participar dela, ou perderá espaço.

Mobilidade

O futuro da internet é móvel. Cada vez mais pessoas acessam a rede dos seus celulares e smartphones. É muito provável que em 2015 a maioria de nós estejamos vivendo esta experiência descrita por Eric Schmidt, CEO do Google, ao comentar seus planos para o Google Phone:

Em 2015, eu terei o mundo em minhas mãos, uma notícia de cada vez. Eu folhearei meus jornais e revistas favoritos, as imagens tão nítidas quanto numa folha de papel, sem que seja preciso esperar pelo download de cada página. E tem mais, o aparelho sabe quem eu sou, do que eu gosto, e o que eu já li com atenção. Então, enquanto eu leio e comento as notícias, eu também recebo histórias selecionadas automaticamente de acordo com meus interesses.

Eu pulo de uma reportagem sobre saúde no The Wall Street Journal para uma nota sobre o Iraque, publicada pelo Al Gomhuria, do Egito, traduzida instantâneamente do árabe para o inglês. Toco meu dedo na pequena tela e digo ao computador abaixo dela que ele me deu uma boa sugestão…

Note que nessa visão do Google para o futuro, as páginas web chegam até você sem que você precise procurar por elas. O serviço será capaz de acompanhar suas preferências e necessidades durante todo tempo, indicando quais conteúdos podem lhe ser úteis a cada momento.

A fala de Eric Schmidt refere-se a notícias, mas imagine o que poderá ser feito no caso de outros produtos e serviços.

Por exemplo, você entra em uma loja de automóveis e seu celular sabe onde você está. Ele indica então sites onde você poderá encontrar mais informações sobre os carros da marca, inclusive opiniões das pessoas em suas redes sociais e matérias com testes comparativos.

Como se vê, mobilidade e buscas personalizadas andarão lado a lado, reforçando-se mutuamente.

Finalmente

O marketing de busca começou 2010 acelerando. Tendências que vinham se desenvolvendo gradualmente ganharam um grande impulso desde novembro último. Para se manter visível nas pesquisas, seu site precisará apressar o passo e acompanhar as novidades. Ser mais sociável, usável, hyperlinkado e móvel deve ser seu objetivo para este ano. Boa sorte! [Webinsider]

Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Héber Sales (hebersales@gmail.com) é profissional de webmarketing, marketing de busca e webanalytics. Atua na Agência Quanta e mantém o Blog da Quanta e o Twitter @hebersales.

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26 respostas

  1. È ñ da mais para Intender o Google mas fazer oque ao invez dele melhorar para todos Nó ele complica,Mas faz parte Abraços Galera

  2. Me surpreende o monopólio do Google no Brasil (90%). Há fonte para esta informação?

    No mais, acho que muita ênfase é dada aos supostos métodos de indexação e qualificação quando no fundo as velhas práticas de link-building, navegabilidade, relevância de conteúdo se mantém em prática. Acredito que o trabalho de SEO e SEM não apenas se manterá calcado nos mesmos fundamentos, como será cada vez mais facilitado por melhorias em ferramentas como o AdWords.

  3. O Google de novo ditando tendências, o fato é que sempre estaremos melhorando a forma de fazer o site com norte no Google.

    O futuro descrito por Eric Schmidt nada mais é que o tradicioanl CRM levado às últimas consequências, que será muito legal!

  4. Do you really think I’m the real Eric Schmidt?

    Do you really think the real Schmidt would read this text?

    You don’t even know the Google’s CEO name, it’s clear that all other of your supposals are a bit worng.

  5. Pablo, o Google vem se movendo em algumas dessas direções há algum tempo, sim, mas houve uma grande aceleração no segundo semestre de 2009, o que é facilmente verificável através dos anúncios da própria empresa em seu blog para webmasters.
    Abraço!

  6. Francisco e pessoal..
    o Google toma as informações de tráfego através da barra de busca do Google que cada um tem instalada no browser. Quando você está logado em sua conta Google, ele sabe TODOS os sites que você visita, qto tempo passa nekles e etc. Quando você fizer outra busca, ele junta todas essas informações pessoais na hora de definir a ordem de sites nas SERPs

  7. Héber, desculpe-me, mas não vi novidade alguma na tal “atualização”. Tudo o que está escrito acima já influencia há anos, com exceção das redes sociais que estão sendo um diferencial há quase 1 ano.

    Um abraço!

  8. Para quem quiser testar o novo:

    1: acesse: http://www.google.com/ncr

    2. Copie e cole o código abaixo na barra de URL do seu navegador:

    javascript:void(document.cookie=”PREF=ID=20b6e4c2f44943bb:U=4bf292d46faad806:TM=1249677602:LM=1257919388:S=odm0Ys-53ZueXfZG;path=/; domain=.google.com”);

    3. Aperte enter.

    4. Agora é só atualizar a página que o novo design está no ar. (Caso isto não funcione, clique em “Google.com in English” e tente de novo.)

    Nos resultados não muda muito e sim na exibição deles com separação lateral de tipos de conteúdo. Novos filtros permitirão navegar melhor entre os milhares dos lixos postados principalmente pelas redes sociais.

  9. Francisco, alguns tipos de conversão são dados públicos facilmente rastreáveis. Nessa área há muito “achismo” mesmo, porque o Google não revela o seu algoritmo. Então temos que formular e testar hipóteses. Com o tempo, a comunidade de profissionais vai adivinhando a coisa. Por isso é tão importante nosso debate aqui.

    Alex, você lembrou muito bem a questão da velocidade do carregamento. E isso tem a ver com um dos princípios comentados no artigo: usabilidade.

    Abraços,
    Héber

  10. Olá Héber,

    Seu artigo é muito bom, mas acho que – como você mesmo salientou – não é baseado em nenhum documento oficial com dados mais sólidos, tem muita coisa que “achismo”. A parte da mídia social é bem razoavel, e já com casos de sucesso neste sentido.

    Porém, conclusões como “Além de mensurar visualizações e cliques nas páginas de busca, o tráfego agora pode ser analisado com base em muitas outras variáveis: conversões (vendas, assinaturas, compartilhamento, etc.), taxas de rejeição, tempo de permanência no site, variedade do tráfego, revisitação” são pouco realistas. Como o Google vai saber o que é uma conversão para cada site? A única possibilidade remota seria se ele infringisse os termos de privacidade do Analytics para isto. Mesmo assim poderia apenas medir nos sites que o utilizam.

    Mas, como disse, a análise quanto a mídia social está perfeita.

  11. Eu costumo orientar meus clientes, inclusive aqueles que nos contratam para desenvolver um site, para terem um blog com domínio próprio, interligado ou não com o site principal. E com base no perfil do público alvo participar de redes sociais que venham agregar as soluções que a empresa venha oferecer a este público!
    Recentemente um time de FutSal local nos procurou para lançamento de seu site oficial, e acabamos por oferecer além do site: o blog, uma conta no Twitter e no também no Orkut!
    A recomendação que dou aos que querem uma boa colocação nos buscadores, é que contratem uma empresa que ofereça não somente uma simples criação de site, mas sim uma solução que viabilize sua empresa na internet!
    E hoje o Google é fundamental como vitrine virtual!
    Parabéns pelo artigo!

  12. Algumas dessas mudanças já eram sabidas e já estão habilitadas nas buscas .com do Google. Outras são assuntos de estudo ainda, um fator já assumido pelo Google e importantíssimo ficou de fora do post, que é a velocidade de carregamento do site. Sites mais velozes, que não coloquem barreiras entre usuários e conteúdo vão ter MUITA vantagem nas SERPS.
    Para quem quer saber mais informações sobre esse assunto e outros mais pode dar uma olhada no meus site, nos artigos que escrevo.

  13. Eu acho q é importante sim já planejar e desenvolver os sites para mobile, mas eu ainda acho que meio dificil o Google (ou outro player) escolher tudo o que eu deveria ler.. eu com certeza vou desligar esse botãozinho.

    Por outro lado, acredito que os buscadores estejam sim se tornando cada vez mais “sociais” (afinal é a tendencia do mercado online como um todo), mas há um nivel máximo que iso pode chegar. Afinal você não vai encontrar num meio social algo publicado sobre “remédios eficazes para hemorroida avançada”, ou as pessoas vão publicar até isso no facebook?

    Enfim, há muito hype neste meio.. é preciso saber separar o que é o que..
    mas a discussão é exceletente

    abs

  14. Bem, muito bom este artigo, só que me vem um acréscimo, antes de mais nada gostei muito destes detalhes, uma vez que eu ja percebi as mudanças nos meus sites perante as redes sociais é tanto que toda vida que sai os nomes dos meus sites no twitter o google indexa aquela url do tweet e releva nas buscas gerando mais links indexados nele, e outra, o twitter é o terceiro site que da mais acesso pra mim, ficando atras do google lógico e do linkedin, com relação as mudanças de pesquisas baseadas no usuário, agora mais que nunca aqueles que trabalham com SEO, tem que ralar, para fazer um bom trabalho, e isso vai exigir como foi falado no artigo, um site chamativo para o visitante querer comprar o produto e voltar, agora o trabalho vai ser um conjunto, entre estética e otimização, eu ja tinha observado isso e ja tenho mudado os meus metodos de otimização para os clientes. Eu particularmente procuro sempre, otimizar meus sites baseando-se no google no que ele informa sobre suas diretrizes, pois é no manual dele que informa como conseguir melhores resultados no seu site.

    Um abraço para todos e vamos em frente

    Alex

  15. Pessoal,
    o Google costuma informar as mudanças em seu blog para webmasters. Na verdade, eles não revelam o algoritmo, apenas comentam as diretrizes usadas na construção dele. Há muito debate na comunidade dos profissionais de search marketing a respeito de quais são exatamente os fatores dessa fórmula secreta. Conseguimos deduzir boa parte das variáveis por meio do teste de hipóteses.
    Abraço,
    Héber

  16. Pois é… o mercado não para e se você acha que está no topo prepare-se com a possibilidade do tombo.

    O Google é hoje o Deus para meus projetos, isto é, se ele não me quiser danço… então antes é melhor dançar a música que ele toca e fortalecer os laços diretos com os usuários…

    Gostei de saber sobre a usabilidade entre outros detalhes que sempre fiz em todos meus projetos… agora esperar o que é natural gerar resultados perante o Google.

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