Você é um operário-padrão ou um empreendedor?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

O prodígio chinês Lim Ding Wen, de apenas 9 anos, ficou conhecido mundialmente após escrever o aplicativo “Doodle Kids” para o iPhone.

O software, baixado por mais de 27 mil usuários, permite desenhar com o dedo na tela do smartphone da Apple. Para deletar o desenho, basta sacudir o aparelho.

Um entusiasta da área de informática como Lim Ding Wen, porém, representa a exceção e não a regra.

Trabalhadores autodidatas que buscam e conseguem, com sucesso, adquirir e aplicar conhecimentos técnicos são representantes do pequeno grupo de trabalhadores conhecidos como empreendedores.

São aqueles que não se contentam nem com o que eles realizam no expediente do trabalho e nem com o que é passado em sala de aula.

Profissionais assim já entenderam que ideias são poderosas e, com as ferramentas certas, provavelmente muito lucrativas.

Esse tipo de trabalhador é dotado de algo especial, que não vem da capacitação. Ele é dotado de paixão e do prazer da conquista, as diferenças fundamentais entre um profissional e o empreendedor.

Os que alcançam notoriedade e fama são aqueles que enxergam o fato de que existem inúmeras oportunidades para inovar.

O bom profissional quer trocar de carro todo ano. O bom empreendedor tem certeza que vai revolucionar o cotidiano de milhões de pessoas, assim como fez o pequeno Lim Ding Wen.

O bom profissional atua para subir a escada corporativa. O bom empreendedor defende agressivamente sua liderança excêntrica para manter domínio do mercado, como faz ostensivamente Steve Jobs, da Apple, fabricante do iPhone.

Além de competência técnica, o empreendedor astuto reconhece que ele precisa adquirir outros ativos para dar longevidade às suas ideias.

Ele precisa saber avaliar outras pessoas, discernir entre “papo furado” e resultados concretos, capitalizar em cima das suas paixões, identificar fontes de poder e influência, ter credibilidade, saber quando se destacar e quando ser discreto, blefar, apreciar a arte da persuasão, entender intimamente a relação custo-benefício, como encarar fracassos e as sutilezas da diplomacia – especialidades de Bill Gates, outro entusiasta, que ganhou o mundo com a Microsoft.

Sala de aula –

Para o profissional comum, aquele que faz parte da regra e não da exceção, aí vai uma dica: diferente da empresa e o mercado, o ambiente onde se pode aprender estas habilidades vantajosas, sem quase qualquer consequência negativa, é a universidade.

O que se deseja de profissionais técnicos recém-formados é desembaraço. No mínimo eles precisam saber encontrar soluções e como implantá-las.

Alunos em fase de conclusão de seus cursos precisam ser desafiados com problemas reais e complexos dentro da sala de aula, onde há um acompanhamento voltado para aprendizagem e não para a cobrança.

Esse profissional precisa dimensionar quais são os problemas que empresas e pessoas estão dispostas  a pagar bem para serem resolvidos.

Linguagens, ambientes de desenvolvimento, plataformas e tecnologias são ferramentas para solucionar problemas, aprender como desenvolver uma aplicação web com uma IDE integrada ao Apache Tomcat é fácil.

Aprender como fazer a mesma aplicação garantir a integridade de dados espalhados por 23 servidores usando conceitos de grid computing dentro de 120 segundos não o é.

Às universidades, resta casar os dois aprendizados durante o tempo de curso do aluno, pois o mercado não oferece essa oportunidade.

Quando um empreendedor fala: “vou abrir o meu próprio negócio”, não imagina quais são os desafios para manter a sustentabilidade de seu negócio. Mais de 60% das empresas abertas morrem nos primeiros 5 anos de existência.

Antes de assumir riscos, é bom refletir seriamente sobre em que caso você se encontra.

Descubra se você é regra ou exceção.

Se você não passa seu tempo livre tentando aprimorar ou bolar algo que você acredita que pode mudar a vida de pelo menos uma pessoa, então fique onde está.

Se fizer parte do time excepcional de Lim Ding Wen, Steve Jobs e Bill Gates, parabéns e sucesso. E lembre-se de adquirir habilidades que apenas os mais destemidos dominam. [Webinsider]

………………………….

Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..

Hunter Hagewood é americano, radicado em João Pessoa (PB), com formação em Computer Information Systems (Lipscomb University) e tem mestrado em Information Sciences (University of Tennessee). Atualmente é diretor de negócios da Nevoa Networks.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

8 respostas

  1. Excelente ensaio, Sr.Hagewood. Pode se verificar a completa avaliação no âmbito da aplicação comercial do conhecimento e prática de um indivíduo empreendedor, onde se atinge o verdadeiro escopo ao transcender as barreiras do comum. Utilizarei tal texto como fonte de estímulo e recomendarei-o para colegas alunos e professores.

  2. Achei muito interressante o texto e os comentários. Tenho como exemplo eu, pois já fui um flash de empreendedor e hoje sou um operário-padrão, e se quer saber sou muito mais feliz hoje. Naqueles anos de mero empreendedorismo, fui por impulso em achar que outros ganham dinheiro facíl, montando seu proprio negócio e ai como diz o ditado, ( coloquei a carroça na frente do cavalo ) hoje vejo que de empreendedor eu não tinha nada , que se só chega no sucesso através de estudo e de muita força de vontade, pois tendo conhecimento, torna-se melhor, pois fazendo pequenas coisas, vem naturalmente o respeito pelo próximo, a caridade e a arte de ajudar as pessoas e ai tudo que almejamos materialmente se torna nada quando partimos deste plano.

  3. QUANDO VOCÊ TRABALHA HORAS SEM SUCESSO PODE SE DIZER SOU UM OPERÁRIO,QUANDO SE TRABALHA SÉRIO E
    VEM OS RESULTADOS DIGAMOS SOU EMPREENDEDOR.O SUCESSO SEMPRE SERÁ RESULTADO DE UM TRABALHO BEM FEITO E CONSISTENTE.A CORAGEM TAMBÉM FAZ PARTE DESTE SELETO GRUPO QUE POUCOS ARRISCAM.

  4. Acho que o artigo é perigoso. É sempre comodo acreditar que sem qualificação, conhecimento e estudo vai se conseguir sucesso profissional. como o próprio artigo diz,são raras as excessões. Acho que o caminho mais sólido passa pela união dos fatores estudo e criatividade. Quanto maior é o repertório de conhecimento de uma pessoa, maior a chance de ela poder criar soluções inovadoras. Do zero é uma expressão que custo acreditar, pois vejo mais como casos de sorte. como acertar na sena. O steve Jobs que todos tanto falam tem sob seu comando engenheiros de primeira linha, que estudaram muito para poder criar o Iphone. Ou seja. O conhecimento é fundamental na realização de grandes feitos. O que podemos discutir é se o líder precisa ou não ter o conhecimento técnico. Pode até ser que ele em si não precise, mas ele sempre precisará contar com alguem em sua equipe que tenha excepcional dominio técnico.

    A área da Criação é como o do artista, se você tem fama ótimo, se não….ou se tem bom investimento – e paciência (para esperar que os talentos se unão a você) ou a sorte de um ganhador da sena. Penso que a área da programação é objetiva, lógica e abre pouca margem para as subjetividades e abstrações que interferem no valor da entrega, é uma equação muito mais dificil converter em dinheiro, o esforço aplicado na área da criação; ao passo que em entregas lógicas os parâmetros são conhecidos e moeda de conversão é unicamente o conhecimento.

  5. Excelente artigo!! 🙂

    Lucas, você tem razão ao dizer que fazer o bem às pessoas é importante.. Mas isso pode ser alcançado tanto através de pequenos gestos como os que você tão bem citou quanto através de grandes descobertas/inovações, que podem mudar para melhor(muitas vezes em uma escala muito maior) a vida de milhões de pessoas…

    Reduzir o que foi colocado aqui ao aspecto comercial/profissional da coisa é perder o valor real dessa idéia…

    Meus parabéns ao autor!!

    Abraços e tudo de bom a todos!!

  6. o autor do texto é qual do dois tipos?
    se pensarmos nos possíveis objetivos que teve escrevendo, acho que ele quer comprar um carro novo. mas precisa de um discurso disfarçado, porque existem muitos que também querem o ‘mesmo carro’, disputado à tapa, neste mundo de acirramentos, em que vivemos.

    ok, existe alguma inteligência nesse mar de tolices. mas, no fundo, é a perspectiva de um ‘gerente de vendas’ que articula tais idéias.

    em suma, coloca-se num pedestal aqueles que investem seus esforços para inventar uma traquitana nova que desperte novo interesse. para mover não mais do que a roda da fortuna de não mais do que meros comerciantes.

    é, meus caros, a revolução burguesa deu nisso. à parte a queda da aristocracia, um boa coisa, somos todos agora escravos do comércio. seja numa ponta ou noutra.
    que esta roda, de tanto girar, acabe por girar em falso, perca o seu eixo, e nos permita vislumbrar ainda alguma dignidade para nossos destinos.

    ps. ao autor: nada de pessoal. o assunto aqui são pontos de vista distintos.

  7. As pessoas buscam ser lendas, correm atrás de sucesso profissional e reconhecimento, o ego precisa estar acima da própria cabeça, não bastar ser um bom profissional, tem que ser gênio, tem que estar sobre toda a massa ignara que compõe esse nosso mundo, querem citar Steve Jobs e o Gates como exemplos, e eles são, mas são dois seres humanos diferentes, e pasmem, você nunca vai ser igual à um deles, nem pior, nem melhor, apenas diferente, com responsabilidades e problemas diferentes. Cada cabeça uma sentença, Zilda Arns, reconhecida por um lindo trabalho junto à pastoral da criança, era menos importante que Jobs? Ela pode ser menos reconhecida, mas o bem que ela proporcionou às pessoas a sua volta foi um bem muito mais verdadeiro que o prazer de se comprar um iphone ou ipad novos.
    Se você que está lendo este mero comentário se cobra tanto pra ser alguem melhor, comece a fazer o melhor pros outros, não estou falando de doação de dinheiro, comida, agasalho, o bem pode estar muito mais perto que isso, pode estar num “bom dia” pro seu carteiro, porteiro, vizinho, coisas pequenas trazem coisas grandes, se você não for fiel no pouco, como quer conquistar o muito?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *