O fator Google

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Quando falamos sobre Google os números são sempre superlativos, revolucionários e inquestionáveis: propriedade mais visitada do mundo, maior site de buscas do mundo, dono do segundo maior site de buscas e maior site de vídeos do mundo (YouTube), dono da maior rede social do Brasil, revolucionou a publicidade com seus programas AdWords e Adsense, desafiou o mercado publicitário mundial ao não pagar comissão às agências, oferece a maioria de seus produtos gratuitamente e por aí vai.

O poder do Google no mercado publicitário realmente é muito grande, talvez somente comparável ao das grandes emissoras de TV abertas norte-americanas (The Big 5) anos atrás.

Ouso dizer que o Google é mais poderoso até mesmo que a poderosa Organizações Globo, afinal, quem teria coragem de desafiar o modelo imposto ao mercado publicitário brasileiro há mais de 40 anos de comissão e BV, criado nos corredores das emissoras de TV e veículos de mídia impressa, tendo a Globo como seu maior, mais influente e ferrenho defensor?

Porém, o foco aqui não é discutir esse modelo, mas sim avaliar o quanto o Google é importante para o mercado publicitário brasileiro, em especial o interativo, claro.

Ao aportar em nosso país no segundo semestre de 2005 o Google criou sozinho uma nova indústria e um novo modelo de agências: o SearchEngine Marketing e as agências especializadas em links patrocinados e otimização de sites ( SEO). Que outro site ou empresa conseguiu essa proeza?

E ao recusar-se a seguir o modelo vigente de BV e comissão, desafiou o mercado a sair do seu marasmo para buscar soluções mais criativas e a comprometer-se com os resultados dos seus clientes, o que a meu ver foi extremamente positivo, pois abriu oportunidade para o nascimento de diversas empresas, muitas delas hoje sendo cobiçadas por grupos internacionais. Enfim, podemos dizer que o Google fez surgir o mercado de performance no Brasil, graças ao Adwords.

Além disso, o Adwords foi responsável por uma Inclusão Publicitária, ao injetar dinheiro novo no mercado publicitário ao permitir que uma infinidade de pequenas e médias empresas pudessem gerenciar sozinhas suas campanhas, com “verbas” mínimas.

O sucesso foi tão grande que o Projeto Intermeios teve que criar uma nova categoria para incluir esses investimentos. O único lado negativo é que o Google recusa-se a colaborar e incluir seus números no Intermeios, o que como eu não canso de dizer, iria provar que o mercado de publicidade online já é o quarto maior meio do Brasil, atrás apenas de TV aberta, jornais e revistas.

Se a Microsoft virou sinônimo de instant messaging com o MSN (Live) Messenger, o Google “inventou” as redes sociais no Brasil com o Orkut, fenômeno que dispensa apresentações e lidera folgado o mercado em número de usários. Mesmos os mais vanguardistas e “trend-setters” que só falam em Twitter, Facebook, Formspring, Foursquare e hoje torcem o nariz para o Orkut, tiveram (muitos ainda tem) seu perfil na rede mais popular. Foi ali que deram seus primeiros passos em Social Media.

Inclusive, na minha opinião, o Orkut tem um dos formatos publicitários mais eficientes do mercado, que é um “banner” gigante que domina a tela do usuário quando ele sai do Orkut. Não tem como não ver e é muito menos intrusivo do que os famigerados pop-unders, aquelas janelas medonhas que abrem por trás de seu navegador, como um pop-up, sem você perceber.

Agora o Google prepara uma nova revolução, que com certeza vai mexer com nosso mercado mais uma vez. Não, não estou falando de mobile marketing, onde o Google fez um ousado investimento ao comprar a AdMob, rede especializada em comercialização de espaços publicitários em celulares e aplicativos.

Estou falando de algo mais prosaico e que pode surpreender muita gente: nas palavras de seu CEO Eric Schmidt, reproduzidas recentemente no Meio&Mensagem, “Nosso próximo grande negócio é banner. O que precisamos ver é o quão bem sucedido o Google pode ser nisso” .

Uau! E pensar que os especialistas vem matando o banner há pelo menos 10 anos… [Webinsider]

. . . .

Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.

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9 respostas

  1. Pingback: Será que o Google vai reinventar o banner? | Agni.art
  2. O Banner (formato que migrou da mídia impressa para o meio digital) por si só não é intrusivo, porém a forma que as pessoas trabalham com ele na maioria dos casos é. Por não ser um formato nativo do meio digital, e pela forma acelerada com que as coisas vãoo acontecendo na Web, não houve até agora uma preocupação com a forma, nem um aproveitamento de todo potêncial que uma readequação desse formato poderia proporcionar. O Banner ainda é o formato publicitário que gera maior retorno para a maioria dos investidores em Publicidade Online, mas não deixa de ser obsoleto… falta ao banner causar a imersão, e proporcionar interatividade aos usuários, assim como outros formatos que vão desde Advergames a Publicidade em vídeos.

    O Banner não vai morrer, mas precisa ser reinventado! E ninguém melhor que o Google para tomar uma iniciativa nessa direção.

    Parabéns pelo artigo!

  3. Parabéns pelo post, muito intuitivo. A Google fez mudar totalmente o mercado não só com publicidade, mas afetou toda a internet, com os pagamentos de Adsense, surgiram milhões de sites piratas, milhões de empresas, relacionadas a SEO Marketing, então não só devemos ficar “Google” na cabeça ela também está monopolizando o mercado não acham?, ela está tomanando conta do mundo virtal por si só.

    Deixo meus relatos.

    Abraço

  4. é ainda tem gente que fala que a televisão e uma maquina potente, na internet qualquer um pode ganhar seu dinheiro brincando, e apenas ficar sentando assim como na televisão mais você so peso =)

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