Software como serviço não deslancha no Brasil

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A diminuição de custos e aumento da segurança nas empresas passa por uma profunda revisão de conceitos.

Ao mesmo tempo, a terceirização dos serviços de TI com o chamado Software as a Service (SasS), por exemplo, ainda gera desconfiança para muitos.

O SaaS é um sistema pelo qual a empresa repassa suas tarefas informatizadas a fornecedores especializados e deixa de se preocupar com manutenção de servidores, atualização de aplicativos, antivírus, backup, licenciamento de software e até mesmo aquisição de hardware.

Trata-se de uma opção prática para gerenciar tarefas das mais diversas. Suporta toda a gestão e deixa mais tempo para que a empresa se concentre no seu próprio desenvolvimento.

A Totvs, que é a 7ª maior desenvolvedora de softwares empresariais (ERPs) do mundo para pequenas e médias empresas, fechou acordo com a IBM Brasil para ofertar essa tecnologia ao mercado.

Fato é que, aqui no Brasil, as empresas permanecem um tanto receosas com a terceirização do serviço por medo de que o sigilo seja quebrado.

Qualquer correntista de banco hoje em dia tem seus dados seguros o suficiente para poder acessá-los via internet, fazer transferências e pagamentos, aplicações e alterações cadastrais. Nem todos se dão conta de que os softwares que permitem esses serviços e o dinheiro não estão fisicamente em seu poder. É uma relação de confiança.

O SaaS funciona de forma bem similar ao sistema bancário.

Já tive a oportunidade de atender a um cliente americano que se recusava a ter serviços de TI dentro da empresa, justamente para ter mais segurança, estrutura enxuta e se livrar de maiores problemas.

O uso da tecnologia SaaS permite que o cliente pague somente pelo que realmente usa, através de uma tarifa mensal, como a internet banda larga, celular ou tevê por assinatura.

O Brasil tem ido quase na contramão dessas vantagens. Pesquisa recente da consultoria americana AMI-Partners mostrou que, aqui, o interesse das pequenas empresas em SaaS caiu dos 73% detectados em uma sondagem anterior para 54%.

As empresas de porte médio, porém, mantiveram os 86% de interesse. Quem é do setor de TI fala em amadurecimento do mercado.

De acordo com o presidente da Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) no Paraná, Mauro Sorgenfrei, há quatro ou cinco anos a infraestrutura disponível para o uso do SaaS não inspirava muita confiança.

O problema é que ter dados armazenados fora da empresa e serviços operados remotamente requer uma relação de extrema confiança com o fornecedor, algo que ultrapassa cláusulas contratuais de perdas e danos, porque nada compensa a indisponibilidade das informações de uma corporação.

Daí a relutância em partir para um novo modelo, mesmo que mais barato, que dispense a manutenção de hardwares, softwares e contratação de funcionários extras só para a monitoração de toda essa estrutura.

É uma mudança que também exige a readequação de plataformas, de aplicativos. Para a Assespro, a consolidação do SaaS acontece nos próximos dois anos e algumas das suas maiores afiliadas já estão migrando para o novo sistema. [Webinsider]

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Edemar Kluck (edemar.kluck@totvs.com.br) é especialista em gestão da tecnologia e diretor de atendimento e relacionamento da Totvs em Curitiba.

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5 respostas

  1. O que tenho observado e que muitas empresas no Brasil, também não estão preparadas… ainda. Para esta nova modalidade alem readequação de plataformas, muitas empresas que já possui software instalado no cliente e suporte no local, tem toda uma infra-estrutura de parceiros comerciais que e difícil de desfazer . Quanto ao problema de segurança como você mesmo citou no artigo, as pessoas já movimenta dinheiro pela internet, por que não a informação da empresa , utilizo muito este argumento.

  2. Ótimo artigo. Tenho uma empresa de TI que lançou recentemente um SaaS voltado para profissionais da área da saúde, e realmente ainda é um pouco complicado mostrar ao usuário final de que seus dados estão mais seguros dessa forma do que se estivessem em sua máquina local. São usuários que hoje já usam serviços bancários, webmails e diversas outras ferramentas de SaaS com total confiança e nem percebem isso. Mas implacar uma nova ferramenta nessa categoria, ciente dos receios dos usuários, é mesmo um grande desafio pois exige do fabricante grande esforço em conquistar a confiança dos futuros usuários.

  3. Excelente explicação sobre SaaS.
    Estou desenvolvendo um trabalho de conclusão de curso para a faculdade UniBH e confesso não ter encontrado uma observação tão forte quanto a sua.
    Para quem quer saber mais sugiro os conceitos Multi-tenancy e Long-tail.
    Abraços

  4. Nem é desconfiança, é bufunfa mesmo. Cuidando dessas coisas dentro da empresa dá pra adiar novo hardware, dá um gato em licenças de software etc. Terceirizado vai uma grana aí.

  5. Parabéns pelo artigo!

    O SaaS tem muito mercado a ganhar, principalmente se tratando de pequenas e médias empresas. O seu sucesso ou não, depende justamente dessa relação de confiança que você apresentou.

    Mas pouco a pouco esse cenário vem mudando, e como exemplo clássico são os webmails gratuitos: Yahoo, Hotmail, Gmail, etc. Outro exemplo interessante é o Google Apps, que vem conquistando mercado também.

    Essa alternativa proporcionará que pequenas e médias empresas tenham acesso a softwares mais robustos, mais seguros, e de mais qualidade.

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