As (minhas) mal traçadas linhas sobre a TV digital

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Eu estava chegando em casa outro dia, quando um vizinho me parou na rua e fez aquela clássica pergunta: “Paulo, parece que você tem Net em casa, então porque você instalou uma antena de TV?”

A realidade da minha vizinhança é muito interessante: um conjunto de pequenas ruas, próximas ao morro do Sumaré, onde as emissoras de sinal livre no Rio de Janeiro se concentram, mas todas elas bloqueadas por uma cadeia de montanhas, que impedem que o Sumaré seja visto. E o resultado disso é que, até hoje, a recepção de televisão analógica nesta área é quase que impossível.

Uma antena UHF solitária, em uso para DTV, próxima de outra, VHF, abandonada. No apartamento de baixo, a situação de quem vive em locais sem sinal analógico de televisão, dentro da área urbana da cidade.
Uma antena UHF solitária, em uso para DTV, próxima de outra, VHF, abandonada. No apartamento de baixo, a situação de quem vive em locais sem sinal analógico de televisão, dentro da área urbana da cidade.

O gozado é que, devido à posição geográfica do morro do Sumaré, basta andar até a esquina e esta realidade muda significativamente. E se a gente continuar andando nesta direção, vai ver as poucas antenas que sobraram dos telhados da vizinhança apontando para o Sumaré. E, a partir deste ponto, o sinal analógico se torna bastante viável, que dirá o digital.

Por tudo isso, não é toa que eu e a maioria dos meus vizinhos abraçamos a assinatura de provedores de sinal para televisão, e, no caso, a Net foi uma das primeiras a chegar e se tornou praticamente a provedora predominante. Só que, ironicamente, quando calha de eu encontrar alguém do meu prédio, e às vezes isso acontece quando as senhoras daqui do lado pedem socorro porque o sinal da Net sumiu, na grossa maioria das vezes, é por conta do sinal perdido de uma emissora de sinal aberto! Esta realidade, aliás, não é diferente do restante das pessoas que assinam televisão, para poder ver a televisão aberta, segundo me contou certa feita um engenheiro que trabalhou anos na Net.

Esse meu vizinho que me parou na rua não sabe o que é televisão digital, o que é uma pena, muito menos que eu escrevo essas “mal traçadas linhas” em uma coluna do Webinsider, que se inspiraram na sua pergunta! E quando eu disse a ele que a antena era para captar o sinal digital, a expressão no seu rosto era a mesma daquela que muitos de nós professores aprendemos a identificar, quando o aluno está perdido, diante de uma informação nova ou desconhecida.

Reparem que o meu vizinho é uma figura típica do indivíduo assalariado, que luta no dia a dia para pagar as contas. Se ele soubesse que iria ter televisão de qualidade de graça, já não teria então se lançado nisso?

A solução é informar, antes de mais nada!

Sem ter nenhuma bola de cristal à mão, eu posso afirmar categoricamente que a televisão digital só vai acontecer de fato neste país, depois que a disseminação de informação se realizar em toda a sua plenitude. Aliás, isso não é em absoluto diferente das demais situações onde a aquisição de conhecimento neste país é imperativa e o sistema como um todo cria vários tipos de barreira, para que ela se concretize! Então, para que uma coisa termine na outra, é preciso dar às pessoas o acesso à informação!

Dar acesso à informação significa também tentar evitar que informações erradas, mesmo dadas com as melhores intenções, cheguem aos seus destinatários. Pela Internet, qualquer um tem acesso a informações equivocadas sobre televisão digital, e como não se pode impedir que as pessoas digam o que querem pela rede, a única opção é fazer campanhas, com o apoio da publicidade, se for necessário, para veicular o que pode e o que deve ser feito para receber o sinal digital com qualidade.

Próximo das torres e sem nenhum obstáculo importante, até clipe de papel resolve

Eu estava dentro de um supermercado, que fica na Avenida Maracanã, Tijuca, Rio de Janeiro, quando notei duas televisões com sinal digital e sem antena. Chegando perto, foi fácil ver que alguém, provavelmente um técnico, havia instalado um clipe de papel na entrada da antena. O clipe tinha apenas uma das pernas desdobrada, coisa que qualquer um pode fazer com os dedos. O aspecto do clipe era parecido com este:

Antena para DTV, que custa em torno de 20 centavos!
Antena para DTV, que custa em torno de 20 centavos!

Em muitas ruas da Tijuca e de bairros adjacentes, como Maracanã e Andaraí, a visão para o Sumaré é perfeita e livre de obstáculos. Não são muitos os locais do Rio, em que esta cena privilegiada pode ser vista:

Visão morro do Sumaré, no pátio da Igreja de São Francisco Xavier, situada na rua do mesmo nome. Os pontos brancos no alto de algumas torres correspondem às antenas transmissoras para o sinal digital.
Visão morro do Sumaré, no pátio da Igreja de São Francisco Xavier, situada na rua do mesmo nome.

A proximidade das torres faz o sinal chegar a níveis muito elevados. Em mesmo morei numa dessas ruas, duas décadas atrás, e posso atestar que, colocando-se uma antena externa VHF era preciso usar o chamado atenuador de linha, para evitar saturar o circuito receptor da TV. E no caso da DTV, a realidade é a mesma.

A sugestão feita por autoridades para uso do clipe de papel é possível, mas ela não se aplica, infelizmente, à realidade da recepção de televisão digital no resto da cidade. Somente quando os necessários “gap fillers” (torres para retransmissão do sinal de DTV) forem instalados, será possível receber sinal sem problemas, assim como os privilegiados que moram próximo aos transmissores. Enquanto isso, deve-se ter um certo cuidado ao instalar uma boa antena externa, exceto que, com o sinal digital, a recepção é bem menos crítica do que com o sinal analógico.

É preciso não se assustar antes de tentar receber o sinal digital

A pergunta que eu me fiz, morando numa área difícil, é a mesma que ouço de outras pessoas, e provavelmente estará na mente daqueles que nunca experimentaram receber o sinal digital: será que é possível receber televisão digital em casa?

Eu me arrisco hoje em dizer que provavelmente na maioria das residências de área urbana das cidades por onde o sinal de DTV é transmitido, a resposta é: claro que sim!

O ideal seria um mapeamento das condições de sinal de cada região, mas isso não tem se mostrado publicamente um processo exeqüível, a não ser por contribuição voluntária de pessoas. As empresas ou emissoras, quando as fazem, em geral as guardam para si. Esta contribuição de usuários é importante, mas no entanto ela é feita na base de doação de informações genéricas sobre as condições de recepção, e não naquelas obtidas por instrumentos de medida, tornando-as assim pouco precisas.

Na ausência de uma resposta direta sobre a recepção ou não do sinal digital, a única alternativa é fazer uma tentativa, e descobrir os caminhos na base da experimentação. Algumas dicas são universalmente adotadas, no Brasil e em outros países, e elas se tornam então um bom ponto de partida, nas áreas mais difíceis:

1 – Colocar a antena num ponto mais alto possível, e direcionada para os transmissores;

2 – Usar antena UHF toda banda, com boa sensibilidade e direcionalidade, de modo a diminuir a captação de sinais refletidos;

3 – Usar cabo coaxial adequado, com boa quantidade de malha (mais de 65%, pelo menos), evitando emendas.

As antenas log-periódicas têm excelente desempenho para a recepção do sinal digital, e não necessitam de amplificação. Em muitos casos, entretanto, onde a recepção é problemática e/ou o comprimento do cabo entre a antena e o receptor for longo, o usuário pode se valer de um pré-amplificador de antena, os chamados “boosters”, instalando o mesmo no mastro onde a antena está. Na primeira foto deste artigo pode-se ver um exemplo deste tipo montagem: na foto o booster está contido numa pequena caixa lacrada, bem ao lado da antena. Um pedaço de cabo leva o sinal da antena para o booster, e nele se liga o cabo de descida, que chega à fonte de alimentação do booster, como mostrado neste esquema:

image007

O nível de ênfase de sinal ( 26 ou 36 dB, por exemplo) deste pré-amplificador dependerá da instalação, e neste caso, eu sugiro ao leitor que procure orientação com o fabricante ou revendedor de sua confiança, antes de fazer a montagem.

Nas televisões que já vêm equipadas com amplificador de sinal (LNA ou Low Noise Amplifier) na entrada de antena, a instalação do booster poderá se tornar desnecessária. Em qualquer hipótese, é desaconselhável o uso de booster e LNA simultaneamente, pois o uso dos dois na mesma linha tende a saturar o circuito receptor da TV, e aí o sinal some!

A escolha do cabo de descida é tão importante quanto a escolha da antena. Os cabos coaxiais são classificados pela sigla RG (Radio Grade) seguida de um número. Para UHF, o cabo indicado é o RG-6, e o ideal é o que vem com 90% de malha.

Para algumas instalações o cabo RG-59 é perfeitamente adequado, embora muitos técnicos no assunto o condenem por produzir resposta de freqüência irregular na banda de UHF e de perder sinal na linha de descida. Estudos feitos em outros países, entretanto, e eu mesmo comprovei com o uso de um por cerca de um ano, mostram que o efeito negativo desse cabo no sinal digital não é tão grande que não possa ser compensado de alguma maneira, como, por exemplo, com o uso de um pré-amplificador de baixo ruído adequado. Na prática, em até 30 metros de descida, o cabo RG-59 atende a maioria das instalações, onde a passagem de cabos em alguns conduítes não pode ser feita com cabos mais grossos. Na falta de cabo RG-6, o RG-59 pode ser usado sem medo.

A quantidade de malha no cabo coaxial é um item considerado importante pela maioria dos técnicos e instaladores. A malha externa não é somente um isolante: ela ajuda a manter alta a relação sinal/ruído e, conseqüentemente, a perda de sinal, em um nível baixo. Aqui, vale a regra de que “quanto mais malha, melhor” e o ideal seria que ela fosse a base de cobre, mas diante do maior custo da mesma, a substituição por malha de alumínio é adequada e não vai ser isto que vai impedir alguém de receber o sinal digital.

Outro item importante numa instalação limpa são os conectores: o Brasil usa conectores “F”, tanto em antenas quanto em entradas dos receptores. Existem conectores que são presos com pressão, e estes são os melhores e a prova d’água. Por outro lado, exigem ferramentas apropriadas para a sua montagem.

Uma segunda opção são os conectores “F” presos por crimpagem, e neste caso até mesmo um bom alicate poderá quebrar o galho, na hora de fazer uma terminação de cabo com um deles. Se um conector deste tipo for usado, é altamente recomendável proteger a conexão com fita isolante de auto-fusão da 3M, o que deve ser feito nas conexões de antena, na parte externa do prédio ou casa.

Cada caso é um caso

Ninguém precisa se sentir induzido a usar a mesma antena do seu vizinho. As diferentes localizações e condições geográficas podem indicar o uso de antenas diferentes e melhor aplicadas para certos casos.

O ideal seria que todas as emissoras de televisão tivessem a sua torre transmissora em um único local, mas a gente pode ver, pela foto do morro do Sumaré, que a nossa situação é bem outra. Ao que eu saiba, somente em Brasília, DF, a idéia de se usar uma torre única, se tornou realidade, e, segundo consta, esta é a prática prioritária de vários países, já que ela elimina a possibilidade de precisar usar mais de uma antena na mesma instalação.

Dentro das condições ideais, todas as emissoras poderiam ser recebidas com a mesma qualidade de sinal. Na prática, isto não funciona assim, ainda mais no estágio experimental em que a maioria das emissoras se encontra. E por causa disso mesmo, se alguma coisa der errada, não é preciso sair culpando as condições de recepção e em alguns casos, o tempo se encarrega sozinho de corrigir tudo, particularmente ao nível das emissoras.

O sinal 5.1 de áudio já existe, mas é experimental

Não há dúvida de que em algum momento o áudio multicanal será a realidade de alguns programas e emissoras. A Rede Globo tem um projeto neste sentido na praça do Rio de Janeiro e possivelmente em outras cidades, em andamento e em fase experimental. O sinal é transmitido no segundo canal de áudio da transmissão digital, e também no segundo canal de áudio da Net, do canal 504 da Globo HD.

Este sinal passa na maioria dos conversores e TVs na forma de um sinal estéreo convencional. Isto ocorre, porque o bitstream HE-AAC 5.1 contém informações que permitem que o receptor faça o que se chama de “downmixing”, que é a combinação de todos os canais para estéreo ou até mesmo mono. Este recurso é implementado em diversos codecs de áudio, e o usuário pode até ter esbarrado com ele, quando reproduziu um DVD, por exemplo, pela saída analógica estéreo do seu leitor.

Para se obter o sinal 5.1 integral, existem duas possibilidades:

A primeira se refere à passagem do sinal HE-AAC, na forma de um bitstream, para um decodificador AAC externo. Na prática, atualmente pelo menos, este método não tem uso, por causa da inexistência de um processador externo adequado. Isso sem falar que, em muitos conversores e TVs, o sinal digital obtido na respectiva saída se restringe a PCM 2.0 e/ou reproduzido analogicamente.

A segunda possibilidade, que eu mesmo venho advogando desde o ano passado, e que agora é possível ser vista em alguns modelos de TV fabricados no Brasil e no set top box de DTV fabricado na Argentina, é a recodificação para outro codec 5.1, no caso Dolby Digital.

Esta recodificação é totalmente compatível com os diversos sinais AAC, ou seja, existe uma equivalência de formatos, que vão desde mono, até 5.1, passando por Dolby ProLogic 4.0 matricial.

O sinal experimental 5.1 da Globo fica no ar com o piloto o dia todo, porém com áudio somente em certos tipos de programa. A programação simula o antigo SAP do sistema MTS analógico, para filmes em língua original, principalmente.

Quando o sinal 5.1 estiver plenamente estabelecido, será possível que a TV aberta termine por rivalizar as emissoras por assinatura, em toda a sua plenitude. No momento, a televisão digital aberta é potencialmente superior, apenas no que tange à imagem.

Para a televisão digital aberta dar certo, é preciso um esforço coletivo

A meu ver, fabricantes de televisores e emissoras com sinal aberto precisam trabalhar em conjunto. Cada segmento deve fazer a sua parte e abrir os canais de comunicação (sem trocadilho) que lhes permitam trocar experiência e aperfeiçoar, de um lado, a qualidade da transmissão, e do outro, da recepção sem erros de processamento.

No lado das emissoras, eu continuo achando um desperdício de éter continuar a prática de uma programação arcaica e de interesse restrito a certas camadas da população. A televisão digital abre caminhos nunca antes possíveis em meio analógico, e eles ainda não são totalmente utilizados.

Por outro lado, enganam-se aqueles que supõem que uma imagem de melhor qualidade é uma barreira de preconceito social, já que ela não atenderia, em princípio, os menos privilegiados. Qualquer um, provido de qualquer tipo de aparelho de televisão, pode receber o sinal digital e, ao fazê-lo, o faz com uma qualidade insuperável, em qualquer nível de resolução, desde 480i, até 1080i, sem fantasmas ou ruídos.

Para as emissoras, transmitir em 16:9 implica em criar uma área 4:3 segura (“4:3 safe”, no jargão técnico), que possibilita que uma TV convencional possa ter uma excelente imagem, sem perda de partes relevantes da informação visual. Esta prática é padrão no sinal de HDTV, e ela é usada no Brasil e em todos os países onde se adotou o formato de alta definição.

Em contrapartida, usuários com capacidade plena de recepção, terão à sua disposição o mesmo programa, porém com as vantagens de qualidade que os receptores convencionais não têm. Na prática, lucra todo mundo! E isto justifica, em última análise, que os investimentos que venham a ser feitos nesta área nunca serão desperdiçados!

[Webinsider]

…………………………

Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..

Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

24 respostas

  1. Tresse,

    Você é uma pessoa que não precisa de ninguém para te defender, e eu tenho admiração por gente como você, que depois de aposentados ainda lutam por aquilo que acreditam. E no seu caso, sem lucro pessoal algum!

    Eu tenho consciência da história da Globo e das outras emissoras abertas neste Rio de Janeiro. Sei como muitos profissionais da área foram injustamente esquecidos ou relegados a segundo plano, a maioria pioneiros em seus campos de atuação.

    E sei também que a TV paga começou como um portal de opções que a TV aberta não tinha e hoje em dia é exageradamente cara, se entupiu de comerciais, infomerciais, programação repetida a um nível absurdo, filmes e seriados dublados, e um monte de canais que ninguém assiste. E não há como a gente se livrar dela, porque as emissoras abertas não aproveitaram nem a metade dos recursos disponíveis no sistema digital, haja visto a multiprogramação.

    Em parte, a culpa é das próprias emissoras, e em parte destes grupos que conquistaram o direito de transmitir, sem nenhuma responsabilidade quanto à qualidade técnica e respeito com o espectador, e principalmente com uma programação viciada e arcaica, gerada em um estúdio sem recurso e tecnicamente obsoleto.

    Eu conheço muito bem a história da Globo, sei da torrente de acusações e brigas políticas nas quais a empresa se envolveu. Mas, justiça seja feita, desde o seu nascimento no Jardim Botânico, em 1965, a Globo mantém um padrão técnico invejável. Foi, até onde eu sei, a única emissora que instalou um grupo de pesquisa em HDTV, muito antes do padrão ser autorizado no país, e se não avançou mais foi porque ela também tem as suas dificuldades internas. E apesar dessas dificuldades, é a única que oferece serviço em áudio 5.1 na TV aberta e na paga simultaneamente.

    O problema maior da Globo é ter se envolvido com a TV por assinatura, através da Globosat. Então, ela concorre com ela mesma, e como a TV aberta tende a dar prejuízo em muitas áreas deste país, a emissora fica dividida entre o mercado aberto e o pago.

    A TV brasileira como um todo precisa melhorar de nível, urgentemente. O lado técnico e cultural precisa ter vez em algum momento. Só não existirão opções para tal, se as pessoas envolvidas não se dispuserem a achá-las!

    Quanto a você, Tresse, eu mais uma vez agradeço a sua atenção ao leitor e à sua franqueza no trato com os mesmos.

  2. Paulo,
    esse seu texto merece um comercial em Rede. Obrigado pelas referências a meu respeito. Sou num eterno aprendiz. Abraços.

  3. Oi, Roberto,

    Quando no seu comentário inicial você declara que mora no fim da Rua Uruguai, eu me confundi, pensando que a sua casa ficava do lado oposto onde ela está.

    E com isso, eu sou obrigado a rever a minha opinião, sem, evidentemente, mudar a parte relativa à antena. Se a sua região for mesmo de sombra, antena interna provavelmente não vai funcionar. Eu moro em uma rua da Tijuca que fica escondida do Sumaré, bloqueada por uma montanha gigantesca. Analógico sempre teve péssimo sinal, tanto assim que eu achava que não conseguiria pegar nada em DTV. A solução foi colocar a antena no telhado, mas usei a log-periódica porque ela tem ganho e direcionalidade adequadas. Depois, conversando com pessoas do ramo, fiquei sabendo que a log-periódica é a que melhores resultados dá em regiões deste tipo. Precisando passar cerca de 20 metros de cabo, eu ainda usei um pré-amplificador de antena. Eu usei material da ProElectronic, que faz uma antena muito bem blindada, e tem suporte de fábrica muito bom. O gasto com a mesma é mínimo, comparado com estas Philips, que não atendem situações como a sua. Mas, é claro que um antenista competente pode ter todo este trabalho no teu lugar e pela experiência prática dos mesmos é bastante provável ter sucesso na instalação.

    Sobre a situação das emissoras, eu creio que o Tresse é uma daquelas pessoas que melhor conhece a realidade do Rio de Janeiro, porque ele tem uma larga experiência como gerente de operações da Globo, que é uma das poucas que oferece um padrão aceitável do que deveria ser a transmissão digital no país.

    Agora, de longa data que eu ouço de pessoas deste segmento que a situação das TVs é de penúria financeira. A rigor, emissoras que alugam seus horários para terceiros deveriam, na minha modesta opinião, nem estar autorizadas a transmitir. Por muito menos do que isso, o último governo da ditadura fechou toda a rede Associada, nos anos 80, e nunca se viu um horário alugado naquela rede.

    A meu ver, quando o sinal analógico for finalmente lacrado, se as coisas continuarem do jeito que estão, haverá muito choro e ranger de dentes.

    E o que é mais curioso nesta estória, é que o Rio é um desses lugares que vêm sobrevivendo com pilhas de favelas onde a chamada Gatonet impera, e quando começou esta política de desbaratamento dos esquemas das milícias e exploradores de sinal roubado, se acenou para uma possibilidade de se financiar TV a cabo a baixo custo para as comunidades afetadas, o que é ridículo perante a disponibilidade de sinal de alta resolução de graça. Não seria o caso das emissoras abertas tomarem conta do assunto e a iniciativa de dar TV de boa qualidade e sem custo? Porque, no final, meu caro, muita gente compra TV por assinatura para ver novela da Globo, então não mudaria nada neste particular.

    E finalmente, eu acho que a sugestão do Tresse está correta, porque a Globo tem uma equipe que está lidando com a distribuição de sinal já faz anos. O interesse maior é deles em te ajudar, porque eles aumentam o escopo de conhecimento em torno do problema crônico de espalhamento de sinal na nossa cidade. E eu concordo que, através do sinal digital, chegará um dia em que se poderá ter sinal dentro de casa sem muito percalço. Foi assim com o celular e será assim com a TV Digital.

    Mas, falta mais divulgação sobre equipamentos, antenas e instalação, ou seja, mais clareza para uma tecnologia ainda muito obscura!

  4. Paulo, aí está a resposta do Forum Brasileiro de TV Digital:
    Caro Roberto,
    o Rio de Janeiro, com toda sua beleza, é ruim para receber TV Aberta a que é transmitida por ondas eletromagnéticas). Pela sua descrição,
    você está em uma área de sombra, praticamente. Isso é muito comum na sua cidade. Sugiro visitar o site da Globo – http://www.tvglobodigital.com/faqs – e aguardar a resposta dela. Claro que a resposta dela não vale para as outras Redes, ou seja, ela pode pegar e as outras não e vice-versa.
    Tem solução? Sim,mas vai demorar um pouco. Nosso sistema tem o recursso dos GAP FILLER (ver detalhes no nosso site) que são reforçadores de sinais para cobrir situações como a sua. Só que o investimento é alto e as Emissoras precisam de “Fôlego Financeiro” para essas instalações. Elas tiveram que montar uma nova emissora (em digital) sem desligar a Analógica, mas o mercado não evoluiu.
    Esperamos contar com a sua compreensão.
    Atenciosamente
    Tresse
    Consultor

    Sinceramente Paulo, a resposta é decepcionante! Isso significa que estamos entrando no 5º ano de transmissão da TV digital e “o mercado não evoluiu”? E chego a ficar com pena das “pobres emissoras” que não tem “fôlego financeiro” para melhorar seus equipamentos… e pra finalizar passam a bola pra Rede Globo: “fala lá com eles…” que no final das contas são instituições como a Globo que mandam mesmo nessa bagunça. Lamentável.

    Vamos nos virando como podemos né Paulo, vou tentar devolver a Antena de R$120,00 que comprei (o que não sei se vou conseguir) e procurar um antenista pra ver se resolvo meu problema.

    abraço.

  5. Agradeço sua atenção Paulo, encaminhei a questão ao fórum conforme sua indicação.
    Vou conseguir um Notebook para investigar melhor o sinal e pesquisar sobre essa antena log-periódica que vc falou.
    Quando eu tiver alguma solução do caso compartilharei por aqui.

    abraço.

  6. Oi, Roberto,

    Eu posso te dar a minha opinião sim.

    Em primeiro lugar, só é possível saber se há excesso de sinal se for usado um medidor de campo. Nos arredores da Tijuca existem locais impossíveis, como o meu, mas com um pouco de paciência se consegue alguma coisa.

    Não acredito haver excesso de sinal no final da Rua Uruguai. Se houvesse, o sinal entraria com qualquer antena, coisa que você ainda não conseguiu.

    Se você conseguisse um notebook para ligar o seu sintonizador, seria mais fácil sair com ele para achar aonde está o sinal. Mas, não se pode descartar a hipótese deste sintonizador ter pouca sensibilidade para o local aonde você mora e aí você não conseguiria sinal dentro de casa.

    O seu sinal de referência deveria ser o da parte externa do prédio e com a antena posicionada no lugar mais alto possível.

    E se você me permite, eu sugeriria testar isso com antena externa passiva UHF log-periódica, apontando em direção ao Sumaré.

    Se nada disso der certo, eu ainda te sugiro consultar o Fale Conosco do Forum Brasileiro de TV Digital (http://www.forumsbtvd.org.br/materias.asp?id=83) e você pode falar que entrou em contato comigo pela coluna.

  7. Paulo, vi essa sua matéria ao fazer busca sobre Sinal da TV digital na Tijuca. Acontece que tenho há algum tempo um sintonizador de TV digital Visus Extreme USB (http://www.visustv.com.br) no meu PC e nunca consegui utilizá-lo direito. Inicialmente achava que a “culpa” era da pobre antena que vei com o produto, tinha dias que pegava, tinha dias que não, e quase sempre só a Rede Globo. chateado com esse desperdício, recentemente adquiri uma antena interna com ganho ajustável de até 25db da Philips SDV7225T/55, mas para o meu desgosto, a situação não mudou muito, consigo em algumas posições pegar a Band e às vezes a Globo. Moro no final da Rua Uruguai na Tijuca, bem na encosta montanhosa onde ficam as antenas de TV, acho estranho existir essa dificuldade de obter sinal nessa área, ainda mais com uma antena com esse ganho, será que estou fazendo algo errado, ou será que agora estou com excesso de sinal? Isso atrapalharia também? Já fui rodando o ajuste de ganho bem devagarzinho do zero ao máximo e não consegui sintonizar, tô muito frustrado e P da vida de ter gasto uma grana com esse equipamentos e não conseguir sucesso com o sinal digital. Pode me dar sua opinião?

  8. Honório,

    Não me lembro desse seu comentário contestado aqui. Mas, enfim, eu queria te passar o seguinte:

    Quando as transmissões de TV analógicas silenciaram nos Estados Unidos foi um pandemônio. Eu cheguei a ver fotos na Internet com gente jogando a TV no meio da rua. Depois, o governo americano acenou com a possibilidade de compra de conversor a preço subsidiado, e como o processo é irreversível ou as pessoas se adaptam ou se conformam. Isso, num país onde a audiência de TV quase matou o cinema, na década de 1950. Bem feito, porque uma coisa que eu não tolero é alienação a baixo custo, e essa lixarada de seriados com cadáver e crimes, repetidos todo dia!

    No Brasil, o governo chegou a falar em conversores a preço baixo, não me lembro se envolvia algum subsídio, mas acho que não, e se existiu certamente não foi para o consumidor. De qualquer forma, acabou não dando em nada.

    O ideal seria uma competição saudável entre TV paga e aberta. Mas, eu te pergunto como seria possível isso acontecer aqui, se os interesses são conflitantes?

    A TV paga é uma necessidade em áreas onde o sinal da TV aberta não alcança o usuário. Mas, mesmo com a HDTV, a programação aberta continua limitada e sem recursos. Então, o usuário que gosta de ver TV acaba assinando para assistir outros canais. E isso não vai mudar tão cedo, porque o governo deu para trás na multiprogramação, provavelmente com receio de nova invasão dos evangélicos.

    Na minha percepção, a TV perde hoje para a Internet, e nós estamos só no começo. Os fabricantes vêm tentando colocar a Internet nas TVs e nos Blu-Ray players, mas o acesso por estes equipamentos ainda é irritantemente lento. Eu também acho que fora dos PCs o acesso será cada vez maior por tablets ou até celulares.

  9. Mas é isso mesmo. Comentei em seu blog, há algum tempo, que sinal digital é uma coisa e hdtv é outra coisa. Fui, segundo o que entendi nas contestações, mal compreendido. Isto se deu quando perguntei ao sr. o porquê de a Globo estar difundindo o sinal tvdr( tv digital rural) e, numa entrevista na revista Trip, um dos maiorais da Globo ter dito que as parabólicas são uma “praga”. Então fui buscar informação e constatei que sinal digital é a qualidade, que é superior ao analógico. Inclusive já existia em canais por assinatuta. Mas HDTV é um sinal especial e que, portanto, não existirá naquele sistema TVDR. Disse eu, na ocasião, que todo o Brasil terá sinal digital. Mas HDTV(isto em alguns momentos, não em toda programação), só nas capitais ou grandes cidades que possuam transmissoras locais, ou, então, quem puder pagar por assinatura, esteja onde estiver.
    Duas conclusões: Primeira, liberdade de ver tantos canais pela parabólica analógica acabará em 2016 e teremos que nos contentar com os canais locais. Segunda, HDTV não será para todos.
    Mas, agora concluindo por inteiro, optei pelo sinal digital devido aqui o analógico ser muito, mas muito ruim mesmo.

  10. Não sei se te serve de consolo, mas a situação da DTV aqui no Rio é de um marasmo absoluto. As emissoras, com exceção da Globo, custaram a entender que o espalhamento de sinal é necessário para se alcançar um número maior de espectadores. Por conta disso, o alcance da DTV é relativamente pequeno, isso sem contar que os condomínios criam todo o tipo de resistência para atualizar o sistema de antenas dos prédios. Assim, a maioria das pessoas que moram no perímetro urbano acabam optando por um provedor particular.

    Do lado das emissoras, quase nada mudou, tecnicamente, e na parte de programação é o mesmo de antes, em widescreen. Uma delas, a CNT, canal 9 VHF, anunciou que iria começar a transmitir em DTV no meio do ano passado. Se enrolou com problemas diversos, e está até agora sem previsão.

    Repare que emissoras como esta CNT ainda não perceberam que o sinal digital implicaria em uma programação de melhor qualidade, mas nada nesta direção será aparentemente mudado. Então, o cidadão que gasta algum para ter HDTV não vai ver a cor do sinal de HDTV tão cedo.

    Agora, isso é na região metropolitana do Rio de Janeiro, porque o interior do Estado do Rio sempre foi e continua sendo um zero à esquerda!

  11. infelizmente o manual não diz nada sobre. Identifiquei como saída devido estar escrito “LOOP”. Acho que para o sinal VHF vou ter mesmo que usar divisor de antena ligando uma saída do divisor ao RF do televisor e usar a tecla AV/TV. O curioso é que no manual o fabricante informa que se o sinal for VHF os canais são de 2 até 13 (como se a gente fosse tão burro a ponto de não saber disso).
    E, pior, na tela de “procurar canais” existe a opção VHF. Mas, se acionada, dá zero de sinal.
    Bem, de qualquer maneira valeu a pena. A imagem e som digitais por aqui estão perfeitos. Pena que só são 2 canais (Globo e Record)

  12. O segundo conector RF geralmente está lá para que o usuário evite usar um splitter (divisor) de sinal de antena externo, e não como saída RF para alimentar outra TV com a imagem do conversor.

    Na configuração splitter, o cabo de antena entra em um dos conectores de RF e o sinal sai no outro, de maneira a alimentar um segundo conversor, por exemplo, ou qualquer outro equipamento que tenha circuito de sintonia para sinais de TV. Ou seja, serve para o que você quer.

    É importante identificar qual dos dois conectores é entrada ou saída, porque, em princípio, somente um deles alimenta o sintonizador do conversor. No manual, o fabricante é obrigado a especificar isso.

  13. Deu certo em 576i. Uma imagem perfeita nos dois canais digitais que temos aqui.

    Peço mais uma informação: o conversor tem, além da saída AV que está sendo usada para entrar nos televisores, uma outra saída RF. Pergunto: pode ser usada essa saída RF para entrar no mesmo televisor para sintonia dos canais VHF ?

    A título de esclarecer, os dois televisores são de tubo, por isto só aceitaram até 576i

  14. Olá, Honório,

    Tudo depende do display (TV) que você tem. Se for LCD ou plasma a melhor opção é sempre a imagem progressiva (“p”). Mas, mesmo que você não faça esta escolha, a sua TV LCD ou plasma irá necessariamente fazer a conversão de sinal entrelaçado (i) para progressivo (p).

    Procure usar cabo HDMI ou video componente, na ausência de HDMI. Veja se a sua TV aceita 1080i (padrão da DTV) ou 720p. Dê preferência ao primeiro.

    Se a TV for de tubo e antiga, é bem provável que ela só aceite sinal entrelaçado (i), mas muitas aceitam progressivo. Veja no manual o que ele diz a respeito.

  15. Dr. Paulo.
    Comprei dois combos digitais(antenas + conversor) para duas tvs analógicas. Quando aparece pelo conversor uma tela para configuração de vídeo existem opções de 430 até 1080, sendo que cada uma vem seguida de “p” uma vez e de “i” outra vez. Exemplo: 430p ou 430i. Qual configuração devo usar?

  16. Oi, Rogério,

    Sem dúvida alguma, o áudio na TV brasileira sempre foi colocado em segundo plano, desde o tempo em que o MTS começou a ser transmitido, lá pela década de 1980.

    E se você observar bem, o segundo canal de áudio da TV digital ainda é muito ancorado no segundo canal de áudio do MTS, quer dizer, nada de fato mudou muito nesta direção.

    A meu ver, a mudança para som multicanal é além de cultural como você bem observa, também parte do entendimento de como certos programas devem ser transmitidos.

    Além disso, é preciso normatizar o áudio 5.1, tanto do lado de quem transmite quanto do lado do fabricante, que tem que implementar um software que permita o usuário de ouvir multicanal sem problemas. Isso não vem acontecendo com vários aparelhos de TV, e é preciso tomar um pé nisso o quanto antes, porque o erro existe antes (note bem) da recodificação para AC3 ser feita!

    Eu desconheço o que você afirmou a respeito do Zinwell ZBT-620, de transcodificar AAC para AC3. Eu tive um aparelho desses, e pelo menos no meu a saída digital era péssima! Bem, na verdade, o aparelho como um todo veio cheio de problemas: display errático, rotina de inicialização que parava na mensagem “INIT” no display, ligava sozinho, quando a energia da rede faltava e voltava outra vez, etc.

    Um dia, eu abri o aparelho e descobri um soquete parcialmente desconectado. Depois de colocado no lugar como devia, os erros de display praticamente sumiram. Só os de inicialização continuaram. Esses erros são de firmwares mal escritos, e aí você vê a falta de compromisso de quem comercializa este tipo de aparelho aqui.

    O Zinwell tem uma representação estranha, o suporte era culpa de quem vendeu, e neste caso a política do “enquanto estiver na garantia eu troco na loja”, nunca foi do benefício de usuário algum!

    O manual do ZBT-620 falava em saída Dolby Digital, quando na verdade era um PCM estéreo atrelado ao controle de volume do remoto, o que é péssimo!

  17. Olá Paulo

    Muito oportuna esta matéria sobre a TV Digital, visto que o governo federal resolveu incrementar (após um periodo de inanição) uma campanha massiva nas grandes redes de TV, para divulgar e promover as vantagens em migrar para a TV digital. Mas é lógico que no fundo temos que entender que isso é uma tremenda jogada de marketing para impulsionar as vendas de TVs as vesperas da copa do mundo, e pelo que lí aqui em São Paulo já começam a faltar alguns modelos mais básicos com conversor embutido.
    Mas Paulo quero fazer um comentário:
    Quanto ao sistema de audio a maioria das emissoras está desprezando o sistema de som 5.1, pois ninguêm divulga ou explica que a TV digital lêm de ótima imagem pode emitir sons em 6 canais de audio igual a um fime de DVD. Mas pior que não divulgar é tambêm a ausência de instruir os compradores de conversor digital como configurar ou conectar sua TV ou home theater nos “POUQUÍSSIMOS” modelos de conversor que dispoem dessa saida (o Cromus CRD 007 e o Zinwell ZBT 620) ambos derivados da mesma plataforma, a Zinwell. Ambos possuem a saida ótica digital, com recodificação embutida para outro codec o Dolby Digital, dessa forma possibilita a conecção com uma vasta gama de equipamentos disponíveis para a grande maioria dos telespectadores que tem um home theater em sua sala.
    Então como pode ver, equipamentos que conseguem coverter o 5.1 do AAC em Dolby Digital em 5.1 estão aí no mercado, o problema é que nas emissoras esses programas precisar sair já com essa codificação pronta durante o processo de gravação no vt ou mídia, ou exibição ao vivo nos controles mestres (master) das emissoras de televisão, e pelo que vc descreveu Paulo aí no Rio existe uma verdadeira exceção a regra, pois aqui em São Paulo (sede da maioria das cabeças de redes de TV no Brasil) nenhuma até o momento está disponibilizando programas gravados ou exibidos ao vivo em 5.1
    Mas como sempre comento com meus colegas de profissão (sou sonoplasta de uma emissora aqui em São Paulo); chegará em breve o dia que começaremos a trabalhar nos novos consoles de audio digitais 5.1 (pois ainda utilizamos as analógicas). Esses equipamentos ainda estão sendo analizados e testados em feiras como a que terminou no mês passado em Las Vegas (NAB show), aí sim poderemos começar a fazer programas no formato multicanal, só que isso tambêm depende de uma decisão da direção técnica e artística das emissoras, aceitarem fazer programas nesse formato (o que pessoalmente acho dificil), pois quem trabalha em TV sabe do velho jargão:
    Para o VIDEO “TUDO”
    Para o audio “nada”
    Mas finalizando… temos muita lenha para queimar de agora em diante, pois o sistema está começando a pegar de verdade agora (por causa da copa)!
    Abraços Paulo

  18. Oi, Stefano,

    Parabéns pela sua iniciativa. Uma cidade com duzentos mil habitantes não é tão pequena assim. Lá fora, eu morei em Cardiff, capital de Gales, que tinha algo em torno de umas 350 mil pessoas, e tinha todas as facilidades de uma cidade grande.

    O espalhamento de mídia digital ainda é um problema de proporções bíblicas nas cidades do interior do Rio de Janeiro, e eu imagino que seja equivalente ou pior em outros lugares semelhantes.

    E não dá para entender por que. Uma parte significativa das cidades do interior tem uma população de razoável para ótimo poder aquisitivo, e a preocupação com a estrutura de vida seria facilmente solucionada com prefeituras com boa capacidade administrativa, concordas?

    Eu acho que quanto mais gente mostrando tudo isso, maiores são as chances de se fazer inclusão digital sem demagogia. E se você precisar alguma coisa do seu trabalho, pode usar o espaço de comentário daqui.

  19. Oi, Celso,

    No meu entendimento, e olhando para o mercado como está agora, eu acho que comprar uma TV nova sem sintonizador para TV digital é jogar dinheiro fora, mesmo que ele não represente uso a curto ou médio prazo.

    A realidade é esta: o sinal transmitido pelo ar é muito superior em qualidade aos dos provedores de TV, cabo ou satélite. Há uma nítida compensação por parte destes, oferecendo maior diversidade de programação e número de canais.

    A TV do ar pode transmitir, por exemplo, filmes ou seriados em alta qualidade de imagem, com som original, em mono ou multicanal, com direito a legendas, se for o caso. Mas para isso é preciso também que elas quebrem vícios de décadas na programação a que estão habituadas a oferecer. E pelo jeitão da coisa, não vai ser a multiprogramação que vai resolver isso, e sim o aumento do número de concessão de canais.

    As operadoras fora dos grandes centros poderão ter dificuldades de acesso ao sinal digital. A própria Sky oferece o serviço por fora, com adaptador para captação em UHF mesmo. Quer dizer, se você não recebe de outra maneira, com eles é que não vai receber mesmo!

  20. Parabéns pelo artigo. Tento como você divulgar as novas facilidades tecnológicas as pessoas e principalmente ao poder público local para que visualize serviços e soluções para atender a maioria da população. Aqui na cidade (embora com 200mil habitantes), mais de 40% dos bairros não chega sinal de TV a cabo, e a população desses bairros na maioria das vezes é de baixa renda. E muitos desconhecem a possibilidade de captar o sinal digital, já disponível em nossa região. E que com certeza têm um custo bem mais baixo do que manter sistema de parabólica ou outros serviço pago via antena.

  21. Paulo,
    Uma vez mais um artigo elucidativo. Grande pedida!
    Penso que já abordamos o caso das TVs a cabo. Entretanto, abusando de sua generosidade: sou assinante aqui na praça da TV Cabo Mix. Entendo que comparando com as Sky, Nets e outras, é bem fraquinha. Estou “namorando” uma TV LCD e questiono: compro uma com conversor embutido, que é bem mais cara ou sem ele, pensando que futuramente, pois ainda não temos o sinal digital, a operadora já vai fornecer o sinal convertido?
    Por aqui a própria MIX não tem ainda condições de informar.
    Abraço.

  22. eu gostaria de encontrar filmes de minha preferecia como Xica da Silva/ menino da portera// Romeu e Julieta e outros pra eu ver pela hinternete.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *