O analista de mídias sociais que o mercado procura

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Você já deve ter ouvido alguém, na sua sala de aula ou num barzinho, falar que gostaria muito de trabalhar com mídias sociais. Ou então, ouviu uma crítica, afirmando que criar estratégias e gerenciar ações em mídias sociais, qualquer um faz.

Antes de continuar, gostaria apenas de informar que esse artigo não é uma defesa das agências especializadas em mídias sociais e de seus colaboradores.

É apenas uma alerta para quem não conheça essa função, seus desafios e pré-requisitos para exercê-la. E, acima de tudo, traz dicas para quem quer se tornar um analista de mídias sociais e não apenas “qualquer um”. Eis algumas:

Planejamento e Estratégia

O analista deve pensar em fazer o produto ou serviço do cliente ser mais “humano”, criando interatividade, confiança, engajamento e consumo consciente do público-alvo. Lembre-se que o consumidor do passado é um ser em extinção.

O bom analista deve…

  • estudar diariamente os mecanismos que permitirão a interatividade com o cliente (saber as ferramentas de trás pra frente, adequando-as ao perfil do cliente e sua estratégia);
  • desenvolver soluções de cross-media para o atendimento em tempo real;
  • interpretar a campanha off line do cliente, levando-a para as mídias sociais;
  • ter soluções para eliminação de dúvidas ou críticas, com a promoção de produtos e serviços de maneira inteligente e coletiva (micronichos).

Comportamento e classe C

Em 2010, há a previsão de venda de 14 milhões de microcomputadores. A classe C chegará com força e milhares de jovens e adultos entenderão em pouco tempo que ter acesso à informação é ter o poder de decidir por si mesmo.

O analista precisa estar alerta para um novo ser pensante, entre donas de casa, estudantes e trabalhadores que agora vão interagir em busca ou de gente interessante ou de sua notoriedade.

Você, analista, vai ter que saber lidar com elogios, reclamações, sugestões e criticas, conhecendo profundamente a marca que representa com soluções para a gestão de cada tipo de abordagem.

Cadeia de valor do cliente

O que isso tem a ver, né? Analista que se preza sabe que mídias sociais não influenciam somente economias de escala com foco na oferta.

O foco se dá muito mais na economia de escala voltada para a demanda, que se baseará nas redes de relacionamento. Ele sabe que o foco também são os “veículos”, tais como smartphones, games, ipads, netbooks, TVs digitais, rádios digitais, que permitirão consumirmos coletivamente.

Um desafio nasce daí: ele tem que entender a cadeia de valor envolvida no desenvolvimento e um produto ou serviço para pensar a partir não do foco do cliente, mas para todo um grupo envolvido com ele. Traduzindo, para um shopping, temos as marcas âncora; para uma rádio, as gravadoras e cantores. Todos devem ser levados em consideração.

www.minharede.com.br

O bom analista já entende que o comportamento gerado nas mídias sociais está levando ao surgimento de redes sociais de marca. E, por conta disso, ele discutirá com o cliente maneiras de, com a rede, criar barreiras de entrada de concorrentes em seus nichos de atuação.

Em outras palavras, o papel como profissional de mídias sociais se dará na criação de soluções, independentemente do meio, que permitam que as marcas dominem seus segmentos de atuação, criando diferencial competitivo, atraindo micronichos para formar novas redes de interesse.

Como entro para o time de analistas?

Para quem estuda Jornalismo, Publicidade, Design, Programação, Gestão de TI, entre outras áreas, e acha que investir tempo na análise do comportamento de “tribos” é uma oportunidade de carreira, parabéns. Esses não serão “qualquer um”.

Gerir sua carreira é algo muito pessoal: o que deve imperar é o bom senso. Não fique se martirizando porque você se formou para algo que não existe mais. Quem disse que quando você estudava programação, design, jornalismo ou gestão de TI, tudo o que aprendeu seria para sempre?

O mercado (leia-se agências de mídias sociais) está procurando programadores, designers, antropólogos, pedagogos e gestores que saibam lidar com o comportamento da geração Y. Que faculdade forma gente hoje para líder com esse tipo de cliente? Algumas, com certeza. E os profissionais que saem delas, felizmente, já têm a percepção das mudanças pelas quais estamos passando.

Na corrida por vaga nesse novo mercado, se destacarão aqueles que investirem (e acreditarem) que as possibilidades de negócios e ações na internet são mais do que um modismo.

Fique alerta para as oportunidades, tais como a de analista de comportamento na web, uma área que está sendo bem explorada por antropólogos, sociólogos e economistas.

Se você é designer ou jornalista, eis outra dica a ser explorada: o design de interação é para gente com formação como a sua, que não pode esquecer na hora de montar um site que suas estratégias devem levar em consideração funcionalidades, focadas em uma experiência agradável de navegação do usuário.

Fez engenharia de computação ou aublicidade? Quem sabe você não vai se realizar com o desenvolvimento de estratégias para SEO de um cliente. É estatístico? Para você, cuidar de métricas e indicadores (web analytics), fazendo a avaliação de dados para a tomada de decisões na Internet pode ser a sua praia. Já ouviu falar das soluções via geoposicionamento? Então que tal promover a interatividade via mobile?

Deixe de ser “qualquer um”! Depois de ler esse artigo, estude e planeje sua carreira para se tornar um analista de mídias sociais, de fato. [Webinsider]

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Hélio Basso (heliobasso@ideiasa.com) é diretor de atendimento da Ideia s/a Agência de Mídias Sociais e mantém o Twitter @midias_sociais

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18 respostas

  1. Pingback: 6 dicas para pequenas empresas ganharem com o Foursquare | Foursquare Brasil
  2. Via de mão dupla, valorizar pessoas, interagir com diversos públicos, putz, não existe nada de novo nisso.

    Só querem arrumar uma nomenclatura nova.

    O profissional de Relações Públicas, não citado pelo autor, já faz isso a décadas, e tudo sob um ponto de vista estratégico da comunicação.

    A internet, via o fenômeno da web 2.0 só potencializou isso.

    Acho que devemos enxergar melhor a essência de cada profissão, antes de ficar inventando novas área de trabalho.

  3. Primeiro quero lhe parabenizar pelo post!

    Sou web designer, mas atualmente venho trabalhando com mídias sociais, que apesar de prazeroso, exige muita cautela, pois uma frase mal falada ou mal escrita pode colocar por água abaixo todo um projeto que vem sendo trabalhado, e isso ocorre muito, não faz muito tempo que o analista de mídias sociais da locaweb foi despedido, por fazer mal uso do seu twitter, o executivo, divulgou uma frase ofensiva um jogo de futebol(http://blog.rsevero.com/?p=628)pode??Ou seja, um analista de mídias sociais não é uma profissão “inventada” assim como o analista de SEO.
    Estamos em constantes mudanças, e por isso a necessidade de novas carreiras, por que não? A época em que se faziam tudo sozinho já passou! Hoje e a era do trabalho focado, e quanto mais foco, melhor é o retorno. Não preciso nem explicar qual o valor de um site trabalho com SEO…

  4. As redes sociais hoje são canais de comunicação de via de mão dupla.

    Não basta ser um bom marketeiro para fazer isso dar certo, você precisa ser psicólogo, pedagogo, estatístico, empreendedor…

    O mais difícil hoje num candidato a analista é fazê-lo entender que o trabalho não é só ficar respondendo tweets, comentários ou gerenciar crises. é preciso entender de internet, de comportamento, de seres humanos, de cultura 2.0.

    Ótimo texto, mas acho que ainda estamos começando e é cedo demais para dizer analista de social media seja uma profissão. Está mais para especialização.. 😉

  5. As redes sociais hoje são canais de comunicação de via de mão dupla.

    Não basta ser um bom marketeiro para fazer isso dar certo, você precisa ser psicologo, pedadogo, estatisco, empreendedor…

    O mais dificil hoje num candidado a analista é fazê-lo entender que o trabalho não é só ficar respondendo twits, comentários ou gerenciar crises. é preciso entender de internet, de comportamento, de seres humanos, de cultura 2.0.

    Ótimo texto, mas acho que ainda estamos começando e é cedo demais para dizer analista de social media seja uma profissão. Está mais para especialização.. 😉

  6. Muito bom artigo. De fato, tudo que vc coloca é pertinente. Agora pensemos, este é um profissional que requer uma boa formação. E infelizmente tenho visto tb empresas querendo contratar (e pagar um salário compatível, ou seja, péssimo) garotada pq eles usam muito orkut. Ora, há que se dar o devido valor a estes profissionais. Parabéns.

  7. Gostei muito do artigo, desafiador e esclarecedor!

    Contudo senti falta da profissão de Psicologo na lista, mesmo citando atropologos e sociologos, pois a psicologia estuda o comportamento humano, exatamente o que estudamos em midias sociais.

    Ademais, senti falta também de ressalatar a necessidade do analista de midias sociais ter uma visao analitica através de um bom conhecimento em estatistica, mas que de certo modo voce citou indiretamente no corpo do texto.

    Tenho acompanhado seus posts recentemente! Parabens!

  8. Bacana. Acho que é bem por aí mesmo. Mas, digo uma coisa com conhecimento de causa: nada como a prática, o dia a dia, para entrar realmente nesse campo. Os estudos são ótimos, as palestras, os cursos, mas cada empresa/produto é uma realidade, e a vivência é fundamental.
    Parabéns pelo artigo.

  9. Ótimo texto. Explica bem a importância não somente de saber lidar com as novas mídias, mas também ter o conheceimento de rede humana e comunicação para explorá-las ao máximo.

  10. Em suma, entender as pessoas e suas necessidades.

    Não serão simples formas de ação que farão a diferença. Esse profissional deverá entender tanto dos fatores internos de atuação dos seus 4Ps na empresa como os fatores externos incontroláveis como mudanças no comportamento de consumo e economia.

    Ótimo artigo!

  11. Parabéns pelo ótimo texto Hélio. Uma inspiração para os iniciantes, um incentivo para quem já o executa e um balizador para mercado e empresas.

    Grande Abraço!

    José Telmo

  12. pra mim é só mais uma profissão inventada, como profissionais de SEO… Você agrega esses conhecimentos a sua profissão e não cria novas profissões para cada novo conhecimento/estratégia/ferramenta requisitado pelo mercado.

  13. Muitas pessoas e empresas ainda não sabem valorizar esse profissional. Na realidade, elas não sabem a importância que essa função tem.
    Li um artigo, aqui mesmo no webinsider sobre o 5º poder, que seriam os consumidores nessa era da web 2.0. Eles têm o poder, quer você acredite ou não.

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