Marketing aprende a falar com a baixa renda

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A expansão das classes de baixa renda e a sua representatividade na economia trazem uma necessidade de reflexão.

Especialmente para os profissionais de marketing, que devem se atentar para a adequação da linguagem no tratamento a esse público.

Seja pelos canais físicos ou digitais ainda há um bom caminho a ser percorrido para atender a essa camada que não está acostumada com certos anglicismos e neologismos e acabam desistindo de interagir com aqueles que não se preocupam em entendê-la.

Com o intuito não apenas de entendê-la, mas de aproveitar oportunidades, muitas empresas têm buscado institutos especializados para compreender como essa população vive, pensa, age e consome.

Para isso, contratam pesquisas em que seus gerentes passam dias na casa de famílias de baixa renda para poder “assimilar” as diferenças entre o “seu” e “aquele” cotidiano.

Formas de pagamento

Isso é ótimo, mas é fundamental que seja revertido em ações de adequação de produtos e serviços, bem como em novas formas de pagamento.

Um bom exemplo é a aceitação de cheques pré-datados para vôos, feito pela Azul Linhas Aéreas.

Por falar nisso, esse público ainda está se familiarizando com o uso de cartões de crédito, pois muitas pessoas, no início da popularização desse meio de pagamento, foram pouco ou mal instruídas e acabaram por se endividar, porque entendiam que bastava pagar a parcela mínima que constava na sua fatura e, com isso, seu saldo devedor crescia a uma taxa “módica” de 15% ao mês, cobrada por aquele banco que lhe concedeu o tal cartão.

Depois desse susto inicial eles passaram a compreender melhor esses mecanismos financeiros e têm se adaptado.

Também nessa área estamos observando casos interessantes de orientação ao consumidor, como o recém lançado site da Febraban, Meu bolso em dia, criado pela agência de Comunicação Fábrica, com base em pesquisas feitas pelo Instituto DataPopular, que traz informações sobre o funcionamento dos bancos, as modalidades financeiras, investimentos, dívidas, etc.

Na divulgação destinada a impactar essa parcela da população indica-se aos publicitários que mantenham sua criatividade, mas não abram mão da clareza e objetividade, visto que esse público não compreende a linguagem muitas vezes utilizada em campanhas mais complexas, ou que tentam ser muito divertidas, mas acabam fazendo com que ele rejeite essa comunicação. Ou seja, ela terá o efeito exatamente inverso ao que se propunha. [Webinsider]

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Sandra Turchi é sócia-diretora da Digitalents, consultora e palestrante sobre marketing digital e e-commerce. Mantém o blog Sandraturchi.

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Uma resposta

  1. Texto muito relevante nesse momento de inclusão digital, Internetbrás e outras coisas vindo aí – como banda larga por R$ 19 a R$ 30,
    Afinal, a comunicação deve ser planejada para ser entendida pelo ouvinte – não só pelo emissor. O assunto é velho, mas normalmente esquecido.
    Abração, Sandra, parabéns.
    =)

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