A parceria ganha-ganha e a parceria soma-zero

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Cena 1 (flashback)

Como no início dos antigos seriados de TV (aqueles com mais de 40 anos devem se lembrar!), em nosso último episódio, nosso empresário X estava decidindo investir em uma empresa Y.

Ele tinha um sonho (adquirir a empresa Y e expandi-la) e capital para tal.

Para isso, ele usava os conceitos da Teoria das Opções Reais, chegando ao diagrama mostrado naquele artigo. Assim, ele fez ofertas (não hostis, numa boa!) ao empresário Y para adquirir a empresa.

Corta para a cena 2

O empresário da empresa Y – doravante empresário Y – estava sem capital e com uma empresa dando prejuízo. Isto é, sem sonho!

Aí aparece o empresário X, com um sonho e com capital, disposto a comprar sua – empresário Y – empresa.

Surge um insight na cabeça do empresário Y, gerado por uma associação de ideias (a proposta do empresário X vs. a ganância dele, empresário Y):

“O empresário X tem o sonho e o capital. Eu não tenho o sonho, não tenho capital, mas tenho a empresa. Que tal propor ao empresário X uma parceira/aliança estratégica?”

Os empresários X e Y discutiriam a forma de participação de cada um nessa sociedade (quanto o empresário X pagaria para virar “sócio” da empresa Y, que passaria a ser XY), como seria o dia-a-dia operacional dessa aliança/parceria estratégica e viveriam felizes para sempre… ops, pelo menos até que alguma opção interessante aparecesse pela frente ou houvesse uma briga entre eles.

Conclusão

As coisas mudam – e como mudam nos tempos atuais! Nos defrontamos com várias opções que pintam à nossa frente (não só profissionais, mas também pessoais).

Mas as opções não só pintam – nós também as geramos. Basta nos mantermos antenados ao que está ocorrendo e usar as sinapses a nosso favor.

Mas, por favor, raciocinemos em termos de parcerias do tipo “ganha-ganha”, mais duradouras do que as do tipo “soma-zero”, ok?

Até a próxima!

Pré-sal

P.S., de pré-sal: algumas considerações inquietantes sobre o pré-sal não me saem da cabeça.

O “projeto pré-sal” é um mega, um giga projeto, inédito e sujeito a – também gigantescas – incertezas. As duas principais são a questão ambiental e a viabilidade econômica

A questão ambiental está aí, no ar, ops, no mar do Golfo do México – e ninguém sabe ao certo as conseqüências reais a médio e longo prazo. Cadê o discurso ecológico? Afinal, o petróleo é combustível fóssil, altamente poluente. E as fontes de energia renováveis, saíram de moda?

Já a viabilidade econômica depende de qual será o custo econômico para extrair o petróleo de águas tão profundas e, mais incerto ainda, qual será o preço do barril de petróleo. Se o preço do barril de petróleo cair abaixo do custo econômico para extrair o petróleo de águas tão profundas, esse mega projeto será inviável.

Assim, essa grande decisão deveria ser analisada à luz da Teoria das Opções Reais, com opções como adiamento, implementação por estágios e, por que não, abandono?

Infelizmente, a realidade atual tem se mostrado bem diferente: pelo que vem sendo publicado na mídia, o projeto já é tido como uma certeza absoluta, como a salvação do Brasil. Temos até presenciado uma briga fraticida (envolvendo governos estaduais e a União) por recursos provenientes desse futuro projeto.

Parece um típico exemplo do ditado: “estão contando com o ovo ainda no interior da galinha!” [Webinsider]

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Pedro Paulo Bramont (pp@mktpeople.net) é doutor em avaliação de projetos pela UFSC (1996) e tem um livro publicado pela Editora FURB sobre o mesmo tema. Atualmente gerencia projetos especiais. Nascido no Rio, reside em Floripa há bastante tempo e traz as duas cidades no coração. Mantém o site MKT People.

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Uma resposta

  1. Bem lembrado Pedro a questão do pré-sal. Estão usando como instrumento político gerando otimismo e diminuindo a reflexão sobre o tema.

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