Dez coisas que fazem as mulheres comprarem mais

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Com Solange Oliveira *

Alguns anos atrás as mulheres passaram os homens em participação nas compras pela internet brasileira. Junto com isso, veio o crescimento acentuado das categorias moda e acessórios, beleza e saúde.

O tíquete médio dos homens é mais alto, uma vez que compram mais produtos eletrônicos e informática. Mas as mulheres compram em mais quantidade e uma vez fidelizadas, tornam-se evangelistas da marca.

Quando surgiu a ideia de escrever esse artigo, veio junto o receio de parecer “machista” ou ganhar outros adjetivos desagradáveis. Então convidei minha amiga Solange, a E-commerce Girl, especialista em comércio eletrônico, para fazermos a quatro mãos. O resultado está aí.

Não tivemos a pretensão de querer entender as mulheres, é só uma lista com dicas baseadas em nossa experiência adquirida ao longo de mais dez anos nos bastidores do e-commerce e de três anos ensinando e ouvindo lojas virtuais nos cursos de e-commerce da Ecommerce School. Vamos lá:

1. Não venda produtos, venda sonhos

Mulheres são apaixonadas e sonhadoras por natureza. A roupa do personagem da novela ou do filme, aquilo que “está na moda” ou que “está todo mundo usando” devem estar na vitrine da loja virtual que quer agradar esse público. Como descobrir isso? Ninguém mais antenado do que os jornalistas. Vá até uma banca de jornal e dedique algum tempo lendo as manchetes de revistas femininas e de variedades. São elas que ditam tendências e mostram o que está em alta.

2. A paixão

Algumas categorias se destacam no gosto feminino. Despertam verdadeira paixão. Mulheres amam sapatos e bolsas. Também compram online artigos de beleza e saúde. Se olharem e amarem… nada vai impedi-las de comprar. O produto em si é importante, mas boas imagens e descrições ajudam a despertar paixão.

Mostre detalhes dos produtos; uma fivela dourada ou um pequeno laço vermelho fazem toda diferença. Explore o zoom. Publique depoimentos de outras consumidoras apaixonadas. Descreva aromas e texturas com sentimentos.

3. O inacessível

Inclua em seu mix de produtos coisas que normalmente não são encontradas nas lojas tradicionais, artigos importados, grifes e novidades que não são muito fáceis de comprar. A Victoria Secrets, que é de difícil acesso no Brasil, por exemplo. A mulher vai na loja física e lá eles fazem um cartãozinho com as medidas dela, calcinha e soutien… depois é só comprar pela numeração do cartão pela loja virtual. Algumas maquiagens de grife, também são de difícil acesso no Brasil.

É um desafio que deve ser feito a quatro mãos: você e seu fornecedor. Por isso é importante manter bom relacionamento e amizade com esses fornecedores, são eles que vão lhe ajudar num bom mix de produtos e na sua margem de lucros.

4. Novidades

O inconsciente coletivo feminino é diferente do masculino, elas sabem o que é new, o que quase ninguém tem, então eu quero ter. A internet é o lugar perfeito para isso. Um ótimo lugar para tirar ideias: a banca de jornal, de novo.

Navegue em sites e portais femininos, acompanhe atentamente o que elas dizem nas redes sociais e fóruns. Assim como na vida real, seja um ouvinte atencioso ao que as mulheres estão dizendo.

5. Use e abuse de promoções

Poucas mulheres resistem ao: “Era 100,00 agora (só para você) por R$ 25,00”.

Dizem as más línguas que “um homem é capaz de pagar o dobro do preço por uma coisa que ele precisa e uma mulher é capaz de comprar uma coisa que ela não precisa se está pela metade do preço”. Brincadeiras à parte, habilite ferramentas de marketing viral e redes sociais para elas compartilharem as “barganhas” com as amigas.

6. Crie combos

Eexplore ofertas do tipo “compre um e leve dois”. É uma das melhores jogadas para quem vende produtos femininos… mulheres adoram ser prestigiadas. Se elas sentirem que por comprar algo, levam outra coisa de graça… vão comprar!

7. O indispensável

Toda mulher precisa de um “esfoliador multitasksuperx”. Sabem que não é indispensável, mas a frase “Você precisa ter um” toca fundo no “eu” consumista feminino. Misture esse ponto com os itens 5 e 6 dessa lista e você terá uma receita infalível.

8. Venda praticidade

Busque produtos que facilitem a vida. Mais uma vez é importante o uso de boas imagens e descrições mostrando o “como usar” e o “como fazer”. De novo: depoimentos de outras consumidoras satisfeitas influenciam na decisão. Elas irão comprar.

9. Facilidade de pagamento

É possível pagar facinho? Em várias vezes no cartão? Sem ter que por a mão na carteira? Ela compra! Sem culpa!

Lembre-se que as classes C e D estão presentes com força no e-commerce brasileiro. Esse público não olha para o preço à vista, mas para o valor da parcela. Algumas lojas já parcelam em boletos e cheques. É um risco, mas em qual retorno alto não há riscos?

10. Rapidez

Os sites que querem vender (muitos) produtos femininos precisam seguir essa dica: poucos cliques para fechar a compra… porque se a compra se estender ela abandona o carrinho! A rapidez de fechar a compra é o que faz a mulher finalizar o processo.

Você já fez um teste de usabilidade em sua loja virtual? Convide sua avó, tia, priminha, enfim, diferentes perfis de internet users, dê um vale compras para elas e peça para comprarem algo em sua loja enquanto você observa. Esteja atento à principais barreiras encontradas. Faça testes A/B.

Há empresas que vendem pesquisas de comportamento de compras detalhadas e específicas por sexo, idade e classe social. Claro que há muitos outros fatores psicossociais envolvidos no ciclo de compra, mas o que pretendemos aqui é dar alguns toques para que as lojas virtuais que atendem esse tipo de público melhorem seus serviços e… seu faturamento, claro. Deixando as clientes satisfeitas, fica bom pros dois! [Webinsider]

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* Solange Oliveira é especialista em e-commerce, trabalha em tecnologia há 20 anos e já dirigiu os melhores e maiores e-commerces da América Latina. É E-commerce Girl no Twitter. Publicou o livro: “De camelô a joalheiro todos podem vender on-line” pela Editora Gudrum e atualmente é vice presidente da DataG Technologies e professora de cursos de ecommerce na Ecommerce School.

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Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Mauricio Salvador é Mestre em Comunicação e Administração, professor, autor do livros Como Abrir uma Loja Virtual de Sucesso e Gerente de Ecommerce, coordenador da Ecommerce School, sócio diretor da GS Ecommerce. No Twitter é @mauriciorj.

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16 respostas

  1. Apesar dessa matéria ser antiga,02 de agosto de 2010, 21:45 acredito que em matéria de marketing pode ser que 70% das coisas estão corretas. Em relação aos comentários, esta havendo na internet uma falsa informação sobre tendências da moda. Muitas pessoas estão usando o meio para definir que 6 ou 7 tendências e estilos virar 30. Sites informando milhares de tendencias para o verão 2012 quando são só algumas, então não é correto dizer que é mais fácil achar na internet que em uma banca, pois na banca estão vários profissionais colocando suas idéias, não um aqui o outro ali. Meninas prestem atenção no que vocês veem na internet, as melhores tendencias estão sempre em primeiro plano nos buscadores, por ter relevância intelectual e contextual.Estou em um dos computadores do nosso site, justamente pesquisando isso.

  2. Devido ao cenário atual, acho que essas 10 dicas são bem válidas, porém não só voltadas ao público feminio, mas para todos os consumidores.

  3. Apesar de eu ter achado o artigo realmente relevante, não acho que a banca de jornal seja o melhor lugar para se pesquisar tendências para mulheres. Uma vez que as mulheres sempre querem o que há de mais novo, brilhante e diferenciado, a pesquisa em banca pode acabar trazendo um resultado ultrapassado.
    Dependendo do perfil da compradora, o novo não é o que sai nas revistas que estão nas bancas e sim o que acabou de sair em sites e blogs nacionais e internacionais.
    Muitas vezes as novidades que vejo nas revistas são coisas que eu já tinha visto há semanas na internet e o apelo “brand new” já passou.

  4. Realmente nos mulheres buscamos sonhar por traz disso tudo, mas queremos facilidades e algo em que nao precisamos ter remorso. Achei isso muito interessante, e as compas virtuais sao atraentes.

  5. Muito interessante esse segmento. Principalmente pelo fato das mulheres serem mais consumistas que nós homens.
    A internet é sim uma ótima ferramenta para compras/vendas. E ainda nos dá facilidades como o fato de não precisarmos sair de casa para efetuarmos nossas compras.
    Boa sorte…
    Anderson.

  6. Gostei muito das dicas! Para quem tem mulheres como clientes há algum tempo, sabe-se que tendências, novidades, detalhes, sonhos e facilidades, tudo isso com um pouquinho de atenção, agregam à experiência “compra e venda”, valor e sucesso!!!

    Penso que sua visão foi bastante “feminista”.

    Obrigada,

    Alethéa Suedt

  7. Parabéns!!!! O artigo, sem ser machista, enumera perfeitamente o que um vendedor voltado para o universo feminino deve fazer inclusive no e-commerce.

    O universo feminino é sonhador, seletivo e apaixonado.

  8. Adriana,
    Acho que vc entendeu mal. Em momento algum os autores dizem que as mulheres não tem critério. Muito pelo contrário. São apenas dicas que uma loja pode utilizar para atrair mais o target feminino que só funcionarão, claro está, se a loja oferecer qualidade e preço.
    E, outra coisa: eu sou mulher e sou, sim, apaixonada e sonhadora por natureza, com muito orgulho disso, o que não me impede em nada de ser racinal e criteriosa.

  9. Realmente, o receio do autor tinha fundamento. Parece machista. Pior, é limitante.

    Deu a entender que, usando estas técnicas, vende-se qualquer coisa para as mulheres, porque são “apaixonadas e sonhadoras” por natureza. Como se as mulheres, enquanto consumidoras, não tivessem critérios quanto a preço, qualidade e outros fatores, e fossem facilmente estimuladas por estas “técnicas”, sem racionalização.

    Ao leitor que compartilha da visão dos autores, faço um alerta: experimente tratar as consumidoras assim, como se fossem fúteis, ingênuas e gastadoras, e veja o dinheiro delas sair correndo para a concorrência.

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