Grandes museus do mundo transbordam para a web

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Estou realizando pesquisas sobre museus para um projeto do Museu Manabu Mabe previsto para 2011. Tive insights muito interessantes, fiquei surpreso com algumas descobertas e decidi compartilhar com vocês.

Primeiro, procurei a definição de museu:

“Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade”.

(Fonte: Wikipedia). Definição aprovada pela 20ª Assembléia Geral. Barcelona, Espanha, 6 de julho de 2001.

Achei esta definição muito interessante, pois não nos remete a conceitos antigos. Pelo contrário, inclui conceitos que estão estreitamente ligados à internet. Afinal, a web é o meio ideal para difundir e educar as pessoas de forma aberta e democrática, não?

Continuando a pesquisa, visitei os sites de renomados museus como Guggenheim, Prado, Louvre e Metropolitan Museum of Art. Me surpreendi com os resultados, e irei compartilhar com vocês. Espero que gostem e divulguem!

Voltando ao início

Na primeira pesquisa que fiz, a definição encontrada no Wikipedia era esta:

“Museu é um estabelecimento de caráter permanente, administrado para interesse geral, com a finalidade de conservar, estudar, valorizar de diversas maneiras o conjunto de elementos de valor cultural: coleções de objetos artísticos, históricos, científicos e técnicos, jardins botânicos, zoológicos e aquários.”

Não achei uma definição muito alinhada com minhas expectativas, portanto decidi buscar um pouco mais e descobri no site do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) que esta era uma definição de 1956. No site do Ibram havia as duas definições.

Retornei ao Wikipedia e atualizei com as duas definições. Quais lições podemos aprender?

Primeira: é importante usar a experiência e buscar referências antes de usar informações da Wikipedia. Segunda: ajude a melhorar o conteúdo da internet; deixe de ser leitor e seja um co-autor.

Guggenheim – Bienal do Vídeo Criativo

museu-guggenhein-youtube-play

“O Youtube Play é uma iniciativa do Museu Guggenheim em parceria com a HP e o Youtube para descobrir e divulgar os talentos mais excepcionais que trabalham com vídeos online.

YouTube Play espera atrair vídeos inovadores, originais e surpreendentes de todo o mundo, independentemente do gênero, técnica, experiência ou do orçamento. Esta iniciativa online global não é uma busca por aquilo que é “agora”, mas uma busca por aquilo que virá depois.

Nas últimas duas décadas tem havido uma mudança de paradigma na cultura visual. A imagem em movimento foi totalmente absorvida em práticas contemporâneas de arte-crítica e agora nós estamos testemunhando o poder da internet para catalisar e difundir novas formas de mídia digital, incluindo vídeo online.

Com o vídeo disponível para qualquer pessoa produzir e assistir, quase em qualquer hora e lugar, seja em celulares, câmeras digitais, computadores ou tablets, tornou-se o meio escolhido para muitos aspirantes a artistas. YouTube Play vai reconhecer o efeito das novas tecnologias na criatividade…”

(Fonte: Guggenheim)

Veja o vídeo de apresentação do projeto:

Já imaginou passear em Londres e apontar o iPhone para um ponto turístico e visualizar imagens de obras de arte sobrepostas à paisagem de fundo?

museu-streetmuseum

“The launch of the Streetmuseum app is an exciting development for the Museum of London, opening our unique collections to new audiences in a thought-provoking and creative manner.

London’s stories are varied and many-voiced. This app allows the present and the past to collide and share their secrets. Streetmuseum opens up the city in new and exciting ways.”

Professor Jack Lohman, diretor do Museum of London.

(Fonte: Museum of London).

Neste blog tem um post com mais detalhes sobre este aplicativo: Creative Review – StreetMuseum iPhone

Museu do Prado no Google Earth

“Aprecie um Velázquez ou um Rembrandt num local único e especial como o Museo do Prado. Para mais, por que não ir além do que o olho humano consegue ver? Agora, com a tecnologia do Google Earth poderá navegar por reproduções das obras primas do artista ou o envelhecimento do verniz.

As imagens destas obras têm cerca de 14.000 milhões de pixeis, um nível de detalhe 1.400 vezes superior ao que obteríamos com uma câmara digital de 10 megapixels. Adicionalmente, poderá ver as obras da coleção do Prado que não se encontram expostas, assim como uma espectacular réplica do museu a 3D.”

(Fonte: Google.com).

Caso não tenha o Google Earth, pode visualizar a versão no Google Maps.

Veja os bastidores deste incrível projeto:

Museu 3.0: o marketing do museu

museu-30

“MuseumNext believes that technology is changing the expectations of museum audiences. They no longer want to have information just broadcasted at them. They want to create, to curate and to co-produce cultural experiences.”

Este blog promove a discussão sobre como os museus podem (devem) promover mudanças no modelo de negócios para atender as novas demandas do público que utiliza a internet não apenas para consumir, mas também para produzir conteúdo.

No blog há posts que falam sobre o projeto do Youtube Play do Guggenheim Museum, porém achei muito interessante os posts sobre os museus e o Twitter.

Um deles indica o site www.FollowaMuseum.com que tem uma lista de museus com Twitter em todo mundo.

Outro post traz os museus com o maior número de seguidores – Museums on Twitter – mas em poucos meses já percebemos que está desatualizado, pois o Guggenheim já possui mais de 130 mil seguidores.

museu-twitter

Metropolitan Museum of Art no Flickr e no YouTube

museu-metropolitan-flickr

O Metropolitan Musem of Art de Nova York possui um canal no YouTube com mais de 600 mil exibições de vídeos e 2 mil inscritos.

No Flickr são publicadas todas as fotos de eventos do museu. Também existe um grupo no qual os usuários são convidados a enviar suas próprias fotos relacionadas ao museu.

Fotos: http://www.flickr.com/photos/metmuseum

Grupo: http://www.flickr.com/groups/metmuseum

O museu disponibiliza uma seção explicativa sobre cada rede social e como o museu a utiliza na comunicação. Muito legal, pois é comum a maioria dos sites apenas colocar os logos das redes sociais com link para respectiva rede sem nenhuma explicação para o usuário.

Este seção é denominada Met Share e tem links com todas as redes sociais do museu: Facebook, Twitter, Flickr, Youtube, Delicious, feeds de RSS e Podcasts.

Como andam os museus brasileiros na internet?

Pesquisei alguns museus brasileiros – MASP, MAM, Museu do Futebol, Museu Catavento e Museu da Língua Portuguesa – para avaliar como estão na internet.

O que pude perceber é que não estão antenados em criar alternativas criativas para promover seu conteúdo para o público. Alguns privilegiam o design como forma de expressar criatividade, mas acabam perdendo em usabilidade.
museus-brasil_2

Museus como Catavento Cultural, que têm grande foco educacional e no público jovem/infantil, poderiam explorar mais redes sociais como Facebook, Youtube e Flickr.

Espero que em um futuro próximo, os museus possam se reinventar e criar sites realmente 2.0 que possam promover nosso acervo para todo mundo “para educação e deleite da sociedade”.

Se tiver outros exemplos criativos de museus na internet, por favor, comente!

Sites de referência sobre museus:

[Webinsider]

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Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Marcio Okabe (@marciokonfide) é palestrante e consultor de marketing digital, sócio da Konfide Marketing Digital e blogueiro (marciookabe.com.br). Evangelista de Joomla!, SEO e Prezi.

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Uma resposta

  1. Boa tarde!!

    Muito interessante a matéria sobre o novo diálogo entre os museus e as novas tecnologias. Conheço e acompanho um projeto que acho um dos mais interessantes na área. Ele permite visitas interativas a alguns museus brasileiros em 3D, com uma qualidade bem acima da maioria dos projetos conhecidos. Vale à pena conferir: http://www.eravirtual.org

    Abs,
    Karla Guerra

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