A percepção do participante de um curso e-learning

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Você já fez um curso online? Gostou dessa experiência, ou fez apenas por que a sua empresa indicou? O curso era interativo, desafiador, agradável, ou somente o “desafiava” a clicar sobre o conhecido botão Avançar pra visualizar o próximo bloco de conceitos?

Perguntas como estas podem ser traduzidas em uma só: o que você espera de um curso online?

Hoje em dia muitas instituições prestam serviços de educação online e produzem cursos com o intuito de tornar essa modalidade de educação o mais eficaz e o menos “fria” possível. No ramo acadêmico, por exemplo, a tutoria e o compartilhamento de informações por meio de fóruns, chats e até mesmo vídeo-aulas com a apresentação do professor, amenizam o distanciamento que um curso online, eventualmente, pode impor aos seus participantes.

No mundo corporativo essa impressão pode ficar ainda mais latente, pois, na maioria das vezes, as organizações oferecem aos seus colaboradores o que chamamos de conteúdo auto-instrucional, onde o aluno interage somente com o conteúdo que vê na tela, e, no final, é submetido a uma avaliação de múltipla escolha para testar os conhecimentos que acabara de visualizar.

Adequação ao público

Tendo em vista esse cenário, me proponho a fazer o seguinte questionamento: o que um colaborador espera de um curso online auto-instrucional?

Recursos didáticos e motivacionais como metáforas, games, histórias lúdicas, exercícios interativos e outras metodologias podem ser encontradas em um curso deste tipo, porém, muitas vezes, a aplicação dessas técnicas não considera variações fundamentais que envolvem o principal foco de um treinamento: o seu público.

Vamos pensar em um curso voltado para a força de vendas de uma determinada companhia: geralmente os vendedores são sujeitos extremamente ocupados, que raramente tem tempo de sentar frente a um computador.

Sendo assim, ao propor uma solução de ensino online para este público, não seria razoável que esse conteúdo estivesse recheado de interações, cliques e textos extensos, e que exigisse mais de duas horas de dedicação.

O público deste segmento procura agilidade e praticidade e o mobile e-learning, por exemplo, pode ser uma ótima saída, para que sejam propostas ferramentas que exercitam a prática, tais como quiz e games interativos. Ferramentas como estas, além de exercitar o aprendizado, suportam o desempenho de um profissional de vendas.

O exemplo acima não anula a eficácia de técnicas como metáforas, diálogos e exemplos lúdicos; apenas reforça que um treinamento online deve levar em consideração o público que vai executá-lo e também ter um objetivo pedagógico muito bem traçado.

Por exemplo: se pensarmos em um contexto onde o objetivo do curso é sensibilizar os colaboradores sobre a aplicação dos valores da empresa em seu dia-a-dia, ou chamar a atenção sobre as questões ambientais e o crescimento sustentável, a utilização de exemplos lúdicos, diálogos entre personagens e metáforas são mais do que bem-vindas.

Modelo mental

Além das características do público-alvo, assim como as condições que o envolvem, é preciso entender (ou se arriscar a fazer isso) o modelo mental das pessoas que irão receber esse treinamento. Esse é o maior desafio de quem trabalha com o ensino massificado, pois cada ser humano possui uma maneira de construir o seu conhecimento.

Ou seja, alguns assimilam o conteúdo com uma boa leitura, outros necessitam do apoio de imagens, vídeos e ilustrações. E há aqueles também que rendem melhor na prática.

Como saber qual é o melhor formato para cada público? Esta não é uma resposta fácil de conseguir; porém, se as empresas começarem a dedicar mais esforços para pesquisar as características dos seus colaboradores, seus hobbies e gostos pessoais, poderão utilizar essas informações para quebrar alguns paradigmas e fazer com que os treinamentos online sejam mais do que uma simples tarefa para os seus colaboradores.

Por que não utilizar os recursos de um console de vídeo-game como ferramenta de ensino online nas organizações? Esse é um bom assunto para um próximo artigo. [Webinsider]

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Felipe Cabral Santana (felipe@soueducacao.com.br) é coordenador de projetos na SOU Educação Corporativa.

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Uma resposta

  1. Muito bom o texto, concordo com o descrito. Já participei nos vários tipos de e-learning citados, e acredito que algo pouco entendido pelos fornecedores do recurso, é a interação pelo conteúdo, que muitas vezes, é somente uma virtualização do ensino presencial/leitura. Não adianta muito ter recursos de última geração e pedagogia do século passado. O estímulo ao aprendizado deve ser revisto, flexibilizado, a forma de mensurar o aprendizado também.
    Gostei da idéia do console… mas teria que ter uma estrutura boa para que não vire somente “brincadeira”.

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